A Morte da Luz

A Morte da Luz George R. R. Martin




Resenhas - A Morte da Luz


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Igor Gabriel 20/06/2012

A Morte da Luz
Worlorn é um planeta errante, vazio, com poucos atrativos e
não faz parte de nenhum sistema solar.
Ele vaga pelo universo eternamente, passando raras vezes próximo a algum planeta ou estrela até que ele se aproxima de um gigante sol que é rodeado por mais seis menores sois, isso faz com que Worlorn tenha luz por algumas décadas.
Graças a esse evento, os principais mundos se reunem para fazer um festival e constroem 14 cidades, cada uma com as caracteristicas de seus próprios mundos, como um retrato de sua terra natal.
A Morte da Luz se ambienta anos após o festival, quando Worlorn já se afasta lentamente da grande Roda de Fogo em seu errante e eterno caminho e poucas pessoas ainda habitam o planeta, Dirk t'Larien é chamado ao planeta por seu antigo amor Gwen Delvano através de uma jóia sussurrante.

Achei a idéia de Martin para o ambiente onde toda a trama acontece fenomenal, muito diferente das histórias futuristas onde vemos um monte de alienígena estranho convivendo com a raça humana, guerrinha de naves pelo espaço, Império contra Rebeldes. São clichês muito antigos em histórias de ficção e que não encontramos em A Morte da Luz. Ele já mostra nesse seu primeiro livro uma capacidade fenomenal de criar personalidades complexas, onde não existe o cara totalmente bonzinho e nem o totalmente mal. Mostra culturas muito bem estruturadas e com características únicas. Porém, mesmo com um mundo fascinante, acho que Martin podia ter feito uma história melhor,
achei os dois personagens principais meio sem sal, senti que faltava alguma coisa neles.

Aconselho o livro para quem é fã de Martim como eu sou, para os que não conhecem seu trabalho e para os que não gostam do Autor por alguma razão, pois muitas das características atuais do autor não serão encontradas, talvez por termos um Martin menos maduro (afinal foi seu primeiro livro lançado) pode ser que encontrem algo melhor.
O livro não é uma obra prima assim como As Crônicas de Gelo e Fogo tem sido, mas dá uma boa leitura.

Notas 0 a 5:

Capa: 5
Personagens: 2
Trama: 3
Idéia: 5
Narrativa: 3
Mauro 12/08/2013minha estante
Recomendo Isaac Asimov e seus livros sobre a Fundação.


Lidi 01/11/2013minha estante
Adorei sua resenha. Também achei genial a ideia do ambiente futurista tão diferente dos clichês, mas achei que ele pecou sim na trama. Fraquíssimas!


Thiago.Oliveira 14/04/2015minha estante
Excelente resenha! Eu adoraria ver uma continuação desse livro já com o GRRM maduro. Ele me respondeu em 2013 que pode voltar a esse universo depois que As Crônicas de Gelo e Fogo estiver pronto, mas não promete nada: http://goo.gl/9OxpUE


Paula 20/04/2016minha estante
Faço de suas minhas palavras. Descrição excelente, personagens centrais fracos e a trama também não foi totalmente explorada. O final então, maior decepção.


Adriel Alves 12/07/2020minha estante
O final é triste, decepção total. Deu até a impressão que o autor desistiu de continuar escrevendo a história...


Juba 05/01/2023minha estante
cara eu ia desistir de ler, mas eu vi tey comentário e decidi continuar o livro, o romance que diz na contra capa não me apetece muito mas tua review sim




Henrique 03/07/2012

o final não me agradou muito. Desnecessariamente não conclusivo
Rodrigo 03/07/2012minha estante
Pra mim ocorre o contrário: o livro demora pra se tornar interessante e apenas em suas últimas páginas (50) a coisa toma forma.


Henrique 08/08/2012minha estante
eu até que me apeguei bem ao livro, estava muito na cede para ler uma ficção cientifica, mas eu fiquei realmente na vontade de saber o que ia rolar fora do planeta. mas de uma forma geral é um ótimo livro


Ronan.Azarias 20/08/2012minha estante
Suponho que aí está a graça do negócio. Só que em 1970 eram comuns estes finais em filmes, geralmente mais apocalípticos. Alfred Hitchcock usava e abusava desta abordagem.


Jefson 08/05/2013minha estante
Esse livro foi um dos poucos que me prendeu do início ao fim. Óbvio que houve partes em que eu achei desinteressante, mas no geral um ótimo livro. Quanto ao final, eu realmente não esperava uma coisa aberta, mas é típico do Martin deixar algumas reticências, para que o leitor possa tirar suas próprias conclusões da obra. Isso ocorre com muita frequência nas Crônicas. Creio que essa é uma característica que ele nunca irá perder.




Iris 23/06/2012

Confuso...
Adorei os outros livros do autor, mas esse eu sinceramente tive dificuldade de entender.
Flavinha 10/02/2013minha estante
também tive dificuldade Iris, é muita informação sobre os kavalarianos, tanta que às vezes chega a ser maçante...


Henrique 23/05/2013minha estante
Poxa, eu adorei cada detalha da cultura desses outros povos...




Luiza.Thereza 26/08/2016

A Morte da Luz
Nos universos estrelares afora, existe um planeta errante. Ninguém sabe de onde veio, para onde vai, nem o que há nele. O motivo, alias, é justamente esse: não há nada nele, e o único grupo que tentou desbravá-lo jamais foi localizado novamente. Worlon, é vazio e assim foi foi por séculos e milênios a fio.

No entanto, depois de anos sendo exaustivamente observado e estudado de longe por um astrônomo considerado maluco, descobriu-se que Worlon entraria em gravitação com um conjunto de seis sois, e que, durante algum período de tempo, a proximidade com esses gigantes celestes permitiria que o planeta abrigasse vida. Mas somente enquanto durante o período de exposição às grandes estrelas.

Após isso, o planeta, novamente, morreria.

Dirk t'Larien e Gwen Delvano nasceram em Ávalon, um planeta conhecido por guardar a história, a sabedoria e a ciência de vários planetas espalhados pelo universo. Enamorados, os dois fizeram joias-sussurrantes que os lembrariam do amor compartilhado. Somente eles ouviriam os sussurros de suas pedras. Somente eles entenderiam o que aquelas joias significavam.

Depois de anos separados, Dirk recebe, repentinamente, a joia de Gwen. Ainda que duvidando duvidando de si mesmo e da promessa que o unia a Gwen, Ele partiu para Worlon. Sua chegada, no entanto, serviu somente para acelerar um fim há muito previsto.

Escrito em 1977 pelo então estreante George R. R. Martin, A Morte da Luz é, sem duvida alguma, uma das melhores narrações que já pude ler esse ano. Worlon e um planeta multifacetado, assim como Dirk e os outros personagens da trama, e a narração acompanhou essas entrelinhas com perfeição.

A descrições dos ambientes, as características das cidades e dos povos que a habitaram, a relação entre os personagens, absolutamente tudo foi bem feito e incrivelmente bem planejado.

site: http://www.oslivrosdebela.com/2016/08/a-morte-da-luz-george-r-r-martin.html
Tullio.Amato 20/08/2019minha estante
Faltou a nota ;)


Luiza.Thereza 20/08/2019minha estante
Eu não dou nota numerica.




Fernando Lafaiete 04/04/2016

Por que eu não gostei deste livro?

A morte da luz é o primeiro livro escrito e publicado pelo genial George Martin e diferente de sua aclamada série "As crônicas de gelo e fogo", este livro é uma ficção científica e não fantasia. A estória tem potencial, porém vários pontos fizeram com que eu achasse esta obra um saco!

A estória se passa em um planeta errante chamado Worlorn, que acabou sendo "colonizado" por diversos povos, provenientes de outros planetas. Este universo onde vários planetas se tornaram habitáveis, é muito mal explorado e explicado pelo Martin. Todas as "explicações" são superficiais. Outro ponto muito ruim do livro, é a estória rasa dos dois protagonistas. A estória já começa com o protagonista Dirk, indo reencontrar sua ex-namorada e portando uma pedra "mágica" que guarda antigas lembranças. Porém, fica muito difícil, praticamente impossível, torcer para que os dois fiquem juntos. Não existe um background referente à eles. Portanto, não ficamos sabendo o quão importante foi ou é essa relação. Como eles se conheceram, como se apaixonaram, entre diversas outras coisas.

O livro possui 336 páginas. Nas 236 páginas inicias, nada de relevante acontece. Eu lia e sentia que a estória não saia do lugar. Achei a escrita do Martin neste livro, muito arrastada e cansativa. Nas últimas 100 páginas as coisas começam a acontecer, porém, quando o livro termina, o final é tão ruim e sem graça, que milhares de coisas são deixadas sem explicação.

O único personagem com personalidade e realmente interessante é o Vikary, o coadjuvante. E ele assim como outros personagens, não possui um final! Aliás, este livro não tem um final... Se fosse o primeiro livro de uma série, tudo bem deixar pontas soltas. Mas um livro único com um final desses?

Terminei a leitura sem entender qual foi o objetivo do Martin em escrever este livro confuso! Eu o achei péssimo e sem pé nem cabeça!
Ismael 25/03/2017minha estante
Entendo sua revolta, o ritmo é bem lento e o final em aberto costuma irritar as pessoas. Além disso, é uma ficção científica na qual a história é sobre um homem tentando recuperar seu amor. Mas apesar de tudo, acho que consigo dar um palpite pra moral do livro, se é que o Martin teve intenção de fazer isso. Já aviso que vai ter spoiler implícito. Vou usar uma frase do próprio Vikary pra ilustrar: "Aqui não é Avalon, t'Larien, e hoje não é ontem." Algumas coisas devem ficar enterradas no passado, se você tentar reviver pode acabar quebrando a cara.


Fernando Lafaiete 28/04/2017minha estante
Então Ismael... O George Martin é o meu escritor favorito... Sou muito fã dele e acho ele um gênio. Mas este livro eu realmente achei muito ruim. Fazer o quê! :/




Daniel Andrade 16/08/2021

O Martin realmente evoluiu como contador de histórias..
Eu tinha certa expectativa por esse livro. Tenho guardado há muitos anos (provavelmente comprei em 2012, não sei), e por ser de um dos maiores e melhores escritores já nascidos, esperava muita coisa. Não correspondeu.
A escrita é muito boa, isso não dá pra negar. As últimas 70 páginas são legais, ok. Mas é só isso de positivo.
A Gwen é detestável. "Ain, não me chame de Jenny". Chata demaisss. O Dirk é o famoso burro apaixonado (me identifico? Me identifico). Jaan não decidi se odeio ou se gosto, Garse a mesma coisa. Não entendi o plot do Ruark, sendo sincero. O epílogo não fez sentido NENHUM e me deu um puta nervoso.
Talvez se não tivesse expectativa teria gostado mais.
Ari Phanie 16/08/2021minha estante
Qnd a gente se decepciona com o Martin é mto estranho kk. Wild Cards eu larguei com dor no peito, mas eu gostava qnd era ele escrevendo.


Thiago 03/12/2021minha estante
Muito obrigado por expressar exatamente TODOS os meus sentimentos. rs




Sybylla 03/03/2013

Decepção
O que funcionou maravilhosamente bem em Westeros, não deu certo em Worlorn. É nome demais, termos, pessoas, regras, normas, que tornam o livro cansativo, repetitivo, com diálogos longos e uma obsessão por nomes e nomenclaturas que arrastam o livro do começo ao fim.

Umas poucas partes de perseguições e brigas são interessantes, mas no geral o livro é chato, com movimentos previsíveis dos personagens - algo bem diferente de Westeros - e com um final que pouco explica.

Uma pena, pois Martin sabe muito bem como prender o público em um livro.
rafaelverolla 12/03/2013minha estante
minha exata opinião. Sem contar com personagens principais bem chatos.


Gaspar Genaro 18/03/2013minha estante
Foi o primeiro livro dele, nessa época ele ainda estava desenvolvendo suas habilidades, por isso não sabia prender o leitor. Concordo com quase toda sua opinião, realmente muitos termos e nomes lançados de cara, foi dificil entender algumas coisas. A narrativa é bem mais perdida do que vemos em Westeros, os personagens são bem rasos e pouco interessantes.

Apesar disso, tem mérito pois fiquei muito interessado por esse universo, e suas culturas, é algo que GRRM sabe criar muito bem. Acredito que tudo poderia ter sido diferente se ele fisese algo mais parecido com o que estamos acostumados nesse universo. Gostaria de saber mais sobre Toca dos Lobos, sobre essa Terra futurista e como funciona esse universo futurista.




spoiler visualizar
Ismael 25/03/2017minha estante
Então, acho que Dirk não venceu por dois motivos: Bretan era mais experiente e o próprio Dirk não demonstrou ter intenção real de duelar. Ele mesmo diz "Receber um golpe e dar um golpe, e é tudo [...]". Acho que ele tentou só resolver a questão entre os dois. Agora, se sobreviveu já é outra história... Gostei de ter ficado em aberto, combinou com o clima dos últimos capítulos.




Alexander - Expectro Literário 26/07/2020

A morte da luz
Dirk t' Larien vai a Worlon ao chamado de Gwen Delvano - expresso pelo recebimento de uma joia (joia-sussurante)- sendo ela seu antigo amor. No entanto, Gwen já não é mais a mesma, e vive em uma relação com Vikary (sendo Betheyn dele ou esposa-escrava)- e Janaceck (Teyn dele - algo como um melhor amigo do tipo irmão e totalmente fiel) - são kavalarianos e assim é sua cultura. Obviamente Dirk vai mexer nessa estrutura ali existente, criando problemas, uma perseguição e algo assim.
Entendendo o plano de fundo, Worlon é uma planeta com vários sois, foi criada e povoada em um festival e ela faz uma rotação elíptica, de tal forma que existe posições em que estará próxima do sol (periélio) e posição que estará longe (afélio) e logo o planeta estará distante, gerando um congelamento total, por isso encontra-se basicamente abandonado.

De forma geral, essa leitura foi complicada, pois o começo (metade inicial) é extremamente lento e trabalha basicamente a relação entre os personagens e conversas sobre o universo. A finalização flui um pouco mais devido aos acontecimentos, mas ler tantas páginas para nem ser tudo isso é complicado. Outro detalhe é que apesar de ser uma ficção científica, o universo como plano de fundo é bem fracamente trabalhado, servindo só de local dos personagens ou cultura deles.
No final, esse é uma leitura mais para quem quiser conhecer o primeiro livro do autor.
Monique 20/08/2020minha estante
é violento?




Bia 11/02/2018

Arrastado e inacabado
Talvez eu deva começar a crítica avisando que esse é o primeiro trabalho do Martin que eu leio. Peguei esse livro justamente para conhecer a escrita dele em uma história completa em um único volume antes de pensar em mergulhar numa série. Depois da leitura, o objetivo foi parcialmente concluído.

Não posso dizer que A Morte da Luz é um livro mal escrito, as palavras são bem pensadas e existe um claro planejamento por trás da história, além de um grande cuidado com a construção do universo. Mesmo assim, não é um bom livro. Durante a leitura cheguei à conclusão que ele, apesar de bem escrito, era muito mal pensado.

O protagonista da história é Dick, um homem que aparentemente está perdido em sua vida até que recebe um chamado de Gwen, sua ex. Mesmo o relacionamento deles tendo acabado há sete anos, ele atravessa o espaço para encontrá-la em Worlon, planeta errante onde aconteceu um festival uma década antes e agora está basicamente abandonado e cada vez mais próximo de morrer.

Nesse plano de fundo, o livro busca ser um drama romântico e uma aventura de ficção científica, mas não alcança nenhum dos dois. Por mais que todo o cenário tenha sido planejado (com direito até há um glossário no fim do livro), ele nunca brilha ou fica totalmente claro. Na verdade, a primeira parte do livro pode ser resumida em um monte de nomes e conceitos que só os personagens entendem e pouco fazem diferença para o decorrer da história. A maior parte das explicações são superficiais, parece estar esperado do leitor já saber daquilo. É escrito de modo que parece estar sendo mencionado coisas do dia a dia na terra, como se dizer "Ávalon", "Baldur" e todos os nomes que permeiam o livro fosse o mesmo falar "Japão" ou "Estados Unidos". É uma mitologia enorme que tem tanto significado e importância para a história quanto uma folha de uma árvore. Parece trabalho jogado fora.

Na verdade, todo o universo de planetas citados acabou me parecendo mais um universo de países mesmo. Apesar de tudo que é feito para que pareça ter uma grande diversidade, todos se julgam humanos e são humanos. Isso faz com que as grandes diferenças entre os personagens sejam apenas choque cultural de costumes (já que todos também aparentam falar o mesmo idioma) e a diversidade não pareça muito maior do que na própria terra atual. Apenas plantas e animais fogem do terráqueo com espécies novas.

Na questão romântica do livro as coisas ficam ainda precárias. Dirk é o centro da história, tudo é focado nele, mas não há nada de especialmente interessante nele. Após ir para Warlon, basicamente tudo que ele faz é falar de seu suposto amor por Gwen, mas esse sentimento parece ficar mais falso a cada página. Dirk ama seu passado, a pessoa que ele era antes, e acredita que Gwen pode torná-lo aquele homem mais uma vez. Não existe o mínimo entrosamento entre os dois, nada da famosa química, e nenhum motivo que faça o leitor torcer para que tudo dê certo e eles acabem juntos. Mas mesmo assim a maior parte dos acontecimentos da das primeiras duzentas, talvez até mais, é sobre eles, seu passado e possível futuro.

Talvez por causa do mal uso dos temas, o enredo em geral do livro é um problema. A cada página a sinopse da parte de trás da edição brasileira parece mais e mais falsa, mas seria muito spoiler explicar o porque. Posso dizer apenas que a primeira metade do livro é basicamente insignificante e depois dela a história continua se arrastando em um ritmo torturante. Sempre que algo está próximo de acontecer parece que o livro foge desse possível clímax e volta para as infinitas narrações sobre Worlon, que eu acabei chamando de turismo no decorrer da minha leitura, ou para os pensamentos de Dirk.

Quando a pouca ação acontece ela é sim recompensadora, mas não o suficiente para compensar as outras partes. No último terço do livro a história finalmente começa a se mover e momentos de tensão real são construídos, mas a falta de empatia com Dirk me impediu de sentir qualquer coisa.

Positivamente, há diálogos muito interessantes e a questão do "nome" que muitas vezes aparece na narrativa. A cultura de Alto Kavalaan é diferente e interessante, assim como as mudanças que sua sociedade está passando, e também a única parte da criação de mundo que tenta ser mais clara o que faz com que os Jaan, Garse e o laço que eles têm sejam as melhores coisas do livro, mas estão fadados ao papel secundário.

No começo desse texto eu disse que meu objetivo com o livro era conhecer a escrita do Martin por meio de uma história completa e que esse objetivo foi apenas parcialmente concluído. O motivo de não ter sido completo é que essa história não está concluída. Como acontece no livro todo, mais uma vez uma fuga do clímax atrapalha o desenvolvimento e nesse caso a fuga é simplesmente o final do livro.

Existe uma diferença entre um final aberto à interpretações e a falta completa de uma conclusão. Em A Morte da Luz simplesmente não existe desfecho para nada, os únicos personagens que tem um destino são os que morrem. Esse é mais um ponto onde a sinopse no livro mente descaradamente, já que conceitos mencionados nela estão justamente nesse clímax que nunca chega. É como se o livro parasse em um capítulo qualquer e se era para fazer isso podia ter parado muito antes, talvez ainda no extremamente confuso prólogo.
Mobula Birostris 14/07/2018minha estante
Concordo totalmente com essa pobreza de elementos que levassem a história adiante. Eles estão todos ali mas não são usados, e a história fica bem vazia mesmo.




Debora 04/04/2015

A Morte da Luz - George R. R. Martin

A Morte da Luz é o primeiro livro escrito por George R. R. Martin, que posteriormente ficou conhecido por As Crônicas de Gelo e Fogo. Em seu livro de estreia de fantasia épica conhecemos a história de Dirk t’Larien e sua ida para o planeta Worlorn para encontrar Gwen Delano, com quem teve um relacionamento e pela qual ainda é apaixonado, que pediu sua ajuda.

Porém, ao chegar nesse estranho e decadente planeta que tem seus dias contados, Dirk enfrenta não apenas um perigoso choque cultural com o povo que ali vive e costumes que podem lhe custar a vida, mas também percebe que nãos será tão fácil reconquistar Gwen que agora está casada, presa em um juramento que talvez não a agrade mais. Neste cenário qualquer passo em falso pode desencadear uma série de situações desastrosas e Dirk parece ser especialista em desencadeá-las.

A Morte da Luz foi um livro que comprei por impulso, anos atrás. Meus dias eram resumidos em respirar As Crônicas de Gelo e Fogo e George Martin era um gênio para mim (ainda é rs), então nada mais justo do que comprar o primeiro livro dele, não é? Mas então a vontade de ler passou e só nessas férias finalmente me obriguei a lê-lo para parar de olhar para ele com culpa. Queria que a experiência tivesse sido melhor.

Fazia algum tempo que não lia um livro de fantasia épica e talvez por isso tenha me esquecido de como ler um livro desse gênero pode ser cansativo e, por vezes, frustrante. Porém, isso não quer dizer que a história e universo que Martin criou seja...ruim. Pelo contrário, sempre fico encantada e admirada pela criatividade de criar não só um mundo, mas toda uma galáxia, com diversos planetas, povos tão diferentes entre si, costumes, etc. e tudo ricamente detalhado. Diria que as 100 primeiras páginas são as mais lentas e difíceis no ritmo de leitura, pois contém a introdução não apenas para ficarmos familiarizados com Worlorn, mas também para entender todo o sistema em que a história está inserida.

A escrita do Martin já era ótima desde o início, mesmo a trama não me prendendo tanto quanto gostaria eu ficava relutante em largar o livro e fazer outra coisa, pois Martin consegue fazer mágica com as palavras. As descrições na medida certa, comparações e metáforas, sem falar nos momentos filosóficos que podem não agradar todo mundo, mas certamente me fisgam.

O problema central que eu apontaria na história como sendo o responsável por não me fazer gostar tanto seria que, simplesmente, eu não consegui me apegar aos personagens, ou me importar (muito) com eles. Suas motivações eram duvidosas, não lá muito compreensíveis e entendíveis para mim. E isso aliado a apresentação de toda uma cultura que acabou por não me interessar porque seus portadores não me eram cativáveis.

Claro que gostei mais de alguns personagens que outros. Dirk teve seus momentos, com seu conflito interno tentando saber quem era e se redescobrir, enquanto tentava salvar Gwen; dela não sei muito bem o que pensar, às vezes achava que a entendia, mas ela era uma personagem tão confusa e perdida sobre o que queria para si mesmo que é difícil para o leitor compreendê-la. O personagem mais verossímil e ~deixa eu te abraçar porque no começo não gostei de você, mas você é injustiçado e admiro sua força~ vai para Jaan. E também existe Garse, o personagem mais complexo ao meu ver nesta história: odioso, sarcástico, mas também leal e amigo fiel.

Gostaria de deixar uma nota aqui que após ler esse livro acredito que George Martin teve SIM um coração e consciência algum dia e que não foi sempre o Deus da Morte, afinal só há UMA morte relevante e de um personagem “principal” que CLARO era o que eu mais gostava. Na verdade, só percebi que tinha me apegado e amado ele depois que ele morreu. Síndrome do “só percebi o quanto gostava do personagem quando ele morreu”, quem nunca?

No mais, essa resenha pode ter saído meio negativa demais, mas A Morte da Luz é sim uma boa leitura, para se passar o tempo e distrair. E se você é fã incondicional de fantasia épica e de uma trama cheia de elementos de outras galáxias recomendo a leitura, afinal só porque não me agradou tanto não quer dizer que ocorra o mesmo com você!

site: http://vanille-vie.blogspot.com.br
Anderson 07/05/2015minha estante
SPOILER

Tem anos que eu li esse livro,porem consegui ligar alguns fatos e me lembro até hoje e espero que vocês que tem a história mais "fresca" na mente me ajudem.

No final do livro na página 317 há diálogos entre Dirk e um velho que diz ser um fantasma ,na muralha.
Reparem nas palavras do velho: Este é um mundo de fantasmas. Você é o fantasma de algum turista eu diria. Sem dúvida se perdeu enquanto procurava um banheiro, e está vagando desde a época do festival.
Dirk diz que não e que estava procurando por outra coisa ,mais o velho insisti e diz que o que quer que seja, provavelmente está morto.
Notem que neste momento Dirk escutou um som que era o grito de um Banshe .Porem estavam todos extintos a muito tempo, o tempo de banshees passara em Worlorn.
Ultimas frases do velho : Worlorn está cheio de coisas mortas, pessoas procurando por coisas mortas e fantasmas.
Depois disso Dirk lamenta pensando em Jenny e joga fora atirando ao ar a joia-sussurrante.
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Resumindo,tudo não passou de um pesadelo ou algo que não foi mais que uma ilusão, tudo aquilo que Dirk acreditava ainda existir jazia morto há muito tempo, como o velho disse , worlorn estava cheio de pessoas procurando por coisas mortas, e ficou evidente isso nesta conversa no final do livro.
Agora Dirk estava vivo e vivenciou essa história com os fantasmas do seu passado ou ,como o velho disse, ele estava morto e a história se transforma no "Sexto sentido" onde o psicologo ou psiquiatra acredita ainda estar vivo mais se da conta que estava morto a tempos ?

Prefiro acreditar na primeira teoria.




Henrique 26/06/2012

A Morte da Luz, George R. R. Martin
George R.R.Martin, autor das Crônicas de Gelo e Fogo, em 1977, 35 anos atrás, publicava seu primeiro romance Dying of the Light. No mês de maio a editora LeYa publicou o livro, intitulado A Morte da Luz, tendo por responsável pela capa Marc Simonetti.

Westeros é posta de lado e então tomamos conhecimento de mundos que surgiram 19 anos antes, na mente mestra de George R.R. Martin, o soberano da Alta Fantasia. Passamos então a uma realidade pós-apocalíptica em um mundo diferente de qualquer abordagem westeroiana.

Ao abrirmos as primeiras páginas de A Morte da Luz, temos uma breve citação da gênese da civilização de Worlon, um planeta errante que vaga, sem rumo fixo ou certo, pelo complexo universo elaborado pela mente de Martin, universo que serve como pano de fundo para os 14 mundos tratados na obra. O livro é dotado de um prefácio repleto de abordagens científicas, culturais e conquistas planetárias e interplanetárias que tem por rota final a apresentação de como Worlon, um planeta que não passava de apenas mais um planeta sem considerável importância, tornou-se o centro das atenções ao se colocar em órbita como o tão venerado Olho do Inferno, um conjunto de sóis que por 10 anos lhe forneceram as circunstâncias necessárias para a promoção de vida.

O livro evidencia a absurdamente incrível capacidade de Martin para criar novas civilizações, realidades culturais intrigantes e personagens memoráveis. Nas Crônicas de Gelo e Fogo temos os Dothraki, representados por Khal Drogo, em A Morte da Luz ganhamos os Kethy, representados por Jaantony Vikary, pertencente a uma civilização bárbara. Vikary atua como um antitradicionalista, que contesta os costumes desumanos do seu povo e que, por isso, arcará com as devidas consequências de seus atos reformistas.

Worlon tornou-se o centro para a realização de um festival que envolveu 14 mundos, no entanto Worlon se põe em posição cada vez mais afastada do conjunto de sóis, tornando-se um planeta úmido, frio e que caminha rumo à noite eterna. Já não restam muitos habitantes em Worlon e os que lá residem criam seus próprios códigos e seus próprios conceitos de honra. Uma raça de caçadores de quase-homens age furtivamente nas regiões ainda habitadas após a era do Festival, e sem saber, Dirk t’Larien viaja rumo a este planeta tendo como objeto de espera sua amada Janne, ou como ela exige ser chamada, Gwen Delvano. Tendo em mãos uma joia-sussurante que lhe foi entregue, lembrança de um amor rompido há 7 anos, Dirk viaja para Worlon, e vê o apocalipse se derramando em taças de ira sobre sua vida, sem mistura de misericórdia.

Após a chegada de Dirk no Planeta errante, começamos a desfrutar de uma das incríveis capacidades criativas de Martin: personagens indecifráveis, enigmáticos que sem sombra de dúvida acabarão por nos deixar atônitos e boquiabertos. Como em Westeros, nada é o que parece. Nada. Gwen Delvano está atada a um homem por um complexo sistema de união cultural, e já não é a mesma Jenne que ele havia conhecido. Ao mesmo período que acompanhamos uma explanação repleta de detalhes da biologia e tecnologia do planeta recebemos um prato repleto de personagens que são o que logo descobriremos não serem. Não podemos dividi-los entre bons e maus, mas entre os que fazem as escolhas certas (levando em consideração que esses permanecerão vivos) e os que fazem escolhas erradas (que por fim, causarão sua morte).

Distinguir os que são amigos e os que são uma ameaça se torna uma tarefa bastante difícil para Dirk, que se vê banhado em uma realidade onde as culturas colidem entre si e as leis em muito pouco contribuem para a sobrevivência. Uma corrida entre os que desejam dar o fora o mais rápido possível de Worlon e entre os que apenas querem se manterem vivos começa e, acredite, o desfecho é digno de aplausos!

A obra evidencia que não é de agora que o aclamado autor das Crônicas de Gelo e Fogo é dotado de capacidades invejáveis para construir diálogos ricos e significativos, além de presentear os amantes de ficção com um mundo único e assombrosamente perigoso.

Para os que desejam acompanhar os últimos momentos crepusculares de Worlon e advirto: Cuidado! Você pode estar dormindo ao lado do inimigo.

Por Henrique Magalhães

Visitem meu blog de resenhas: http://h2livros.blogspot.com.br/
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Nick 30/07/2012

Sobre o livro
A morte da luz não é um livro ruim. Mas não é nada de fabuloso.

Tem aspectos interessantes. A ambientação é especialmente curiosa. Um futuro não especificado onde a humanidade colonizou diversos mundos. Esse futuro é tão distante que muitos desses planetas colonizados têm a Terra como um planeta quase mítico.

Depois de várias guerras, muitos planetas ficaram incomunicáveis por várias gerações, chegando até mesmo a criar novos mitos de Gênese e novos valores sociais completamente alienígenas para o leitor.

O mais interessante é como um habitante de um desses planetas, após a reestruturação das viagens interplanetárias, faz um estudo das origens da colonização de seu planeta, e dos acontecimentos das guerras interplanetárias, desenvolvendo uma tese que explica a formação das mitologias e da cultura de seu planeta.

Toda a história se passa em um planeta errante, que por acaso está de passagem por um complexo sistema composto por um Sol gigantesco cercado por outros seis sois menores. Quando os planetas dessa região do universo descobrem essa passagem resolvem montar um festival nesse planeta, criando uma flora e fauna composta por plantas e animais de 14 planetas e 14 cidades representando a cultura de cada um desses planetas.

A história se inicia após a realização desse festival, quando quase todos os "turistas" já partiram do planeta moribundo e apenas alguns membros de alguns planetas permaneceram por motivos pessoais ou para realizar estudos nesse ambiente inusitado.

Nesse ponto, onde não ha mais leis, alguns desentendimentos, mal-entendidos e choques de cultura desencadeiam uma trama digna de um filme de ação. Com uma boa produção, poderia ser um novo Avatar.
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Theis.sophia 04/05/2024

Que final ruim
Em "A morte da luz", Dirk t'Larien embarca em uma missão de salvar sua antiga amiga, e a quem ama, Gwen Delvano, que está presa a bárbaro pertencente ao povo Kavalariano.

Sinceramente não gostei do livro, muito detalhe, chegou no final e eu tava querendo arrancar meus olhos.
Odiei a Gwen, menina insuportável, e o Dirk é um gado, também não gostei muito dele não. Os únicos persogens bons desse livro são o Jaan e o Garse, de resto não presta nada.
Não tem muito mais o que eu falar, não gostei, achei que a leitura não fluiu pra mim, estranho por que em "A guerra dos tronos" (livro do mesmo autor) a leitura foi muito boa, simplesmente amei aquele livro, mas esse daqui não, talvez seja por que esse aqui é o primeiro livro do George R. R. Martin, daí dou até um desconto. Mas infelizmente esse livro não funcionou muito comigo.
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Erunestant 25/09/2012

A Morte da Luz: A evolução moral inerente ao comportamento humano
“A Morte da Luz”, primeiro livro escrito por George R. R. Martin, fora uma obra que me encantou e surpreendeu ao mesmo tempo. Talvez tenha sido a junção da sinopse com a capa da edição brasileira, que traz uma das paisagens de Worlorn – um planeta moribundo preso aos raios doentes de um gigante vermelho prestes a morrer – que tenha me causado uma impressão imprecisa do que se tratava exatamente o romance. Logo de cara, após ler algo que fazia menção à enfermidade daquele sol, pensei imediatamente que a trama trataria dos problemas de um povo que espera calmamente a morte. Não sei precisar exatamente porque fiquei com tal impressão, mas quando finalmente entendi do que se tratava o livro (logo nas primeiras 30 páginas), as surpresas que a contundente narrativa de Martin reservou muito me agradaram.

(...)

Martin reserva a primeira parte do livro para praticamente nos apresentar o rico universo por ele imaginado. Conhecemos não só a história de Worlorn e o cenário político recente dos mundos conhecidos, como suas maravilhosas cidades, frutos arquitetônicos dos diferentes povos habitantes de outros mundos; inclusive a fauna e a flora extremamente peculiares do planeta moribundo. Martin faz uma descrição precisa e um tanto quanto poética, aliando a desolação de um planeta fadado ao esquecimento e a magnificência do intelecto humano materializado em suas criações.

Entre os ambientes únicos e a tecnologia futurista – tipicamente abordada em romances de ficção-científica, o autor também cria um panorama que explora os choques de culturas de diferentes planetas em meio a interesses pessoais que apoiam ou condenam certas ideologias conforme dita a conveniência. Nesses pontos, Martin é magnífico, e acaba cativando o leitor usando praticamente sua narrativa descritiva junto a um tom peremptoriamente político, o que, em um primeiro momento, funciona como uma ferramenta extremamente eficiente, cuja função é nos deixar mais curiosos acerca do real motivo da visita de Dirk à Worlorn; como se o autor nos hipnotizasse com as maravilhas do planeta e resguardasse a trama principal para um segundo momento. Posteriormente, isso acaba por conceder um caráter levemente inverosímel ao romance, já que seria um tanto quanto improvável que alguém viajasse alguns anos luz para um planeta praticamente morto e nem sequer questionasse porque exatamente fora chamado ali. (Apenas uma ressalva: esse fato não me incomodou muito já que me permiti imaginar as diferentes culturas descritas no livro como algo bem particular e, nesse caso, um comportamento incomum seria perfeitamente plausível).

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A resenha completa pode ser lida no link: http://www.ambrosia.com.br/2012/09/21/a-morte-da-luz-de-george-martin-a-evolucao-moral-inerente-ao-comportamento-humano/
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