ACarolinneUs5 21/03/2020Uau! Melhor que o primeiroMark Manson conseguiu me surpreender neste livro, pois vim na expectativa de ser algo maçante que ele já havia falado no primeiro livro. Porém, diferente de todas as esperanças, Manson ainda assim conseguiu inovar bastante o seu repertório.
Mantendo sempre o bom humor (me vi gargalhando umas três vezes) o autor mostra que seu conhecimento não é pouco (neste livro ele acrescentou todas as suas referências, que não são poucas, e expôs, de forma concisa, que consegue usá-las com maestria), e que, embora o livro tenha esse título, ele não está para brincadeira. Concordei em muitas partes e alguns "ensinamentos" tentarei levar para a vida.
Recomendo a leitura pra quem gostou do primeiro. Aqui vão algumas passagens que tive que pausar a leitura muitas vezes para anotá-las:
"No mundo rico e desenvolvido, vivemos uma crise que não é de riquezas ou material, mas de caráter, virtude, meios e fins. A divisão política básica já não é mais direita contra esquerda, mas valores impulsivos infantis contra valores adolescentes/adultos prontos a concessões. O debate já não é comunismo contra capitalismo ou liberdade contra igualdade, mas maturidade contra imaturidade, meios contra fins."
"Ninguém é totalmente feliz o tempo todo, mas por outro lado ninguém é totalmente infeliz o tempo todo também."
"Quando evitamos a dor, quando fugimos do estresse e do caos e da tragédia e da desordem, nos tornamos frágeis. Nossa tolerância para problemas diários diminui, e nossa vida precisa diminuir na mesma proporção para que só tenhamos que lidar com o pedacinho de mundo que somos capazes de digerir por vez. Porque a dor é a constante universal."
"A dor é a moeda dos nossos valores. Sem a dor da perda (ou da possibilidade de perder), fica impossível determinar o valor de qualquer coisa."
"As pessoas parecem ter confundido direitos humanos fundamentais com uma vida livre de desconfortos. Querem liberdade de expressão, mas não querem lidar com algum ponto de vista incômodo ou ofensivo. Querem liberdade de empreender, mas não querem pahar os impostos que sustentam o aparato legal que é fiador dessa liberdade. Querem igualdade, mas não querem aceitar que igualdade exige que todos vivenciem a mesma dor, e não os mesmos prazeres. A liberdade em si exige desconforto e insatisfação. Pois, quanto mais livre se torna uma sociedade, mais as pessoas são obrigadas a reconhecer opiniões, estilos de vida e ideias conflitantes com as suas, e abrir concessões."
"Somos uma espécie que se odeia e se destrói."
"Não tenha esperança de que as cosias vão melhorar. Seja uma versão melhor de você mesmo. Muitas pessoas acrescentariam aí um 'seja mais humano', mas não: seja um humano melhor. Talvez, se tivermos sorte, um dia consigamos ser mais que humanos."