Resenhas - O Velho e o Mar

Bárbara Paradiso 23/05/2021

De que vale um peixe grande?!
???Santiago é um velho pescador, que em meio a pobreza que vivia passa 84 dias sem pescar um peixe. Entretanto, a desistencia nunca fora uma possibilidade para ele.

???Uma narrativa direta, flúida, e impactante. Você se sente o individuo invisível sentado ao lado de Santiago em seu barco, participando de seus monólogos e desejando poder ajudá-lo ao passo que também admira sua coragem e força.

???Um livro simples, que mergulha de uma forma muito profunda nos sentimentos de uma realidade de vida, e de um ser humano entre milhões de outros, mas que sempre compartilha algo em comum. O conformismo, a paciência, a persistência.

???Possivelmente se você for fisgado por este livro desde o começo, o terminará em poucas horas. Esta é uma leitura de um só dia, que não deixa a desejar. Vai por mim!

Nado 20/03/2022

O enredo de O Velho e o Mar pode até parecer fraco. Se resume em um velho pescador que está à procura de um grande peixe depois de 84 dias sem qualquer sucesso, porém, essas poucas páginas possuem parágrafos intensos e reflexivos.
Finalmente ele consegue fisgar o maior peixe de vida e, agora, com esse único companheiro em mar aberto por dias, o pescador fará algumas reflexões da sua vida e se mostrará perseverante diante desse desafio.
Infelizmente nem sempre o resultado do nosso trabalho é compatível com o esforço para alcançá-lo, mas nem por isso se deve desistir da recompensa. Por menor que ela seja, você não a teria conquistado se não tivesse ao menos tentado.
A amizade entre o velho e o menino tem uma grande mensagem de carinho e respeito.

Mari 31/01/2024

"Lá em cima, na cabana, o velho estava dormindo de novo... Sonhava com leões."
O livro narra a saga de Santiago, um pescador de extrema humildade que leva uma vida bem simples em Cuba. Depois de 84 dias sem pegar um peixe sequer, ele decide sair, mais uma vez, em uma viagem pelo mar cubano em uma busca difícil e esperançosa. Santiago acaba por ir nessa busca sozinho, já que Manolin, o garoto que o ajudava, teve de procurar emprego em outro barco, devido à escassez das pescas com Santiago.
Então passamos a acompanhar os seus dias monótonos no barco e podemos ver seu imenso conhecimento sobre o mar, peixes e pesca em geral. Já no seu primeiro dia, um peixe fisgou sua isca e, embora o peixe não possa ser visto de imediato, Santiago percebe que não é um peixe comum, pela força e profundidade pela qual fisgou a isca, demonstra ser bem maior do que todos que ele já viu. São dias e noites de luta contra a força e resistência do peixe, nessa luta Santiago quase fica cego por conta do sol e perde o movimento de uma das mãos em decorrência de um corte causado pela força com que segurava o peixe pela linha, enquanto passa por todas essas adversidades, Santiago vence a solidão conversando com as aves, os peixes, o próprio peixe fisgado, a mão e por vezes consigo mesmo. Quando enfim consegue pescar de fato o peixe, ele inicia sua jornada para casa. Após amarrá-lo no barco, ele é perseguido por vários tubarões até a costa e, embora tenha conseguido se livrar de todos eles, perdendo assim várias armas, arrisca ser morto a todo momento.
Santiago chega totalmente exausto à praia com apenas a carcaça do peixe, já que o resto foi levado pelos tubarões. Outros pescadores, ao verem o tamanho da carcaça, passam a admirar Santiago.
Mais do que a luta com o peixe, o que Santiago empreende no mar é a luta consigo. Paciência diante de dificuldades quase invencíveis, sabedoria e persistência são elementos que lhe garantem sobrevivência diante do fim trágico de sua jornada.
A aventura e busca por se provar de Santiago nos faz refletir como é sua vida, uma luta que, apesar das vitórias, lhe causa dores e a busca eterna de uma vida melhor. O que me elucidou que não só a vida de Santiago parte desse ponto...

Tamy 19/01/2024

Perseverança... ??
Santiago é um velho pescador que já não consegue pescar nada há 84 anos. Porém, ele não se dá por aposentado deste ofício e tem fé de que essa maré de azar passará. Assim, ele se lançou ao mar sozinho, crente de que dessa vez traria algo para casa.

E assim, acompanhamos esse pescador solitário que acredita fielmente em si e nos conhecimentos que adquiriu em todos esses anos de pescarias.

Uma história que despertou em mim ansiedade, entusiasmo, angústia, tristeza e o questionamento de "será que vale a pena todo esse esforço?". Mas Santiago está determinado, carrega consigo um sentimento de perseverança e uma autoconfiança que são o suficiente para lhe dar a força de que necessita.

A batalha não é fácil, mas ele precisa e quer enfrentá-la até o último minuto. Essa é uma história que explora os limites do corpo e da alma, da força que um homem pode ter dentro de si e até onde é possível ir para alcançar aquilo que deseja.

Bruna B 11/10/2021

Leitura envolvente e surpreendente.
Após início é impossível parar de ler, me vi em vários momentos, no barco com o velho, envolvida com cada situação.

Fabio.Jackson 03/04/2022

Reconhecer os próprios limites
O livro fala bastante sobre reconhecer os próprios limites. Da solidão de pessoas mais velhas e do abandono quando a nossa ?era de ouro? termina.
Santiago não queria desistir, por mais insano é absurdo que fosse a atividade de ficar sozinho em alto mar por conta de um peixe.
Ele queria se provar. Provar que ainda era capaz. Porém ignorou o limite de sua mente e de seu corpo. Colocou sua vida em risco. Excelente leitura. Rápida.

Camila Borges 04/04/2021

Sobre nós
Tenho pouco a acrescentar ao que já foi dito sobre essa obra. A história de um homem que luta por um grande peixe, depois de dias sem conseguir pescar nada. É simples, é certeira, é triste. É dito que todo clássico carrega um pouco da humanidade, isso é muito claro nesse livro. A dor, a solidão, a resiliência, a decepção, a fome de Santiago, tudo isso é sobre nós.

Jardim de histórias 14/06/2023

Um grande trabalho!!!!
A primeira vez em que li esse livro incrível, fui arrebatado por múltiplas sensações, como: emoção, euforia, tristeza, inspiração, coragem, aflição. Aí veio a releitura. Eu fiz questão de me certificar, que não era exagero essa minha identificação com a obra. E aí, fui novamente sacudido por Ernest Hemingway e sua forma tangível e singular de escrever. A escrita, nessa obra é tão viva, que proporciona algumas conexões que despertam sensações reais no leitor. Quem não se aplastou, na luta do velho Santiago, ao tentar manter o controle, nos dias a deriva no oceano? Ou quem não desenhou no imaginário, a face do velho, ao conviver com a possibilidade real de se tornar obsoleto? 

Ao criar a conexão com esta obra, quando olhamos para o horizonte na tentativa de enxergar o limite da imensidão para decifrar o encontro do céu com o oceano, talvez, conseguimos, a partir desta metáfora, entender a paixão que motiva o velho Santiago, que nesta prosa lindíssima é retratada de forma resiliente. Mesmo em uma situação de miséria em que vive, ele não se alimenta da pena em que os demais pescadores sentem dele, muito menos, do que eles pensam sobre as consequências relacionadas à baixa produtividade em referência ao baixo vigor, devido à idade avançada. Para o Santiago, estava tudo dentro da normalidade, isto não o incomodava. A determinação de Santiago, é uma lição filosófica, capaz de motivar, até mesmo o mais insensível leitor.
Ao me referir a filosofia, a história em si, nos envolve o tempo todo num campo repleto de reflexões, exemplo maior, está no Marlim-azul enorme, avistado no oceano pelo velho, e a luta incessante deste peixe pela sobrevivência e a real motivação de Santiago, por conseguir pescá-lo. E esta parte da história, desenvolve um duelo épico. Um duelo pela sobrevivência de ambos, se entendermos a luta do peixe para sobreviver e a do pescador que cuja subsistência é relacionada ao êxito da pesca, então, sim, é um duelo pela existência. Um lindo duelo!

Um livro triste, forte e, ao mesmo tempo, sensível. Um livro imprescindível e extremamente necessário. 

Ally 08/01/2022

O velho e o mar
Acho fascinante quando conseguem contar grandes histórias com poucas palavras. É na simplicidade que se encontra a mais bela poesia. Esse livro é bonito por vários motivos, mas principalmente por seu simbolismo e por todas as reflexões que ele proporciona ao leitor. Não é a toa que é considerado um clássico. Recomendo muito a leitura.

Marcella Fleury Berquó 17/07/2021

Perde-se a batalha, mas não a guerra.
"O Velho e o Mar" traz não apenas uma história de perseverança e coragem mas também de humildade e compaixão.

Um primeiro contato com o Sr. Santiago já transmite algumas dessas qualidades, contudo é ao longo do livro que podemos ver a imensidão do que significa ser um pescador e um homem para o personagem. Um homem que acredita que não lhe restam dias de glória e que prefere sonhar com o passado.

É com sua luta/dança com o grande peixe (que é visto mais como um companheiro ou velho amigo do que um adversário na maioria das passagens) que todas essas qualidades brilham como o sol do meio dia. O respeito e admiração do Sr. Santiago transborda enquanto navega rumo ao desconhecido com apenas a esperança como guia.

O livro tem uma leitura muito agradável e bem descritiva, dá pra sentir a maresia e ouvir o barulho que as ondas fazem ao baterem na madeira do barco.

Assistimos a tudo sem poder ajudar, contudo o que nos resta é esperar que tudo dê certo (compartilhamos esse sentimento com o personagem).

Marcos 18/04/2010

Muito abaixo do esperado
Foi meu primeiro livro de Hemingway. Sempre ouvi falar bem do escritor, como um dos maiores de todos os tempos. Esperava que fosse daqueles livros cheios de conteúdo, mesmo em poucas páginas. Espero, sinceramente, que "Por quem os sinos dobram" seja diferente.

Logo nas primeiras páginas senti a decepção. Achei os diálogos infantis, me senti lendo aqueles livros da minha infância. Os personagens também são mal construídos. O garoto é simplesmente idealizado, totalmente politicamente correto. O Velho de certa forma também não foge do estereótipo, sente pena até do peixe que está caçando.

A estória gira sempre em torno da mesma coisa. Obviamente isto é de propósito, um recurso do autor para enfatizar a persistência do Velho. Mas isso é bastante cansativo. Foram apenas 125 páginas, muitas delas ilustradas. Se fossem 200, eu já teria abandonado, mesmo a leitura sendo extremamente fácil, sem nada rebuscado.

Há algumas reflexões soltas no meio da estória, numa mistura de delírio com consciência, o que poderia ter sido mais bem desenvolvido. O Velho às vezes fala algo interessante, mas já se apressa em concluir com algo como "não importa", "concentre-se", etc. Uma pena, pois muitas vezes é isso que torna uma obra um clássico. Histórias de persistência não faltam por aí e a sensação que tive é que esta foi apenas mais uma.

Joel.Martins 19/09/2020

Respeito e admiração
O livro é lindo.
Tem muito do que está faltando nos dias de hoje.
Tem respeito ao próximo e à natureza.
Tem esforço, dedicação, amor e esperança.

LucAlio.CAmara 24/03/2024

O velho e o mar
RESENHA
Início: 24/03/2024
Livro: O velho e o mar
Autor: Ernest Hemingway
Origem: EUA
Páginas 126

Ficção

Sobre o que achei:

"O Velho e o Mar" é um livro clássico e atemporal que narra a história de Santiago, um pescador idoso e solitário, e sua épica batalha com um gigantesco peixe no mar. A obra explora temas como a luta pela sobrevivência, e a resiliência humana.

A relação entre Santiago e o peixe simboliza a luta do homem contra as forças da natureza, além de trazer à tona questões sobre o sentido da vida e a busca pela dignidade.

Adorei a simplicidade da linguagem na narrativa!

Vcs precisam ler este livro!
E vcs já leram?

Gigi 07/08/2021

Resiliência
Eu li sobre a nobreza de uma alma simples, honesta, resiliente e respeitosa. Li sobre superação, coragem e uma luta titânica.
O livro em si é uma arte literária que não será apreciado pelos amantes de leitura rasa. Ele é muito mais complexo que a simplicidade da sua história.
Este é o livro mais popular do autor, sendo explicitamente mencionado, ao ser laureado com o prêmio de Nobel da Literatura em 1954: ?por sua maestria da arte narrativa, mais recentemente demonstrada em "O Velho e O Mar", e pela influência que exerceu no estilo contemporâneo?.

Mari Pereira 03/06/2021

"É uma estupidez não ter esperança."
Caramba! Que livro!
Na superfície aparenta ser um livro simples, apenas a história de um velho pescador tentando pescar um grande peixe. Mas é muito mais que isso.
É um livro sobre solidão, velhice, esperança, persistência... Enfim, é um livro sobre a vida!
Na luta para pescar o peixe, Santiago está lutando também por si próprio, por algo que dê significado à sua vida. Desistir do peixe seria como desistir de si.
Os devaneios do pescador e as conversas consigo mesmo são ricas em ensinamentos. Me fizeram pensar sobre o abandono a que são submetidos os idosos e luta que precisam travar para se provarem úteis, pelo não esquecimento.
A relação do velho com o garoto é enternecedora.
Na parte final, me vi envolvida em uma angústia tremenda, torcendo muito por uma "vitória" do personagem. Logo eu, que não gosto de finais felizes, quis um agora mais que nunca.
É uma história profundamente triste e desoladora. A leitura vale cada página.
Sensacional!