A Morte da Luz

A Morte da Luz George R. R. Martin




Resenhas - A Morte da Luz


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Rafael 28/02/2015

A ficção científica de George Martin
Após retomar meu hábito de leitura, cerca de 3 anos atrás (Consequência de "As crônicas de gelo e fogo") me deparei com esse livro e consequentemente com uma outra "face" do George Martin, a face científica e futurista. Eu esperava encontrar um livro com muita ação e reviravoltas, com uma leitura mais adulta como em "A guerra de tronos", porém o que eu li foi completamente diferente do que eu esperava em certos pontos, mas nem por isso ele me deixou desapontado; pelo contrário, "A Morte Da Luz" conseguiu um lugar permanente como meu livro de cabeceira.

Bom, depois de tais considerações, vamos a resenha em si:

Um dos pontos que mais me chamou a atenção é o universo que George Martin conseguiu criar em apenas 320 páginas. "A morte da luz" apresenta uma cronologia marcada por conflitos passados que ainda refletem no enredo atual; são diversas raças e planetas, com suas próprias características e culturas.

Outro ponto interessante é o contexto no qual a trama está inserida: um planeta que não sofre efeito de gravidade de nenhum outro corpo celeste, ou nas palavras do autor "Um planeta errante, um viajante sem objetivo, um pária da criação". O planeta Worlorn apenas segue pelo universo sem nunca parar definitivamente em um lugar. Worlorn porém, seguiu para próximo de um constelação e passaria cerca de 50 anos ao redor dela; as raças do universo decidiram então povoa-lo nesse período de tempo. Durante 5 anos, o planeta recebeu intensamente a luz provinda da constelação, e 10 anos depois da colonização Worlorn partiu para um crepúsculo, se afastando lentamente para longe da constelação e trazendo assim a escuridão de volta ao planeta.
A melancolia e a sensação de perda e morte é quase palpável na narrativa. Um mundo repleto de espécies, cidades e (poucos) habitantes que segue para a escuridão e o frio.
Tudo isso soma-se a um antigo relacionamento que ressurge apenas para relembrar conflitos antes esquecidos e gerar novos, na esperança de reatar os laços amorosos que foram quebrados em vidas atrás.

Retratando temas como o preconceito com a mulher, e etnocentrismo, "A morte da luz" apresenta uma trama com grandes reviravoltas, pouca ação mas muitos conflitos psicológicos e interpessoais, e de uma complexidade que mostra que não é só em "as cronicas de gelo e fogo" que George Martin soube desenvolver sua imensa criatividade.

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lucas.bastos.7927 28/01/2015

Melancolicamente belo
(Para ler a crítica toda, acesse o link!)

“A Morte da Luz” é um grande livro, e mostra que o autor de “Game of Thrones” não é um fenômeno mundial por acaso. De maneira semelhante a “Crônicas de Gelo e Fogo”, o universo no qual a historia principal se insere é confuso a um primeiro olhar, mas o Glossário ajuda o leitor a se encontrar. E quando a trama engrena e a ação começa, é impossível parar de ler. Uma história tocante sobre amores esquecidos, arrependimentos e promessas jamais cumpridas.

site: http://drophour.com.br/2014/07/25/review-a-morte-da-luz/
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Fábio Valeta 27/01/2015

Primeiro livro do Martin que leio é justamente seu primeiro livro. Ainda não comecei a ler “As Crônicas de Gelo e Fogo” pois quando começo uma saga gosto de ter a possibilidade de ler até o final. Detesto ter que esperar anos para a continuação, e quando finalmente leio, vários detalhes dos livros anteriores já se perderam na memória. Tampouco estou acompanhando o seriado da HBO, que só pretendo ver depois de ler os livros (e também por preferir assistir séries inteiras).

Acabei me surpreendendo com esse livro, uma vez que já tinha ouvido comentários de que o livro era fraco, mas acabei gostando bastante.

A idéia do planeta Worlon, é bem interessante. Um planeta errante que é colonizado por 14 povos a partir do momento em que se aproxima de um conjunto de sóis para um grande festival e, a partir do momento em que o planeta vai se afastando, vai aos poucos sendo abandonado. É um ambiente antes rico de vida e agora praticamente morto e abandonado.

Os aspectos culturais de Alto Kavalaan (um dos mundos que colonizou Worlon) são bem detalhados e historicamente explicados pelo autor. O que é bem melhor do que simplesmente falar que o povo é assim e pronto.

A história é conduzida inicialmente de forma lenta, mas a medida em que o choque cultural entre o personagem principal e os Kavalaanianos se agrava, o livro adquire um ritmo mais ágil com direito a várias mortes brutais (o que, pelo tudo que já ouvi falar, é característica do autor).

Apesar de faltar um clímax mais intenso, a obra como um todo chama a atenção.
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Albarus Andreos 11/10/2014

O início genial de Martin
Pouca gente conhece os outros livros de George R. R. Martin. Alguns acham que ele surgiu de algum buraco no chão e já foi logo publicando As Crônicas de Gelo e Fogo, com as quais se tornou mundialmente famoso, brindando-nos com uma das maiores epopeias de fantasia medieval de todos os tempos. Não! As origens de Martin vem mesmo da ficção científica, e A Morte da Luz (Editora Leya 2012) é um desses livros que foram trazidos na esteira do sucesso retumbante dAs Crônicas.

Um livro de FC daqueles clássicos com planetas estranhos e viajantes espaciais, mas não uma Space Opera, como Star Wars. Algo mais intimista, centrado num mundo moribundo e num casal humano enfrentando uma DR intergaláctica.

Worlon é um mundo errante, povoado e colonizado por uma coalizão de povos para se tornar habitável e vicejante. Mas os planos não saem como desejado, e o mundo de Worlon, que veio do nada, parece não se prender à órbita que lhe foi artificialmente planejada, no sistema estelar onde achavam que iria estacionar. Não, ele continua sua trajetória errante e começa a escapar para além, para o frio vácuo espacial. Todo o trabalho perdido. Após tanto esforço para terraforma-lo, cada planta e cada inseto alienígena, ali introduzidos, está fadado a fenecer, na escuridão. E cada cidade planejada, por cada um dos povos, reunidos no objetivo comum de criar esse mundo, torna-se um fantasma tecnológico, o cenário para que Dirk e Gwen tentem resolver (quiçá, retomar) um passado amoroso que fracassou, anos antes.

A história, mais ou menos, começa com Dirk tLarien vindo à Worlon, após receber um colar que dera para sua antiga namorada, Gwen. Ele sabe que isso é um pedido para que ele vá até ela, pois planejaram assim, anos antes, quando ainda eram os mais importantes um para o outro, mas muita coisa mudou, muito tempo se passou, e as certezas não passam agora de possibilidades. E assim, Dirk vem a Worlon, onde Gwen trabalha como pesquisadora, ligada a documentação ecológica do planeta que, a cada dia, se afasta mais de suas estrelas vitais, que lhe concedem calor e luz. O título da obra, A Morte da Luz, claramente reflete esse argumento narrativo, embora haja aí uma metáfora um pouco mais obscura, relativa a própria historia envolvendo estes dois personagens principais, além de um terceiro.

Gwen, agora é casada com um humano nascido de uma colônia alienígena, Jaan Vikary. É bom que se esclareça que ninguém aqui nasceu na Terra, que é apenas um planeta antigo, lembrado apenas uma vez ou outra na história. Outros planetas foram povoados pela espécie humana e alguns deles se tornaram mais importantes que a própria Antiga Terra. Jaan é de Alto Kavalaan, Dirk e Gwen vem de Ávalon; esses planetas/ colônias tem agora costumes e culturas próprias, que diferenciam muito os humanos de um lugar e de outro. Jaan vem de um cultura religiosa arcaica, baseada na dominação do homem sobre as mulheres, e sobre os outros povos. São beligerantes, xenófobos, misóginos, heterófobos e quase tribais. Já Dirk e Gwen vem de uma civilização mais avançada, nos moldes de uma civilização futurística como podemos conjecturar. E a disputa psicológica desses dois personagens é o que cerca Gwen e a mantém no centro de suas atenções.

Isso faz com que o livro seja muito mais cerebral do que se imagina de início. Ele põe em contraste duas civilizações completamente distintas, sendo que Jaan é um homem extremamente moderno para os padrões de seu povo. Ele é um filósofo, um estudioso, e caiu mesmo em desgraça por defender pontos de vista modernos demais para sua sociedade, arcaica e inflexível. Suas opiniões o afastaram da maioria dos outros clãs, embora tenha conquistado prestígio dentro destas mesmas tradições quando precisou agir como um kavalariano, o que trouxe até mesmo simpatia às suas ideias revolucionárias, por parte de alguns mais esclarecidos.

Sua dualidade kavalariana é reforçada pelo seu parceiro Garce Janacek, que é muito mais que um amigo. Garce é seu companheiro de caçadas, seu amante, um irmão de alma escolhido. É o lado da tradição, lembrando a Jaan, o tempo todo, que ele é um alto-senhor do clã Jadeferro, que tem reponsabilidades a cumprir, regras a seguir e dever de reverência às tradições que Jaan não despreza, mas luta por mudar. Garce odeia Gwen por Jaan amá-la e não tratá-la como um kavalariano tradicional deveria tratar uma mulher, mas a respeita pelo seu senhor, e até a protege, já que essa é a tradição.

Os antagonistas são os braiths. Um outro clã de kavalarianos que habita Worlon. Eles permaneceram em maior número, pois ali podem praticar a Grande Caçada, que a um kavalariano é permitido, e os quase-homens são caças especialmente apreciadas. Um quase-homem é qualquer homem que não seja de Alto Kavalaan. Não são considerados humanos e podem ser perseguidos, chacinados e suas cabeças tomadas como troféus, que exibem com orgulho. Jaan permanece em Worlon, basicamente para proteger os outros humanos que não pertencem a sua raça. Pois as tradições dizem que com sua proteção, os braiths não podem caçá-los. É um humanista, abnegado e corajoso, metendo-se em apuros por acreditar em uma ideia, atraindo a ira dos braiths, com o intuito de proteger qualquer um que puder, da crueldade dos seus compatriotas.

A coragem e sensibilidade de Jaan Vikary logo nos assalta, quando confrontado com Dirk tLarien, que é só comum, apaixonado, temerário em seus atos e frágil em suas aspirações à Gwen. Se no início do livro somos levados a apoiar e torcer por este personagem, logo começamos a mudar de opinião, quando o vemos metendo os pés pelas mãos e se mostrando tão incompetente em levar adiante o resgate de sua amada, a ponto do próprio Jaan ter que vir em seu socorro mesmo após ter sido traído. Dirk e Gwen, correm de cidade em cidade fantasma, tentam se refugiar nas construções suntuosas e quase abandonadas desse mundo crepuscular, mas atrás deles estão os caçadores braiths. O Destino dos dois parece estar traçado, e as perspectivas não são nada boas.

Esse é o mote principal de A Morte da Luz. Vemos o contraste entre conceitos e culturas, vemos os acertos e desacertos de um homem que atravessou o vácuo interestelar atrás de um amor que já não possuía, mas também a realidade que se interpõe entre o sentimento incondicional e o dever moral. A morte de um planeta é melancólica, mas há ainda a fuga do casalzinho e o inevitável cair na real (a real morte da luz, para mim), depois de arrumarem muita confusão, sem se importarem em ferir sentimentos.

É de admirar a habilidade de mestre George, mais uma vez, tecendo suas impressões narrativas de forma extremamente competente, com sua escrita fluída, precisa, mas sem nunca ser árida, com descrições perfeitamente dosadas para não serem enjoativas, permeadas de certo lirismo, sem nunca serem piegas. É o melhor escritor de literatura fantástica da atualidade, fazendo o que melhor sabe.

Há uma mensagem muito significativa na escrita desse livro. George Martin é o cara, e através das discussões entre Garse e Dirk, vamos nos deixando levar pela filosofia embutida em A Morte da Luz, sua principal mensagem. Com as contínuas lições de moral ou as descrições que Garse faz a Dirk, vamos nos inteirando, não apenas das diferenças entre culturas, mas as diferenças que fazem um homem dizer-se humano e não considerar outro como tal. Para os kavalarianos, um homem só pode ser um cavalariano; outros, como Dirk, sequer são humanos. A biologia, que os iguala, é ignorada. Apenas kavalarianos possuem alma. Isso se chama intolerância.

O que a cultura, a formação ou os costumes podem fazer com uma pessoa, a ponto dela olhar para um semelhante, e não vê-lo como tal? Se pudermos utilizar de uma certa paridade filosófica, o que faz um homem olhar para outro, de uma religião diferente e não considera-lo um igual? Por que um homem pode pensar que possui uma alma imortal e um outro, de um outro credo, ser desprezível a ponto de merecer nada mais que a morte? Fanáticos, é o que são. Fundamentalistas, ignorantes e nocivos à humanidade.

Estendamos o conceito aos homens com uma opinião política diferente, aos de uma opção sexual diferente, de um país diferente ou com a cor da pele mais clara ou escura? Temos tudo isso aqui, no nosso planeta preconceituoso, onde os costumes de um povo podem ser recheados de estupidezes, como nos mostra Garse Janacek em Worlon. A burrice e a falta de saber não difere um homem de outro, mais culto e instruído, pois a maldade é, muitas vezes, cultural! As diferenças culturais podem nos fazer esquecer que somos TODOS seres humanos. Só a gentileza e o amor, por sua vez, podem nos fazer esquecer que somos sempre, em alguma medida, diferentes, e que isso NÃO importa.

Temos um final mais ou menos, dentre todas as opções mais previsíveis à disposição do autor. Martin opta por uma saída inusitada e surpreendente, na verdade, e até de alguma implicação lógica prejudicial para toda a trama. Podemos absorver que Dirk enfim entendeu o que é ser um kavalariano, mas compreender não significa aceitar como seu. Talvez uma saída mais fácil pudesse coadunar melhor as ideias aqui discutidas. Uma simples despedida, talvez, livrando-se da pedra da alma que ligava Dirk a Gwen, e então subir na nave espacial e voltar para casa. Seria como dizer que a lição fora aprendida, que a roda havia girado e que a fila tinha que andar. Só isso, mas não espere o óbvio de mestre Martin.

site: www.meninadabahia.com.br
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Rahmati 03/08/2014

A melancolia retratada em palavras

A Morte da Luz é, para mim, a melancolia retratada com palavras. Creio ser mesmo essa a palavra que melhor o define, e o título é, de fato, o resumo perfeito de Worlorn, o mundo onde se passa a trama. Um mundo que se afasta cada vez mais de seu sol - ou sóis, no caso -, com habitantes que se afastam cada vez mais de seus sonhos.

Dirk t'Larien é o protagonista assombrado por seu passado, que se torna seu presente e o assombra ainda mais quando joga em sua cara sua falta de futuro. Por mais diferente que seja, esse livro me lembrou o A Estrada - em sua melancolia e falta de esperança. São tramas onde o que se têm está exposto à sua frente, e pouco ou nada se pode esperar de novo; assim, têm-se que viver um novo dia sem qualquer expectativa - ou mesmo sem qualquer alegria.

George Martin mostra, já nesse seu primeiro livro, que a qualidade de sua narrativa não cairia no mar da mediocridade. Para quem consegue imergir no mundo que ele apresenta, o que acaba encontrando é uma paisagem idílica; vazia, sim, mas cheia de poesia, e um reflexo do que vai à alma dos personagens principais.

Não há um antagonista, não há romance, não há clichês. Não há um protagonista heroico, e não há uma mocinha em perigo. O que há é um background extremamente bem construído, para os personagens e para os ambientes, para a história e para as justificativas, e há também aquele tradicional jogo que o autor faz com nossos sentimentos, em que num dado momento você se pega sofrendo pelo "antagonista" e desejando dar um tiro na cabeça do "par romântico" do "herói".

Dizendo assim, pode até parecer ter sido uma leitura ruim, mas muito pelo contrário: foi uma das melhores que fiz no ano. É errôneo imaginar que existe prazer apenas na beleza e na alegria; a melancolia é um dos sentimentos que mais nos coloca em contato com nosso verdadeiro "eu", e um dos mais profundos que podemos experimentar. Ainda que o final não seja uma unanimidade entre os que leram o livro, para mim foi perfeito: não há o que detalhar. Não importa, simplesmente. A Morte da Luz é apenas o retrato do fim - do fim de algumas histórias, do fim de algumas vidas.

site: www.oblogdorahmati.blogspot.com.br
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Fabi 14/04/2014

A Morte da Luz
Tinha outras expectativas em relação ao livro. A ficção é bem descrita, mas o final deixa muito a desejar. Totalmente sem climax ou emoção.
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Taty 05/09/2015

Bom
No começo me entediou, mas depois me prendeu.
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Ro 14/03/2014

Livro perfeito, maravilhoso, agradeço muito por ter ganho esse presente maravilhoso. Ótima estória. *-*
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Juliana 23/01/2014

Promissora estréia de George Martin!
Como nunca li a série Crônicas de gelo e fogo (pretendo ler em breve), do mesmo autor, não posso dizer se este livro é melhor ou pior. Mas posso dizer que, surpreendentemente, já que usualmente não gosto muito de histórias futuristas, é uma leitura bastante agradável e interessante sob o ponto de vista das histórias e culturas dos povos apresentados. A escrita também é bastante boa, ainda mais se considerarmos ser este o primeiro livro do autor.

A narrativa se passa em Worlom, um planeta sem órbita fixa (como a Terra, que gira eternamente em torno do sol, por exemplo), que vaga pelo universo, vazio e sem vida. Quando este planeta se aproxima de algum sistema estrelar, permitindo que seres humanoides sobrevivam, ele é rapidamente habitados por povos de diversos planetas e diferentes culturas que constroem cada um a sua própria cidade, trazendo seus costumes e até mesmo plantas e criaturas de seus planetas. Porém, durante os acontecimentos do presente livro, o planeta está saindo desta "zona habitável" e vem sendo constantemente abandonado.

O protagonista Dirk t'Larien encontra-se neste planeta, em uma visita a uma amiga que não via há muito tempo, Gwen Delvano, mas Gwen está diferente do que ele conhece, ligada a uma cultura que Dirk não compreende. A problemática da narrativa ocorre, principalmente, devido às diferenças culturais de Dirk e de alguns dos habitantes locais, uma cultura baseada em luta, honra e posse, fatores que, como viremos a saber, se devem à história desses povos. A questão cultural e histórica envolvendo os personagens da trama, como já mencionei, é o ponto de maior destaque em todo o livro.

Apesar do fantástico mundo futurista criado por Martin, a narrativa peca em relação aos personagens, principalmente o protagonista, que, na minha opinião, são um pouco fracos, apesar de não lhes faltar profundidade (talvez essa profundidade mais atrapalhe do que ajude neste caso, tornando os personagens muito reflexivos e pouco ativos), há que se esperar que, pelo menos o protagonista, tenha uma personalidade e atitudes mais fortes. Mas talvez isso se deva apenas ao hábito, já que, na maioria dos casos, o que se vê nos livros são personagens principais mais ativos.

Apesar dos pontos negativos mencionados, a leitura de A Morte da luz é muito recomendada. principalmente para quem gosta de história futuristas. Mesmo os amantes das histórias medievais podem encontrar pontos semelhantes para se identificar na narrativa, como a questão da honra e obediência dos cavaleiros e a posição um tanto inferiorizada da mulher.

site: http://fantasticosmundosdepapel.blogspot.com.br/
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Francisco M. 13/01/2014

Um romance mais água com açucar do que um thriller de Suspense..
o livro narra a aventura vivada por Dirk que é levado para Worlorn, um planeta à beira do apocalipse, por uma joia-sussurante para resgatar sua amada Gwen do terríveis kavalariano, um povo guerreiro e bárbaro. O que Dirk não esperava era cair em uma terrível armadilha e uma trama de tirar o folego do leitor. Ele vira caça de um povo que cria suas próprias leis e está disposto a morrer pela honra de seus senhores.

Andando por entre cidades vazias, quase desabitadas, Dirk e Gwen correm perigo a cada minuto, desafios tanto da natureza hostil quanto de seus próprios companheiros traidores transformam o romance em um thriller de ação, suspense e romance de primeira. Coisa que só o Martin pode oferecer em ótima qualidade.

O romance parece realmente impecável, não sendo pelo fato que o leitor fica na cola de Dirk o tempo todo, e há muitas palavras estrangeiras que dificultam o desenrolar da história mesmo contado com um bom glossário no final do livro. Muito irão se decepcionar pois o romance tras poucas (mas muito boas) cenas de ação, pautando histórias do passado das personagens, e reservando grande parte para cenas de amor e solidão ( o que combina terrivelmente com o clima do planeta), tudo isso reforça a ideia de que se trata de um romance e nada mais com umas pinceladas aqui e ali de suspense e algum recheio de ação.

Por se tratar de um romance de estreia de Martin a Morte da Luz é sem duvida um bom começo para um gênio criador de a Cronicas de Gelo e Fogo. Não considero esse romance como uma novela pelo fato de o autor permanecer o tempo todo com Dirk, sem cenas com outros personagens, o foco dos dramas de Dirk chega ser pegajoso e um tanto cansativo.

Sem falar que o livro termina com um hiato e abre uma breja para uma continuação que nunca aconteceu. O autor parece que ia continua a saga de Dirk mas parece que todo o livro não passou de um terrível pesadelo.



site: http://wp.me/p2YWyB-Y
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Nilo 07/01/2014

Bem mais ou menos!
Não gostei do final, ficou muito jogado ao meu ver. Aconteceram muitas coisas no final de forma rápida e o autor não trabalha muito a morte dos personagens, apesar de ser seu estilo de escrita. Mas esse livro trabalha as relações de amor/amizade de uma forma muito diferente, interessante algumas vezes.
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welrbraga 29/11/2013

Bem diferente das Crônicas de Gelo de Fogo
Se você espera uma narrativa baseada em "momentos" como ocorre com as famosas Cronicas de gelo e Fogo" você vai se decepcionar. A história se passa praticamente de forma sequencial.

Ela começa razoavelmente bem, chega a dar uns momentos de expectativas mas não chega é excepcional em momento algum. Dá pra ler na boa,a história é bem fluída e e agradável.

Agora o final... o finalzinho cretino aquele, mas deixa pra lá porquen ão vou te dizer como termina.
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daniel henrique 24/09/2013

Heil, George!
Primeiramente, gostaria de iniciar esta resenha dizendo que sou um grande fã da série As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.R. Martin, e que o motivo que me levou a ler esse livro foi justamente esse: a saudade de revisitar a escrita fabulosa desse escritor que, mais uma vez, me surpreendeu em A Morte da Luz.

No início do romance, admito que me senti um pouco desnorteado e indiferente. A Morte da Luz é muito diferente de Guerra dos Tronos. Passa-se em um mundo ficcional totalmente novo, fala sobre viagens estelares e mundos quase-mortos banhados pela luz perene de um eterno crepúsculo. Worlorn, em si, é uma grande metáfora da vida que vivemos, do mundo no qual vivemos. Vi esse mundo como uma alegoria ao nosso próprio planeta: será que ainda estamos na aurora do Planeta Terra, ou o mesmo já se encontra nos seus últimos dias: esgotado, seus recursos quase extintos? O Festival [da vida] que vivenciamos durará até quando? O que acontecerá depois?

A Morte da Luz é um livro extremamente poético. É o tipo de livro que entediará a muitos, mas que deixará a outros vidrados, vivendo em Worlorn mesmo quando não se está lendo - e muito depois de já ter finalizado a leitura. Seus personagens trazem grandes ensinamentos; são profundos, arraigados em seus próprios conceitos e especificidades, a despeito dos códigos e herança que trazem consigo mesmos do mundo do qual vieram.

Particularmente, achei o protagonista, Dirk t´Larien, um tanto pacato e saudosista. Por outro lado, me via torcendo por Jaan Vikary, a princípio um antagonista que se escondia numa aura de mistério, ameaças e segredos.

Vi bastante de Douglas Adams em A Morte da Luz na primeira metade do livro também. O humor negro, o modo como a tecnologia é retratada, quase como um organismo vivo. E isso é um grande elogio. Bem, A Morte da Luz é o tipo de livro que te deixará pensando por muito tempo mesmo depois de você terminar de lê-lo.

Fascinante; cativante; à frente de seu tempo. Um salve para George R.R. Martin, que mais uma vez me surpreendeu. :)
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Mauro 18/08/2013

Space Opera travestida de Ficção Cientifica Hard
George R. R. Martin foi feliz na criação de um pano de fundo muito detalhado e crível - ele realmente conseguiu dar vida a esse futuro humano de viagem e colonização espacial. Um grande feito para um autor estreante.
Todavia, a trama central do livro é fraca, baseada em romance, fuga, e diferenças culturais.
Não dei uma nota mais baixa, pois entendo que minha opinião é muito pessoal, e outros podem gostar.
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