Carous 24/03/2024Os livros que a Arqueiro publica são 8 ou 80 comigo: ou detesto a ponto de nem conseguir terminar, ou adoro e deixam uma marca eterna em mim, um quentinho no coração que nunca se dissipará.
Nós somos inevitáveis foi o segundo caso. E olha que nunca passou pela minha cabeça que seria uma leitura tão fascinante.
Li os primeiros 50% numa avidez que surpreendeu até a mim. Nos outros 50% empaquei um pouco porque li as páginas seguintes por alto e não gostei muito do que encontrei (eu só fiz isso porque queria muito saber
quando Aaron contaria sobre a loja pro pai,
como a venda seria resolvida e
se Aaron e Hannah ficariam juntos - ainda que quando cheguei nesta última parte, não estava mais tão investida no casal assim)
Mas foi besteira minha. Bastava um pouco de fé na autora (de que ela não estragaria tudo) e eu teria terminado o livro na quarta ou quinta.
Eu gostei do Aaron. E não me envergonho disso. Sei que em algumas resenhas ele foi o personagem que todos menos curtiram, mas eu curti de menos todos os outros e só queria dar um abraço nele. Porque todos falharam com ele e hoje ele é um jovem que precisava de um abraço e acolhimento.
Claro, ele poderia pedir por isso, mas é melhor quando terceiros percebem que estamos perdidos, desolados, desesperados e nos estendem a mão com graciosidade.
E, enfim, só não vou comentar dos outros personagens um a um.
Mas confesso que quis dar uns tapas na Hannah. Hannah fez besteiras, reconheceu, sofreu as consequências dela e deu a volta por cima. Diferente de Aaron que sofreu as consequências de erros dos outros e sentia que estava soterrado, sozinho, de problemas sem ver a luz do túnel.
Senti que Hannah foi um pouco cruel com Aaron, pedindo a ele pra ir a um lugar porque era importante >pra ela< e ignorando que este lugar causava desconforto a ele.
Então gostei do desfecho que o romance entre eles teve.