Jana 13/01/2013
Hoje vou contrariar a sociedade: esse é um livro praticamente épico, uma referência quando se fala de vampiros, mas eu não gostei. Gostei do filme - e espero que isso não signifique que eu tenha perdido alguns neurônios - contudo, achei o livro relativamente fraco.
Ele é bem escrito, os personagens bem desenvolvidos... Mas Louis... Ah, Louis. A vida de vampiro pode ser muito triste e cheia de dilemas e isso deve ser explorado, pois é crucial. Concordo com essa abordagem. No entanto, com Louis, a coisa ficou meio "exagerada". São páginas e páginas de melancolia, sofrimento e angústia. E Cláudia, apesar da perspectiva assustadora (uma mulher que se desenvolve presa eternamente no corpo de uma criança? Horrível. Bem, crianças me assustam facilmente), é uma personagem meio pedante. Claro que isso pode ser culpa de Louis, já que a história se passa através do olhar dele e tudo parece mais preto e branco dessa forma. Já Armand, mesmo com todo o esplendor de sua experiência vampiresca, mostra-se superficial e entediante. Tudo é muito calmo em alguns momentos, sem paixão. O tamanho da tristeza não é compatível com os demais sentimentos e por isso, para mim, a história acabou caindo na mesmice. Minha visão pode parecer radical, mas foi essa a impressão que tive.
Por último, há Lestat. O único que se salva. Ele é irônico e impulsivo e, ainda que a tristeza reinasse na maior parte das palavras, eu consegui rir graças a esse vampiro louco. Pretendo ler o livro que mostra a perspectiva dele, tenho certeza que deve ser melhor.
Enfim, sei que poucos concordariam comigo, mas opinião é opinião. Achei essa uma história com potencial e houveram momentos em que realmente me senti interessada pela leitura, mas não foi algo que simplesmente fluiu. Não fiquei ansiosa pelas próximas páginas ou curiosa com algum acontecimento. Simplesmente, não me instigou. Acontece.