Jéssica 29/01/2023
Gosto muito do Nicholas Sparks, é meu autor queridinho e o único que eu já li todos os livros. Então, quando ele lança uma nova obra, nem paro pra ver a sinopse, pois já sei que quero ler.
É inegável que ele tem o dom da escrita. Ele sabe CONTAR boas histórias e suas narrativas normalmente nos fazem viajar até o local, eu sinto como se já conhece a Carolina do Norte porque a forma como ele a narra a deixa quase palpável para o leitor.
No entanto, é inegável, também, que ele não tem mais o dom de CRIAR boas histórias. De um tempo pra cá, sinto que ele se perdeu em seus escritos; há muito, muito, tempo eu não leio algo dele que realmente seja bom, que valha a pena.
Neste livro, por exemplo, ao contrário do que muitos acharam, eu gostei da vibe de Colby e Morgan, foi bonitinho vê-los juntos, mas o fato deles declaram amor um pelo outro depois de uns dois dias juntos, foi muito forçado. Não seria nada demais se o romance continuasse tranquilo, seguindo o seu ritmo e a química dos dois. Se fosse algo intenso, de um final de semana, e aos poucos fosse crescendo. Mas depois de apenas algumas interações já ter tido aquele fervor todo de um amor não colou.
Beverly, por sua vez, teve uma história um pouco previsível. Aos 30% do livro, eu já tinha sacado boa parte do que estava acontecendo e o restante foi esclarecendo-se aos poucos na minha mente. A história dela deveria ter sido melhor explorada, pois tinha potencial para isso. Mas Sparks resolveu dar atenção demais ao romance e, infelizmente, esse não é mais o seu forte.