O conto da aia

O conto da aia Margaret Atwood




Resenhas - A história da aia


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Beatriz.Vieira 16/07/2020

Um dos melhores livros de distopia
O enredo é contado totalmente por uma aia, o sofrimento feminino totalmente exposto. Viajamos por toda sua história ao decorrer do livro, de uma forma bem clara, e isso nos permite naturalmente entender melhor sua situação. A escrita da autora é incrível e a tradução está a altura. É emocionante e nos leva a uma realidade com uma riqueza de detalhes e, claro, desigualdades estrondosas.
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amndpcost 23/12/2023minha estante
parece realmente muito bom! minha mãe tem esse, ela sempre diz que eu não posso ler pq é pesado?


Kesy 23/12/2023minha estante
Sim, realmente é tenso. Mas eu também acho que cada leitura tem sua hora!?


maltchik/ 23/12/2023minha estante
"Os testamentos" tb é muito bom




Dira 23/05/2020

Não é uma distopia
Gilead é o que acontece nas comunidades fundamentalistas. Do islã ao Brasil, não vi diferenças palpáveis. Até na própria narrativa da autora, antes do golpe teocrático já aconteciam atrocidades com as mulheres.

Também não vou longe. Como bem disse uma amiga, Traidores de gênero enforcados? Temos acontecendo no mundo nesse instante. Apedrejamento? Também.
Casamento forçado? Barriga de aluguel?
Estupro de empregadas domésticas?
Castas sociais bem definidas?
Gilead tá acontecendo a todo instante.


É um livro perturbador para mulheres.
Dira 23/05/2020minha estante
Também é interessantíssima a abordagem do último capítulo denominado de notas históricas.

Historiadores falando sobre os fatos que aconteceram no regime de Gilead, me lembrou um pouco da nossa própria história, há uma certa relativização e uma preocupação em não julgar o que foi claramente um fato horror histórico, algo muito atroz. Nós devemos nomear as coisas como são, principalmente com o andar da história, para não incorrermos em erros como o que tem acontecido com o Brasil. A negação da narrativa de que já tivemos nossa dignidade usurpada e de que estamos perdendo um pouco dela todos os dias, mas não é uma novidade, não deveria ser.




Ludy @emalgumlugarnoslivros 04/04/2020

O conto da aia - Margaret Atwood
368 páginas/Editora Rocco


"Tudo o que é silenciado clamará para ser ouvido ainda que silenciosamente."

Retrocedemos.
Offred vive em uma sociedade opressora.
As mulheres foram silenciadas, suas mentes foram limitadas e seus corpos se tornaram receptáculos para a procriação.
Não há escolha, mas há resistência - mesmo que silenciosa -, sobrevivência e um desespero entrelaçado a esperança.
Preparem-se para conhecer uma sociedade assustadora e nada confiável.

Confesso que tive receio em fazer esta leitura, mas ainda bem que deixei isto de lado e encarei. O conto da aia é tão necessário.
O início me causou uma certa confusão, mas logo fui me acostumando com a ambientação e as regras daquela sociedade.
Da página 100 em diante eu já estava imersa na leitura - e desejando mais.
Offred conta sua história quando já é uma aia - mulher que foi escolhida para gerar um bebê para outra família -; e ela passeia entre o presente, na casa do Comandante e sua esposa, e o passado. 
O passado traz momentos no Centro Vermelho, onde as aias se prepararam. E ela voltava um pouco mais no passado e mostrava sua vida antes desse caos.
Acompanhar toda essa trajetória da Offred é difícil.
Senti incômodo, revolta e muita apreensão. Além do mais, é complicado saber em quem confiar.
Será que algumas ações são sinceras ou é puro instinto de sobrevivência?

Sinto orgulho por ter conhecido a escrita da Margaret; uma escrita precisa, forte, envolvente e extremamente inteligente.
A ambientação é rica em detalhes e as personagens foram bem construídas.
E o que eu mais gostei foi o fato dela ter equilibrado a história, dessa maneira não ficou 100% densa.
Se eu não soubesse da existência da continuação, teria ficado desesperada com esse final. Ficou em aberto e com inúmeras perguntas no ar.

O conto da aia é uma distopia única, relevante e que serve de alerta para todos nós.
Uma leitura que faz sentir - ora desconforto pela realidade pesada em que essas mulheres vivem, ora admiração em perceber que apesar de toda vulnerabilidade há força dentro delas.
É sobre política, religião, patriarcado e sacrifícios.
Apenas leiam!

#resenhaemalgumlugar

site: @emalgumlugarnoslivros
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Andre.S 22/09/2020

Espetacular
Nada poderia me preparar para o que é ?O Conto da Aia?! Escrito de forma magistral por uma autora que desconhecia e que agora pretendo ler tudo que ela já escreveu. Magistral!
Carolina.Viegas 22/09/2020minha estante
Achei sensacional tb. O modo como a autora fez o final do livro... fantástico!


Andre.S 23/09/2020minha estante
Exatamente!! Nunca havia lido algo assim!




Mi Rubin 02/10/2020

Distopia que de irreal tem muito pouco.
Machismo, segregação de raças, extremismo, negacionismo e tudo mais que deixa toda sociedade totalmente intolerante.

Só não achei tão pesado como diziam, previsível em alguns momentos, e acabei de crer que distopia não é mesmo a minha praia rs

Mas pra quem curte, deve ser muito bom :)
Felipe1503 02/10/2020minha estante
Dizem que a série é super. Mas tb nunca vi.
O livro é aquilo...tem uma idéia ótima mas não fluiu bem os acontecimentos e quandl começou a ficar bom acabou né


Mi Rubin 02/10/2020minha estante
Tbm nunca vi a série, talvez nela a ideia flua melhor.
A temática é muito relevante, mas ficou de uma forma meio enrolada mesmo .




Nath @biscoito.esperto 31/05/2017

Uma escrita bagunçada
Sou feminista e sempre procurei ler livros de ficção e não-ficção que abordem o tema da desigualdade de gênero. Confesso que até a série do Hulu sair eu não conhecia The Handmaid's Tale, mas quando vi o primeiro trailer e fiquei muito curiosa. Precisava ler o livro.

A história é contada do ponto de vista de Offred, uma Aia - assim são chamadas as mulheres férteis que tem como missão engravidar de homens importantes, cujas esposas são inférteis. Offred nem sempre foi uma Aia - não muito tempo atrás ela era uma mulher comum, com um trabalho, marido, uma filha e, é claro, liberdade. Num golpe de estado a constituição dos Estados Unidos foi suspensa e uma teocracia foi estabelecida. Nesse novo sistema as mulheres tem algumas opções: 01) ser esposas dos homens; 02) cuidar das casas dos homens ou 03) engravidar dos homens. Há uma quarta opção, mas ninguém quer trabalhar recolhendo lixo tóxico...

A história começa quando Offred é enviada para uma casa nova para engravidar de um homem novo e começa a despertar a muito indesejada atenção do seu Comandante. Enquanto luta para sobreviver - para rever seu marido e sua filha, que ela crê estarem vivos - ela descreve como é o mundo ao seu redor e conta como as coisas chegaram a este ponto.

Eu esperava mais do livro. Não digo que não gostei, pois definitivamente foi uma leitura interessante e o tema da história é criativo, mas eu achei a escrita bagunçada e errante demais. Parece que autora não sabia exatamente onde ela queria chegar e foi escrevendo cenas aleatoriamente, sem planejamento. "Ah, tive uma ideia de algo interessante, vou simplesmente escrever sobre isso mesmo que não caiba nessa parte da história". Muitos trechos que deveriam ser chocantes não me chocaram, e alguns momentos do livro foram estendidos demais quando poderiam ter sido mais breves, simplesmente por que parece que a autora não tinha um objetivo claro enquanto escrevia.

Eu gostei da narrativa da autora, da forma como ela descreve o mundo de Offred. Sua realidade é sufocante e desesperadora, mesmo passando uma ideia de paz e organização. Offred está à flor da pele, e o leitor também. Os flashbacks são muito bem vindos para conhecermos a vida de Offred, mas não são o suficiente para nos fazer entender como o mundo se transformou tanto em tão pouco tempo. Mesmo que a ideia de uma teocracia massacrando os direitos das mulheres seja muito verossímil, a forma como tudo ocorreu no livro não me chamou a atenção.

Apesar de não ter sido um livro perfeito, eu gostei da leitura. Especialmente gostei da forma como a autora escolheu finalizar o livro, achei muito bem trabalhado. Vou assistir o seriado e ver como fizeram a adaptação.

Recomendo =D

site: www.nathlambert.blogspot.com
Julia 24/08/2017minha estante
Nossa, eu me senti exatamente assim. O livro é bom mas é beeem bagunçado mesmo. Também senti falta de saber como ela se tornou uma Aia e como tudo aconteceu. Também estou ansiosa pra ver como o seriado trabalhou a história


Roberta.Ortiz 01/09/2017minha estante
Concordo muito!
Tb tive essa impressão sobre os insights que foram sendo jogados pro papel sem muito compromisso.
E tb senti falta de saber como foi que as coisas chegaram àquele ponto.
Mas dá pra refletir um bocado no fim.


Diego 27/12/2018minha estante
Compartilho da mesma opinião. Eu esperava muito mais, por se tratar de um livro tão falado e vencedor de alguns prêmios. Os primeiros capítulos cheios de descrições e pouca informação sobre o que acontece me deixou cansado e um pouco desapontado. Eu também não achei um livro ruim, mas não me impressionou em nada.


Rav 11/02/2019minha estante
Concordo absolutamente. Eu o li com tanta expectativa e achei a narrativa bastante bagunçada. As idas e vindas ao passado acontecem sem uma divisão clara e isso quebra um pouco a experiência nas cenas mais tensas. Estou muito curiosa para conhecer a série e também achei que as partes chocantes não me causaram o efeito esperado (talvez por estar aguardando por algo mais). E também alguns trechos também achei bem arrastados. Me surpreendeu no fim um "estudo" do caso no futuro. Porque o fim da história em si ficou totalmente em aberto. Mas como você mencionou, é uma leitura interessante e até mesmo importante, principalmente para mulheres que considerem o feminismo algo desnecessário.


Paulinho 02/03/2019minha estante
Obrigado por escrever essa resenha. Pensei que estava ficando louco. Porque tive exatamente a sensação de que autora não sabia exatamente para onde ir. Achei a montagem da distopia e como o mundo chegou até ela a parte mais fraca do livro e era o que mais me interessava. Não pude deixar de sentir que certo potencial foi desperdiçado, apesar e talvez por isso mesmo, do livro ser bom.




Soliguetti 30/04/2020

Surfando na hype do seriado
O livro é bom mas, como na maioria das distopias dos anos 80, algumas situações parecem um pouco forçadas, difíceis de imaginar mesmo nessa outra realidade. Apesar disso, a narrativa é muito boa e o leitor vai se identificando aos poucos com Offred. No começo do livro fiquei esperando por algo acontecer, pelos acontecimentos em Gilead começarem a engrenar, mas no final das contas "O Conto da Aia" gira mesmo em volta da percepção de Offred neste novo mundo misógino e opressor. O último capítulo dá um contexto histórico mais geral, mas senti falta de maiores detalhes. Por isso, é um livro que poderia ser muito bom, mas é apenas bom. Boa leitura, mas imagino que a hype venha mais do sucesso do seriado do que do livro em si.
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Ana 31/05/2020

Amei
A escrita, a história, a formulação de todo um ambiente... Simplesmente amei. A história é toda congruente, as motivações das pessoas fazem sentido... E sobre o final ser inconclusivo, não concordo, acho misterioso. Estou ansiosa pra ler testamentos.
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Maria 22/09/2020

me deixou inquieta todas as situações que aconteceram durante a jornada da offred, porém nada novo sob o sol, o livro tem como debate a opressão a mulher e como a religião causa "cegueira" em certos tipos de pessoas, será mesmo que essa ideia distópica se encontra distante?
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Joyce.Gomes 09/07/2020

Reflexão sobre poder, machismo, mulheres e religião
O começo do livro foi difícil pra pegar o ritmo da leitura, mas depois fluiu. Porém, tive que fazer pausas nas leituras dos capítulos porque entrei tanto na história que em alguns momentos me senti mal. A temática é pesada, apesar de não descrever com muitos detalhes as partes ruins, eu fiquei agoniada mesmo assim. Em pensar que apesar de ser uma narrativa sobre uma sociedade distópica, tem tantas características que é possível indentificar na sociedade atual, é possível perceber o quanto o autoritarismo, o uso em excesso de diretrizes religiosas, a subjugação da mulher, o poder dado aos homens, entre outros pontos, são pautas que ainda precisam continuar sendo discutidas atualmente.
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@sandinomagalhaes 01/09/2020

Perturbador até a última frase...
Sem dúvida alguma, uma das melhores distopias que já li. Não é de um futuro distante. É logo ali ao esticar a vista uns poucos anos à frente. Não pense que vai encontrar respostas prontas e descrições entregues de bandeja sobre que novo mundo é esse em que estamos sendo inseridos. Isso que fascinou na verdade. Li antes de assistir a série. Serão páginas pra te incomodar, pra te fazer se sentir extremamente desconfortável e ao mesmo tempo encantado com o estilo da escrita. O final não poderia ser de outra maneira, segue o fio do livro inteiro. Espetacular!
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Evy 29/08/2021

Esse livro é um soco no estômago. Daqueles que demora pra você conseguir voltar a respirar e te deixa dolorido por dias. Do tipo de leitura que arranca lágrimas e olhares perdidos para o nada e te joga pra fora do lugar comum, faz pensar e ter medo. O tipo de leitura que eu costumo dar cinco estrelas e favoritar.

A narrativa da autora me ganhou logo nas primeiras páginas, é muito fluída e do tipo que te faz sentir parte da história, o que também torna a leitura super pesada de difícil. A vontade é de abordar os inúmeros fatos inenarráveis, mas necessários nesta resenha, porém isso tornaria menos impactante a experiência de leitura daqueles que vão adentrar esse universo distópico e tão próximo da realidade que nos traz Atwood através de suas palavras.

Basta dizer que trata de opressão feminina em um universo onde os homens no poder acreditam que mulheres não servem para nada além de procriação. Elas são caladas simplesmente por serem mulheres, colocadas em situação de dependência absoluta e impossibilitadas de ter qualquer acesso a informação, sendo descartadas a qualquer momento por serem inférteis ou qualquer outra coisa que os homens decidirem.

É preciso coragem pra levar a leitura até o final, pois algumas passagens são de embrulhar o estômago e foi preciso parar para respirar em muitos momentos. Gostei demais da forma como a autora nos apresenta a história mesclando presente e passado e soltando informações importantes que aos poucos e ao longo da leitura vão fazendo sentido.

O final deixa alguns questionamentos em aberto, mas de forma alguma tira a genialidade e a grandeza dessa obra espetacular e que nos traz tantas sensações e reflexões necessárias. Fecho minha resenha com uma das muitas citações sensacionais que separei ao longo da leitura:

"Uma história é como uma carta. Caro Você, direi. Apenas você, sem nome. Acrescentar um nome acrescenta você ao mundo real, que é mais arriscado, mais perigoso: quem sabe quais serão as probabilidades lá fora de sobrevivência, da sua sobrevivência? Eu direi você, você, como uma velha canção de amor. Você pode ser mais de uma pessoa. Você pode significar milhares".

Super recomendo. Leitura essencial.
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Tamara Mendes 28/02/2020

Bendito seja o fruto.
Escrito em 1985, O conto da Aia da canadense Margaret Atwood é uma distopia que narra uma mudança radical na sociedade onde as mulheres se tornam propriedades do Estado.

As mulheres perdem totalmente seus direitos, perdem seus nomes, suas famílias, suas identidades, não podem de forma alguma ter acesso a leitura e a qualquer outro tipo de instrução. São segregadas de acordo com suas características e o que podem proporcionar e contribuir para o novo "Governo". São separadas em Aias, Marthas, Tias, Esposas... e são submetidas a vários tipos de opressão, violência e ameaças para se enquadrarem no novo regime. As mulheres são identificadas pelas suas vestes e os homens são em massa extremamente machistas.

# Nota Pessoal - A leitura causa incomodo, mexe com o leitor, pois trata de uma sociedade fundamentada na censura, medo, opressão, envolve inúmeras violações contra as mulheres e todos aqueles que não aceitam e descumprem as regras desse regime totalitário. A história é bem interessante e com assuntos extremante importantes que nos faz refletir na figura da mulher na atualidade.
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Trovão 05/08/2021

Sem dúvidas uma grande distopia, ou, de acordo com a própria autora, uma ficção especulativa. Assustador certos pontos e sua aproximação com sua realidade, uma realidade factível, quase próxima em certos grupos.
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