Ciranda de pedra

Ciranda de pedra Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Ciranda de Pedra


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Kayron.Kaic 08/06/2024

?Mais importante que nascer é ressuscitar?
Começo essa resenha falando que qualquer coisa que eu escreva vai ser muito pouco para descrever essa obra. Ciranda de Pedra é um daqueles livros que cresce dentro de você, depois que você termina, e que te faz passar dias com alguns trechos na cabeça.

Li em algum lugar que a gente pensa que a nossa dor é sem precedentes na humanidade, daí de repente você a lê. Literatura é - também - sobre identificação.

Ciranda de Pedra, ao meu ver, é um livro sobre pertencimento. Sobre querer ser alguma coisa. Querer ser aceito. Desejar estar em outro lugar. Ser enxergado. Começar a viver.

Virgínia, na minha humilde opinião, é uma das maiores personagens da literatura brasileira. Redonda. Complexa. Humana. Na primeira parte você a acompanha na infância e consegue compreender a dor dela ver o mundo como essa estátua em pedra em que anões de jardim brincam de ciranda e ela, inevitavelmente, não consegue entrar nessa roda. Solitária, enxerga a vida girando e ela ali, de fora. Na segunda parte, a acompanhamos jovem, mas igualmente querendo pertencer a algum lugar.

Não tem como ser a mesma pessoa depois de ler Ciranda de pedra. Não tem como ser a mesma pessoa depois de ler Lygia Fagundes Telles.
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Nay 07/06/2024

Escrita maravilhosa, poética e uma história muito boa. Valeu a pena a leitura e recomendo demais, cada página uma surpresa.
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Keila199 05/06/2024

Lygia com uma aula de construção de personagem com a memorável Virgínia!
Diálogos que carregam uma prosa poética e profunda, introspectivos, alucinatórios e eloquentes compor o cenário físico e psicológico da trama familiar de uma família paulista que em meio a uma ciranda de personagens, traz a busca insaciável pelo pertencimento.
Mais importante que nascer é ressuscitar!
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antuan_reloaded 01/06/2024

10/10 ?
"Ciranda de Pedra" é um retrato nuançado e complexo das lutas internas de uma jovem órfã confrontada com um mundo adulto cheio de contradições e segredos. A ausência materna cria um vazio que Virgínia tenta preencher de diversas maneiras, refletindo sobre sua identidade e seu lugar no mundo. A figura dos anõezinhos de pedra no jardim do pai, Natércio, é emblemática e marca visualmente o círculo ao qual Virgínia tenta entrar, mas do qual sempre está à margem. Gosto da forma como o narrador, de maneira sutil, introduz o leitor à hipocrisia da classe média, desnudando uma sociedade que não é tão imaculada quanto aparenta. Os personagens que compõem a história, dessa forma, vivem em constante conflito entre as aparências e as realidades ocultas de suas vidas, expondo a fragilidade das convenções sociais e a superficialidade dos valores burgueses. Como bem lembra em certo momento, já perto do final: "Todos sabiam, mas ninguém dizia nada". Ou seja, o mundo adulto ao qual Virgínia é exposta é repleto de segredos e comportamentos contraditórios. Além disso, a narrativa se desenrola de forma a permitir ao leitor uma íntima compreensão dos pensamentos e sentimentos de Virgínia. Embora não utilize o fluxo de consciência típico, Lygia habilmente emprega o discurso indireto livre, permitindo que a narrativa flua suavemente entre os pensamentos de Virgínia, que se assemelham a um diálogo interno, e a realidade ao seu redor. Esse recurso literário faz com que muitas vezes pareça que é a própria Virgínia quem narra a história, criando certa intimidade com o leitor, principalmente na primeira parte. Algo semelhante ao que faz Henry James em "Pelos Olhos de Maisie", onde a perspectiva de uma criança dá à história um tom de inocência e introspecção. Enfim, são vários os aspectos que chamam a atenção em "Ciranda de Pedra" e fazem com que seja uma leitura que cresce em profundidade e impacto, revelando camadas de sentimentos que permanecem com o leitor muito tempo após a última página ser virada.
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Agat(h)a 30/05/2024

Sou meio assim com a autora pq descobri que era amiga do monteiro lobato, mas a obra em si é mto boa, enxerguei tanta gente nesse livro que até dói
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Dri Ornellas 26/05/2024

Um livro que traz uma personagem que vive no meio de assuntos que não entende e não está preparada para viver ou ver

Ciranda de pedra foi o primeiro livro da advogada e escritora Lygia Fagundes Telles ou "a dama da literatura brasileira", lançado em 1954. Ele conta a história familiar complicada de Virgínia: filha de pais separados, ela vive na casa da mãe Laura e seu padrasto, Daniel. Ambos apaixonados e carinhosos, mas com uma vida atormentada pela loucura de Laura. No livro, a questão de Laura é tratada como doença, mas com o contexto atual, já podemos deduzir que ela tinha depressão e isso a impedia de viver plenamente a vida.

O pai de Vírginia, Natércio, vivia em outra casa com as duas irmãs mais velhas de Virgínia, Otávia e Bruna, ambas com personalidades muito diferentes e com uma relação distante com a mãe e o padrasto.

Virgínia não entendia a dinâmica da família e distribuía culpas de acordo com as suas angústias. Sentia-se completamente deslocada, como se não pertencesse a nenhuma das duas casas e fosse ignorada a todo momento por todos. O livro conta justamente essa jornada de descobrimento onde todas as certezas de Virginia se mostraram irreais e como ela trabalhou internamente a chegada de novos modos de ser e viver.

PARA QUEM É ESSE LIVRO: para quem gosta de literatura brasileira, de livros sem grande ação ou aventuras. É uma leitura calma e fluida.

Ciranda de pedra, Lygia Fagundes Telles
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Lele 24/05/2024

Divórcio, lésbica e traição na década de 50? Pode isso?
Lógico que pode, tudo pode quando o assunto é Lygia. Com uma escrita cativante e única Lygia nos convida a refletir diversos temas que eram tabus na década de 50, bom infelizmente alguns temas ainda são.

Simplesmente o melhor do ano Lygia não erra nunca!!
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249 22/05/2024

Melhor obra da autora!!!
Lindo demais, me emocionei diversas vezes. Me identifiquei muito com a Virginia e com a sua vontade de pertecer. Com certeza é um dos meus livros preferidos da vida.
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alpaco 16/05/2024

Ciranda de Pedra
Sei que repensarei a nota e também sei que vai ser uma leitura que irá me perseguir e me obrigar a ler novamente futuramente, o que me satisfaz, pois é incrível. Para um primeiro lançamento da autora, com apenas dezenove anos, é definitivamente uma grande obra. A primeira parte é incrível, não consigo lembrar de algo que não gostei. É sentimental e profundo, extremamente identificável mesmo sem a experiência dessas mesmas situações. Essa primeira parte acompanha a protagonista, Virgínia, enquanto criança e a dinâmica entre mudar da casa do pai para a da mãe e vice e versa sem se sentir pertencente em nenhum contexto dentro dessa vidinha. A abordagem do divórcio em uma época que ainda não era comum nem era permitido no país, a da questão dos sanatórios e saúde mental e a questão de cor são grandes canções nessa primeira parte. A segunda não me agradou em muitos momentos, mas no final tudo se encaixa e fica esplendoroso. Há a mudando da vida de criança para a adulta onde Virgínia pediu a Natércio para ser criada em um internato pois não gostava de sua casa e sai de lá procurando se encaixar de vez, nisso toca feridas, se deprime e termina percebendo que todo ser humano é um ser humano, nem mesmo Natércio que era visto como um besouro terrível por sua mãe, creio que por manda-la ao sanatório, é a pior pessoa do mundo, ele apenas possui os próprios obstáculos para lidar e mesmo não conseguindo a amar a protagonista, lhe provém o que pode. Meio que todos demonstram serem humanos e Otávia, uma irmã de Virgínia, ainda diz que por mais que ela tente, não vai realmente descobrir os segredos profundos de cada um. O que é libertador para ela, depois de muito matutar ela se liberta das suas cirandas de pedra com a família e decide descobrir seu mundo por si mesma. O que revela outros grandes avanços culturais/morais do livro: uma liberdade sexual e de gênero principalmente para mulheres que é incrível e definitivamente não havia na época e também as diversas citações à homossexualidade. Enfim, vale a pena, um grande romance de formação e talvez o/um dos maiores brasileiros.
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david andriotto 15/05/2024

Estes anões de pedra!
Esta talvez tenha sido a mais especial de minhas resenhas, com toques de pessoalidade e diversa intertextualidade. E vocês nunca terão acesso.
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KatiRodrigues 13/05/2024

Profundo, intenso e um pouco nostálgico
Demorei um pouco mais para ler esse do que de costume. A leitura foi bem profunda pra mim, o que me fez demorar mais pra digerir e ler mais lentamente. Além disso, também tem uma linguagem mais formal, uma estrutura diferente. É ótimo.
?Mostre que você é intensa, indique Lygia Fagundes Telles? ??
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Carolina3158 11/05/2024

Vamos entrar na ciranda !?
Meu primeiro contato com a escrita da Lygia e foi uma experiência grandiosa!!
Acompanhar o olhar da Virgínia ( mesmo que as vezes sejam muito chato) quando era criança dentro daquela relação familiar e ver como ela cresceu amargurada com tudo aquilo foi um soco.

Lygia foi muito corajosa em trazer assuntos polêmicos, numa época extremamente conservadora, pondo ali para provocar toda uma reflexão sobre os temas ali expostos, tudo isso revelando a sua ousadia na escrita.
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jess queiroz 08/05/2024

Ciranda de pedra
Um livro delicado e profundo. Tenho tido muita sorte por ler obras tão maravilhosas e que abordam a vivência humana e familiar de maneira tão profunda e possível. Virgínia me encantou e me gerou uma compaixão enorme! Que delícia de leitura.
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