spoiler visualizarRegy 23/05/2023
Melhor que o anterior
A história de Fancy é diferente, ainda que ela seja uma bastarda. Ettie Trewlove a concebeu fruto de uma violência sofrida, mesmo que ela não tenha sido violentada no sentido literal, mas ter sido coagida pelo senhorio, é um tipo de violência. Odeio pensar que isso não mudou ao longo dos anos. Homens e mulheres sujeitam seus semelhantes a situações assim. Felizmente, a senhora Trewlove não rejeitou a filha, mas amou o bebê independente de seu genitor.
Fancy foi cercada por mimos e cuidados, mas isso não a tornou esnobe e mimada. Isso foi legal. A forma como ela foi super protegida, era de esperar uma garota do tipo flor de estufa. Gostei da personalidade forte dela. Gostei dela saber o que queria e não se submeter aos ditames da sociedade hipócrita. Não gostei dela ter se deixado levar pelo conde antes do casamento. Essa é a parte que sempre acho desnecessária nos romances de época, a apelação sexual. O conde teria a amado independente da atração e do coito. Mas, como parte das clientes de livros curtem o hot, as autoras colocam. E as que não curtem, como eu, ignora e segue a história. E a história de Fancy é bonita, ela superou seu nascimento, foi doce com todos, forte quando precisou e maleável quando necessário. O fim não foi tão legal, achei que foi muito rápido. Merecia um epílogo com suas crianças correndo pela sala de leitura, brincando com os livros na biblioteca... Apesar de ser uma ficção, é bom ter a ilusão de garotas fortes enfrentando a sociedade Londrina em 1800 e pouco, rejeitando pedidos de casamentos de golpistas, ignorando a rejeição social em busca do amor verdadeiro ?