Resenhas - Como Quebrar A Maldição De Um Dragão

Shirlei.Stachin 15/12/2014

Como Quebrar A Maldição de Um Dragão
Soluço vai encontrar o antídoto para a picada da Vorpente Venenosa e ainda por cima derrotar o assustador Garra da Destruição. Conseguirá vencer o perigoso machado de Norberto, o Demente, para mais uma vez ser o herói da história.

Lari 17/10/2014

[Resenha] Como Quebrar A Maldição De Um Dragão, de Cressida Cowell
No Como Quebrar A Maldição De Um Dragão, quarto livro da série Como Treinar O Seu Dragão, temos a solução do acontecimento que ficou em aberto no final do livro anterior. Onde um dos nossos heróis foi picado pela Vorpente Venenosa na fuga do Forte Sinistro.

Começa com Soluço, Perna-de-peixe e os outros dez garotos da Tribo dos Hooligans Cabeludos com seu professor Bocão Bonarroto numa expedição de caça com arco e flecha sobre esquis. Mas porque "sobre esquis?" Bem, vou explicar: nessa aventura as terras vikings estão no inverno mais frio dos últimos cem anos. Tão frio que o Mar Bravio congelou deixando todas as Ilhas Internas ligadas por um grande deserto de gelo sólido.

Bocão leva os garotos até o Monte Vilania onde deverão descer esquiando atingindo com flecha, na descida, o maior número de Pica-neves Semipintados que puderem. Só que ali perto espreita novamente o perigo: os Histéricos, vikings lunáticos e sedentos de sangue. Depois de mais ou menos uma hora tentando acertar um Pica-neve, Soluço e Perna-de-peixe encontram, adivinhem só, os Histéricos! Mas antes de saírem sem serem notados, Perna-de-peixe enlouquece e ataca os vikings sanguinolentos.
Nesse momento eu fiquei pensando: "o que foi que deu nesse garoto?"

Ficou como um mistério no fim do livro anterior e início deste para saber quem foi picado pela Vorpente.

Perna-de-peixe está estranho (mais estranho do que o normal...), tem episódios de loucura, febre, tosses e espirros. Soluço preocupado com o amigo, o leva a Velho Enrugado na véspera do Dia de Freya (dia onde se comemora a chegada da primavera). O avô materno de Soluço afirma que Perna-de-peixe foi picado pela vorpente e está com vorpentite e que às 10h do Dia de Freya morrerá. Soluço, desesperado, vai atrás do único antídoto para essa doença: o Vegetal-Cujo-Nome-Ninguém-Ousa-Dizer (nessa hora eu fui teletransportada a Harry Potter e tals...), só que a existência deste vegetal é uma lenda.
Soluço, Banguela, Camicazi e Caolho - um dragão que Soluço faz amizade - partem numa busca incerta do vegetal.

Neste livro conhecemos a Tribo dos Histéricos, que vivem "presos" em Histeria há 15 anos por causa do Guarra da Destruição, um dragão marinho imenso que vive na Ira de Thor - o mar ao redor de Histeria. Os Histéricos vivem sob uma maldição.

O final é completamente surpreendente. Eu começava a ler e não parava mais. Muita ação, aventura, suspense e possui uma dose de drama no final. Fiquei feliz que a Camicazi apareceu bastante neste livro.
Sou fascinada pelos vikings e o mundo criado pela Cressida é incrível!

site: http://nomundodoleitor.blogspot.com.br/2017/01/resenha-como-quebrar-a-maldicao-de-um-dragao.html

Mick 02/10/2014

Um livro infanto-juvenil recheado com bastante ação, aventura e humor.
Li "Como Quebrar A Maldição de Um Dragão", da autora inglesa Cressida Cowell, com meu filho de sete anos. Foi o primeiro da série que lemos juntos. Foi surpreendente notar que existem muitas diferenças entre as personagens do filme e as do livro, tais como o tamanho do dragão Banguela, o qual, no livro, é muito menor que no filme.

Apesar de ser o 4º livro da série, acredito que ter começado por este não compromete a leitura, pois são histórias independentes com algumas ligações com os livros anteriores.

Nessa história Soluço inicia uma perigosa viagem para encontrar o antídoto para a picada da Vorpente Venenosa, a qual picou um de seus melhores amigos. Para isso, terá que derrotar o assustador Garra da Destruição e terá que vencer o perigoso machado de Norberto, o Demente.

É um livro infanto-juvenil, leitores mais exigentes não esperem muito. Não é um livro ruim, mas, particularmente, eu esperava mais. A história tem ação, aventura e humor, meu filho gostou bastante. O livro tem algumas figuras legais, em menor quantidade que "Diário de um Banana". Por conter mais texto, indico este livro para crianças a partir dos 8-9 anos (Para lerem sozinhas).

Thiago 14/02/2014

posso pintar os desenhinhos?
uma sensação gostosa de estar enrolado em cobertores numa noite fria enquanto sua mãe conta uma historinha te mostrando as gravuras!!!
E essa vontade de pegar um monte de lápis de cor...

Felipe Miranda 09/01/2014

Como Quebrar A Maldição de Um Dragão - Cressida Cowell por Oh My Dog estol com Bigods
O inverno mais frio dos últimos tempos chegou nas Terras dos Vikings, todas as ilhas internas estão agora ligadas por um plano deserto de gelo sólido. Para não perder os costumes, o quarto livro com as aventuras de Soluço Spantosicus Strondus III e seu dragão de jardim, Banguela, começa com mais uma das aulas do idiota Bocão Bonarroto, o instrutor do Programa de Treinamento de Piratas em Berk. A aula da vez é a Expedição de Caça com Arco e Elecha sobre Esquis, onde os 12 alunos teriam que descer esquiando a maior montanha das Ilhas Internas enquanto tentam atingir o maior número possível de Pica-neves Semipintados com suas flechas.E como se isso não fosse o bastante eles devem se preocupar com os Histéricos, uma tribo viking sedenta por sangue, temida por todos e conhecida por matar primeiro e depois fazer perguntas. E a cereja do bolo está por conta do dragão Garra da Destruição, uma serpente negra do mar, um pesadelo com dentes enormes que está logo abaixo do mar congelado...

Já imaginam o que vai acontecer? Isso mesmo, Perna-de-peixe, Soluço e Banguela vão se esbarrar com vikings Histéricos e obviamente se envolver em problemas, que incluem uma flecha no traseiro de Norberto, o Demente, chefe da tribo Histérica. No livro anterior algo passou despercebido por mim no capítulo final, um nanodragão chamado Vorpente Venenosa, cuja picada é fatal. Ao que tudo indica, Perna-de-peixe foi picado por esse dragão e está a beira da morte, segundo os sintomas e a profecia de Velho Enrugado, a cura se encontra no Vegetal-cujo-nome-ninguém-ousa-dizer (uma batata) um vegetal que estaria em uma terra chamada América, um lugar imaginário... . E como as coisas sempre podem piorar, existe uma possibilidade de Norberto, o Demente ter a batata que é o antídoto para a Vorpentite, e essa é a única chance de Soluço salvar seu amigo.

Contrariando seu pai, Stoico, o Imenso, Soluço e Banguela saem em uma viagem nas águas congeladas em busca da batata. Eu me diverti bastante com essa conversa de batata, tem um momento em que os personagens imaginam como seria uma, tipo. Eles contarão com a ajuda de Camicazi, a herdeira das Ladras do Pântano, que surgiu no livro passado e é minha personagem preferida de toda a série. Ousada, forte e fofa.


As ilustrações do livro continuam lindas, Cressida Cowell criou mais uma aventura instigante e original e nossos heróis vikings ainda me arrancam risadas com tamanha falta de sorte. Várias espécies novas de dragões nos são apresentadas no decorrer do enredo, alguns são bem assustadores. A história do pai de Norberto, o Demente é bem interessante e o desfecho inesperado. Os epílogos da série são comoventes. Como não amar?

site: http://www.ohmydogestolcombigods.com/2013/10/resenha-como-quebrar-maldicao-de-um.html

Debora Carvalho 29/07/2013

Eu acho os livros da serie completamente perfeitos, e não desanime por ser literatura infanto juvenil, tá e uma historia sobre dragões, mas e simplesmente hilario e extremamente viciante, tem piadas inteligentes e uma dose de ironia, que como todo mundo sabe torna tudo melhor. se tiver filhos esses vão ser os primeiros livros que vou ler pra eles.

Biel 19/03/2013

Livro fisgante!
Desde o fim de “Como falar dragonês” ao início de “Como quebrar a maldição de um dragão” sabemos que alguém foi picado por um dragão chamado “Vorpente Venenosa” cujo veneno é letal tendo como única cura, a batata! Entretanto, ainda estamos na idade das trevas onde o arquipélago viking ainda não possui batatas e o lugar onde se encontra com abundância é um continente pouco acreditado “A América”. Os sintomas são claros e descobrimos que o pobre perna-de-peixe é que foi picado e deste modo morrerá às dez horas de sexta-feira se não encontrarem o antídoto. Soluço descobre que uma tribo vizinha (a tribo dos histéricos) possui uma batata congelada e decide ir furtivamente na tentativa de encontrá-la. Os histéricos descobrem e mais uma vez soluço deve pôr em prática seu plano diabolicamente astuto para novamente tentar ser o herói desta história.

“-BALOFO! - gritou ele. Stoico, o imenso, fitou o menino com os olhos arregalados. -TRASEIRO GORDO!- berrou perna-de-peixe - QUEM É QUE ESTÁ REPETINDO O PRATO DEMASIADAS VEZES, HEM, CHEFE COMILÃO DA BARRIGA DE GELATINA?? Stoico, o imenso, ficou vermelho como uma lagosta.” Página 85.

É incrível como os livros da série “Como treinar o seu dragão” conseguem despertar em mim inúmeras qualidades e desta vez ele (o livro) se superou. Esta obra é fascinantemente fabulosa, além de muito convincente. O desenvolver e o final faz-me acreditar que é o melhor livro lido em toda a minha vida até agora. Tudo, definitivamente tudo têm algo conciliado e que, por conseguinte apimenta o final extraordinariamente bem detalhado. Este misto gratificante de experiência e aventura intrigante faz da obra uma gratificante leitura. Soluço é sempre ridicularizado por Melequento e os outros garotos da tribo, muito embora no final prove que está mais do que apto a ser um futuro líder. Acompanhamos lutas de espadas (com ótimos espadachins), a relações entre dragões e humanos, um inverno rigoroso, pessoas esquiando no gelo, flechadas, fogos lancinantes de dragões, enfim é uma leitura de fato deslumbrante.

“É aqui que a parte complicada fica ainda mais complicada fica ainda mais complicada... – sibilou velho enrugado – O antídoto contra a picada da Vorpente Venenosa é o Vegetal-cujo-nome-ninguém-ousa-dizer. – O quê? O senhor se refere à batata? – arquejou soluço. – Psiu – sussurrou Velho Enrugado, abanando as mãos desesperadamente – Você não deve dizer esse nome! Dá azar!” Página 90.

Algo absolutamente fascinante é como Cressida consegue prender o leitor à esplêndida estória, envolvendo-o quase sempre às artimanhas do herói Soluço e seus amigos. As surpresas não param de ocorrer e o modo como tudo acontece é brilhante e bem planejado. Do princípio ao fim há coesão entre os argumentos e ideias presentes no livro. Tudo se congrega! O indivíduo que não têm prazer pela leitura e começa a ler as memórias de Soluço, definitivamente se sente instigado a ler novos livros pois com o misto de humor, aventura e heroísmo a obra consegue fisgar e excitar outras novas. Leiam é formidável!

“O SOM que ele emitia era inexprimivelmente horrível, de uma tristeza tão extrema que fazia você também sentir vontade de chorar, um som que arrepiava a espinha como pés de aranha, e subia rapidamente para o couro cabeludo, fazendo com que cada fio de cabelo na cabeça de Soluço se espetasse como um porco-espinho.” Página 185.

Nay Freitas 19/12/2012

Como quebrar a maldição de um Dragão
Bem, como toda a série eu tenho um livro que mais gostei e esse não é diferente. De todos os livros até agora que li da série Como treinar o seu dragão o quarto volume, Como quebrar a maldição de um dragão é o meu favorito e vou contar para vocês o porquê.

Como sabem a vida de um guerreiro viking não é nada fácil, ainda mais se você for um aprendiz de viking, magricelo, ruivo e sardento e que possua o menor dragão de todos como Soluço. Mais um dia no treinamento para ser um viking, Bocão Bonarroto decide sair em um dia muito frio e com muita neve, onde o mar estava completamente gelado. Todos os dragões estavam hibernando, menos Banguela que já estava com um humor péssimo por não conseguir dormir. Perna de Peixe e Soluço estavam escalando para concluir a tarefa de acertar um pássaro com o arco e flecha ainda esquiando. Naquelas partes moravam os histéricos uma tribo completamente louca e cruel e para o desprazer dos meninos eles encontraram um grupo deles e para piorar a situação Perna de Peixe tem um acesso de loucura e resolve perseguir os histéricos. Para salvar o seu amigo doido, Soluço acaba acertando o traseiro de um dos histéricos que estava pronto para acertar Perna de Peixe com uma flecha, o histérico praguejou e foi atrás de Soluço. Soluço e Perna de Peixe conseguem fugir, mas o histérico deixa claro que se visse Soluço mais uma vez por ali iria matá-lo sem pensar duas vezes. Perna de Peixe se aparenta muito doente e Soluço fica preocupado com o amigo e o leva para ver o seu avô Velho Enrugado que fala que Perna de Peixe foi picado por uma Vorpente Venenosa e que morreria depois das 10hs da manha e que para salva-lo Soluço precisaria trazer o vegetal-cujo-nome-ninguém-ousa-dizer que no caso é a batata para salvar Perna de Peixe. O grande problema da batata é que ela é um vegetal imaginário na cabeça dos vikings que crescem em um continente imaginário chamado América. Há muito tempo atrás um viking decidiu descobrir a América e provar que o pensamento de que a terra é parecida com uma panqueca era errado e nas histórias ele consegue encontrar esse continente, mas é morto por um dragão marinho gigantesco, garra da destruição que agora está preso a quinze anos na vila de histeria impedindo que os histéricos saiam. O plano então é encontrar a batata que o líder dos histéricos trouxe do continente, o grande problema é que Norberto o Demente (o histérico que Soluço atingiu no traseiro) está sedento de sangue.

Soluço fica assustado e tenta pedir ajuda para o pai, que estava revoltado com Perna de Peixe e Velho Enrugado, pois o sogro falou que os Hooligans iriam ganhar das Ladras do Pântano no jogo, mas eles perderam e Stoico teve que pagar para a líder e estava furioso com Perna de Peixe porque no jogo o garoto ficou louco mais uma vez e começou a insultar o líder da tribo (que no caso é o próprio Stoico). Soluço explica para o pai que seu amigo irá morrer, mas o homem não acredita e fala que Soluço precisa de um novo amigo e que Perna de Peixe ou como Stoico gosta de chamar o menino “Ova de Peixe” é muito esquisitinho para andar com o herdeiro dos Hooligans e fala para o filho ser amigo de Melequento, o primo egoísta que quer roubar a liderança de Soluço.
Soluço foge com Banguela e consegue convencer Caolho (dragão dente de sabre que não hiberna e que odeia os humanos) que precisavam pegar a tal batata pois assim eles poderiam salvar tanto os humanos quanto os dragões das picadas da Vorpente. Quando estavam indo Camicazi a herdeira das Ladras do Pântano aparece e obriga Soluço a deixa-la ir, Melequento é o único que vê Soluço partindo e fica torcendo que ele não volte mais.
Os meninos conseguem invadir a torre dos histéricos, mas Soluço acaba sendo aprisionado e Norberto conta toda a história para o menino mostrando onde a batata está, ele empurra um mapa para trás e lá estava seu pai congelado com a batata nas mãos e uma cambada de dedos duros (dragões nojentos de grandes garras e barulhentos) fazendo seu trabalho de alerta.
Soluço está preso em uma jaula enquanto os histéricos estão dormindo no salão. Banguela ainda estava sem dormir, mas conseguiu soltar Soluço e Camicazi foi roubar a batata, mas por ser uma ótima ladra ela pegou mais do que deveria e acabou fazendo com que o pai de Norberto caísse encima dos dedos duros que começaram a guinchar horrorosamente fazendo os histéricos acordarem. Depois de uma luta com eles os meninos conseguem fugir com a batata e com um outro instrumento que Camicazi havia roubado. O gelo estava derretendo e eles precisavam sair o mais rápido da ilha de histeria por causa do dragão Garra da destruição.
Para a surpresa do meninos, eles conseguiram sair da ilha, mas Norberto estava bem atrás deles e conseguiu cortar a corda que separava o trenó de Caolho, fazendo o dragão deixar os meninos para trás. Soluço se lembra da profecia que Norberto contou para ele, onde a pessoa que tirasse a flecha da batata teria o poder de quebrar a maldição que segurava garra da destruição na ilha de histeria. Soluço retirou a flecha diante dos olhos de Norberto que ficou chocado, Soluço guardou a batata no bolso e colocou a flecha feita por penas de pássaros que Soluço desconhecia junto com as suas. O desespero dos meninos aumentaram quando perceberam que o gelo estava derretendo rápido e também que depois de quinze anos Garra de Destruição estava fora da ilha, o animal negro surgiu na superfície, aquele dragão gigantesco, Soluço tentou falar com ele mas o dragão não conseguia responder, frustrado ele retirou sua enorme língua e agarrou a batata e a engoliu, depois foi embora. Enquanto Norberto comemorava o fim da prisão Soluço estava em choque, não sabia o que fazer, Perna de Peixe iria morrer e ele ficaria sem o seu melhor amigo, arrasado ele volta para ilha, onde o seu pai o esperava furioso, quando Soluço, Camicazi, Banguela, Caolho e Stoico chegaram na casa de Velho Enrrugado, perceberam que Perna de Peixe estava apenas com um resfriado forte que acabou mexendo com o seu lado berserk. Soluço fica aliviado, mas começa a sentir dores e cai na cama. Velho Enrugado retira o instrumento que Soluço carregava com ele e olhou as horas, explicando que era Soluço que havia sido picado pela Vorpente e que ficaria tudo bem com a batata para salva-lo.
Camicazi explica que eles não conseguiram pegar a batata e Velho Enrugado fica desorientado, Stoico começa a chorar com a possível morte do filho, até Caolho que odeia os humanos estava chorando pelo seu amigo. Soluço tentou falar, mas sua voz não saia e por incrível que pareça Perna de Peixe percebeu o que o amigo estava tentando dizer, então o garoto pegou a flecha estranha e atirou em Soluço atingindo o pé do menino. Por um milagre de 15 anos, o suco da tão desejada batata ficou preso nos ferros da ponta da flecha e com isso Soluço sobreviveu. Stoico pediu desculpa para Perna de Peixe e finalmente Banguela conseguiu dormir.
No final do livro Soluço percebe que Garra da Destruição não havia saído da ilha porque ele também fora mordido por uma Vorpente e precisava da batata, como os dragões desse tipo vivem milhares de anos, 15 anos para ele era como se fossem 2 minutos. Com Soluço mais velho e liderando um dos navios Hooligans, ele percebeu que algo o seguia e quando deu por si era um Garra da Destruição, mas não qualquer um, era o SEU Garra da Destruição que agora brincava alegremente perto do barco e acabou sendo um dos amigos de Soluço e ajudou o menino nas horas em que ele mais precisara.

ESSE LIVRO É INCRÍVEL! Até agora é o que mais gostei, além de ter várias emoções e surpresas, é engraçado e divertido. Soluço acabou salvando sua amizade com Perna de Peixe, salvou sua vida, fez novos e poderosos amigos, e conseguiu salvar toda a ilha da picada da Vorpente, pois por um milagre de Thor a flecha que Soluço decidiu fincar na terra brotou uma batata e então assim ele saiu plantando batatas em todos os lugares.

Andreia Santana 25/11/2012

Como navegar com os vikings sem perder a cabeça na lâmina da espada
Unir mitologia e histórias com roupagem mais moderna não é uma novidade na literatura. Tampouco é a reinvenção da roda, desde a popularização do gênero por J. K. Rowling, criar séries inteiras que mostram a iniciação de jovens aparentemente comuns rumo ao heroísmo. Essa tradição, no entanto, não foi inventada pela criadora de Harry Potter, e também está na mitologia clássica, basta lembrar as tarefas de Perseu ou mesmo Hércules, jovens que, antes de descobrirem seus talentos semidivinos, foram criados como mortais comuns.

Mas o que Cressida Cowell faz com a saga Como treinar o seu dragão é ir além das tradições descritas acima. Como representante de seu tempo, ela lança mão do truque de unir a mitologia nórdica e a história dos vikings com a narrativa ágil, divertida e clara que agrada a geração atual. Também utiliza o recurso da iniciação do jovem guerreiro para criar uma novelinha sobre amadurecimento, generosidade e amizade, mas com pitadas de humor ácido e piadas inteligentes que dão o diferencial da série, destacando-a entre a multidão de títulos que chegam às livrarias.

Os primeiros livros da série Como treinar o seu dragão serviram de base para o roteiro de uma animação infanto-juvenil belíssima, dirigida por Peter Hastings, que agrada também ao público mais velho. Embora o filme tenha ajudado na popularização dos livros no Brasil, vale ressaltar que comete inúmeras licenças poéticas, para adaptar a história ao gosto do público de cinema; e que as obras escritas possuem muito mais surpresas divertidas para quem se aventurar pelas ilhotas do Mar Interior junto com o jovem viking Soluço Spantosicus Strondus III.

Cressida Cowell brinca com os estereótipos e com a tradição histórica que descreve os vikings como guerreiros impiedosos, verdadeiros brucutus dos mares, piratas sanguinários e desgrenhados, com suas cabeleiras ruivas ou loiras, pavio curto e uma intrincada mitologia formada por deuses igualmente cruéis e impacientes. Mas ela usa muito carisma para descrevê-los, e a linguagem atual e fresca de seus livros aproxima esses personagens quase remotos da cultura atual, tornando-os adoráveis em sua brutalidade.

A série conta a história do jovem Soluço, filho único do chefe dos Hooligans Cabeludos, vikings que vivem na inóspita ilha de Berk e possuem dragões como uma espécie de bicho de estimação e ajudantes para as tarefas mais árduas. O primeiro livro mostra como os aspirantes a guerreiros da tribo, entre eles Soluço, um garoto que pela descrição física e pelo temperamento cordato é o menos provável candidato ao Valhala (o paraíso na cultura viking era reservado só aos heróis), devem capturar e treinar o seu próprio dragão.

Cabe a Soluço um pequeno e teimoso dragão chamado Banguela, e juntos eles se metem em inúmeras confusões, sempre com o jovem aprendendo mais sobre si mesmo e descobrindo capacidades e talentos que ele nem imaginava que possuía. Soluço destoa do mundo ao seu redor. Enquanto seus pares são grosseirões e resolvem tudo na base da força, ele é astuto e observador, compensando a pouca força física com sagacidade.

No segundo livro, Soluço tem aulas de pirataria e está às voltas com a caça ao tesouro de seu bisavô Barbadura. As descrições das disciplinas ensinadas aos jovens guerreiros, a exemplo de Descortesia Avançada, além dos nomes esdrúxulos dos personagens, são uma diversão à parte.

No terceiro volume, ele acaba metido numa grande encrenca com o Império Romano e um inescrupuloso cônsul obeso, que adora comer dragões lambuzados de mel, para desespero das espécies menorzinhas. No quarto livro, Cressida brinca com a teoria que diz que na antiguidade, muito antes das viagens de descobrimento, os vikings teriam chegado à América e coloca Soluço em uma luta mortal com a tribo rival dos Histéricos pela posse de um vegetal que seria a cura para a mordida assassina da Vorpente Venenosa, um dragão que o que tem de minúsculo, tem de letal.

A série, lançada no Brasil pela Intrínseca, possui até o momento oito títulos e em cada um deles, um desafio novo é imposto a Soluço, que é o narrador da história. Cressida se transforma em um Soluço idoso, saudoso das grandes aventuras que viveu na infância e juventude e, utilizando-se dessa sabedoria acumulada na maturidade, pontua a narrativa de reflexões profundas e ao mesmo tempo capazes de despertar a atenção e ficar registradas na memória até do leitor menos afeito a extrair “morais da história” daquilo que lê.

Como treinar o seu dragão, tanto na forma quanto na capacidade de não subestimar os jovens leitores, lembra as histórias deliciosas de Roald Dahl, um autor que sempre soube misturar na medida certa o lirismo e o humor. No fim das contas, os vikings de Cressida Cowell não reinventam a roda, mas fazem a diferença navegando em águas conhecidas.

P.S.: A mesma resenha está publicada na página dos livros Como treinar o seu dragão, Como ser um pirata e Como falar dragonês