Resenhas - O Ano em que Te Conheci

Andressa 09/04/2022

Jardins Floridos e (Muita) Vodka
Jasmine acabou de ser demitida da própria empresa e, devido à exigências contratuais, é obrigada a passar um ano inteiro de licença sem poder trabalhar. A então super ocupada e bem resolvida empresária se vê perdida e sem rumo, lutando para encontrar um novo projeto, qualquer coisa que lhe dê um propósito, por menor que seja. E é aí que surge a ideia. Porque não retirar todos os blocos que cobrem seu jardim - que ela mesma mandou colocar quando se mudou - e trazer de volta sua vida e beleza?

Passando tanto tempo em casa, ela volta sua atenção à rotina da vizinhança e, especialmente, ao tão irritante vizinho Matt, que, sempre bêbado, insiste em gritar do lado de fora de casa até que sua esposa e filhos abram a porta. O ódio de Jasmine por Matt é muito mais antigo do que sua bebedeira atual, e se relaciona a sua irmã mais velha, Haether, uma mulher decidida e inteligente que mostra a cada página que a Síndrome de Down nunca foi um "obstáculo", como muitos pensam, a ser superado.

"— (...) Quando a nossa mãe morreu, ela me disse que eu era a irmã mais velha e que eu tinha de tomar conta da Jasmine. Eu faço todas essas outras coisas, mas proteger a Jasmine é o meu trabalho mais importante."

Em meio ao humor divertido e inteligente que permeia os embates de Matt e Jasmine, é possível acompanhar o desenvolvimento pessoal de ambos, a forma como suas lutas se cruzam e a maneira como realmente compreendem as dificuldades um do outro. Essa é uma história sobre amizade, sobre desacelerar e se permitir reconhecer seus erros e identificar aquilo que realmente importa na nossa vida.

"Isso aqui é sobre eu e você, nossa queda e nossa ascensão com as estações do ano, e sobre o que aconteceu quando uma porta se fechou para nós dois."

A história é dinâmica, nunca se prolongando demais em um único ponto e sempre apresentando novos elementos importantes para a narrativa que, camada a camada, torna-se complexa e única. Os diálogos, as tiradas sarcásticas, a construção da amizade e, principalmente, da cumplicidade entre Matt, Jasmine e Dr. J, são os elementos mais especiais desse livro.

Alyssa @culpadoslivros 23/03/2017

Sabe aquele livro gostoso de ler do começo ao fim?
Assim é O ano em que te conheci da Cecelia Ahern! 😍

Nesta “novel”, a autora vai do drama ao romance de uma maneira incrível. Com excelentes e cativantes personagens, a trama mescla com maestria as relações familiares, amizades improváveis e convivência com os vizinhos. O amor que se desenvolve, é apenas uma parte da história.

Jasmine é uma jovem na casa dos 30 anos, bem sucedida profissionalmente, workaholic inveterada. Ela vê seu mundo desabar quando é demitida e, ainda pior, precisa ficar um ano inteiro sem trabalhar, de licença remunerada.
A jovem simplesmente não sabe o que fazer com seu tempo livre, pois desde cedo só esteve focada no trabalho. Ela também se sente humilhada por não ter um emprego. Então, Jasmine começa a perceber a vida que se desenrola na pacata rua sem saída, principalmente o odioso vizinho da frente, que ela despreza, mas passa a espionar pela janela, acompanhando suas bebedeiras e desentendimentos com a esposa e filhos.

A história é contada através das estações do ano, mostrando como Jasmine vai se modificando, ao começar a se relacionar com outros moradores da vizinhança. O 1º grande passo para ocupar o tempo livre, é reconstruir o jardim da casa, que ela mandou cimentar assim que se mudou.

Relacionamentos familiares complexos e novas amizades vão surgindo. Aos poucos, outros objetivos ingressam na vida da moça de uma maneira tão profunda, que procurar um novo trabalho perde parte de sua importância.

A trama principal consiste na inimizade de Jasmine com Matt, um homem mais velho, que apresenta um polêmico programa na rádio. Logo de início, ficamos sabendo que ela o despreza, mas acaba sendo forçada a uma convivência com ele. Aos poucos, os acontecimentos passados são revelados e o motivo desta inimizade vem à tona. Adorei a maneira como a autora fez Jasmine se referir a Matt, como se ele estivesse presente o tempo todo. “Eu reagi a você. Você me afetou. Você me ajudou. Você foi a amizade mais improvável, e o ouvido emprestado mais gentil.” Esta é uma linda e comovente história sobre amizade e transformação, que vale a pena ser lida!

site: http://www.instagram.com/culpadoslivros/

Whiltney 31/05/2022

Matt eu te amo kkk??
Dei altas gargalhadas como Sr. Marshall e seu sarcasmo q eu tanto amo, gostei muito mas fiquei um pouco chateada com o fato da autora não ter colocado uma cena onde o Matt e o Fionn resolvessem o seus problemas, queria muito ver isso

E que trio, Matt, Jasmine e Dr. J, foi incrível ficou aí da melhor quando o Segunda-feira se juntou a eles kkkkkkkkk Recomendo

FabyTedrus 29/07/2018

O Ano em que Te Conheci - Cecelia Ahern
Já me apaixonei por mtos livros da Cecelia Ahern mas esse não foi um deles. A história é confusa, até mais de 60% do livro eu ainda estava tentando entender 'qualé' que era o propósito e se ao menos existe um. A escrita é arrastada, a Jasmine é entediante nas explicações e divagações. A amizade entra ela e o Matt, que acredito que deveria ser o ponto principal, por causa do título, é confusa tbm e meio forçado. Os personagens secundários foram interessantes mas, junto com os personagens principais, nenhum me cativou. O livro tem alguns momentos interessantes, alguns trechos que me fizeram refletir mas no geral... bléh. Podia ser muito melhor. (Fev/17)

Ana Jessica Serrates 02/11/2022

Leitura leve.
Esse livro me deu um aconchego, mostra que até os momentos difíceis nos trazem amadurecimento e descobertas de nós mesmos.
Fala sobre auto conhecimento,amizade e amor.
?

Luciene 27/09/2022

Sobre transformações, sobre as estações do ano
O livro fala sobre a Jasmine, uma jovem que se vê numa realidade totalmente inesperada, sem saber o que fazer, e como lidar com essa nova perspectiva de vida.
E também fala sobre as pessoas no entorno dela, família, amigos, vizinhos, pessoas que nos cercam todos os dias e que muitas das vezes não damos tamanha importância, pois estamos focados em nossa rotina de trabalho, no nosso próprio umbigo, como se fôssemos o centro do universo.
Essa licença forçada de um ano fez com que Jasmine fosse obrigada a parar, pensar, observar tudo em sua volta, refletir sobre o que realmente a faz feliz??, o que realmente ela sente, dar valor aos pequenos detalhes e gestos.
Ela passa a perceber que a vida é muito curta e que não dá para viver à sombra do passado, reclamando do que aconteceu.
É necessário cultivar o solo, plantar, e cuidar para fazer do futuro novos frutos.
Neste percurso cheio de altos e baixos, ela têm seu vizinho Matt, e o Dr Jamerson, que também estão passando por momentos difíceis, e em meio ao caos, eles constroem uma bela amizade.
Eu curti bastante a leitura, não é o romance, tradicional que eu esperava, e me identifiquei muito, tendo em vista que estou num momento semelhante ao da Jasmine, meio perdida.
A autora tocou em pontos sensíveis, com delicadeza e soube bem se posicionar eles.

Mari 10/08/2020

Sobre Amizade
Bom, o livro não é empolgante conta a história de duas pessoas Jasmim e Matt, que perderam seus empregos e precisam tomar um rumo em suas vidas e diante de uma amizade improvável um vê no outro um apoio para seguir em frente e lidar com questões bastante delicadas com relação as suas famílias.

Amanda 06/09/2020

Um grato reencontro com Cecília Ahern e comigo mesma
Acho que li esse livro na hora certa. Ou talvez seja minha necessidade que o transformou no que eu queria: um incentivo de que tudo vai ficar bem, de que podemos desfrutar e nos redescobrir.

Jasmine me lembra eu mesma e acho que a maioria da minha geração: sempre precisando estar envolvida em algo até a cabeça, com o trabalho sempre rígido e perfeito, pronto a seguir para outro, sem poder ficar parada e desfrutar.

E assim como a protagonista, eu também tive um marco em relação a morte quando criança e isso também mudou minha perspectiva de vida, de quem eu era, do que deveria ser. Acho que todos temos marcos.

Como Jasmine, eu também peguei a responsabilidade de cuidar dos outros, da minha família inteira, especialmente da minha vó, assim como ela fez com a Hearth (aliás, uma das melhores personagens do livro, super bem desenvolvida e com uma personalidade linda e sincera). Eu também não preciso mudar para agradar minha vó, mas eu não tive esse revelação em meio ao jardim, mas sim depois de muita terapia.

Jasmine tem um ano de licença e é nele que ela se vê obrigada a cavar fundo em si mesma. Eu completei agora um ano de terapia, iniciada graças a ansiedade do mestrado, e me vejo obrigada diariamente a cavar em mim mesma. Ainda mais agora, que me vejo perdida e exausta com o fim dessa fase.

Às vezes nós precisamos de um tempo para desacelerar, desfrutar e nos (re)conhecer, por mais difícil que seja. Mas, principalmente, precisamos cavar fundo para poder seguir em frente, por um caminho melhor. E precisamos de ajuda!

Gostei que o romance não se trata de uma casal, mas de uma amizade sincera e inesperada (entre homem e mulher, olha só que especial) que ajudam nessa reconstrução. Amizade não é construída só de bons momentos e se mostram ainda mais fortes nas adversidades, mesmo quando nem queremos ajuda.

É sempre tempo de dar as mãos, de se redescobrir e de mudar. Passamos por fases, como as estações, e sempre podemos voltar a florecer.

A vida é mutável, nós somos mutáveis.

Mila 26/09/2020

Blé
Só fica bom no final pô...

Pauline 22/09/2021

Livro sobre transformação pessoal
Eu amo os livros da Cecelia Ahern, eles sempre me surpreendem e a narrativa nunca vai para onde eu espero que vá / o que acho que vai ser explorado, sempre me apresenta novas nuances, novas reflexões. Geralmente o início dos livros dela são meio lentos e me arrasto um pouco na leitura, mas como sempre gosto do livro no fim, eu insisto e não me arrependo. No final da leitura sempre penso que ela poderia ter usado o mesmo tema para escrever uns 4 livros diferentes e mil outras possibilidades e sempre acho que tem personagem que daria uma história a parte.

Nesse livro não é diferente. O livro todo é narrado pela Jasmine e a maior parte do livro é ela, os pensamentos dela e o jardim e o relacionamento de ódio e amizade com o vizinho Matt. O livro fala sobre a jornada de transformação da personagem. Mas não espere milagres e grandes mudanças de vida, apenas amadurecimento e entender suas próprias dores.

Tantas coisas a mais poderiam ser exploradas e tantas coisas da vida de outros personagens me deixaram curiosa, mas a história espelha a vida, quando vemos as coisas pela nossa ótica nem sempre sabemos o que acontece com outras pessoas, seus motivos e seus fins e, nos preocupamos com a nossa transformação, e nem tanto com a dos outros. Como a vida pontas ficam soltas ou não tão bem resolvidas, a transformação é lenta e nem sempre provoca uma mudança drástica e sim apenas um entendimento melhor sobre quem se é, porque a vida continua e a transformação também e isso a autora tentou representar e para mim deixou o livro bem real.

Decididamente não é um livro que todo mundo vai gostar e acho que depende muito do momento de vida de cada um, em outro momento talvez eu não gostasse. Os livros dessa autora sempre me fazem refletir muito sobre a vida, as pessoas e esse não é diferente. Se quiser ler, leia por sua conta e risco (hehehe) e vá sabendo que estar na cabeça de outra pessoa as vezes é maçante.

Isabel 12/07/2022

?
"Estamos constantemente evoluindo: eu acho que sempre soube disso, mas, porque eu sempre soube disso, eu tinha medo de parar, e é irônico que foi apenas quando parei de vez que mais evoluí. Eu sei que a gente nunca para mesmo. nossa jornada nunca está completa, porque nós continuaremos florescendo-assim como a lagarta que pensou que o mundo tinha acabado, e então se tornou uma borboleta."

a.najuoliveira 27/03/2021

Maravilhoso
O ano em que te conheci foi meu primeiro contato com a Cecelia Ahern e estou encantada com a história e com a escrita da autora.
Não é um romance clichê (como eu tinha imaginado), é bem diferente de tudo que lá li.
É um livro sobre autoconhecimento e evoluções. É ótimo!
Recomendo muito!

"Qual é a melhor época para plantar uma árvore? Ontem ? diz ele, e então dá uma risadinha, a tristeza ainda nos olhos dele. ? Como todas as outras coisas. E, se não deu ontem, então agora."

Bel 15/05/2021

O ano em que amadureci.
Se eu pudesse escolher outro título para este livro seria exatamente este "O ano em que amadureci", apesar de agora o título original fazer muito sentido para mim e ser muito mais criativo.
Qual eu comprei esse livro eu tinha por volta dos 13/14 anos e para ser sincera, eu comprei mais por conta da capa, que inclusive acho linda até hoje, e por ser muito nova, logo no primeiro capítulo já não senti muita conectividade com o livro e fico muito feliz de não lido naquela época. Agora nos meus 19 anos, ainda no meio de uma pandemia a mais de um ano, decidi que seria uma boa hora para ler este livro que estava na minha estante a muitos anos e fico feliz de ter feito isso apenas nesse ano.
No começo confesso que o fato dela se importar tanto com esse homem que ela mal conhecia, me incomodava demais, mas com o passar do tempo eu fui compreendendo que as atitudes dela não deveriam ser julgadas com tanta falta de empatia.
A narrativa da personagem principal sobre o que acham dela e sobre o que ela acha de si mesma entram em conflito com suas atitudes, ao mostrar que ela não é egoísta ou individualista, pelo contrário, durante o desenrolar da história é visível como mesmo atacando para defender aqueles que ela ama, a mesma ainda consegue se sentir culpada por magoar tal pessoa. É uma jornada de auto conhecimento, de aprender sobre seus próprio limites, de saber que magoar outros não é a solução para sua própria cura, é saber como o defeito do outro pode ser o mesmo que o seu e o que você tanto julga é aquilo que mais pratica, fora o fato de sair da mesmice, e provar que homens e mulheres, podem sim ser apenas amigos, somarem um na vida do outro, sem ter um romance envolvido.
Sempre há tempo para amadurecer, para mudar, o mundo está em constante mudança e é importante que estejamos também, para uns pode demorar mais que para outros mas sabemos que amadurecemos quando reconhecemos nossos defeitos e estamos maduros o suficiente para saber que eles não precisam fazer parte de nossa jornada em direção ao futuro, podemos sempre ser pessoas melhores e isso só depende de nós mesmo, mas claro, com um empurrãozinho de terceiros.