Para Toda a Eternidade

Para Toda a Eternidade Caitlin Doughty




Resenhas - Para Toda a Eternidade


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Tarquini 14/11/2023

Andando de mãos dadas junto com a morte
"Para Toda a Eternidade" é um livro fascinante que aborda a relação complexa e muitas vezes tabu que temos com a morte. Doughty mergulha na história da morte e dos rituais funerários ao redor do mundo, explorando diferentes culturas e tradições ao longo do tempo.

A autora traz à tona questões importantes sobre a morte e nos encoraja a repensar nossa abordagem e percepção da vida após a morte. Ela nos convida a confrontar nossos medos e desconfortos em relação à morte, abrindo espaço para discussões mais abertas e saudáveis sobre o assunto.

Com uma mistura única de pesquisa histórica, relatos pessoais e um toque de humor, Doughty nos guia por uma jornada reveladora e informativa. Ela desafia as normas culturais e nos encoraja a considerar alternativas mais naturais e respeitosas em relação à morte, como a cremação e os rituais de despedida personalizados.

"Para Toda a Eternidade" é um livro que oferece uma nova perspectiva sobre um tema muitas vezes evitado. É uma leitura cativante e provocativa que nos convida a refletir sobre a mortalidade e a valorizar a vida de maneira mais plena.

Recomendo este livro para aqueles que têm interesse em explorar o significado da morte, a história dos rituais funerários e a importância de abordar essa questão de forma mais aberta e honesta. Prepare-se para uma leitura instigante que pode transformar sua visão sobre a morte e a maneira como a encaramos como sociedade
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charlie54 11/11/2023

Tenho tentado ler mais livros de não-ficção e esse foi uma boa escolha. Acho que a maioria das pessoas tem uma mistura de receio e interesse mórbido em temas que envolvem a morte, e os livros dessa autora são ótimos pra se aprofundar no assunto. Gostei muito dos relatos, com alguns preferidos e outros que passaram mais batido, e tive diversas dúvidas minhas respondidas. Acho importante falar sobre morte e e fazer com que esse tema deixe de se tornar um tabu, ou algo que as pessoas evitem de conversar sobre.
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Tay 21/10/2023

Difícil
Comecei lendo esse livro com um interesse genuíno em torno do assunto sobre a morte e o luto em diversas culturas.

Mas após ler as diversas formas existentes de passar (viver) o luto, de aprender que existem opções para além da cremação ou enterro (que inicialmente me geraram uma estranheza), de saber que existem um para além do que a cultura ocidental oferta... começou a doer.

Começou a ficar íntimo e deixou de ser apenas uma curiosidade pelo tema. Me peguei muito emocionada com relação as maneiras de viver o luto, descobri maneiras não tão solitárias, descobri que quando vivemos isso em comunidade (seja recebendo apoio com tarefas ou apenas sentir que sua dor é compartilhada e que não precisa ir para um quarto chorar), essa dor se torna mais suportável. Imagina ter seu próprio tempo para se despedir do seu ente querido para além de 2h de velório cronômetrado pelas empresas?

Doeu pensar que um dia vou passar por isso sem, de fato, ter o direito de sentir e viver o luto da maneira menos pior possível. Doeu pensar que apenas terei 2h com a minha mãe e depois a existência (física) dela vai se resumir a uma placa. Como sentir, viver, aceitar, suportar os anos de vida ao lado de uma pessoa em apenas 2h? Como viver isso tendo dois dias "de folga" para voltar a "viver" produtivamente?

Ler esse livro me fez refletir se de fato tenho tanta escolha e autonomia para escolher como quero ser velada, enterrada e como gostaria que meus amigos e familiares passassem por isso (com tempo, respeito, calma, comunidade).

Doeu saber que maneiras menos doloridas de viver esse momento são realidades muito distantes da nossa cultura.
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buritix 02/09/2023

A capa do livro me iludiu, achei que seria uma coisa e foi outra muito diferente. história chatinha e enjoativa, só terminei porque foi presente e me senti na obrigação de ler todo
Thefllyn 02/09/2023minha estante
Eu tenho e tava enrolando pra ler, agora fiquei mais desanimada ainda pra começar kkkk


charlie54 11/11/2023minha estante
é um livro de não-ficção, não uma história KKJKKKKK




Craotchky 21/08/2023

Memento mori
"Em Toraja, durante o período entre a morte e o funeral, o corpo fica em casa. Pode não parecer um choque, até eu contar que esse período pode durar de vários meses a vários anos. Durante esse tempo, a família cuida do corpo e o mumifica, leva comida, troca as roupas e fala com o cadáver."

Com uma proposta super interessante e uma narrativa simpática, Caitlin conduz sua obra com a naturalidade de alguém que já lida há anos com o assunto. Este livro é um passeio pelo planeta, descrevendo os mais diferentes modo de tratar os mortos mundo afora, segundo diferentes concepções culturais. Os judeus e muçulmanos, por exemplo, insistem em enterros naturais (nos quais os corpos não são embalsamados e são enterrados sem caixão e sem jazigos. Basicamente o corpo é enrolado, quando muito, em uma mortalha e enterrado direto na terra).

Caitlin não apenas apresenta e comenta diversos modos que várias culturas empregam para lidar com seus mortos, mas também aborda, ainda que não profundamente, questões culturais que explicam as razões para a adoção deste ou daquele ritual fúnebre. Essa contextualização evita julgamentos superficiais e condenações levianas de certas práticas nada convencionais descritas no livro. Caitlin ainda toca nas questões ambientais acarretadas por algumas das práticas abordadas.

Como Caitlin conhece a indústria em torno da morte, ela também reflete sobre o quanto esse mercado (constituído por funerárias, crematórios, agentes funerários, cemitérios...) define os modelos que entendemos como aceitáveis, sobretudo no ocidente, quanto ao proceder diante do falecimento de alguém. A autora é provocadora ao apresentar iniciativas inovadoras de lidar com a morte, como cremação natural em piras à céu aberto (na cidade de Crestone, no estado do Colorado), e a proposta Urban death Project que propõe a criação de centros de compostagem de corpos em áreas urbanas. Porém, iniciativas como essas esbarram na resistência da indústria da morte, pois essas modalidades de tratar dos mortos são mais baratas e muito menos monetizáveis, o que tornaria a indústria, tal como conhecemos hoje, obsoleta.

Caitlin, a partir de sua experiência na área, várias vezes reforça a ideia de que passar um tempo razoável com o corpo do ente querido, e até ter contato com ele participando de seu preparo, exerce um papel fundamental no processo do luto; permite que o enlutado assimile melhor a perda. Nesse sentido, a autora é bastante crítica com os procedimentos mais usados na cultura ocidental, que tende a acelerar os processos como um todo, minimizando nosso contato com nossos mortos. Pessoalmente, ela se diz confortável com a ideia de ser comida por animais, afinal:

"Eu passei os primeiros trinta anos da minha vida devorando animais. Então por que, quando eu morrer, não pode ser a vez deles comigo? Eu não sou um animal?"

CURIOSIDADES:
"O funeral norte-americano médio custa de 8 mil a 10 mil dólares - sem incluir o jazigo e os custos do cemitério. Um funeral do Crestone End of Life custa 500 dólares..."
"[os japoneses] têm uma taxa de cremação de 99,9% - a mais alta do mundo."
• Em Sevilha, na Espanha, a taxa de cremação é de 80% porque o governo subsidia a cremação, baixando-a a um custo de apenas 60 a 80 euros.
"Até o começo do século XX, 85% dos norte-americanos ainda morriam em casa."
"pela primeira vez, em 2017, mais americanos foram cremados do que enterrados."

(p.s. outras coisas que, se você tiver curiosidade, vale a pena pesquisar por conta própria no Google: Rogyapa / Kotsuage / Bios Urn / Fiesta de las Ñatitas / Os mortos de Tana Toraja / Sögen Kato / Dakhma (ou Torre do silêncio) / ruriden columbarium)

(Todos os dados apresentados neste texto foram coletados do livro, portanto estão defasados em alguns anos.)
Nath 21/08/2023minha estante
No oriente (especialmente no Japão) a morte é tida como o início de um novo ciclo. Por isso a ancestralidade lá é tão forte culturalmente. Se o corpo é enterrado, os familiares tem o costume de levar comidas e sakê (bebida alcoólica) para fazer um tipo de "piquenique" sobre o túmulo do parente como uma referenda. Cansei de assistir cenas desse tipo em filmes japoneses (assisto filmes de lá/animes/mangás desde o final dos anos 90 na minha adolescência.) Já aqui no ocidente, por conta do capitalismo, a morte é um tabu, pq convém a sociedade capitalista extinguir ritos essenciais da humanidade como a ancestralidade para a população viver só para pagar contas, SOBREVIVER e trabalhar até a morte para alimentar a indústria do consumo. Para a sociedade o ocidente falar da morte é tabu já q convém ao capital o povo pensar q é eterno para usufruir do próprio capital q na sua maioria é inatingível


Craotchky 21/08/2023minha estante
Ye, acho que mais ou menos




Na Tancredi 14/08/2023

Mais um tesouro
Depois de Confissões do crematório achei que a Caitlin já tinha se esgotado ali nas reflexões e que esse livro seria mais sobre curiosidades. Mas ele é mais uma viagem pela nossa relação com a morte, dessa vez com o luto e não mais a nossa própria morte. É incrível como ela consegue trazer tanta coisa nova pra eu pensar com as narrativas de suas próprias experiências.
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Laura 08/08/2023

Me deu vontade de planejar meu funeral
"Sonho com o dia em que frases como 'ah, este foi o melhor funeral da minha vida' serão corriqueiras"
Assim começa esse livro,uma não ficção que vai tratar sobre culturas e sobre rituais fúnebres ao longo do mundo todo, temas esses que dificilmente a gente se atreve a falar sobre ou a investigar. É interessantíssimo.

Esses últimos tempos eu estive beeem interessada nesse tema morte e visões sobre a morte, e esse livro foi pft pq fala de tanta coisa e de uma forma extremamente fácil, divertida, e leve.Houveram coisas aqui que foram genuinamente fofas.

A autora também é uma diva,uma querida. Ela tem um canal no YouTube onde ela fala justamente sobre isso - ela trabalha numa funerária -. E o livro parte da perspectiva dela, o que é muito legal, porque ela foi conhecer os lugares que ela cita, quase como um diário de viagem, ou seja não é um estudo impessoal, é uma experiência mesmo. 

E embora me sinta tentada,não vou falar a fundo dos rituais que mais gostei porque estraga a leitura, mas queria ressaltar que é bem variado e interessante, tem rituais altamente tecnológicos -um dos meus favoritos foi o Ruriden- ,rituais de compostagem de pessoas, e até rituais de pessoas que desenterram os mortos - Tana toraja. 
A impressão que me deixou depois inclusive, foi o quão sem graça são os rituais aqui e também como nós somos um país que culturalmente não lida nada bem com a morte. 
A falta de conversa sobre a morte além de prejudicar o luto das pessoas, prejudica a questão dos cuidados paliativos,e a coisa fica ainda mais explícita  ao saber que o Brasil é o 3° pior país para se morrer: 
"O periódico acadêmico Journal of Pain and Symptom Management publicou, em 2021, uma pesquisa que buscou analisar a qualidade de morte em países do mundo todo. Entre os 81 países analisados, o Brasil é o terceiro pior no que diz respeito aos cuidados oferecidos, pelo sistema de saúde, aos seus usuários que estão em situação de pré-morte. Fica atrás apenas de Paraguai e Líbano''.

Então acho que serve para se pensar nisso tbm, o quanto as conversas sinceras sobre a morte fazem falta,e o quão bonito,saudável o processo de morte pode ser. 

 
Ana Sá 08/08/2023minha estante
Laura, realmente o livro e a autora parecem muito interessantes! Fiquei curiosa!!


Laura 09/08/2023minha estante
Eu recomendo mt, viu? Achei super interessante




Alex.Clawthorne 07/08/2023

Incrível
Esse livro abriu minha mente para poder lidar com a morte de formas diferentes, sempre fui ensinada a nunca pensar na morte e nem falar sobre o assunto, mais esse livro me mostrou q n precisamos temer a morte pq é algo que todos vão passar um dia
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Kirla 30/07/2023

Achei divertidíssimo e muito interessante descobrir diferente tipos de rituais de morte. Grande padre eu nem sabia que existia e fiquei pensativa sobre o corpo pós morte e de como lidamos com a morte de um ente querido.
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izzystorm 12/07/2023

Resenha #21 - 2023
Como todo livro da Caitlyn Doughty a experiência de leitura foi extremamente variada. Me surpreendi, fiquei triste, emocionado e inclusive até fascinado em alguns momentos.

Amo a dedicação que a autora tem quando o assunto são cerimônias fúnebres e como morte é vista em diferentes culturas. Ela mergulha profunda e honesta em muitas bibliografias e nos traz um texto repleto de conhecimentos, humor e sensibilidade.

Minhas partes favoritas são quando conhecemos mais sobre as cerimônias na Bolívia e no México, em que obtive interesse infinito por conhecer com mais profundidade os rituais fúnebres na América Latina. Também achei interessante e bem ambivalente os sentimentos que me trouxeram acompanhar como se organizam os cemitérios no Japão.

Mas, o meu favorito no Tibete, as torres de silêncio. Uma maneira viceral de concluir esse livro. Além do mais seguido de um epílogo que a autora põe toda a sua paixão, cuidado e ambições sobre o tema.

Recomendo demais, demais.
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Leandro 29/06/2023

Maravilhoso
Me maravilhei ao descobrir tantas formas diferentes de enfrentamento da morte e do luto em diversas culturas. Leitura enriquecedora!
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ClaudiaRWagner 19/06/2023

Para toda Eternidade
Mais uma vez a Caitlin faz a gente pensar no que talvez nunca tenhamos pensado, e na importância que isso pode ter.
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Prof. Angélica Zanin 11/06/2023

O último confronto
Ela é dona de uma funerária e escritora norte-americana, gosta de falar sobre a morte e sobre as diferentes formas q o ser humano adota para lidar com os cadáveres em todo mundo. Caitlin Doughty viaja pelo planeta participando de diferentes experiências funerárias, bem incomuns para nós ocidentais. Temos uma imensa dificuldade em lidar com a finitude e com a realidade de que nossos corpos serão um dia consumidos pelas chamas, pela umidade, pela terra, pelos insetos. Somos um tipo de animal q se alimenta da morte de outros animais, mas q se recusa a aceitar, com naturalidade, q também será alimento após a morte. Leitura interessante, esclarecedora e impactante para aqueles que conhecem a morte e, ainda assim, se dão ao prazer de ignorá-la.
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Larinha || @nefelibatando_ 06/06/2023

Encarar a morte deve ser descomplicado
Bom, como eu disse lá na leitura de "Confissões sobre o Crematório", comprei esses dois livros aleatoriamente porque era doida pelos livros da Darkside e estavam com uma promoção GIGANTESCA.

Resultado: hoje vejo que não foi por acaso, seriam duas obras INCRÍVEIS que eu teria perdido a oportunidade de conhecer!

A nossa geração é conhecida por temer e tentar postergar ao máximo a morte, não digo que devemos falecer brevemente, mas somos conhecidos por não aceitar o envelhecimento do corpo e buscar alternativas de sermos imortais. Tudo isso, em grande parte, está relacionado ao tabu de falar sobre a morte e de encararmos ela de forma dolorida e como se fosse o fim, afinal, quem gosta de sentir a dor?

Durante esta leitura, passamos por vários países para conhecer alguns métodos utilizados que buscam mitigar este sofrimento e respeitar ao máximo o ciclo natural da vida. Honestamente, não sei nem mensurar qual foi o meu favorito, pois todos me surpreenderam de uma forma significante!

Talvez a Bolívia, Japão, Indonésia e o método de compostagem tenham sido os mais diferentes e incríveis que vi.

E, mais uma vez, os livros dessa autora nos mostram como levar a vida com leveza e que a morte é inevitável, mas não o fim!

Indico a leitura mil vezes. Estranhou a sinopse? Acredite em mim, você não vai se arrepender, também caí aqui de paraquedas e amei.

"Me alimentei de animais a vida toda, por que não posso agora servir de alimento para eles também?"
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Eliete 31/05/2023

Impactante
Esse livro me pegou mesmo. Estava preparada para ver diversas formas como os rituais para os mortos em vários locais do mundo eram feitos. Eu esperava algo muito técnico e recebi muito mais do que isso.
Nesse livro Caitlin não só narra os rituais como dá voz aos que os executam, tudo de maneira empática, simples de entender e mesmo assim, trazendo a profundidade e o respeito que o tema merece.
Me peguei emocionada em diversos momentos e refletindo sobre a importância do luto, da dor, do corpo, do cuidado e do respeito para com os nossos mortos e o poder do que fazer com nossos corpos quando partirmos, o impacto que podemos deixar.
Uma leitura maravilhosa, recomendo.
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