Mari Ribeiro @oqueamarile 18/11/2021Um final incrível para a duologia"A violência gera violência e atos monstruosos geram monstros". Essa é a frase que resume a duologia Monstros da Violência.
Seis meses após os acontecimentos de A Melodia Feroz, Kate e August estão tentando encontrar o lugar deles nesse cenário distópico. Enquanto Kate está tentando fugir do seu passado caçando monstros em uma nova cidade, August está tentando se encaixar como chefe na Força Tarefa dos Flynn.
Dessa forma os protagonistas aqui estão bem mais adultos e maduros do que no primeiro livro, as reflexões que o August tem sobre a humanidade e seus conflitos internos por ser um monstro e ter que assumir esse papel, e ao mesmo tempo parte dele ainda almeja ser um humano, são verdadeiros tapas na cara. Eu acho incrível como a Schwab consegue fazer o leitor refletir através da visão do August.
Kate descobre um novo tipo de monstro além daqueles que nos são apresentados no primeiro livro (isso não é spoiler) e acaba voltando para Veracidade a fim de alertar sobre esse monstro que até então é mais poderoso do que tudo o que eles já viram antes.
E apesar da Schwab ter expandido a parte fantástica da duologia, esse livro é muito mais sobre o desenvolvimento do arco dos protagonistas (e vale ressaltar que o arco da Kate foi sensacional) e também sobre o conflito entre Sul e Norte, do que sobre a fantasia. E de certa forma, o surgimento desse novo monstro e como passa a funcionar a dinâmica dos personagens a partir disso também acaba trazendo reflexões ao leitor.
O final desse livro foi chocante, confesso que eu precisei de alguns dias para processar tudo o que aconteceu, mas para a história foi um final muito plausível, aconteceu o que tinha que acontecer. E os agradecimentos da autora deixou um quentinho no coração, porque é real. Cenários distópicos não são sobre finais felizes, são sobre esperança.
Recomendo demais essa duologia e com certeza ela ganhou um lugar especial no meu coração.