Ciranda de pedra

Ciranda de pedra Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Ciranda de Pedra


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alpaco 16/05/2024

Ciranda de Pedra
Sei que repensarei a nota e também sei que vai ser uma leitura que irá me perseguir e me obrigar a ler novamente futuramente, o que me satisfaz, pois é incrível. Para um primeiro lançamento da autora, com apenas dezenove anos, é definitivamente uma grande obra. A primeira parte é incrível, não consigo lembrar de algo que não gostei. É sentimental e profundo, extremamente identificável mesmo sem a experiência dessas mesmas situações. Essa primeira parte acompanha a protagonista, Virgínia, enquanto criança e a dinâmica entre mudar da casa do pai para a da mãe e vice e versa sem se sentir pertencente em nenhum contexto dentro dessa vidinha. A abordagem do divórcio em uma época que ainda não era comum nem era permitido no país, a da questão dos sanatórios e saúde mental e a questão de cor são grandes canções nessa primeira parte. A segunda não me agradou em muitos momentos, mas no final tudo se encaixa e fica esplendoroso. Há a mudando da vida de criança para a adulta onde Virgínia pediu a Natércio para ser criada em um internato pois não gostava de sua casa e sai de lá procurando se encaixar de vez, nisso toca feridas, se deprime e termina percebendo que todo ser humano é um ser humano, nem mesmo Natércio que era visto como um besouro terrível por sua mãe, creio que por manda-la ao sanatório, é a pior pessoa do mundo, ele apenas possui os próprios obstáculos para lidar e mesmo não conseguindo a amar a protagonista, lhe provém o que pode. Meio que todos demonstram serem humanos e Otávia, uma irmã de Virgínia, ainda diz que por mais que ela tente, não vai realmente descobrir os segredos profundos de cada um. O que é libertador para ela, depois de muito matutar ela se liberta das suas cirandas de pedra com a família e decide descobrir seu mundo por si mesma. O que revela outros grandes avanços culturais/morais do livro: uma liberdade sexual e de gênero principalmente para mulheres que é incrível e definitivamente não havia na época e também as diversas citações à homossexualidade. Enfim, vale a pena, um grande romance de formação e talvez o/um dos maiores brasileiros.
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david andriotto 15/05/2024

Estes anões de pedra!
Esta talvez tenha sido a mais especial de minhas resenhas, com toques de pessoalidade e diversa intertextualidade. E vocês nunca terão acesso.
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KatiRodrigues 13/05/2024

Profundo, intenso e um pouco nostálgico
Demorei um pouco mais para ler esse do que de costume. A leitura foi bem profunda pra mim, o que me fez demorar mais pra digerir e ler mais lentamente. Além disso, também tem uma linguagem mais formal, uma estrutura diferente. É ótimo.
?Mostre que você é intensa, indique Lygia Fagundes Telles? ??
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Carolina3158 11/05/2024

Vamos entrar na ciranda !?
Meu primeiro contato com a escrita da Lygia e foi uma experiência grandiosa!!
Acompanhar o olhar da Virgínia ( mesmo que as vezes sejam muito chato) quando era criança dentro daquela relação familiar e ver como ela cresceu amargurada com tudo aquilo foi um soco.

Lygia foi muito corajosa em trazer assuntos polêmicos, numa época extremamente conservadora, pondo ali para provocar toda uma reflexão sobre os temas ali expostos, tudo isso revelando a sua ousadia na escrita.
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jess queiroz 08/05/2024

Ciranda de pedra
Um livro delicado e profundo. Tenho tido muita sorte por ler obras tão maravilhosas e que abordam a vivência humana e familiar de maneira tão profunda e possível. Virgínia me encantou e me gerou uma compaixão enorme! Que delícia de leitura.
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carlosmanoelt 02/05/2024

?Vamos todos cirandar??
?A vida é uma ciranda de pedra, onde dançamos sem perceber o chão fugir sob nossos pés."

Virgínia, a protagonista de Ciranda de Pedra, ilustra uma cena que chama de ?descrição de uma família?. Em certa medida, é justamente sobre isso o romance. Mas não só.

No início do livro ela é uma criança, a caçula entre três irmãs cujos pais estão divorciados. Virgínia mora com a mãe enquanto as outras duas moram com o pai em um casarão tipicamente paulista e burguês. A personagem principal, ainda infante, não compreende completamente os problemas familiares e é constantemente ignorada pelas irmãs. Nós então acompanharemos o desenvolvimento pessoal da protagonista, através de seus olhos descobrindo a loucura da mãe, os segredos do padastro e as razões pelas quais é evitada pelo próprio pai.

O livro, assim como os contos de Lygia, é repleto de elementos simbólicos, animais, cores e paisagens muito bem selecionadas para dialogar perfeitamente com as situações e personagens. Por meio deles é abordado um dos temas principais do romance: a relatividade da realidade, esta sendo espécie de elemento cinematográfico que adquire diferentes dimensões e significados a depender do ângulo e distanciamento da câmera, real distinto da aparência de real.

A ideia de ciranda pode ser interpretada de diversas maneiras. Em primeiro lugar, trata-se claramente de uma alusão à ciranda de anões que enfeita o jardim da mansão, imóvel e impenetrável. Em um segundo momento, a ciranda corresponde àquela composta pelas irmãs da protagonista e seus amigos, ciranda esta que, embora animada, permanece inacessível. Estabelecendo um paralelo entre as duas, pode-se dizer que Lygia põe em cheque a paralisia das relações interpessoais, a estratificação e mesmo o empedramento desumano que atinge o coletivo e condiciona as ações individuais.

Embora a linguagem do romance seja fluida, informal e fácil de acompanhar, ela não impede a criação de belas metáforas no livro. Silviano Santiago chegou a denominá-la de ?linguagem alucinatória?, já que, sendo discurso indireto livre, é extremamente interior, representativa da confusão mental da protagonista e que se desenvolve junto com ela, amadurecendo também, sem perder a honestidade. Essa linguagem é tão pessoal, tão representativa de Virgínia e suas alucinações que, em carta escrita à Lygia sobre o romance, Drummond caracteriza a personagem principal como autora. É como se ela tivesse escrito Ciranda de Pedra, pois a linguagem é toda dela e isso cria um livro perturbador e envolvente, muito por conta da solidão e da introspecção características da protagonista. O foco na interioridade de Virgínia reforça a distinção desta em relação aos demais: ela, profunda, criativa e imaginativa; eles, superficiais, habitando o terreno das aparências. Quando começa a lidar maduramente com sua condição de indivíduo independente, Virgínia faz cair os véus que transformavam em divindades pessoas e relações frívolas. É por seus ?olhos delatores? que a verdadeira essência das personagens nos é revelada. Esse é o amadurecimento necessário. O final da obra é também muito simbólico para o sentido de aceitar e acolher a si mesmo apesar dos outros.

Tudo isso, somado à capacidade lygiana de encaixar em pequenos trechos tudo ? ou quase tudo ? o que há de mais significativo na história, faz com que Ciranda de Pedra seja um dos melhores romances de formação da literatura brasileira, inspirando adaptações televisivas e indicado aos mais variados públicos.
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michele-biblioteca 01/05/2024

"Ciranda de Pedra" foi o livro que li mais vezes durante toda a minha vida. A primeira leitura foi realizada durante a minha adolescência; e a última em 2017, quando finalizei um curso livre de português e utilizei o livro como trabalho de conclusão do curso.
Escrito em 1954, trata-se de um romance de formação que narra a trajetória da menina Virgínia, uma caçula entre três irmãs cujos pais estão divorciados.
Na primeira parte do livro Virgínia é uma criança leva uma vida modesta morando com a mãe e o padrasto, enquanto suas irmãs moram com o pai rico em um casarão paulistano, com empregados e uma vida confortável. A menina vive uma complexa situação familiar, tendo que conviver diariamente com a loucura da mãe, que vai definhando lentamente, o padrasto que utiliza todos os recursos financeiros da família para tentar curar a esposa, um pai que a evita e irmãs que a ignoram. Tristeza, solidão e sentimento de rejeição permeiam a infância da protagonista.
O sonho de Virgínia é morar na casa com pais e irmãs e ter a família reunida novamente, mas quando isso acontece, ela percebe que era apenas uma ilusão, pois sem receber o afeto familiar que sonhou, a menina finalmente enxerga que não há espaço para ela naquele ambiente familiar e sente-se mais sozinha do que nunca, pedindo ao pai que a interne em um colégio. E assim finaliza a primeira parte da obra.
A segunda parte do inicia-se com uma Virgínia já adulta, deixando o colégio e voltando para a casa do pai, mas novamente percebendo que jamais fará parte daquele círculo fechado. Virginia acompanha, assim, todos os personagens que fizeram parte de sua infância, com suas fraquezas e suas amarguras.
Ciranda de Pedra é um romance sobre pertencimento. Virgínia quer pertencer, quer fazer parte da roda, mas não se sente parte de nada. Virgínia se sente deslocada na casa da mãe e do padrasto, na casa do pai, entre as irmãs, entre os amigos. Sente-se inadequada em qualquer grupo que esteja. E é essa a questão da tal ciranda de pedra. Se no início acredita-se ser uma alusão a uma escultura no jardim do casarão, com o desenvolvimento da leitura percebe-se que a ciranda se trata da roda fechada das irmãs e dos amigos, que ela nunca conseguiu entrar, e todas os outros círculos sociais por quais Virgínia passa, mas nunca consegue se inserir.
Enfim, um romance maravilhoso. Na minha opinião a primeira parte é fabulosa, e a narrativa perde um pouco a força na segunda parte, mas ainda assim uma leitura inesquecível e meu romance favorito da escritora.
Curiosidades: Existem 2 novelas da Rede Globo baseadas na obra, uma de 1981 e a outra de 2008.
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carolpassosgonn 01/05/2024

Virgínia e a sua busca por um lugar na ciranda.
Esse é um livro sobre muitos temas, mas elegeria o pertencimento e a expectativa de pertencer como um dos pontos centrais. Virgínia cria a sua realidade, ainda na infância, e aquele ideal a persegue como um cão sem dono. Lygia tem prosa e narrativa. Nos envolve de uma forma brutal. Olha pra morte e a pega no colo. Olha para vida e nos grita coragem.
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Rute31 30/04/2024

Sigo gostando mais da Lygia contista, mas ler Ciranda de Pedra foi uma baita experiência. Impossível gostar de uma unidade de personagem e ainda assim igualmente impossível largar a leitura.

A protagonista Virgínia parece viver num umbral familiar: é a lembrança da ruptura e se sente de fora de tudo, inadequada, então se machuca e machuca aos outros no processo. É um livro triste.
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bubuletta 22/04/2024

Você quer mesmo entrar para está ciranda?
"Ciranda de Pedra", de Lygia Fagundes Telles, é uma obra literária que se destaca pela sua profunda sensibilidade e pela habilidade da autora em retratar as complexidades das relações humanas e as nuances da psique feminina. Através da história de Virgínia, somos levados a explorar os dramas e conflitos de uma família desestruturada, cujas feridas são profundas e impactam gerações.

Desde a infância, Virgínia é confrontada com a loucura de sua mãe, Laura, a ausência afetiva de seu "pai" e o distanciamento de suas irmãs. A narrativa se desenrola em torno das tentativas de Virgínia de encontrar seu lugar em um ambiente familiar caótico e em uma sociedade burguesa hipócrita e superficial.

Dividida em duas partes, a obra nos apresenta Virgínia ainda criança, com uma visão inocente e imatura dos conflitos familiares, e posteriormente como uma jovem adulta, refletindo sobre os impactos dessas experiências em sua formação e amadurecimento. A Virgínia-criança que tanto queria entrar para a ciranda, finalmente a vê pelo o que ela realmente é. A cada volta da ciranda, ela se confronta com as complexidades de suas relações familiares e sociais, enfrentando desafios e descobertas que moldam sua jornada de autodescoberta em meio a um mundo repleto de desilusões e desafios.

Através de um elenco de personagens bem construídos e complexos, como as irmãs Bruna e Otávia, os rapazes Afonso e Conrado, e Letícia, Lygia Fagundes Telles nos oferece uma análise profunda das relações interpessoais e das máscaras sociais que as pessoas frequentemente usam para esconder suas vulnerabilidades e inseguranças.

A profundidade psicológica presente na narrativa é um dos pontos altos do livro, consagrando a autora como "a grande dama da literatura brasileira". O uso magistral do fluxo de consciência nos permite acessar os pensamentos mais íntimos de Virgínia, revelando suas lutas internas e suas tentativas de compreender e aceitar a si mesma e aos outros ao seu redor.

A temática do lesbianismo também é explorada, contribuindo para enriquecer a complexidade e a profundidade da história. Foi uma surpresa por conta da idade do livro não estava esperando; a novela produzida pela globo foge bastante do livro, a adaptação é só licença poética. Apesar disso gosto muito das duas obras.

Contudo, é importante mencionar que a obra apresenta passagens impregnadas de racismo, especialmente em relação à personagem Luciana, a empregada negra da casa de Laura e Daniel. Embora essas representações sejam reflexo do contexto histórico e social em que o livro foi escrito, eu revirei muito os olhos, é fundamental abordar esses aspectos críticos com uma análise cuidadosa e crítica.

Em suma, assim como na ciranda, onde os dançarinos se movem em harmonia e desalinho, "Ciranda de Pedra" nos convida a refletir sobre as danças da vida, os encontros e desencontros que experienciamos, e as transformações que ocorrem enquanto navegamos pelos círculos que compõem nossa existência. Uma obra-prima que continua relevante e atual, desafiando-nos a refletir sobre as complexidades da condição humana e os caminhos tortuosos que percorremos em busca de amor, aceitação e compreensão.
Pablo Paz 22/04/2024minha estante
Suas resenhas são muito boas!


bubuletta 23/04/2024minha estante
Muito obrigada ?




_lauracrs 22/04/2024

Inteligente e assimilável
O romance de Lygia, meu primeiro, me fez compreender o motivo da celebração da autora. Ela é capaz de retratar com graciosidade os mais intrusivos pensamentos de uma jovem melancólica e intensa, pincelando observações espertas. A história não se perde em momento algum, é uma ciranda completa, de fato.
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Ludyzz 21/04/2024

Me pego pensando neste livro mesmo depois de meses
Lygia eu te amo!
Este livro me fixou de uma maneira que mesmo depois de dois meses de sua leitura ainda me pego pensando nele!

Aqui a resenha que fiz logo após ler o livro:

Uma história muito forte, triste, melancólica mas que chega a ser bonito a forma com que lygia descreve as emoções e entrelaça os sentimentos dos personagens. O fato do livro ser dividido dm dois períodos: o da infância com a visão de uma criação passando por momentos que influenciarão no seu jeito, pensamento e ações pelo resto da vida só escancara como somos moldados na infância e por mais que tentemos nos desprender disso jamais seremos outra coisa. A inocencia é uma das mais belas coisas deste livro pois conseguimos ver as discrepância de ações entre os personagens mas ao mesmo tempo entender esse emaranhado de emoções dos quais todos os personagens passam e entender porque eles são assim.
Gosto muito da literatura de lygia, uma brilhante escritora que estou tendo o prazer de me aventurar.
O livro me lembrou um pouco quem é você Alasca (um grande marco de minha adolescência) mas este de uma forma muito mais complexa e bonita mas digo na parte de melancolia, este é um sentimento que sempre me atrai muito, não atoa sou fã de carteirinha de Aline bei e Carla madeira

Spoiler
A mensagem do final é linda e me trouxe uma certa compreensão não sei nuito bem explicar mas "mais importante que nascer é ressuscitar" foi uma das frases mais marcantes diante de todo o livro pois faz tanto sentido e é falada de forma tão linda e verdadeira
Queria eu ir de encontro com o sol para descobrir que mais importante que nascer e ressuscitar

Obrigada janeiro!
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cinthyaarruda 20/04/2024

Incrível.
É o que posso dizer.
Fiquei extremamente envolvida nos problemas familiares apresentados.
É tudo tão complexo mas vai se conectando aos poucos.
Fora o crescimento pessoal da personagem que atinge seu ápice de maturidade e começa a pensar mais no que ela quer, no que os outros esperam dela. Foi uma experiência belíssima. Ansiosa para ler outros da autora.
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kaworaes 18/04/2024

E os anos todos que vivera percorrendo, de norte ou sul, o mundo que criara dentro de si.
O romance de Lygia Fagundes Telles acompanha a vida e amadurecimento de Vírginia, inicialmente, uma criança de apenas 10 anos que enxerga o mundo através da vida de suas irmãs mais velhas e alguns amigos da vizinhança. Com diversas perguntas e questionamentos, Vírginia se ampara à realidade não existente de fazer parte daquele grupo perfeito.
O livro é dividido em duas partes, a primeira apresenta uma criança confusa e injustiçada, que procura entender a separação dos pais e por quê não pode compreender as questões que envolvem essa trama. Já na segunda parte refere-se à uma adulta desestabilizada, que após tanto procurar respostas para seu mundo perfeito, acaba se frustando com a realidade cruel de seus ancestrais e quais narrativas se estendem por essa visão.
Ciranda de pedra é uma obra repleta de metáforas e crueza, seus personagens apresentam imperfeições e falta de maturidade para com seus parceiros. Através desse cenário de instabilidade, a protagonista da trama se ilude com o conceito de pessoas perfeitas e descobre que o mundo criado dentro de si é irreal, impossível e utópico. Pela busca do pertencer, Vírginia encontra sua maior companheira e aliada, ela mesma.
Tratar sobre amadurecimento e descobertas na fase jovem adulta é um desafio, uma vez que tudo pode ser tão imprevisível e instável. Lygia aborda essas questões envolvendo um ciclo familiar complexo e problemático, que por muitas vezes é a realidade existente em diversos casos de conservadorismo na década de 50, porém apagados afim de trazer um ideal perfeito.
Em conclusão, Ciranda de pedra é um livro sensível, com uma narrativa desafiadora, onde o leitor é levado à imersão do ambiente descrito, com revelações chocantes. A crueza e humanidade dada aos personagens, com problemas tão insignificantes que se tornam um grande ponto no desenvolvimento da protagonista, refletem na causalidade que damos à nossa infância e a importância que levamos dela para a vida adulta.
"Nascemos todos os dias quando nasce o sol." É um lembrete de que nunca é tarde para tentar de novo e deixar o passado, no passado.
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