livraria.da.mel 05/06/2024
"a única maneira de aprender é vivendo"
Essa foi uma leitura que me pegou desde o começo e ter capítulos curtos fez toda a diferença nisso também. Apesar de ter amado essa leitura, agora eu entendo porque Felipe Neto criticou esse livro. Ah, esse livro pode ser sensível para algumas pessoas, pois fala de depressão, uso de drogas, suicídio?
O enredo gira em torno de Nora que possui uma coleção de arrependimentos, e depois de sua demissão e a morte de seu gato, ela decide colocar um fim em sua vida, porque não vê mais sentido em viver. A personagem claramente tem depressão, e apesar de tomar remédios, entendi que ela não fazia terapia ou algum acompanhamento nesse sentido? O que acredito que teria ajudado muito a não deixá-la chegar naquele ponto.
Ao tomar tal atitude, Nora se vê ?presa? na Biblioteca da meia-noite, que seria uma espécie de limbo entre a vida e a morte, e ali ela tem a chance de experimentar vidas que deixou de viver por ter escolhido caminhos diferentes, ou então pode escolher viver vidas que nunca se imaginou vivendo. Eu achei genial a forma com que o autor criou essa história. Já pensou? Você pode visitar qualquer vida que gostaria de viver e se o seu coração gostar de verdade de uma determinada vida, aquela vida se torna sua.
Nesse ponto da história eu já consegui imaginar porque Felipe Neto criticou o livro. A impressão que fica é que o autor quis empurrar para o leitor que vale a pena viver independente de qualquer coisa, porque é você que decide o tipo de vida que quer ter, você que é o escritor de sua própria história. De fato, é isso mesmo, só a gente tem esse poder. Só que para uma pessoa que está em depressão, ao ler essa história, pode tanto encontrar conforto, como pode interpretar tudo como uma completa besteira.
Na real, cada um pode ter sentimentos diferentes ao ler o livro. Para mim, a experiência foi muito satisfatória e me trouxe reflexões!