Fábbio @omeninoquele 12/02/2023Maravilhoso!#OMeninoResenhando
"A vida é como uma viagem de navio e que, quando a ligação se inicia, o último velejo está chegando ao fim."
É julho de 2010 e a Central da Morte está abrindo suas portas com um serviço inovador, que pretende avisar as pessoas que elas vão morrer e encorajá-las a aproveitar seu Dia Final. A inauguração vai ocorrer na Times Square, onde inclusive, o próprio dono fará a primeira ligação para o primeiro terminante.
Valentino Prince, está recém chegado à Nova York e essa cidade pra ele é o sinônimo de recomeço, que sofreu quando seus pais não o aceitaram quando ele disse que era gay. E sonha em ser modelo e viver uma vida mais feliz com sua irmã gêmea nessa nova cidade. Os dois vão morar juntos e ele vai primeiro para o apartamento que eles alugaram lá.
Orion Pagan tem um grave problema no coração e desde então sempre viveu com medo de que o próximo dia seria seu Dia Final, e quando soube da Central da Morte, logo fez sua inscrição no serviço, porque era melhor saber logo quando iria morrer do que viver com essa ansiedade e incerteza. Orion é órfão, perdeu seus pais no atentado de 11 de setembro e vive com a família Young, que o tratam como se ele fosse parte deles.
Os dois garotos resolvem ir à inauguração na Times Square, e lá vão se conhecer, e quando um deles for o primeiro a receber a primeira ligação da Central da Morte, os dois vão construir um laço forte o bastante que fará com que esse Dia Final tenha valido a pena.
Senti em muitos momentos de coração apertado enquanto fazia essa leitura, seja pelos gatilhos de morte que há nessa história, ou seja pelos dois personagens que são encantadores e que a gente torce, mas sabe que no fim um vai morrer. A história também conversa sobre relacionamentos abusivos e Adam Silveira, soube muito bem retratar essas temáticas em seus personagens e ainda manter a história natural, empática, marcante e emocionante.
O livro é maravilhoso, expandiu o universo criado pelo autor, mostra como foi os primeiros trabalhos dessa empresa, e as dificuldades por qual ela passou nos seus primeiros momentos de vida, mas não explica algumas lacunas e perguntas que nos fazemos sobre ela desde o primeiro livro. Há uma participação dos personagens, Rufus e Mateo, num passado onde eles não se conhecem e são mais jovens, que me deixou mega de coração aquecido.
Já havia gostado do primeiro livro, mas devo confessar que "O primeiro a morrer no final" tocou em meu coração, como o primeiro não alcançou, às vezes de um modo muito duro e mórbido, por causa desse gatilho da morte e me fez refletir sobre nossa fragilidade perante a ela, e o quanto é importante também aproveitar cada minuto que permanecemos nesse mundo louco.
Eu recomendo muito, mas talvez não tanto pra alguém que não está de boas, ou que não curta histórias com esse assunto. Em todo caso, consuma com cuidado!
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