Fernanda2358 13/06/2012
Sem pretensão alguma de ser uma resenha.
Terminei de ler o livro não tem nem 20 min. Não costumo fazer isso, prefiro escrever qualquer coisa após um período, tempo suficiente para digerir tudo e não pensar apenas pelo lado emocional, pelo impulso. Sinceramente, quanto a esse livro, não conseguir me conter.
Então, as autoras tinham uma história incrível nas mãos que daria, com certeza, um livro épico, porém, como tem se tornado um costume no mercado da fantasia literária, cagam com tudo.
Primeiro e maior defeito: Um livro de quase 500 páginas que poderiam ser resumidos em 300, no máximo. Muito, muito, muito lento. Me revoltou o fato de só começar a conhecer Lena lá pela página 150, e eu disse COMEÇAR, ou seja, saber o nome dela e pequenos, mínimos, detalhes sobre ela, não essa baboseira de sonho e cheiro. O livro acaba ficando cansativo, repetitivo e chato.
Segundo erro: Novamente um erro comum dos escritores que estouram do nada, a lá Stephenie Meyer, que sãos os vícios de escrita. Esses vícios são basicamente fórmulas que usam durante todo o livro, que ao decorrer da leitura são mais perceptíveis e bem irritantes; um bom exemplo desse vício é quando estão escrevendo algum sonho de Ethan, mais ou menos dessa forma:
"Afogando.
Nós estavamos afogando..."
"Queimando.
Tudo estava queimando..."
Sinceramente, OH COISA CHATA!
Terceiro erro: Quando li o primeiro capítulo do livro e vi que o personagem principal era masculino e que a história era contada em primeira pessoa, já me subiu um receio tremendo. Sendo duas autoras mulheres, o maior desafio é escrever em primeira pessoa, sendo o personagem principal um homem, no caso um menino, porque, quando uma história é escrita, mais ainda quando é feita em primeira pessoa, o autor quase vira o personagem, podendo sentir e reagir a cada passo do enredo, para que assim o que é escrito e passado para o leitor traga a sensação maior de realidade. Agora, pensem comigo, homem é diferente de mulher e ponto. PONTO MESMO. Não há discussão. Homem pensa diferente de mulher, e assim como a maioria dos homens não sabem decifrar as mulheres, a maioria das mulheres também não sabem. Mulher vive na ilusão que homem é simples, mas nada é simples, nada. Então, sempre quando um autor de um sexo tenta incorporar o outro, já tende ao fracasso (Quando é em 3ª pessoa, a coisa muda um pouco de figura pq não há conexão com os pensamentos e interpretações do personagem.), mas claro, isso não é com todos, alguns conseguem em enganar mais ou menos - que é o caso desse livro - e outros, que considero gênios sem pensar duas vezes, representam de forma quase perfeita, mas isso é pra poucos. Em outras palavras, é um campo minado. Elas conseguiram sair pouco machucadas dessa história, mas sou bem chata quanto a isso, então, pra mim, perdeu alguns pontos.
Quarto e último erro: QUE GANCHO HORRÍVEL. Aqui está toda a razão pela qual resolvi escrever agora. Achei o final péssimo, bem mal feito só pra enfiar uma continuação goela a baixo. Sinceramente, acabasse como deveria ter acabado e fizesse surgir algum outro conflito no próximo livro! Aliás, o início de um já tinham né, que é a relação de Ethan e Lena, era só incrementar, não precisava de terminar como terminou. A sensação que me deixou foi que li o livro todo à toa, que se lesse um resumo na internet, leria o próximo de boa, e que este seria quase que uma repetição.
TO REVOLTADA, são 500 páginas de corridas em círculos, basicamente isso.
Consegui dá duas estrelas pela ideia, que poderia ter se tornado algo sensacional, mas o acumulo de erros o torna um livro massante, ao qual eu não via a hora de terminar. Uma pena.