A Morte da Luz

A Morte da Luz George R. R. Martin




Resenhas - A Morte da Luz


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Arps 08/06/2013

Um livro pra sair da rotina dos livros
Realmente um livro a parte.... Muito... interessante... n vai te prender do começo ao fim, pode ter certeza... é uma leitura lenta e filosófica... n do tipo "diversão a noite toda". Mas n deixa de ser boa.. faz pensar, e isso é perfeito para quebrar os livros lançados atualmente, por isso uma leitura boa... mas massiva. Com um final que me deixou meio... vazio...meio Worlorn.
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Marlon 12/05/2013

Excelente
Não entendo a necessidade de comparação com outras obras tão distintas, incluídas ai, As crônicas de fogo e gelo.

O livro é denso, complexo, com muitas palavras acercadas ao contexto do livro que não seriam comuns hoje, nem na época de lançamento, nem nunca. Creio que a fraqueza de mente ao se criticar palavras se deve a falta de vontade de entender a sua qualidade. Não vejo isso como um livro inaugural do autor, vejo como uma excelente obra, criada a partir de uma genialidade sem tamanho.

Me entristece o Martin ser tão preguiçoso para escrever, a qualidade de A morte da luz poderia ser considerada um prelúdio do que viria posteriormente, ressalvando-se, são livros distintos, bem distintos.

O universo criado e a qualidade da história é épica, para mim, é um livro imperdível.
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Paulinha 26/04/2013

Horrível...
Um dos piores livros que já li, dá aquela sensação de raiva por ter perdido tanto tempo depois que termina a leitura...
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ricardo_22 19/04/2013

Resenha para o blog Over Shock
A Morte da Luz, George R. R. Martin, tradução de Marcia Blasques, 1ª edição, São Paulo-SP: Leya, 2012, 336 páginas.

O que esperar de um livro que começa complexo e que causa certa estranheza ao leitor, que ainda desconhece o mundo fictício criado pela mente de um escritor? Muitos podem imaginar que a leitura se arrastará e inclusive será cansativa, algo natural em determinados casos. E isso de fato pode acontecer, mas não por muito tempo.
Publicado originalmente em 1977, A Morte da Luz é o primeiro livro do escritor George R. R. Martin, que provavelmente na época não imaginava que se tornaria um dos mais aclamados escritores do mundo. Conhecido principalmente pela série As Crônicas de Gelo e Fogo, Martin é considerado por muitos um verdadeiro gênio, o que pode ser comprovado com a leitura da sua obra de estreia, mesmo que no início pareça estranho alguém amar a complexidade criada por ele.
Essa história complexa se inicia com a apresentação de Worlorn, um planeta errante de características singulares e que, após se aproximar de um sistema solar e novamente ganhar vida, volta a seguir seu caminho lentamente rumo à morte. Porém, durante os anos em que esteve habitável, Worlorn foi palco de um grande festival que envolveu inúmeros mundos, e é para esse planeta que Dirk t’Larien parte ao ser chamado por Gwen Delvano, o seu grande amor, a quem fez uma promessa no passado.
Ao contrário da época em que estavam juntos, Gwen não é mais a mesma mulher. Agora ela faz parte de um triângulo amoroso, que causa uma verdadeira batalha cultural, onde não se sabe quem está do lado do bem ou do mal, e não há cautela para lutar pelos ideais; pelas posses. Nessa disputa com pessoas poderosas, Dirk tem a missão de proteger Gwen, mas para isso precisará enfrentar mais do que apenas as forças dos seus inimigos.

“Ela estava presa em uma teia muito complexa, uma teia que era política e emocional ao mesmo tempo; e ele aparentemente tinha sido arrastado com ela, para observar impotente enquanto tempestades semicompreendidas de tensão psicossocial e cultural giravam ao redor dele. Estava muito cansado de observar impotente” (pág. 115).

Como citado, A Morte da Luz se inicia de forma confusa, mas antes mesmo das primeiras cem páginas esse aspecto muda radicalmente e o leitor se coloca dentro da história, sentindo a mesma emoção dos personagens e a cada hora ficando na torcida por um deles, já que não há herói ou vilão durante a história. Há uma relação de amor e ódio com tais personagens.
Provavelmente o grande responsável pela torcida, e pela relação de amor e ódio, não seja apenas o talento em construir uma história de Martin, mas a forma como ele une os conflitos sociais e culturais, causando um grande choque entre a diversidade de planetas e povos, cada qual com suas próprias características. Com isso, além de uma ótima obra de ficção, o autor construiu um trabalho que levanta importantes pontos, alguns inclusive presentes na nossa sociedade.
Em seu lado crítico, A Morte da Luz questiona determinadas formas com que os kavalarianos, nativos de Alto Kavalaan, levam a vida. Apesar de no início ser um tanto complicado de se entender, e principalmente aceitar, percebemos que em alguns casos essa forma de levar a vida é natural mesmo em um mundo real, como, por exemplo, mulheres tratadas como escravas (betheyn) ou objeto sexual (eyn-kethi); e de pessoas que se unem, de igual para igual, em busca de proteção (teyn).

Mais em: http://www.blogovershock.com.br/2013/04/resenha-147-morte-da-luz.html
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Pedro Viana 14/04/2013

A Morte da Luz, de George R. R. Martin: o primeiro livro do autor d’As Crônicas de Gelo e Fogo
Retirado da Revista Fantástica, sua revista online sobre Literatura, Cultura e Entretenimento. Visite! www.revistafantastica.com.br

Antes de tirar A Morte da Luz do plástico, eu já possuía uma grande expectativa. Para aqueles que não sabem, George R. R. Martin é, atualmente, um dos meus autores favoritos. Então, juntando esse fato com o de que fiquei muito curioso para saber como ele escrevia trinta e cinco anos atrás, resolvi ler o livro. E, confesso, minhas expectativas não foram quebradas.

O livro é muito bom. Não tão bom quanto os livros d’As Crônicas de Gelo e Fogo, mas ainda assim merece reconhecimento. O começo morno da história é ofuscado pela complexidade do universo futurista criado por George R. R. Martin, onde não existem alienígenas, mas sim raças humanas evoluídas de maneira diferente em cada parte da galáxia.

A trama em si é ambientada em Worlorn, um planeta sem órbita, que durante um Festival da Orla foi colonizado por quatorze culturas diferentes, mas com o fim do mesmo, rapidamente abandonado. Dirk t’Larien, o protagonista, ruma para o planeta movido pela promessa que fez a sua amada Gwen Delvano de que um dia voltaria para ela. A missão de Gwen em Worlorn, como bióloga, é estudar a natureza singular do planeta, que foi obtida através da união de todas as culturas que participaram do Festival. No entanto, quando Dirk chega ao planeta, descobre que ela está casada com Jaantony Vikary, um alto-senhor de Alto Kavalaan.

Ao longo da história, George R. R. Martin nos apresenta o choque entre as culturas de seu complexo universo – que na minha opinião, é um dos focos principais do livro. O choque entre os kavalarianos, acima de todas, contrasta as visões conservadoras e modernas dentro da mesma sociedade.

Compreendam que é muito difícil para mim ter que comparar A Morte da Luz com os livros d’As Crônicas de Gelo e Fogo, mas irei tentar. De semelhanças, eu destaco a imprevisibilidade da trama e o esmero na criação da história, dos personagens e do próprio universo em que se passa. George R. R. Martin é um escritor muito inteligente, e sabe como cativar um leitor. Das diferenças entre as obras, eu diria que A Morte da Luz tem mais ação e, mesmo sendo ficção científica, teve momentos mais momentos românticos que As Crônicas de Gelo e Fogo, que por ser uma história sobre poder, não abre muito espaço para tais coisas.

E gostaria de deixar uma observação para aqueles que não conhecem todas as obras de George R. R. Martin: comparando os dois momentos do autor, eu diria que lendo-se um não se ganha uma opinião concreta sobre o que poderá esperar do outro. Tanto que, se ele tivesse usado um pseudônimo em A Morte da Luz, eu nunca iria saber que ele era o mesmo autor d’As Crônicas de Gelo e Fogo. Portanto, eu recomendo a leitura de ambos. Recentemente, a LeYa divulgou o lançamento do primeiro volume de Wild Cards, uma série (que já ultrapassou os vinte volumes) de antologias de ficção científica dentro de um mesmo universo, onde Martin é o editor e autor. Mesmo tendo ficado feliz com a notícia, eu espero mais ansiosamente o lançamento de outras obras, como Fevre Dream, que mostra que além de fantasia e ficção científica, Martin também tem obras no gênero de terror.

Trecho do Livro:

“– [...] Os kavalarianos têm um ditado, que um homem é a soma de todos os seus nomes. Nomes são muito importantes em Alto Kavalaan. Nomes são muito importantes em todos os lugares, mas os kavalarianos conhecem essa verdade melhor do que a maioria. Uma coisa sem nome não tem substância. Se algo existe, tem um nome. E, da mesma forma, se você der um nome para alguma coisa, de algum modo, em algum nível, a coisa nomeada existirá. Esse é outro ditado kavalariano. Você entende, Dirk?” (página 40)
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Theis.sophia 04/05/2024

Que final ruim
Em "A morte da luz", Dirk t'Larien embarca em uma missão de salvar sua antiga amiga, e a quem ama, Gwen Delvano, que está presa a bárbaro pertencente ao povo Kavalariano.

Sinceramente não gostei do livro, muito detalhe, chegou no final e eu tava querendo arrancar meus olhos.
Odiei a Gwen, menina insuportável, e o Dirk é um gado, também não gostei muito dele não. Os únicos persogens bons desse livro são o Jaan e o Garse, de resto não presta nada.
Não tem muito mais o que eu falar, não gostei, achei que a leitura não fluiu pra mim, estranho por que em "A guerra dos tronos" (livro do mesmo autor) a leitura foi muito boa, simplesmente amei aquele livro, mas esse daqui não, talvez seja por que esse aqui é o primeiro livro do George R. R. Martin, daí dou até um desconto. Mas infelizmente esse livro não funcionou muito comigo.
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Lucas Oliveira 22/03/2013

A morte da Luz
Confesso que tive certo receio nas primeiras páginas por encontrar um prólogo repleto de termos extremamente particulares, como se sugerindo que o leitor devesse ter um conhecimento prévio à cerca da mitologia de tudo aquilo que estava sendo narrado, mas me acalmei no exato momento em que descobri a existência de um esclarecedor glossário nas últimas páginas, cuja principal função era explicar detalhadamente as palavras novas e os tão intrincados e bem construídos marcos históricos presentes no texto. A par dessa informação, me vi pronto para saborear a talento magistral e a escrita absurdamente poética e envolvente de George R. R. Martin.
Logo de cara somos jogados em Worlorn, um planeta errante, destinado a vagar eternamente pela imensidão do espaço. Porém, o trajeto do orbe cruzou com a Roda de Fogo, um sistema solar de sete sóis que iluminou e trouxe a vida de volta ao local. Durante esse período extremamente ensolarado um festival foi produzido, trazendo naves de todos os mundos possíveis. Assim a história de Worlorn é desmembrada, e de repente o lugar se tornar palco de um complexo contexto histórico, permeado por inúmeros conflitos socioculturais travados por nações dos mais variados pontos da galáxia. Mas o planeta continuou vagando e lentamente se afastando do aglomerado de estrelas. A morte da luz estava traçada.
É para esse mundo desconhecido que Dirk é chamado por seu antigo e nunca esquecido amor, Gwen. Os dois não são mais os mesmos e do começo ao fim se instala a dúvida cruel... Eles realmente vão ficar juntos? A relação confusa entre esses dois singulares personagens e o caminho surpreendente que eles percorrem a cada virada de página vai se tornando cada vez mais instigante, e nunca maçante. Tudo se desenrola de forma inesperada e nada é o que parece ser.
Melhor parar por aqui e não entregar mais spoilers. O que merece realmente ser frisado é a forma como o autor consegue prender a atenção de quem lê através de descrições fantásticas. Os ambientes não são meramente descritos, mas sim poeticamente descritos. As paisagens de Worlorn estão cheias de uma carga emocional absurda, provocando inúmeras reflexões existenciais. Como não se impressionar com a cidade de Kryne Lamiya e sua triste canção feita pelos ventos ou com a quase maternal Voz de Desafio?
Enfim, o livro me tocou justamente por não seguir os caminhos esperados, por trazer personagens bem construídos e envolventes e principalmente por trazer a tona uma realidade futurista, inspiradora e arrebatadoramente criativa.
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Henrique 26/06/2012

A Morte da Luz, George R. R. Martin
George R.R.Martin, autor das Crônicas de Gelo e Fogo, em 1977, 35 anos atrás, publicava seu primeiro romance Dying of the Light. No mês de maio a editora LeYa publicou o livro, intitulado A Morte da Luz, tendo por responsável pela capa Marc Simonetti.

Westeros é posta de lado e então tomamos conhecimento de mundos que surgiram 19 anos antes, na mente mestra de George R.R. Martin, o soberano da Alta Fantasia. Passamos então a uma realidade pós-apocalíptica em um mundo diferente de qualquer abordagem westeroiana.

Ao abrirmos as primeiras páginas de A Morte da Luz, temos uma breve citação da gênese da civilização de Worlon, um planeta errante que vaga, sem rumo fixo ou certo, pelo complexo universo elaborado pela mente de Martin, universo que serve como pano de fundo para os 14 mundos tratados na obra. O livro é dotado de um prefácio repleto de abordagens científicas, culturais e conquistas planetárias e interplanetárias que tem por rota final a apresentação de como Worlon, um planeta que não passava de apenas mais um planeta sem considerável importância, tornou-se o centro das atenções ao se colocar em órbita como o tão venerado Olho do Inferno, um conjunto de sóis que por 10 anos lhe forneceram as circunstâncias necessárias para a promoção de vida.

O livro evidencia a absurdamente incrível capacidade de Martin para criar novas civilizações, realidades culturais intrigantes e personagens memoráveis. Nas Crônicas de Gelo e Fogo temos os Dothraki, representados por Khal Drogo, em A Morte da Luz ganhamos os Kethy, representados por Jaantony Vikary, pertencente a uma civilização bárbara. Vikary atua como um antitradicionalista, que contesta os costumes desumanos do seu povo e que, por isso, arcará com as devidas consequências de seus atos reformistas.

Worlon tornou-se o centro para a realização de um festival que envolveu 14 mundos, no entanto Worlon se põe em posição cada vez mais afastada do conjunto de sóis, tornando-se um planeta úmido, frio e que caminha rumo à noite eterna. Já não restam muitos habitantes em Worlon e os que lá residem criam seus próprios códigos e seus próprios conceitos de honra. Uma raça de caçadores de quase-homens age furtivamente nas regiões ainda habitadas após a era do Festival, e sem saber, Dirk t’Larien viaja rumo a este planeta tendo como objeto de espera sua amada Janne, ou como ela exige ser chamada, Gwen Delvano. Tendo em mãos uma joia-sussurante que lhe foi entregue, lembrança de um amor rompido há 7 anos, Dirk viaja para Worlon, e vê o apocalipse se derramando em taças de ira sobre sua vida, sem mistura de misericórdia.

Após a chegada de Dirk no Planeta errante, começamos a desfrutar de uma das incríveis capacidades criativas de Martin: personagens indecifráveis, enigmáticos que sem sombra de dúvida acabarão por nos deixar atônitos e boquiabertos. Como em Westeros, nada é o que parece. Nada. Gwen Delvano está atada a um homem por um complexo sistema de união cultural, e já não é a mesma Jenne que ele havia conhecido. Ao mesmo período que acompanhamos uma explanação repleta de detalhes da biologia e tecnologia do planeta recebemos um prato repleto de personagens que são o que logo descobriremos não serem. Não podemos dividi-los entre bons e maus, mas entre os que fazem as escolhas certas (levando em consideração que esses permanecerão vivos) e os que fazem escolhas erradas (que por fim, causarão sua morte).

Distinguir os que são amigos e os que são uma ameaça se torna uma tarefa bastante difícil para Dirk, que se vê banhado em uma realidade onde as culturas colidem entre si e as leis em muito pouco contribuem para a sobrevivência. Uma corrida entre os que desejam dar o fora o mais rápido possível de Worlon e entre os que apenas querem se manterem vivos começa e, acredite, o desfecho é digno de aplausos!

A obra evidencia que não é de agora que o aclamado autor das Crônicas de Gelo e Fogo é dotado de capacidades invejáveis para construir diálogos ricos e significativos, além de presentear os amantes de ficção com um mundo único e assombrosamente perigoso.

Para os que desejam acompanhar os últimos momentos crepusculares de Worlon e advirto: Cuidado! Você pode estar dormindo ao lado do inimigo.

Por Henrique Magalhães

Visitem meu blog de resenhas: http://h2livros.blogspot.com.br/
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22/02/2013

Fanática pelas Crônicas do Gelo o do Fogo, e de George R. R. Martin também, não poderia deixar de ler seu primeiro livro. E só li mesmo por ser dele, porque não é do tipo de leitura que me atraia. Não sou muito fá de ficção científica (sim, amo Star Wars de todo o coração, e gosto muito de Star Trek do J.J. Abrams, mas é só. E não estou julgando quem curte, cada um é cada um, só estou expressando minha preferência), talvez por isso meu receio de ler.

A história gira em torno de Dirk t´Larien, um homem solitário que sofre há sete anos pelo abandono de sua amada, Gwen Delvano, que ele teima em chamar de Jenny (há uma explicação para isso, mas eu sinceramente não lembro, porque ela acontece na parte chata do livro, comento mais tarde). E, ao receber uma joia dela, ele entende como um chamado e parte para Worlorn, um planeta nos cafundós do Universo, e que está morrendo, e por isso, quase deserto e em eterno crepúsculo.

Só que Dirk tem uma visão idealizada de Gwen, acha que ela é a mesma que o deixou tanto tempo atrás. E não é essa realidade que o espera. Gwen é “esposa” (não é bem isso, mas nem vou tentar escrever o nome que dão, está mais pra propriedade do que esposa) de Jaantony (milhões de nomes no meio) Vikary. E Dirk a vê ainda como Jenny, não como Gwen. Dirk chega determinado a livrar Gwen de Jaan, o que não é tão simples, devido à complexa sociedade de Kavalaan, planeta de origem de Jaan. Dirk é teimoso e orgulhoso demais para aceitar qualquer ajuda de Jaan, e isso faz com que ele faça algumas burradas. E como o livro é contado pelo ponto de vista de Dirk, boa parte dele são o debates internos dele.

Gwen, apesar de ser “esposa” de Jaan, tem caráter independente. é uma inteligente ecologista, totalmente dedicada a seu trabalho. Ela não faz exatamente o tipo indefesa, e se preciso, ela sabe muito bem manejar uma arma. Ela também ainda sofre os efeitos de ter abandonado Dirk, e tenta de todo jeito fazê-lo entender suas razões, o que o cabeça-dura não consegue de forma alguma. (SPOILER) Ela diz com todas as letras que uma das razões para deixá-lo foi pela mania dele de chamá-la de Jenny (de novo, há uma explicação no livro para essa reação dela, mas não vou detalhar), mas o imbecil continua fazendo isso até o fim (stupid much?).

Jaantony Vikary, “marido” de Gwen, é um kavalariano que viveu um tempo em Ávalon, por isso não é tão tradicional, e ainda por cima luta para mudar a sua sociedade. Ele não vê Gwen exatamente como sua propriedade, até concede a ela alguns privilégios, mas ainda é preso a algumas tradições kavalarianas. É sensato e mesmo sabendo do interesse de Dirk por Gwen, faz o que pode para ajudá-lo e protegê-lo. Pensando bem, ele tem um pouco de Ned nele.

Completando o núcleo familiar de Gwen (por falta de termo melhor) está Garse Janaceck, espécie de irmão de sangue de Jaan e que compartilha, em todos os sentidos, Gwen com ele. E isso para a sociedade deles é perfeitamente normal. A sociedade kavalariana é supermachista, esqueci de mencionar isso, e Gwen meio que cai de paraquedas nisso. Voltando a Garse. Ele é sarcástico, invocado e bem mais tradicional que Jaan. Pena que ele não aparece muito, porque sem dúvida é um personagem ótimo.

Vale a pena ainda destacar Arkin, um kindissiano amigo de Gwen e que também está sob a proteção de Jaan. Não vou entrar em detalhes sobre ele para não dar mais spoilers, mas alerto para ficar de olho nele. Além desses, há também outros personagens importantes, mas se for comentar cada um deles, o post vai ficar imenso. Mas, sendo GRRM, os personagens são bem construídos e todos eles passam por uma transformação durante o livro.

O livro demora um pouco para engatar. No começo, há muitas descrições do planeta, das cidades, da cultura de Kavalaan, e nada realmente interessante acontece. Mas lá pela metade do livro as coisas começam a ficar emocionantes, e aí a leitura vai fácil. Porém, não tem o mesmo brilhantismo das Crônicas, e o personagens não despertaram a mesma empatia, pelo menos comigo. Mas as sementes estão aí, em vários momentos eu vi Westeros ali. Esse foi o primeiro livro de George R. R. Martin, escrito em 1977, e desde então dá para notar como ele evoluiu como autor. Portanto, se você é como eu , louc@ pelas Crônicas, vale a pena ver como George R. R. Martin começou.

Trilha sonora

Bizarre love triangle, do New Order cai perfeitamente. Também gosto desta versão como Frente!. E também Shake it out, de Florence and the machine.

Se você gostou de A morte da luz, pode gostar também de:

As Crônicas do Gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
coleção Darkover – Marion Zimmer Bradley.


Originalmente publicado em: natrilhadoslivros.blogspot.com
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Nick 30/07/2012

Sobre o livro
A morte da luz não é um livro ruim. Mas não é nada de fabuloso.

Tem aspectos interessantes. A ambientação é especialmente curiosa. Um futuro não especificado onde a humanidade colonizou diversos mundos. Esse futuro é tão distante que muitos desses planetas colonizados têm a Terra como um planeta quase mítico.

Depois de várias guerras, muitos planetas ficaram incomunicáveis por várias gerações, chegando até mesmo a criar novos mitos de Gênese e novos valores sociais completamente alienígenas para o leitor.

O mais interessante é como um habitante de um desses planetas, após a reestruturação das viagens interplanetárias, faz um estudo das origens da colonização de seu planeta, e dos acontecimentos das guerras interplanetárias, desenvolvendo uma tese que explica a formação das mitologias e da cultura de seu planeta.

Toda a história se passa em um planeta errante, que por acaso está de passagem por um complexo sistema composto por um Sol gigantesco cercado por outros seis sois menores. Quando os planetas dessa região do universo descobrem essa passagem resolvem montar um festival nesse planeta, criando uma flora e fauna composta por plantas e animais de 14 planetas e 14 cidades representando a cultura de cada um desses planetas.

A história se inicia após a realização desse festival, quando quase todos os "turistas" já partiram do planeta moribundo e apenas alguns membros de alguns planetas permaneceram por motivos pessoais ou para realizar estudos nesse ambiente inusitado.

Nesse ponto, onde não ha mais leis, alguns desentendimentos, mal-entendidos e choques de cultura desencadeiam uma trama digna de um filme de ação. Com uma boa produção, poderia ser um novo Avatar.
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CooltureNews 29/12/2012

Publicada em www.CooltureNews.com.br
Falar sobre esse livro não será fácil, com uma história no mínimo surpreendente da pior maneira possível, George R.R. Martin nos transporta a um futuro onde a tecnologia humana atingiu seu ápice e a colonização de outros planetas é algo comum e que já aconteceu há muitos anos. Esse aspecto fica evidente quando podemos equiparar as culturas desses planetas, colocando em nossa realidade, podemos comparar os planetas aos nossos países.

A colonização chegou a tal ponto que quando um planeta errante (esquece os zumbis!), mundos que não possuem sua própria estrela e vagam a esmo pelo universo, se encontra a caminho de um sistema composto por várias estrelas, e assim deixará de ser frio e inóspito durante algumas décadas, acaba sendo colonizado, comparando novamente com nossa realidade, é como se a Antártida perdesse sua camada de gelo e todas as nações do mundo tivessem a oportunidade de cada uma construir uma cidade. Esse é o pano de fundo para a narrativa de um romance fraco.

Dirk t’Larien e Gwen Delvano tiveram um romance no passado que não deu certo, e após alguns anos Dirk recebe um pingente de Gwen, até aí tudo bem mas isso significava que Dirk teria que cumprir sua promessa, ir até onde Gwen estivesse sem fazer muitas perguntas. Promessa essa que Gwen quebrou quando também recebeu a joia-sussurrante que Dirk enviou. Gwen se encontra nesse planeta errante que nesse momento já se encontra praticamente abandonado a própria sorte e é nesse ponto que a história se torna maçante e excessivamente descritiva.

George R.R. Martin é o típico autor que consegue carregar nas descrições, e isso é algo interessante e que geralmente me chama muito a atenção em um livro, infelizmente não foi esse o caso, acredito que justamente por ter uma história fraca. Por mais que você acabe conhecendo um pouco sobre o passado dos personagens e suas histórias pessoais caírem no comum eu não consegui sentir uma ligação com nenhum.

A narrativa e os diálogos são lentos e os nomes dos personagens não ajudam em nada nessa dinâmica. Segundo falado muitas vezes na obra, os nomes possuem peso e aqui os personagens possuem vários nomes, cada um representando a mesma pessoa, mas de forma diferente. E para complicar um pouco mais se você não gravar quem é aquele personagem, ou o local de origem, você pode ser perder facilmente na leitura, tive que voltar algumas páginas mais vezes do que gostaria só para encontrar o fio da história novamente.

Não é possível fazer comparações entre esse livro e os demais de George R.R. Martin além das muitas descrições de cenários, não compre esse livro aguardando uma narrativa parecida com As Crônicas de Gelo e Fogo, certamente você irá se decepcionar. No mais é uma leitura despretensiosa, assim como seu final, para ser feito em um final de semana quando não tiver nada melhor para fazer.
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ENAVARRO 06/11/2012

A Morte da Luz
Após sete anos-padrão Dirk recebe um chamado que o leva até Worlorn, planeta moribundo que vaga pelo universo rumo a escuridão, para encontrar sua grande paixão do passado. O que Dirk não esperava é que sua Gwen estivesse tão diferente daquela que amou. Lá ela está ligada a um homem de Alto Kavalaan e seu companheiro, vivendo segundo a cultura de outro mundo que possui códigos de honra e conduta totalmente diferentes do seu. Enquanto este planeta abandonado por todas as outras raças do universo continua se afastando das estrelas que o mantem aquecido, Dirk tenta proteger Gwen não apenas daquele que a reivindica, mas também de outros kavalarianos que querem caçar qualquer um que não seja considerado humano ou não seja de Alto Kavalaan.

Neste cenário complexo temos um livro que mostra o quanto culturas diferentes podem influenciar as relações e o quanto somos capazes de mudar com o tempo de acordo com as circunstâncias.
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Erunestant 25/09/2012

A Morte da Luz: A evolução moral inerente ao comportamento humano
“A Morte da Luz”, primeiro livro escrito por George R. R. Martin, fora uma obra que me encantou e surpreendeu ao mesmo tempo. Talvez tenha sido a junção da sinopse com a capa da edição brasileira, que traz uma das paisagens de Worlorn – um planeta moribundo preso aos raios doentes de um gigante vermelho prestes a morrer – que tenha me causado uma impressão imprecisa do que se tratava exatamente o romance. Logo de cara, após ler algo que fazia menção à enfermidade daquele sol, pensei imediatamente que a trama trataria dos problemas de um povo que espera calmamente a morte. Não sei precisar exatamente porque fiquei com tal impressão, mas quando finalmente entendi do que se tratava o livro (logo nas primeiras 30 páginas), as surpresas que a contundente narrativa de Martin reservou muito me agradaram.

(...)

Martin reserva a primeira parte do livro para praticamente nos apresentar o rico universo por ele imaginado. Conhecemos não só a história de Worlorn e o cenário político recente dos mundos conhecidos, como suas maravilhosas cidades, frutos arquitetônicos dos diferentes povos habitantes de outros mundos; inclusive a fauna e a flora extremamente peculiares do planeta moribundo. Martin faz uma descrição precisa e um tanto quanto poética, aliando a desolação de um planeta fadado ao esquecimento e a magnificência do intelecto humano materializado em suas criações.

Entre os ambientes únicos e a tecnologia futurista – tipicamente abordada em romances de ficção-científica, o autor também cria um panorama que explora os choques de culturas de diferentes planetas em meio a interesses pessoais que apoiam ou condenam certas ideologias conforme dita a conveniência. Nesses pontos, Martin é magnífico, e acaba cativando o leitor usando praticamente sua narrativa descritiva junto a um tom peremptoriamente político, o que, em um primeiro momento, funciona como uma ferramenta extremamente eficiente, cuja função é nos deixar mais curiosos acerca do real motivo da visita de Dirk à Worlorn; como se o autor nos hipnotizasse com as maravilhas do planeta e resguardasse a trama principal para um segundo momento. Posteriormente, isso acaba por conceder um caráter levemente inverosímel ao romance, já que seria um tanto quanto improvável que alguém viajasse alguns anos luz para um planeta praticamente morto e nem sequer questionasse porque exatamente fora chamado ali. (Apenas uma ressalva: esse fato não me incomodou muito já que me permiti imaginar as diferentes culturas descritas no livro como algo bem particular e, nesse caso, um comportamento incomum seria perfeitamente plausível).

...

A resenha completa pode ser lida no link: http://www.ambrosia.com.br/2012/09/21/a-morte-da-luz-de-george-martin-a-evolucao-moral-inerente-ao-comportamento-humano/
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NelM4n 05/09/2012

Grande obra.
Estória muito interessante, cativante, cruel e inesquecível. Os personagens ficam em sua mente e são muito bem construídos.
O tema futurístico é o que mais me prendeu à esse livro, sem contar as máquinas e tecnologias que quem sabe se tornarão reais. Lerei novamente com certeza.
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