Celle Lobo 05/04/2020
Trechos:
"Isso me faz pensar sobre qualquer pessoa que está tentando crescer onde alguma coisa, mesmo uma parte delas mesmas, morreu. Todos nós acabamos sofrendo dessa doença. É melhor se mudar, arrancar as raízes e começar de novo; só então poderemos florescer."
"O mundo é fascinado por transformações instantâneas, pessoas totalmente mudadas ou pelo passe de mágica disfarçado por uma mesura. Mais rápido que um estalar de dedos, aqui e agora, não pisque ou você vai perder. Minha mudança não foi instantânea e muitas vezes o ritmo lento da transformação pode ser doloroso, solitário e confuso, mas, mesmo sem que a gente perceba, acontece. Olhamos para trás e pensamos: "Quem era aquela pessoa?", enquanto durante o processo, pensamos: "Quem estou virando?". E qual foi o ponto exato em que cruzamos aquela linha, quando uma versão de nós se tornou a próxima? Mas é graças a essa lentidão que nos lembramos da jornada, que preservamos aquela sensação de quem éramos antes, e sabemos para onde estamos indo, e por quê. Quando o destino é totalmente desconhecido, nós valorizamos a travessia."