Caçadores de Bruxas

Caçadores de Bruxas Raphael Draccon




Resenhas - Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas


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Luaa_ 07/12/2021

Uma Joia!
(2019)
Se eu tivesse que definir essa trilogia, com toda certeza seria como JOIA!
Para mim, esse livro é aquela Joia rara que é muito difícil de encontrar, mas quando você encontra, nada se compara a ela.
Eu amo demais todo o universo criado por Raphael! Ainda mais, como defensora dos autores nacionais, por o livro ser de um autor brasileiro.
Acho que esse livro não tem a hype que merece! ?

A todos os fãs de Dragões do Éter: Vocês também ficam impressionados quando choraram, mas as lágrimas desceram só de um lado?? (Entendedores entenderam!)
Bia 07/12/2021minha estante
Essa trilogia é incrível!!! ?


moonvilliards 07/12/2021minha estante
Termenei Estandartes de Névoa recentemente e vou reler TUDO!


Luaa_ 07/12/2021minha estante
Também estou querendo reler os livros! Saudade da história!


moonvilliards 08/12/2021minha estante
VAMOS PANFLETAR DRAGÕES DE ÉTER ????


Luaa_ 08/12/2021minha estante
Sim!!!!!!


Bia 08/12/2021minha estante
Vamos!!!!!!!!


Raquel1299 07/01/2022minha estante
Eu queria muito ler, mas não via ninguém falando sobre esses livros então acabei esquecendo deles... Acha q vale a pena msm???? Queria a opinião de alguém pra saber...


Luaa_ 07/01/2022minha estante
@Rachel Vale sim!!!! Tem bastante tempo que eu li, então não lembro de todos os detalhes da história, mas a sensação da leitura a gente nunca esquece. Eu fiquei muito surpresa e encantada com esses livros, principalmente quando descobri que se tratava de um autor brasileiro (até o momento em não tinha tido muito contado com livros de fantasia de autores nacionais). A história é super original e, realmente, muito maravilhosa! Da narração, aos personagens, até a história em si, tudo é muito cativante.
Inclusive, eles estão na minha lista de releitura desse ano.


Raquel1299 07/01/2022minha estante
Aaa vou ler então vlww @Luaa_


Luaa_ 07/01/2022minha estante
Nada!! Se precisar de qualquer dica, pode chamar! @Rachel


Bruna 13/01/2022minha estante
Lua! Pode me tiara uma dúvida? Esse livro qual é a classificação dele?


Luaa_ 13/01/2022minha estante
Oiii... Esse livro é classificado como Infanto-Juvenil. Não sei a idade exata, mas o livro não tem nada demais.


Luaa_ 13/01/2022minha estante
Eu super recomendo!!! ?


Bruna 13/01/2022minha estante
Obrigada Lua! Amei ser perfil e sempre que quero algumas indicações vou perguntar pra vc!


Bruna 13/01/2022minha estante
Já leu Percy Jackson?


Luaa_ 13/01/2022minha estante
Pode perguntar sempre!!! Já li sim!! Sou extremamente apaixonada por Percy Jackson. Qual é o seu chalé??


Bruna 13/01/2022minha estante
Lua mas se vive fosse dar uma classificação para o livro qual seria?


Bruna 13/01/2022minha estante
Eu nem sei qual é meu chalé como eu descubro?


Raquel1299 13/01/2022minha estante
Bruna, procura como descobrir meu chalé teste oficial do Rick


Raquel1299 13/01/2022minha estante
Ele criou um pra gente descobrir nossos parentes olimpianos


Luaa_ 14/01/2022minha estante
Acho que Dragões do Éter se enquadra em 12 anos. @Bruna


Luaa_ 14/01/2022minha estante
Você pode fazer o teste nesse site aqui: https://www.readriordan.com/2017/10/12/what-god-are-you-descended-from/


Luaa_ 14/01/2022minha estante
Rachel, qual o seu chalé???


Raquel1299 14/01/2022minha estante
O meu é o 6
E o seu Lua??


Luaa_ 14/01/2022minha estante
O meu também!!!!! ????


Luaa_ 14/01/2022minha estante
Ora essa, acabei de encontrar uma irmã meio sangue!


Bruna 14/01/2022minha estante
Obrigada meninas


Bruna 14/01/2022minha estante
Vou fazer e falo pra vcs! Eu amo percy jackson quero ler todos os livros do Rick Riordan! Ele é meu autor favorito!!!


Gabexrv 07/03/2022minha estante
Nossa, eu li os 4 livros e ainda fico emocionada


Luaa_ 07/03/2022minha estante
Eu tb!!!! @jujuba




carlosmrocha 31/07/2010

Como Raphael Draccon furou a fila.
Publicado em 2007 pela editora Planeta, pelo jovem autor estreante e roteirista Raphael Draccon, um livro que prometeu criar um universo que resgatasse o espírito juvenil da série animada cultuada nos anos 80, Caverna do Dragão. Cabe aos leitores conferirem, mas em minha opinião, o livro oferece um outro tipo de estória, divertida, sombria e instigante e que destrói e reconstrói personagens familiares ao nosso imaginário coletivo.

Como Raphael Draccon furou a fila.

Soube deste livro através de uma divulgação na Internet, há alguns meses. Chegando ao site oficial de divulgação da obra, pensei: "mais um autor de Fantasia Nacional conseguindo publicar... Que bom! E, é claro, mais um livro para minha concorrida fila de leitura". Como de costume, fiz minhas malas para participar do EIRPG e especialmente do Fantasticon. Minha primeira atividade no evento foi participar de encontro do GELF, Grupo de Estudos de Literatura Fantástica, presidido pela criadora do GELF, a carismática escritora Rosa Rios. O tema foi "Contos de Fadas: Arquétipos e Fantasia através dos séculos" e fizemos leitura e discussão de textos relacionados a contos de fadas. (para detalhes, nada melhor que ler o relatório no Blog da Rosana). Acontece que o quinto texto, era justamente extraído o livro Dragões de Éter e os comentários da Rosana foram responsáveis pela "furada de fila" da obra do Raphael. Assim, saí do evento com uma cópia adquirida que já comecei a ler durante minhas férias, tendo passado por São Paulo, Ubatuba e Paraty.

O Livro

Dragões de Éter Caçadores de Bruxas - se passa em uma terra fantástica chamada Nova Ether, um mundo sem deuses, mas repleto de Semideuses e suas criações: Homens, trolls, anões, fadas boas e fadas corrompidas. Estas últimas ao ensinaram os segredos de magia negra às mulheres, deram origem às temíveis bruxas. Não há um protagonista na narrativa de Draccon, exceto talvez o próprio narrador, que participa ativamente da estória, abusando de seus super-poderes de contador de estórias, procurando sempre deixar narrativa mais instigante.

O livro é dividido em três atos e é composto por uma seqüência de capítulos curtos, o que facilita a leitura, mesmo quando se está com pouco tempo. De forma sempre alternada, somos introduzidos aos principais personagens da trama: Ariane Narin, os irmãos João e Maria Hanson, os também irmãos, príncipe Axel Branford e Anísio Branford, o pai destes, o Rei Primo Branford e mais uma dúzia de figuras importantes da cidade de Andreanne, capital do reino de Azarllum. Bom, você poderia dizer, e daí? O que este livro tem de ruim, ou de bom? Bem, eu diria, vamos por etapas.

Novos contos de Fada que ora surpreendem e ora dão arrepios

Com poucos minutos de leitura, começamos a perceber, além da personalidade forte do narrador, a grande sacada desta estória. A reutilização e reformulação de personagens dos contos de fada, tais como Chapeuzinho Vermelho e o infame pirata Capitão Gancho. Além disso, há criação de novos personagens baseados no contexto de histórias de fada e outras referências da cultura pop, como jogos da série japonesa Final Fantasy. Raphael constrói com habilidade uma trama de relações entre tais personagens dando uma perspectiva menos idealizada, algumas vezes explicitando a maldade, crueldade e repugnância de seus vilões, que é usualmente mascarada e atenuada nas versões politicamente corretas de contos de fadas aos quais nos acostumamos a ver, talvez uma conseqüência da divulgação de muitos destes contos pelas animações da Disney. Em contraposição aos contos em que a morte da mãe do Bambi constituiu elemento polêmico, bruxas cruéis e piratas sanguinolentos são vilões que habitam e ameaçam a paz do reino de Arzallum e suas personagens.

Pela estrada afora, eu vou bem sozinha! Levar estes doces para a vovozinha.

Outro aspecto divertido da narrativa de Draccon, é um realinhamento lógico de acontecimentos dos contos de fada. Por exemplo, tomemos a história de Chapeuzinho Vermelho. Que mãe mandaria sua filha de nove-dez anos, atravessar uma floresta potencialmente perigosa, habitada por lobos famintos? O que uma velha senhora de idade faria morando numa casa no meio de tal floresta? Por que o lobo, tendo a oportunidade de encontrar-se com a menina, desprotegida nesta trilha, não a devoraria? Por que e iria esperá-la na casa da vovó? E quem ficaria dando explicações para tais fatos? Afinal, é apenas um conto de fadas, ora bolas! A resposta: Raphael Draccon, que se propõe a responder tais questões, sendo este um dos fatores de boa diversão contida no livro.

Adiante, o que vem?

Sinceramente não sei como está sendo a receptividade da obra de Draccon pelo público. E devo dizer, por tratar-se de uma mistura de elementos e estilos, alguns leitores poderiam não se identificar com a obra. Afinal, há momentos em que o livro parece voltado para um público adolescente, em contrapartida, há momentos em que o autor não demonstra misericórdia. Como quando os vilões aparecem para fazer seu papel, e como mencionei, a crueldade e maldade de seus atos não é mascarada. Assim, temos a contraposição de capítulos leves com romance, bom humor e ação de violência moderada, com alguns momentos na trama que classificaria como no mínimo: sombrios.

Para terminar, gostaria de ressaltar o fato de que a publicação um livro de Fantasia, da envergadura de Dragões de Éter e suas 420 páginas, por um autor estreante, em nosso país, já é por sim um grande feito.

Em segundo lugar, se forem apontados problemas ou críticas ao autor, não deixaria que isso fosse impedimento para seguir em frente. Aprendi isso quando tive uma oportunidade de contato com o incrível autor inglês, Brian Talbot, numa oficina sobre a criação de roteiros visuais para histórias em quadrinhos. O que me marcou, foi uma amostra que autor trouxe de sua primeira obra publicada. Era de fato, um trabalho bem simples se comparado com as obras maravilhosas que o Sr. Talbot vem publicando nas últimas décadas. Quando começou, não dominava todas a as técnicas, mas nunca desanimou e seguiu em frente, para tornar-se um grande autor.

Vejo em Dragões de Éter essa mesma semente. Raphael se apresenta como autor, narrando uma trama complexa, com personagens interessantes e um mundo de fantasia inspirado em contos de fada, vídeo games e cultura pop. Uma boa diversão para aqueles que se identificam com releituras de personagens e estórias de fantasia. E como história bem construída, tem seu clímax no terceiro ato, o ponto em que passei a gostar do livro e relevar meu desejo secreto para que um dos personagens da trama fosse morto: o narrador. Quem sabe no próximo livro?
Moon =D 22/05/2010minha estante
muito boa a sua resenha! parabéns. é sempre bom valorizarmos os autores nacionais, afinal, eles são, ou podem, ser tão bons quanto os de qualquer outra nacionalidade. Me interessei ainda mais pelo livro. =)


carlosmrocha 31/07/2010minha estante
Obrigado, Moon! Que bom que gostou. Estive bem parado com leituras e escrita, mas retomando aos poucos.


melissa 27/11/2011minha estante
Tem uma explicação pra mistura adolescente com um lado adulto cruel e ela se chama "literatura para jovem adulto" ou YA.


Lilian 'Indily' 26/04/2012minha estante
Excelente a resenha, sinopse e explicação do livro pelos teus olhos! Expressou bem tudo o que passa!


Mauro 18/01/2014minha estante
A sua é a melhor resenha. Soube ser bastante imparcial.


carlosmrocha 20/01/2014minha estante
Obrigado, Mauro!


Lola 06/12/2017minha estante
Olá ! Por acaso vc tem alguns livros para indicar que atraiam a atenção de um menino de 15 anos que só sabe ficar no PC jogando ? rsrsrs aqui é uma mãe tentado fazer o filho ler ;)


Mimi Macedo 24/05/2021minha estante
Ganhei essa semana O Estandarte, próximo na fila. Procurei resenhas pra relembrar, é nossa vc escreveu muito bem. Na época q li não fazia registro do tempo de leitura, mas acredito q foi antes de 2016.


Maria10112 05/05/2023minha estante
Eu acho que esse foi o primeiro livro brasileiro que eu amei




Leandro Radrak 14/01/2009

Um Dragão falando de dragões.
Para aqueles que esperam encontrar batalhas de dragões, esqueçam. Dragões de Éter trabalha o simbolismo desta palavra, remetendo à força e liberdade dos homens. Cada personagem é um dragão, um ser de força de vontade, que preza por seus princípios e liberdade.
Mesmo assim, a Obra está longe de se afastar do Fantástico. Em uma inteligente re-leitura de conhecidos contos de fada, Raphael nos cativa com referências inesperadas, forçando-nos a lembrar de histórias esquecidas em algum lugar de nossas mentes.
A história é contada por um narrador bem Parcial, que não pensa duas vezes antes de expor suas idéias sobre o que está acontecendo na trama. Às vezes, tal narrador exagera um pouco na dose e deixa o texto cansativo, mas logo entra de volta na trama e prende nossa atenção com afinco. Admito que é necessário passar da página número 100 para se empolgar com a leitura. Mas julgo tal intervalo necessário, pois nestas páginas iniciais, o autor prepara as peças no tabuleiro, para só então mostrar a natureza de seu jogo.
Por fim, a narrativa culmina em uma mensagem ao leitor. Algo que fará algumas pessoas pensarem. Outras não. Aconselho uma pesquisa na Net, no Google mesmo, se você não entender algum termo, como egrégora, ou mesmo éter, isso ajudará na compreensão final.
Um livro que eu indico a leitura por dois motivos:
- O escritor é brasileiro, e vale a pena prestigiar o trabalho nacional (Que não perde em nada para os livros importados);
- Você não verá mais João, Maria (Aqueles da casa de doces) e Chapeuzinho Vermelho com os mesmos olhos...;
Aline Maia 14/12/2009minha estante
depois de ler sua resenha fiquei com vontade de ler o livro :D


Junior 08/03/2011minha estante
Vi esse livro numa livraria e achei super interessante. Tava procurando comentários sobre ele para saber se realmente vale ler, e pela sua resenha, me convenci. irei ler :D


Mari | Triplo Books 20/10/2011minha estante
Você disse a mais ura verdade.
Não consigo mais ver os personagem de outra forma.


Luciano 27/11/2011minha estante
Concordo com o que disse: nas primeiras 100 paginas ele "solta os nos" da trama, por isso é um pouco mais cansativo.. mas depois disso volta a amarrá-los e o livro se torna uma otima leitura!


tchucobrs 19/04/2012minha estante
gostei muito da resenha e adorei a colocaão:
" - O escritor é brasileiro, e vale a pena prestigiar o trabalho nacional (Que não perde em nada para os livros importados); "


Luanny 24/11/2012minha estante
Otimaa Resenha, Primeiramente fui a Bienal de São Paulo e encontrei FIOS DE PRATA, de Draccon e foi um amor a primeira vista inexplicavel, e no final do livro, apresentam-se algumas informações sobre Nosso escritor brasileiro e sobre Dragões de Éter e foi ai que me vi procurando por este na NET e por culpa de sua resenha fiquei extremamente curiosa e vou comprar logo o BOX *--*




Maltenri 02/08/2011

O que uma bela capa não faz...
Adquiri recentemente o box contendo a trilogia Dragões de Éter. Grandemente influenciado pelo enorme volume de críticas favoráveis, decidi lê-lo o quanto antes. Acabado o primeiro tomo, resultou um misto de esperança e decepção.

Comecemos pelo começo como já dizia o sábio grego (Aristóteles). Raphael Draccon, jovem escritor carioca, começa sua jornada pelo mundo da literatura com “Caçadores de Bruxas”, livro de literatura fantástica. O livro é baseado em vários dos contos de fadas que povoaram muitas infâncias por aí. Esses contos, como estabelece o autor, são extraídos de episódios ocorridos em Nova Éther, mundo povoado por humanos principalmente mas também por vários outros tipos racionais (mais ou menos desenvolvidos).
A sinopse é difícil de ser resumida sem “spoilar”, razão pela qual suspeito da ausência de tal prática na contracapa ou na orelha do volume. Neste mundo fantástico, e mais precisamente na capital do reino de Arzallum, Andreanne, reina a paz após um período violento e sombrio. Durante este período, chamado de Caça às Bruxas, combates violentos e uma atmosfera negra reinavam no mundo. Após o fim deste episódio trágico, o herói do momento, Primo Branford, assume o trono do reino. Estabelece vários anos de paz, tumultuadas apenas por dois episódios trágicos: as histórias de chapeuzinho vermelho e de João e Maria. Porém, após todos estes anos de paz, uma sombra paira sobre o reino e a paz pode não ser mais tão garantida quanto todos gostariam de acreditar.

O leitor atento vai reparar num paradoxo: contos de fadas associados a eventos trágicos? Esta é a maior força do romance de Draccon. Ele consegue, e muito bem, rever contos que são bonitos para crianças, dando explicações mais racionais e adultas para os eventos ocorridos nesses contos, ao mesmo tempo imaginando o que aconteceria com os protagonistas Chapeuzinho Vermelho, João e Maria – que também são alguns dos protagonistas do livro. Desta forma, clássicos da literatura infantil se tornam contos trágicos sob a pluma de Raphael Draccon.
Alguns dos contos revisitados são, claro, “Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau”, “João e Maria”, mas também “Capitão Gancho” ou a ”Princesa e o Sapo”, tudo regado as mais diversas referências da cultura pop.

Observando o grande número de contos abordados pelo autor, pode-se chegar a uma conclusão: muitos são os personagens de “Caçadores de Bruxas”, sejam eles oriundos de contos ou da imaginação do autor. Durante todo o livro, o autor-narrador segue um ou outro de seus personagens principais, bem ao estilo das mais variadas histórias fantásticas.

O jovem carioca escreve de maneira leve, com um vocabulário bem acessível, ideal para jovens leitores. Uma ou outra palavra podem ser desconhecidas, porém nada que um bom dicionário não resolva. Seu estilo leve, com frases curtas, permite uma leitura rápida e agradável da obra: ponto muito promissor para uma primeira tentativa escrita.
Como já disse, a narração é feita pelo autor-narrador, e nesta história isto é mais do que nunca verdade. Não direi mais para não estragar uma das descobertas fundamentais da obra. No entanto, gostaria de fazer minhas as palavras do editor Pascoal Soto, quando este declara que Raphael Draccon é um bardo de nossos tempos. Não acredito haver melhor definição para o estilo de Draccon. Digo isto pois realmente temos a impressão durante o livro que o narrador está frente a frente conosco, em uma taberna, bar ou qualquer outro estabelecimento onde servem comes e bebes, contando (ou cantando, pois era o que os bardos de outrora faziam) uma história de terras ou tempos desconhecidos.


Esta característica é interessante e inusitada. Apesar da originalidade, durante a obra, o estilo é inconveniente muitas vezes. Credito isto na conta da inexperiência. Muitas vezes, para dar opiniões ou fazer piadas como se estivesse contando oralmente uma história, o narrador interrompe a história, quebrando o ritmo e de certa forma perdendo um pouco o leitor. Este tipo de interrupção funciona em conversas, porém no escrito isto esfacela a trama, tornando a leitura por vezes enfadonha.

Continuando no tema da narração, é importante salientar que uma narrativa feita acompanhando ora um personagem, ora outro, não pode ter capítulos tão breves quantos os de “Caçadores de Bruxas”. Como já estabelecido, cortar toda hora a evolução da trama só perde o leitor, que não consegue se firmar em aspecto algum de uma história. Ler vários aspectos de uma trama não é um problema, e sim uma vantagem, porém mudar de perspectiva a cada minuto lido torna-se um problema. Vide o exemplo da série televisiva americana “The Event”, muito criticada neste aspecto.

Outro problema freqüente é um certo enchimento de lingüiça, num português bem direto. Piadas repetitivas, explicações desajeitadas e por vezes incompreensíveis além de dar vários pontos de vista para um mesmo evento (poderia ser interessante se o autor não usasse as mesmas frases e parágrafos nos diferentes pontos de vista) são encontrados no decorrer da trama. Acredito que a intenção fosse aumentar o aspecto da conversa com o leitor, mas muitas vezes isto satura desnecessariamente a narrativa.

Um problema grave, que a meu ver pode se tornar erro freqüente caso não seja remediado, é o fato do autor anunciar a torto e a direito o que vai acontecer em seguida alguns capítulos antes do real momento. Como quando assistimos “Caverna do Dragão” (para utilizar o exemplo do autor), ou qualquer outra série de TV, e a cada intervalo ou fim de episódio, o narrador fala: “porém uma nuvem negra paira sobre os heróis”, ou então, “porém esta decisão vai ter conseqüências mortais no próximo episódio”. A trama é suficientemente boa sem este tipo de artifício para prender o leitor. O leitor quer, e vai saber o que acontecerá. Um livro não é um programa de TV que busca garantir telespectadores custe o que custar. É como contar uma piada e começar a rir antes do final: o receptor não sente o que sentiria se tivesse descoberto o final sozinho.

Para terminar o quesito narração, percebe-se que é o primeiro livro do autor quando muitas vezes durante diálogos, o autor alterna momentos de linguagem formal com linguagem informal no mesmo diálogo. Isto torna tudo menos verossímil, e colabora para uma imersão nem tão eficiente.


Falando em imersão e linguagem, é importante mencionar a mistura que o autor faz de gírias e expressões modernas (especialmente carioquismos, fazendo jus a sua origem) em alguns momentos com uma linguagem excessivamente formal, utilizadas há sabe-se lá quanto tempo e completamente inutilizadas hoje em dia. Tudo isto torna o universo ainda menos crível, sendo que uma linguagem normal moderna e uniforme, sem muitas gírias, seria mais do que suficiente para a imersão total do leitor.

A questão do universo também ainda não foi dominada por Draccon. No começo do livro nos deparamos com um mapa (que não saiu bem na impressão, pelo menos na minha edição da Leya, muito escuro, não podendo ser bem analisado). Porém no desenrolar dos eventos, muito pouco se utiliza realmente do mundo físico: o mapa torna-se supérfluo. Talvez nos próximos volumes da saga ele se torne importante, porém neste primeiro, é um elemento totalmente desnecessário. Mas isto é um detalhe perto dos outros problemas do universo criado por Draccon.

O maior problema é Draccon se perder no próprio universo. Pode parecer improvável, mas uma leitura atenta mostra que Draccon não se sente tão à vontade assim dentro de sua própria criação: problemas de câmbio entre as moedas do universo, anunciadas de um jeito no começo, porém mudadas no decorrer da trama (ou então o Raphael errou na matemática); um príncipe com problemas de geografia e conhecimento dentro de seu próprio reino (quando foi estabelecido que este entende a geopolítica de Nova Éther); ou então um personagem, que está em período de aprendizado escolar não saber diferenciar as raças do mundo (como se alguém não conseguisse diferenciar um gato de um cachorro no nosso mundo).
Da mesma forma, certos elementos podem parecer extremamente inverossímeis para o leitor atento: senhas de segurança máxima que não mudam em anos (algo realmente seguro e normal).
E há também incongruências na história tecida pelo autor: a maior delas sendo a história entre a rainha e o rei de Arzallum; ou então um personagem já calejado por guerras e crises que se deixa levar a loucura por um dia e meio de crise.

Pode parecer implicância com pequenos detalhes, porém quase qualquer um pode criar um universo bruto. A diferença, ou seja, a marca da excelência está na lapidação que o criador faz nos seu universo: os mais verossímeis, os melhores são aqueles em que tudo se encaixa, nem que todos os pormenores fazem sentido. É no detalhe que se encontra o verdadeiro brilhantismo.


A maior crítica que posso fazer, no entanto, está no âmbito intelectual e filosófico.
É verdade que o autor desenvolve uma belíssima metáfora no decorrer da narrativa, falando sobre o criador-escritor, por intermédio do narrador. Desenvolve idéias interessantes, como o fato de tanto o criador como os observadores da criação – ou seja, o leitor – serem responsáveis pela perenidade do mundo. Ou então o fato do criador moldar e modificar o mundo como deseja, estabelecendo isto como uma prerrogativa básica do escritor. Enfim, Draccon trata leitores e escritores da mesma forma, dando responsabilidades a ambos e instigando a imaginação do leitor, que segundo ele, está só a um passo de descobrir um novo universo, que tenha relações com o nosso e com todos os outros já descobertos (como ele descobriu Nova Éther).

No entanto, no decorrer da obra, Draccon apela para um maniqueísmo absurdo: o Bem e o Mal estão sempre presentes e o autor mostra seus personagens como um ou outro. Tudo é construído através do prisma desta dualidade: sentimentos, ações, pensamentos. Nada é uma coisa e outra ao mesmo tempo. Inúmeras são as vezes em que as palavras aparecem, sempre dividindo as coisas de formas grotesca, sem deixar espaço para o meio-termo. Por exemplo, orgulhar-se de algo feito com justiça é maléfico, e só a humildade é o bom caminho. Ou então o fato de negar ajuda a alguém é errado, mesmo que isso cause enorme dano a si mesmo e possivelmente outros. E mais, a providência recompensa aqueles que seguirem por tais caminhos “bondosos”.
O que nos leva a um ponto fundamental da obra: o excesso de lições de morais construídas para crianças. É verdade que a história se passa num mundo de conto de fadas, mas como o autor estabelece no início, um conto de fadas mais adulto. E não é o que se reflete nas incessantes lições de moral sobre o Bem contra o Mal. Nada melhor para exemplificar do que quando um dos personagens declama do alto de toda sua maravilhosa filosofia de porta de boteco que mesmo a plebe é cheia de gente rica apesar de seus meios materiais limitados, fazendo alusão, claro, à riqueza de caráter destas pessoas. Uma verdadeira apologia ao politicamente correto.

Algo que me deixou preocupado foi a doutrina religiosa cristã, e especialmente católica, existente na obra. Ao melhor estilo “Crônicas de Nárnia”, o carioca planta diversas filosofias religiosas na sua obra. Já falei do maniqueísmo e da providência que recompensa os de coração puro. Existem ainda diversos outros exemplos, sendo o mais marcante o “Criador”, que aparece em destaque a cada cinco minutos, provedor de tudo e responsável por todos, que olha pelas suas criações sem descanso; justo e cheio de compaixão, mas que não hesita ao castigar os que vão contra seus desígnios. Ou então as repetidas vezes em que o narrador descreve como a fé tudo resolve, pois este é o sentimento de maior importância e pureza. Sem falar nas fadas, que lembram estranhamente os profetas e anjos bíblicos, pregando a lei divina e testando os homens.
Podem falar que estou sendo demasiadamente implicante, mas tudo isto junto lembra demais um dogma que todos conhecemos. Mas prefiro responder usando as palavras do autor: “pelo Criador”, ou “que o Criador nos ajude”, ou então, a mais indicativa de todas, “Que as fadas estejam conosco (...); elas estão no meio de nós”. Lembrando que as fadas são as representações físicas do Criador.


Por essas e outras, não consigo considerar “Caçadoras de Bruxas” um bom livro. Raphael Draccon é talentoso e tem futuro, inquestionavelmente. Mas deveria ater-se a criar e narrar boas histórias, sem tentar dar lições de vida religiosas. Acho que qualquer humanista ficaria com os cabelos em pé ao ler este livro, especialmente quando o autor considera que nem todos os homens são iguais (*SPOILER**SPOILER* *SPOILER* sacrificar um membro da família real é melhor do que um outro qualquer *SPOILER* *SPOILER* *SPOILER*) . O estilo é interessante, com algumas falhas aqui e acolá, frutos certamente da inexperiência. As idéias e filosofias veiculadas pela obra, no entanto, são inteiramente dispensáveis.
diego 09/09/2011minha estante
FRancamente, o mesmo que eu pensei, apesar de não ter gostado do livro valeu a pena ler sua resenha muito bem feita, sensacional! Também não gostei dessa paçoca do autor, mundo atual com contos de fadas não dá! Abandonei a série...


Maltenri 12/09/2011minha estante
Agradeço o elogio Diego.


Igor Ramalho 26/10/2011minha estante
Concordo em gênero, número e grau!


Karol 31/01/2013minha estante
A melhor resenha que li sobre Dragões de Éter.


Gabi 14/06/2013minha estante
Que resenha perfeita!
Você conseguiu expressar em palavras tudo o que está na minha cabeça, mas não consigo explicar para as pessoas que me perguntam "Por que não gostou tanto desse livro?".
Estou agora começando o segundo livro da série, nem cheguei na página 100 ainda, mas infelizmente ele está pior do que o primeiro. :(


Vanessa - @livrices 06/12/2018minha estante
Concordo com tudo. Li os três volumes, por pura insistência.... me arrependi horrores.




Lorena 05/06/2012

Um tanto quanto... chatinho.
Bem, eu (infelizmente) comprei a trilogia inteira, crendo que essa "releitura" dos contos de fadas seria de alguma forma interessante. A princípio, até que era, mas a forma como Raphael juntou as histórias para o mundo de Nova Ether não foi das mais criativas.

Fadas, semideuses, uma energia mágica (no caso, o éter), orcs, duendes, príncipes, bruxas, lobos... Nada novo. A história desenvolveu-se de uma forma incrivelmente previsível, o final do primeiro livro não foi dos melhores.

Entretanto, estes aspectos que eu citei são totalmente perdoáveis. O que eu não perdoei até agora, foi o tedioso narrador. Bolas! A história foi narrada como se uma pessoa — no caso, um "bardo" — contasse a você uma estória de taberna. A narrativa usa muitas expressões orais, e um contato desnecessário com o leitor, que sinceramente me incomodou bastante. Bastante mesmo! Como muitos citaram abaixo, o maldito bardo conta tim-tim por tim-tim certos detalhes que são facilmente entendidos, como se fôssemos completos abestados! Eu roía as páginas com os olhos, não me aguentava p'ra acabar aquele livro!

O ponto culminante do meu desconforto com a oralidade empregada no livro, foi quando a personagem Ariane Narin (chapeuzinho-vermelho, para os que não são íntimos) dirigiu-se ao príncipe Axel Branford (era como um astro, um ícone de beleza para a plebe) da seguinte forma:

"Lindo, tesão, bonito e gos..."

Graças aos Céus que a personagem foi interrompida por alguém (João, creio eu) no meio de uma frase tão, tão... vulgar! Por que será mesmo que ele usou logo essa "expressão" tão pobre? Carambolas! Eu não entendo! Pior: terei de terminar os três livros, para valer o meu dinheiro gasto! Calabresa! Acho que não vou suportar terminar a série em menos de um ano de muito esforço.

*Não quis de forma alguma "esculachar" a obra de Raphael Draccon. Porém, o livro não me agradou. Duas estrelinhas p'ra ele, e olhe lá.*
Nathy 28/06/2012minha estante
Sou completamente apaixonada por DdE, mas não vou escrever nenhum comentário pessoal, mas sim colar o que o próprio Draccon fala sobre esses aspectos que você comenta:

"1)MEDIEVALISMOXFUTURISMO
Um determinado conflito ocorre quando o leitor encara Nova Ether de cara como um ?cenário medieval?, da mesma forma como os cenários de Cornwell ou Tolkien, por exemplo.

Por esse ponto de vista, aos poucos ele pode começar a considerar Nova Ether ?contemporânea? demais para um cenário que deveria ter características e pensamentos mais arcaicos do que os apresentados.

É apenas mais uma vez uma questão de corrigir um vício de leitura.
O cenário possui um continente tecnologicamente avançado e outro ainda em vias de compartilhar esse conhecimento e descobrir essa união de magia e tecnologia. Um descobrimento que vamos acompanhando aos poucos.

Logo, Nova Ether está muito mais próxima de cenários como Etérnia ou qualquer série de Final Fantasy do que de cenários como Mordor ou Nárnia.

Partindo desse príncípio, a leitura flui ainda melhor.

2)NARRATIVA
Alguns leitores estranham inicialmente a forma como a obra é narrada, com um narrador literalmente lhe contando uma história como na época em que os contos de fadas mais sombrios não eram escritos, mas narrados.

É uma questão apenas de costume; basta avançar um pouco que ao se acostumar com o estilo, percebe-se como a narrativa se complementa ao que está sendo narrado.

A Quarta Parede ? No teatro, quando um ator se dirige diretamente à platéia se diz que ele rompeu a Quarta Parede.

Em ?Dragões de Éter? os livros são separados em três Atos simulando um grande espetáculo, e possuem momentos em que o bardo rompe igualmente essa barreira.

Inicialmente isso pode causar certa estranheza, mas quando se compreende a forma como ele e os habitantes daquele mundo enxergam os semideuses e a criação da vida naquele mundo, abrindo a mente e deixando-se conduzir pelo narrador do livro o momento se torna uma experiência diferenciada e única.

3)LINGUAGEM
Os personagens de Dragões de éter possuem três formas de tratamento uns com os outros.
A nobreza se trata em segunda pessoa e de forma pomposa, a burguesia em terceira pessoa e os adolescentes podem se utilizar até mesmo de gírias próprias.

Alguns leitores se encantam com esse diferencial; alguns estranham a princípio. Essa estranheza se dá exatamente por observarem Nova Ether como um ?cenário medieval?.

Só que como citado, Nova Ether não é um cenário medieval. Nem futurista.

Nova Ether é Nova Ether.

Para aproveitá-la da melhor maneira, simplesmente deixe-se levar e sonhe com ela.

Ela, agradecida, passará a sonhar literalmente com você."

(Fonte: http://www.dragoesdeeter.com.br/ )


Elenai 14/08/2012minha estante
Nossa Lorena!
Agora que sei isso (a linguagem chula e desrespeitosa com o leitor do autor; as explicações minuciosas) desisti de ler!
Acredito que se um autor quer usar de um vocabulário mais "próximo" dos leitores, que utilizasse uma menos chavão!


Andrea 21/10/2012minha estante
Não sei qual o problema de "lindo, tesão, bonito e gos..." quando há "buceta" nos livros de George R. R. Martin.


Vi 24/09/2015minha estante
Não gostei do livro , mas não há nada de imoral nisso. Desculpa, mas parece até que é só pq é um livro brasileiro já que existem centenas de livros estrangeiros jovens adultos que há xingamentos e isso nem é um


Andrea 26/09/2016minha estante
Mudei de ideia. É péssimo mesmo.


TzelZeev 19/11/2018minha estante
Lixo total, pra péssimo teria que melhorar muito!!




Laura2899 10/10/2023

Dragões de éter, o livro que você precisa ler
É uma saga de livros sensacional, personagens interessantes e carismáticos, plot maravilhoso e muitas vezes você irá surtar, chorar, rir, parar de ler por momentos vergonha alheia ou de choque e emoção.
Foi maravilhoso passar o ano lendo os 4 livros. Leiam (por favor, o fandom aqui é de 5 pessoas muito gente boas).
Ynnay@! 17/10/2023minha estante
Pra que idade você indica esse livro? Tem personagens lgbt?


Fabrício Lôbo 23/10/2023minha estante
Me diz que os diálogos melhoram com o passar da leitura, porque eu achei bem precário. Peguei esse livro pra folhear na livraria, amei a descrição mas odiei os diálogos. Não parecem críveis de um mundo mágico. Parece que a garotinha saiu do Rio de Janeiro, cheio de gírias e uma linguagem moderna demais. Achei estranho. Esquisito pra falar o mínimo.


Laura2899 24/10/2023minha estante
Como responde comentário??


Ynnay@! 25/10/2023minha estante
É só comentar, n tem como responder alguém específico mas quando alguém comenta depois de vc, vc recebe notificação


Laura2899 25/10/2023minha estante
Ataa, valeu




Kezia 16/10/2021

Amei muito a história e principalmente a escrita.
Gostei bastante de como os personagens se interligam e como a história se desenvolve.
Achei muito legal o final do livro tbm.
Luka 16/10/2021minha estante
Hey Kezia vc sabe me dizer a classificação indicativa? Ñ achei em lugar nenhum :(


Luka 16/10/2021minha estante
Hey Kezia vc sabe me dizer a classificação indicativa? Ñ achei em lugar nenhum :(


Kezia 16/10/2021minha estante
Amg na Amazon tem falando que é pra maiores de 14 pq tem gatilhos de assédio, violência, assassinato...


Luka 16/10/2021minha estante
Obg


Kezia 16/10/2021minha estante
De nadaa




Bia 14/08/2022

Sobre contos de fadas
Primeiro de tudo, queria dizer que a narração desse livro é a melhor coisa que ele tem. Isso não é ruim, não me entenda errado, a história também é muito boa, mas o narrador....
O jeito de conversar com o leitor, de te contar, literalmente, uma história é incrível! E aqui eu quero frisar o contar.

Caçadores de bruxa é uma releitura fantástica de contos de fadas, mas é diferente... Você acompanha vários personagens ao mesmo tempo e as coisas se interligam, isso é muito divertido!

Algumas coisas me incomodaram, é normal. Eu não estava esperando essa força de fé no livro, nem a existência de um(a) criador(a). Em alguns momentos me irritou um pouco por não ser o meu foco na leitura, fiquei pensando na fé do mundo real e não era essa comparação que eu queria fazer. Era pura fantasia o que eu estava procurando.

Fora isso e alguns posicionamentos que me incomodaram um pouco também, o livro é incrível!

A experiência de acompanhar várias partes de uma mesma história, "viajar pelo tempo" durante a narração, ver histórias de contos de fadas que você já conhece se interligarem e serem contadas de uma forma diferente, tudo isso é incrível!

O livro te apresenta um mundo perfeito que vai, não desmoronando, mas se aprofundando conforme as coisas vão acontecendo. As pessoas são muito certas do que acham q sabem (tudo bem q o foco nesse sentido é em um personagem), mas a mensagem é passada e se aplica a todo mundo ali.

Aafff... Leiam!

Mas aqui, eu não sei se li errado ou não, mas não entendi o "Dragões de Éter"... Só conheci uma águia. Tudo bem que todo o mundo ali é feito de éter, mas e os dragões?????????

-------------- spoiler ------------------------

















A Rainha (com 'erre' maiúsculo para honrar meu narrador preferido) morreu, até aí tudo bem, ou não. Mas a Branca tá pra se casar e, teoricamente, ir morar com o Novo Rei. Onde entra a madrasta que era para aparecer na infância? E se aparecer agora, o casamento vai demorar pra acontecer?
E gente, o que foi aquilo do João? Eu quase morri!
Queria mais desenvolvimento da Maria e do Axiel, foi tudo muito rápido... Queria me apegar mais.
Gente, a Babau (era assim? Não lembro) é a Rapunzel? Loucura! Amei.
A Branca foi a Tiana, então terá outra pessoa pra ser a Branca?
O Mestre Zangado deve voltar pras montanhas, mas queria ver os sete anões lutando contra a Bruja. Também queria ver mais dos poderes da Ariane (esqueci se escreve assim) e da inteligência de João e Maria (principalmente da Maria, achei ela muito secundária).
Quem mandou o lobo marcado? Era pra Ariane mesmo? Por qual motivo?
Como a sacerdotisa viu a Beanshee se só a Ariane via?
Enfim, tenho mais dúvidas, mas a preguiça reinou.
Ynnay@! 29/08/2022minha estante
Oi quais foram os posicionamentos que vc n gostou? Tem como explicar sem dar spoiler?


Ynnay@! 29/08/2022minha estante
Eu estou muito interessada em ler o livro mas vc indica ele pra pessoa de 12 ou 13 anos?


Bia 29/08/2022minha estante
Eu achei algumas coisas meio machistas (mas pode ser coisa da minha cabeça), só q o q mais me incomodou foi violência combatendo violência. Tem uma cena em específico que a pessoa n vira má pq alguém morreu... Mas não acho q seja um livro que pessoas de 12 ou 13 anos não possam ler


Bradamante 12/10/2022minha estante
Sim mano! Eu amei o narrador também, parece que ele é um amor de pessoa.


Bradamante 12/10/2022minha estante
Realmente, tem coisas meio machistas, mas elas não vem como uma coisa legal. É tipo meio que crítica.




Vic Tanzi 01/10/2023

Um conto de fadas bem brasileiro
Uma releitura dos contos de fadas em um universo conjunto. Cheio de gírias e humor brasileiro que me arrancou boas risadas. Ótimos personagens e muito bem desenvolvido e narrado!!
Ynnay@! 17/10/2023minha estante
Pra que idade você indica esse livro? Tem personagens lgbt?


Fabrício Lôbo 23/10/2023minha estante
Me diz que os diálogos melhoram com o passar da leitura, porque eu achei bem precário. Peguei esse livro pra folhear na livraria, amei a descrição mas odiei os diálogos. Não parecem críveis de um mundo mágico. Parece que a garotinha saiu do Rio de Janeiro, cheio de gírias e uma linguagem moderna demais. Achei estranho. Esquisito pra falar o mínimo.


Vic Tanzi 10/11/2023minha estante
Ynnay@! Até agora não, comecei o segundo livro e nada de personagens lgbt!! Infelizmente :(


Vic Tanzi 10/11/2023minha estante
Os diálogos continuam assim até onde parei. Mas na minha opinião deu um charme pro livro, mostrando que a juventude não importa a época tem gírias e esse tipo de coisa, mas acho sim q o autor poderia ter criado gírias novas e não usado as que a gnt usa hj em dia kakakaka




Matheus 17/05/2022

Um lugar construído especialmente para você, leitor
Livro ?: Caçadores de Bruxas
Autor ?: Raphael Draccon
Faixa etária ?: +14
Nota ?: 5 ? favoritado

Escrito pelo autor brasileiro Raphael Draccon, "Caçadores de Bruxas" é o primeiro livro da saga Dragões de Éter composta por quatro livros. Envolvente, bem escrito, emocionante e beirando a perfeição, "Caçadores de Bruxas" cativa qualquer leitor de fantasia que também goste de contos de fadas.

Nova Ether é um mundo criado por fadas, essas fadas podem se tornar humanas com duas alternativas: o amor e o ódio. O amor é quando alguma fada conhece um humano e, para poder ter uma boa relação, ela renuncia sua imortalidade; o ódio quando, cansadas de fazerem provações com os humanos e presenciarem seu fracasso, elas são corrompidas e fazem nascer as chamadas "Bruxas".

Bruja foi a primeira fada caída e ela ensinou outras fadas os seus caminhos malignos. Arzallum, em Nova Ether, era governada pelo rei Prímo Branford e ele foi o principal nome quando se fala do período da caçada às bruxas, onde Bruja e suas seguidoras foram exterminadas.

Tudo estava indo perfeitamente bem, visto que a caçada já havia acabado há anos e os dois filhos do rei Primo, Axel e Anísio, já estavam quase na maioridade. Entretanto, coisas estranhas começaram a acontecer. Os irmãos João e Maria Hanson são enganados por uma bruxa maligna que os fazem comer lama como se fosse chocolate, pregos enferrujados como se fosse jujubas e madeira como se fossem balas. A menina Ariane Narin é atacada por um lobo pronto para matá-la, mas acabou comendo a sua avó; e um pirata que muitos acreditavam estar morto, retorna agora com um herdeiro.

"Dragões de Éter" cria uma realidade em que os personagens de todos os contos de fadas que conhecemos, vivem no mesmo mundo, ao mesmo tempo, enfrentando problemas reais. O autor coloca isso de forma magnífica e que deixa o leitor sempre curioso para continuar.

O autor também conversa com o leitor (de verdade!!) e alguns capítulos não chegam nem a pegar uma página inteira. O livro é dividido em três atos e, dentro desses atos, os capítulos são colocados. Os personagens também são muito cativantes e engraçados e tanto o romance como a política são muito bem construídos.

"Dragões de Éter" é uma ode a todos os autores do passado, colocando citações bastante reflexivas e momentos muito emocionantes. Recomendo "Dragões de Éter" para todo fã de dark fantasy e de romance fantástico. Pode ter certeza que você vai amar!! :)

OBS: Não recomendado para pessoas com gatilhos com abus0 sexu4l, abus0 mor4l, lut0, sex0, assassinat0 e drog4s.
Camila 18/05/2022minha estante
To procurando indicações de fantasia, obrigada kkkkkk


Matheus 18/05/2022minha estante
:)) vc vai adorar


Camila 18/05/2022minha estante
Se vc diz, eu confio


Matheus 18/05/2022minha estante
Aaaaa




Clio0 25/05/2015

É um livro com altos e baixos.

Altos:

O autor se esforça um bocado com a narrativa, essa segunda edição obviamente foi mais trabalhada com a primeira e o esforço empregado para transformar um calhamaço de mais de quatrocentas páginas em uma leitura dinâmica foi bem sucedido.

A história é uma mescla de contos de fada com uma quantidade absurda de referências pop ou cult. É fácil identificá-las, mas elas não atrapalham o entender dos acontecimentos - assim, ninguém precisa levantar pedras quanto ao fato de que não há notas absolutamente para facilitar o entendimento.

Baixos

Os diálogos são meia-boca. Não estou me referindo ao fato de que o autor mistura português ultra-culto com gírias brasileiras (sobretudo carioca), mas ao fato de que a narração é tão minuciosa que os diálogos se tornam irrelevantes. Não há informações novas, é apenas um jogo de palavras para reforçar o estereótipo do personagem.

O desenvolvimento da história é fraco. O leitor não apenas não precisa fazer nenhum esforço para entender o que está acontecendo, como é quase soterrado pela quantidade de informações redundantes sobre o que está acontecendo.

Enfim, é um livro mediano - nem bom, nem ruim. Se Draccon conseguir resolver essas coisas em mais uma revisão, pode facilmente figurar um bom ou até um ótimo.
Ni 06/12/2021minha estante
Você conhece algum livro com bruxas? Com uma maturidade fantástica bem construída e desenvolvida ? Meio dark


Clio0 07/12/2021minha estante
Witcher não é exatamente focado em bruxas, mas é bem construído. Quando as Bruxas Viajam de Terry Pratchett é ótimo, mas é mais puxado para a comédia.


Ni 07/12/2021minha estante
Vou ver depois, obrigada. Eu vi sua seleção de livros e fiquei animada com tanta indicções kkkkk




Carla.Raquel 30/09/2016

Bom, mas...
Este livro da serie Dragões de Eter(que aliás, até aqui nao vejo porque tem dragões no título) reconta os nossos tão familiares contos de fada.
O livro começa extremamente massante, tanto pelo desenrolar da história quanto pela narração que no meu ponto de vista achei extremamente irritante.
Definitivamente não me conquistou pelo modo como o narrador interfere em casa capítulo. Entretanto não vou negar que a trama tem um potencial absurdo. E a partir do momento em que você se acostuma com o tipo de narração, você se acaba envolvendo mais. Principalmente no final.
Gostei mas poderia ser melhor do ponto de vista da narração. Com relação à história, achei incrível o modo como se dá certas explicações a perguntas que a maioria de nós não se deu ao trabalho de fazer quando nos contaram esses contos de fadas.
Fernanda.Magno 13/06/2017minha estante
A narração pra mim foi a pior coisa desse livro, parece q estava escrevendo para crianças pequenas q nao entendem as coisas, explicando varias vezes a mesma coisa. A historia pode ser ótima mas com com essa narração pra mim nao deu, ja abandonei.


Carla.Raquel 13/06/2017minha estante
Concordo. Nao dei continuidade à serie por conta da narração.


Maleno Maia 27/10/2017minha estante
A narração a vezes tem uns inconvenientes, mas no geral gostei muito do livro. Só faltou um pouquinho mais de maturidade do autor. Ele não precisava mesmo ficar repetindo algumas descrições, mas a forma como ele escolheu estruturar a história foi genial, muito bem elaborada. Vejo mais pontos positivos do que negativos.




Gabi Dantas 26/02/2016

Odiei ...
Odiei o narrador desse livro, foi irritante e desnecessária, eu não conseguia me envolver com essa historia e toda vez que eu achava que conseguiria engatar a leitura o narrador dos infernos atrapalhava tudo. ODIEI esse infeliz narrador
A historia parece ser interessante, mas não rolou com esse narrador chato!!!!!!
Guizinho 11/03/2017minha estante
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Fernanda.Magno 13/06/2017minha estante
Falou tudo q eu pensei, narrador dos infernos mesmo, desisti por causa dele


TzelZeev 19/11/2018minha estante
E tem gente que acha esse narrador do inferno uma maravilha!! Comparando a grandes autores só rindo mesmo, o cara escreve como se estivesse falando com amebas, ridículo!!




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