Mandy 06/06/2024
Surpreendentemente, uma leitura fácil e leve, apesar de trazer a todo momento temas importantes e sérios como depressão e suicídio. Trouxe de forma a fazer compreender, mas sem dar um tom trágico ao livro.
A ideia de trazer as frustrações, arrependimentos e os "e se..." através de livros em uma biblioteca que representavam vidas diferentes a serem experimentadas por Nora, a personagem principal, foi incrível. Acredito que, à sua maneira, todos nós já nos sentimos como ela: arrependidos de decisões tomadas, pensando nas oportunidades que deixamos passar ou em como estaria nossa vida caso tivéssemos optado por caminhos diferentes em algum ponto.
Enquanto "visita" cada uma das possíveis vidas, a personagem vai percebendo que nem tudo era perfeito como imaginava, independente do dinheiro, fama, sucesso, familia, cada uma das vivências apresentava pontos negativos, tristes, deprimentes... Assim, se desfazendo de seus arrependimentos e olhando de outra forma para si mesma e para sua "vida raiz", Nora acaba percebendo que tinha sim vontade de viver, que não havia esgotado suas infinitas possibilidades do que fazer e ser e não trocaria sua vida por nenhuma outra.
O livro encerra com capítulos curtos, porém fortes, que sintetizam bem a mensagem a ser passada com a história. No fim, tudo é questão de parar de procurar um sentido para vida ou tentar entendê-la, mas sempre se lembrar de viver. Viver cada dia aproveitando as companhias, amando as pessoas, sendo bom, apreciando os dias de sol ou mesmo os dias cinzas, saborear todas as bebidas que toma, se permitir rir, correr riscos, estar presente em cada momento e não apenas estar no automático. Enfim, VIVER.