O Princípio do Fim

O Princípio do Fim Manel Loureiro Doval




Resenhas - Apocalipse Z


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Paco 28/12/2011

Será que sou só eu
Quando comprei esse livro, estava querendo comprar algum livro de terror e fui pesquisar na internet alguma coisa do tipo, me deparei com esse fenomeno da internet, onde todos os amantes de zumbi falavam bem pra caramba dessa série. Na mesma hora sem perder tempo comprei na esperença como amante de um bom terror ter uma experência deliciosa, mas não foi muito bem o que aconteceu.
O livro não é ruim, mas também não é ótimo como todos falam (sem querer ofender ninguem). Livro bom, mas sem muito o extase que estava esperando, não tive toda aquela angustia que falam em pensar o quanto o cara sofre pelas mudanças no mundo em que vive.
Com toda certeza lerei os outros dois volumes, mas na obrigação de terminar uma trilogia.
Silvia 24/03/2013minha estante
Eu amei este livro, para mim foi um dos melhores livros sobre mortos vivos.


Silvia 24/03/2013minha estante
Eu amei este livro, para mim foi um dos melhores livros sobre mortos vivos. Pode ler os outros dois volumes, acho que vc vai gostar mais, tem mais ação.




Thiago 16/12/2011

O mundo cheio de zumbis, mas e aí?
No mínimo esse é um bom livro que merece ser lido por qualquer fã de zumbis e/ou por qualquer um que tenha gostado de The Walking Dead (meu caso).

Peguei o bichinho sem pretensões, não esperando nada além de uma história envolvente. Fui feliz na escolha.

É sim um bom livro que retrata o desmoronamento da sociedade como a conhecemos. Desde a reação dos governos, médicos, mídias e população, até a transformação do homem em presa, e seus problemas para sobreviver nessa nova realidade.

Mesmo assim não é um livro perfeito. Graças ao tema, essa história não precisa ter um norte para guiar a narrativa. Se trata apenas de narrar a sobrevivência nessa nova condição extrema. Mas por isso mesmo, eu senti uma falta de objetividade na narrativa. Pareceu apenas um série de eventos ao acaso.

Outra coisa que incomoda durante a leitura, é a repetição de situações e de termos durante todo o livro, como a descrição das manchas de sangue "escurecida" ou "enegrecidas", e a descrição de todos os "não mortos" repetindo a cor da pela e a condição das veias. Essas coisas tornam as descrições um tanto quanto repetitivas.

Mas apesar desses pequenos defeitos não deixa de merecer ser lido e levar 3 estrelas.

Agora vou partir para o segundo livro da série.
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Henrique 13/11/2011

Grata surpresa
Sempre fui fan de histórias de zumbis, vampiros etc e quando vi a capa deste livro me interessei, porém não imaginei que o livro seria tão bom!! Um dos melhores que li do genêro! Estou ansioso para ler os próximos volumes.
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Júliah 15/10/2011

S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L!!!!!!!!!!!!!!!!

Livro muito bom, impossível parar de ler, as vezes da vontade de parar pela quantidade de confu~sões que acontecem. É mutiooo bom mesmo! Pra variar fazia tempo que não lia um livro tão bom! Vale a pena. Muito assustador!
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Kelli ( kell_msa) 15/08/2011

Interessante a forma de escria do autor.

Recomendo Muito. Um livro otimo para fanatico em historias de zumbis como eu.
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Maurinho 05/08/2011

Um livro sensacional
Nos dias atuais, sofremos uma invasão de livros de ficção envolvendo vampiros. Depois foi a vez dos anjos,...e agora são os zumbis que buscam "o seu lugar ao sol". Entretanto, tentando separar o joio do trigo, isto é, obras realmente originais, daquelas que são caça-níqueis, acabei "descobrindo" este livro de um autor espanhol, e fiquei realmente empolgado com a leitura.
O tema é clássico, ou seja, um apocalipse, com o mundo sendo tomado pelos mortos-vivos. O interessante é a forma que o autor escolheu para narrar a história. ELe começa com um blog, com postagens de um autor de quem nunca ficamos sabendo o nome. Narrando o seu cotidiano, acompanhamos a evolução de uma misteriosa doença, e testemunhamos a perplexidade, o medo, a falta de informações, todos os sentimentos que acometem o protagonista. Depois de um terço do livro, este se transforma em um diário, narrando as aventuras do herói em um mundo que está se desintegrando.
O ponto é que o Manel Loureiro escreveu um livro extremamente realista, e não foram poucas as vezes que senti na pele toda angústia do protagonista, em cenas de arrepiar os cabelos. ELe não é um super-homem, nem tem poderes especiais, muito antes pelo contrário. É um ser-humano como qualquer um de nós. E é justamente pelas suas falhas e inseguranças que acontece a identificação com o leitor. Várias vezes me peguei pensando que faria exatamente a mesma coisa, naquela situação. Recomendadíssimo para os que gostam de livros de terror e suspense.
Silvia 17/10/2012minha estante
Perfeito, sem palavras para este livro.




Bruna Fernández 14/07/2011

Resenha feita para www.LivrosEmSerie.com.br
Nunca li nada sobre zumbis, nem assisti à filmes ou seriados sobre o assunto também. Creio que meu maior contato com mortos-vivos na cultura pop foi no videoclipe de "Thriller" do Michael Jackson. (: A únicas coisa que eu sabia antes de começar a ler esse livro é que o único jeito de se matar um zumbi é atirando em seus miolos, nada mais funciona.

Confesso que estava um pouco apreensiva antes de iniciar a leitura, pois não tinha ideia do que ia ser apresentado na narrativa, mas a capa do livro e a seguinte frase "O que você faria se, um belo dia, ao acordar, descobrisse que a humanidade está caindo aos pedaços?" na 4ª capa, me chamaram muito a atenção. A diagramação foi toda feita em formato de diário - tanto virtual (blog), como físico (diário mesmo) - e não temos a habitual separação por capítulos, mas sim por dia e hora, o que cai muito bem no formato da narrativa e ajuda o leitor a seguir a linha temporal do enredo. Seguindo a ideia de ser diário/blog, a escrita é muito pessoal, como um sincero relato, com o ponto de vista do personagem principal. Somos guiados somente por suas observações do mundo, que, ainda bem, são bem amplas e inteligentes.

As poucas coisas que descobrimos sobre o narrador/personagem principal é que ele é viúvo, mora sozinho com seu gato Lúculo em uma cidade espanhola chamada Pontevedra - a cidade natal do próprio autor - e que ele trabalha como advogado. Após perder a sua mulher, um psicólogo indica que ele comece a escrever sobre o que sente, não somente em relação a sua esposa, mas no geral, como um tipo de "válvula de escape". Ele então começa a regidir um blog e nele relata frivolidades do seu dia a dia e, também, começa a relatar estranhos acontecimentos na área do Cáucaso - uma região da Europa oriental e da Ásia ocidental - sempre acompanhando o caso pela TV e pelo rádio e, aos poucos, vai dando a sua opinião sobre o assunto. O emprego dos nomes de canais que realmente existem e fatos político-militares reais entre os países envolvidos trazem uma carga mais realista ainda pra o enredo, levando-nos a crer que realmente estamos lendo um blog real e que o mundo está realmente passando por tudo aquilo. Há momentos em que essa realidade chega a causar um sentimento de desespero real no leitor.

Pouco a pouco a situação vai se tornando cada vez mais alarmante, países declarando lei marcial - o sistema de leis que tem efeito quando uma autoridade militar toma o controle da administração do Estado - , estado de sítio e/ou exceção - grave ameaça à ordem constitucional democrática ou calamidade pública -, ou seja, aos poucos o mundo inteiro está imerso no mais completo caos. Ilhado em sua prória casa com seu fiel gato, racionando energia elétrica e comida, o personagem principal se encontra sozinho em sua rua - que foi completamente abandonada pois as pessoas seguiram para os "pontos seguros", seguindo a ordem das autoridades. Apenas com a companhia de um vizinho, ele narra com terror sua visão dos seres "não mortos" - como os zumbis são chamados com recorrência na obra - infestando a sua rua, cercando a sua casa. Com o passar do tempo ele percebe que precisa sair de casa e procurar refúgio com outros humanos se quiser sobreviver. Acompanhamos então o trajeto aventureiro e perigoso da personagem, em sua interminável busca pela paz.

O livro é cheio de ação, reviravoltas, angústia e terror. Alguns trechos chegam a ser aterrorizantes, com descrições detalhadas dos "não mortos" e seus 'machucados' - tripas à mostra, mutilações, sangue por toda a parte - acompanhadas das descrições dos cheiros pútridos e fétidos que chegam a nausear o leitor só de imaginar os cenários descritos. Todos esses elementos ajudam muito na hora de situar o leitor e nos leva a imaginar a magnitude do caos em que se encontra o personagem. Uma das partes mais longas do livro, o clímax do enredo, se passa dentro de um hospital abandonado, e a incrível escrita do autor me passou um enorme sentimento de desamparo e desespero sem fim - com certeza é uma das minhas partes preferidas de todo o livro. A narrativa mantem um mesmo ritmo do começo ao fim, sem grandes oscilações. Um fato muito curioso é que em nenhum momento no livro é mencionada a palavra "zumbi", o autor prefere usar os termos "não-mortos", "essas coisas" ou ainda "não humanos".

Outro ponto que me agradou muito foi o desfecho. Ao longo da leitura não conseguia imaginar um final digno para a história toda e estava com muito medo de tudo acabar de uma forma ruim ou mal explicada, pois seria um despropósito com a ideia e a qualidade do enredo. Porém o autor deu um final digno para o romance com um enorme gancho para uma continuação que já foi lançada na Espanha e tem o título de "Los Días Oscuros" (Os dias obscuros/sombrios, em tradução livre).
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Mateus 11/07/2011

Desde que me entendo por gente, sempre tive uma grande fascinação por zumbis. Não sei quando esse meu gosto mórbido começou, mas lembro que desde criança adorava assistir filmes do assunto e me imaginava num mundo apocalíptico. Talvez seja exatamente esse o ponto principal dos livros de zumbis: a capacidade de nos transportar para um mundo totalmente decadente, onde os não-mortos reinam e você pode morrer a cada instante. Pode não ser algo tão animador, mas é tão fascinante que não consigo desgostar. É então que surge Apocalipse Z, um livro para aumentar ainda mais meu gosto por esses seres sinistros.

O protagonista (que durante todo o desenrolar do livro não menciona seu nome), começa narrando em seu blog estranhos acontecimentos que ocorreram em um país distante do Cáucaso. A princípio, são relatos esparsos e ingênuos, de algo totalmente distante da vida do personagem. Mas a medida que os dias passam, os acontecimentos se tornam mais sérios: as fronteiras dos países são fechadas, os hospitais ficam lotados, milhares de pessoas começam a desaparecer e doentes adquirem comportamento agressivo. A verdade então aparece: os zumbis estão dominando o mundo.

O melhor de Apocalipse Z é que tudo parece ser real. Nada é totalmente absurdo como vários filmes de zumbis que vemos por aí. Ninguém que nunca pegou numa arma sai por aí atirando com perfeição para todo lado, e uma simples pessoa não sai sozinha por uma rua infestada de zumbis bancando o herói. Cada página é pontuada de atos totalmente possíveis, e a realidade é tão intensa que chega a deixar qualquer um assustado. Será que Apocalipse Z um dia poderá se tornar real? Era exatamente o que eu me perguntava durante todo o livro.

Em meio a muita ação e suspense, e digo muita ação mesmo, Apocalipse Z garante ser um livro que irá prender qualquer leitor voraz durante muito tempo. No meio de um completo inferno (aliás, inferno é a palavra mais usada durante o livro) apenas os mais aptos, os mais fortes e os mais sortudos podem sobreviver. Mas manter a consciência sã é o principal num período desses. E ao lado do gato Lúculo, o protagonista do livro tentará sobreviver no meio de milhares de zumbis.

Manel Loureiro se mostra um dos melhores autores do assunto, por meio de uma linguagem às vezes descontraída, irônica, mas também assustada e desesperada. Só não marquei Apocalipse Z como favorito porque estava esperando algo mais do final. Não que eu não tenha gostado, mas ficou um pouco vago. Porém a continuação do livro já está lançada, e não espero a hora de ler. Que venham mais zumbis!
Milena Karla - Mika 15/06/2012minha estante
Nossa, hahaha, eu sempre me senti péssima por gostar de filmes com zumbis! Finalmente alguém que me entenda! Também não sei quando isso começou, mas sempre fiquei intrigada com isso.




fdelrio 10/07/2011

É o fim mesmo!!
O livro tem um enredo muito bom, em uma história conhecida de fim de mundo, mas com um personagem diferente do que estamos acostumados a ver, esses foram os pontos positivos, uma pena que os pontos negativos sejam maiores, o livro quase não tem diálogos, o que deixa por vezes o livro maçante e arrastado, chega a ser repetitivo e você não vê a hora de terminar logo, outro ponto negativo é o palavriado chulo que é usado em demasia, muitos e muitos palavões que são usados de maneira constante e por muitas vezes eles não fazem sentido na trama, parace que o autor não tinha nada pra acrescentar na história e aí preencheu com palavrões. Ainda assim vou ler a continuação, pois comprei os dois numa promoção. Recomendo apenas para aqueles que acharam os meus pontos negativos, positivos!
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Lita 29/06/2011

Viciante...
Eu entrei na livraria para olhar livros até que a capa me chamou atenção, quando vi no verso escrito “Manel Loureiro é o Stephen King espanhol” parei olhando e pensei “preciso ler esse livro agora!”. Não pensei duas vezes comprei e não me arrependi.

Diferente de muitos filmes, livros sobres zumbis esse ele mostra onde e como surgiu todo o ponto principal do livro, os zumbis, o cenário é igual ao que convivemos (temos a sensação que aquilo vai e pode ocorrer de verdade), os personagens agem como qualquer pessoa agiria em situações estremas. O protagonista não é mais um protagonista de jogos (“pau para toda obra”), ele é uma pessoa como outra qualquer que tem seus medos, receios, devaneios e seu gato Lúculo. O livro não tem os clichês clássicos do estilo. A única coisa “ruim” é aquele livro que você “engole” e quando termina fica procurando desesperadamente a continuação.
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MENINALY 25/06/2011

Reflexão
Como o proprio titulo diz, fiquei totalmente pensativa apos o termino da leitura do livro.
Achei um livro surpreendente, cheia de ação, de tristeza, diversas emoções..
Nunca havia lido nada sobre zumbis ou Não Mortos como a propria fala do autor e adorei.
Somente acho que as vezes o autor se perde em delongas desnecessárias, e isto faz com que a estoria fique um pouco cansativa, no mais recomendo a todos a leitura e claro vou ler a continuação.
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sagonTHX 17/04/2011

ATERRORIZANTE
Dei 5 estrelas por que é a nota máxima permitida pelo Skoob. Se tivesse mais estrelas, daria todas ELAS, sem melindre algum. O livro merece todos os elogios de crítica.

Fazendo um trocadilho, devorei o livro de começo ao fim. E, para minha tristeza, quando cheguei a última página, fiquei com aquela fome voraz de "quero mais" que ainda continua doendo, roncando, insaciável. Espero que Manel Doval faça uma continuação do livro, ou lance algum outro trabalho, logo. Ele escreve muito bem e sua narrativa é 10.

Adorei a capa, a sinópse, a narrativa, os personagens, os não-mortos e o terror exalado das entranhas de cada pagina foleada com ansiosa espectativa aterrorizante. Cada linha verte terror e tensão crescente.

Aliásm terror é o que não falta neste livro. Terror nota 10. É o melhor que li este ano. Para os que curtem Walking Dead, filmes de Zumbis de George Romero, ou que apenas estão a cata de um bom livro de terror para ler, então está convidado a ler Apocalipse Z.

Como aqui eu não tô pra agradar nenhuma editora, pois este eu comprei. Digo sem medo de cometer alguma injustiça ou de fazer você perder seu dinheiro, valeu cada centavo que investi nele, além de cada minuto que gastei lendo.

RECOMENDADIIIIISIMO!!!!!

Taty 19/03/2013minha estante
Adoro essa série!!!




Carolina 13/04/2011

2 Dias
... foi o tempo que gastei pra ler as 368 páginas desse livro.

O livro já começa com uma aura de mistério e curiosidade que faz com que fique impossível parar de ler.

A estória é contada no formato de blog/diário de um advogado jovem e viúvo que mora com um gato chamado Lúculo.

De início são apenas relatos de seu cotidiano, em seguida vão surgindo acontecimentos no cenário internacional que vão deixando nosso interlocutor preocupado e curioso, e por fim o livro se torna o diário de um sobrevivente em constante perigo.

É uma estória de Zumbis contada e vivida desde o início de seu surgimento através dos olhos de um homem comum, com dramas e defeitos comuns e sem nenhuma habilidade especial, como qualquer um de nós. Não tinha como não ser interessante.

Não entendo como 'seres' mortos-vivos se tornaram objeto de tanta fascinação entre nós, só sei que fico maravilhada ao ler/assistir estórias com esse tema. E ainda gasto horas me imaginando num cenário apocaliptico desses.

Enfim, é um ótimo livro, super divertido e leitura obrigatória para qualquer fã de zumbis.

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Araggorn 17/02/2011

Um relato que dá medo!!
O livro é bem escrito e o drama do personagem diante do iminente apocalipse nos prende na história.
Apesar de ser clichê devido a enxurrada de filmes sobre o assunto, o livro merece uma lida.
O autor espanhol cria um personagem cativante que acompanha desde os primeiros passos dos acontecimento publicando sem maior interesse no seu blog, até que o evento parece sair do controle e se espalha pelo mundo, tornando o seu blog um dos mais visitados. Sem saber se é um vírus Ebola, Radiação ou ataque terrorista, ele descreve os acontecimentos tomado pela incerteza sobre o que realmente está acontecendo e se a coisa irá chegar até sua casa na Espanha.
Conforme o caos vai aumentando gradativamente com a tensão acompanhamos o drama do personagem ao lado de seu fiel amigo, um gato chamado Lúculo. Logo ele terá a certeza de que o apocalipse está tomando a terra!!
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AleixoItalo 09/02/2011

14 de Dezembro
17h

Estou abismado pelo que acabei de ler. Está diante de mim, o que nesses tempos, pode ser o ultimo livro escrito pelo homem! O ultimo relato da perdição da humanidade!
Já faz tempo que percorremos a Espanha sem nenhum sinal de sobreviventes. No início até encontrávamos alguns, mas nos últimos meses isso não tem acontecido. Sou um tenente das forças amadas, se bem que na situação atual, patentes são coisa do passado, mas pelo menos eu ainda tenho sob meu controle um destacamento de homens leais e com tino para sobreviver. O que nós temos feito nesses tempos? Depois que as Zonas Seguras caíram foi um Deus dará, e o mais sensato a se fazer era fugir o mais rápido possível daquelas bocas do Inferno. O que aconteceu nesse ínterim eu não pretendo comentar, pelo menos não agora, mas atualmente nós vagamos o país com um contingente fortemente armado, procurando um local seguro para ficar. Ao longo dos meses, montamos acampamentos em zonas isoladas, e fazemos incursões rápidas nas áreas urbanas em busca de munição e mantimentos. Lógico que dessa forma, os acampamentos não se mantêm seguro por muito tempo, e vivemos basicamente como nômades.
Numa dessas incursões, nos arredores de Vigo, que foi arrasada pelo que parece ter sido um incêndio cataclísmico, encontramos um heliporto, e nesse local que eu me deparei com um singelo objeto: um diário abandonado dentro de uma sacola plástica, em cima de uma pedra! O que ele contêm? Um relato minucioso da queda da humanidade, desde os eventos longínquos no Daguestão até o desembestamento da horda de mortos. Escrito basicamente todo a mão, exceto por algumas páginas impressas, que indica que devia ser a inicio uma publicação online, mas que o autor resolveu salvar depois da queda da internet.
Meu Deus, esse cara narra tudo, desde os surtos na Rússia, passando pela aparição do primeiro zumbi em sua casa, porque sim as criaturas que assolam a terra agora são as mesmas tão populares nos cinemas e outras mídias, até a partida dele desse heliporto em direção as Canárias. Demorei pouco menos de uma semana para ler seu diário, e agora estou de certa forma emocionado. O que se vê aqui é o relato de um sobrevivente. Ele conta cada ação dele diante da epidemia, e como sobreviveu todos esses meses no Inferno. Fica evidente que tudo o que aconteceu deve tê-lo mudado muito, como fez com todos nós, mas é gratificante ver que existem pessoas vivas por aí, que ainda conseguiram manter sua dignidade.
A capacidade narrativa é excelente, pois o cara não esquece nada, conta tudo nos mínimos detalhes, cada ação preventiva, ou desesperada, cada cena grotesca, cada momento de alívio. A muito eu não me lembrava de como era prazeroso sentar num canto e ler tranquilamente um bom livro, fugindo do mundo real, e esse diário me permitiu fazer isso, muito embora a realidade contida ali era verdadeira e mortal.
Bom não vou mais me alongar, senão eu próprio vou acabar escrevendo meu próprio diário, e embora não seja uma má idéia, no momento não é uma opção. Agora me pego olhando para o horizonte e imaginando qual destino terá levado esse misterioso autor, uma vez que ele não cita o próprio nome uma única vez no livro, e fico pensando se ele conseguiu concluir seus objetivos.
Parece uma ironia do destino, mas é engraçado perceber que o sistema de narrativa é semelhante a um clássico do terror: Drácula, de Bram Stoker! Rsrs É uma pena, num mundo normal ele faria sucesso como escritor, mas aqui nesse mundo tudo o que sobra é o diário de um sobrevivente anônimo, que qual destino terá levado eu creio nunca descobrir, mas fica minha torcida por esse excelente narrador! Tempos atrás eu teria adorado que esse livro ganhasse uma seqüência, mas agora essa idéia é aterradora, embora mortalmente real.
Deixo aqui a cópia desse diário, uma vez que pretendo manter o original até que ele encontre um lugar descente para descansar, mas fica claro que tudo escrito aqui é verdadeiro e nem uma única vez foi alterado. Continua sendo o relato de um sobrevivente anônimo, para futuros sobreviventes que possam encontrá-lo. E fica a mensagem: Ainda estamos vivos e pretendemos continuar!
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