Camila Felicio 18/11/2023
A primeira mulher francesa ganhadora do Nobel!
Foi meu primeiro contato com a Annie, estou há tempos esperando para ler uma
obra da autora e fui incentivada pelo Philippe que me puxa para ler em francês e como sou lisa sempre dava uma driblada porque estou enferrujada, desta vez não evitei e estou muito feliz por tê-lo feito pois conheci a autora (me encantei por certo) e surpreendentemente consegui concluir a leitura sem muito drama.
Quem nunca teve uma paixão avassaladora que atire a primeira pedra, e quem a teve entende várias partes da escrita da autora e identifica-se com vários momentos vividos e narrados pela personagem (bom a parte de não tomar banho eu achei extremamente absurda mas... - quem leu sabe do que se trata).
A personagem apaixona-se perdidamente por um dinamarquês que está a trabalho na França, e descreve as sensações que sente, entre elas: a ansiedade, o nervoso, o medo do abandono, a dúvida de ser querida, o desejo de já não estar vivendo o enamoramento, e a depressão pela perda... Entre a ansiedade e a depressão senti-me dentro daquela vivência, e fiz a imersão total e o livro ganhou um novo significado! Segundo a personagem ao nos apaixonarmos e às vezes agirmos de forma tão irracional entendemos as pessoas que outrora julgamos tolas, eu amei a reflexão e apreciei ter uma protagonista já mais velha, com uma vida consolidada, mãe e divorciada porque vi camadas extremamente fortes na narrativa, mesmo a escrita sendo seca e precisa.
Bom, mais um livraço em um novo gênero que descobri que adoro: o gênero protagonistas femininas meio surtadas (o motivo do não tomar banho ainda me gera perplexidade e não consigo não fazer julgamentos HAHAHA, eu ri de nervoso na leitura e tirei fotos para vários amigos não leitores ficarem abismados juntos comigo, porque não queria passar por aquilo sozinha).