Reparação

Reparação Ian McEwan




Resenhas - Reparação


364 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


Gabriela 05/08/2021

Uma reflexão sobre culpa, história e justiça
Fugi da minha lista de leituras de 2021 para conhecer essa obra e foi uma grata surpresa. 'Reparação' entrou para o meu grupo de livros favoritos da vida. É uma reflexão excelente sobre amadurecimento, perdão (e a ausência dele), culpa, história e justiça. Há tanto para falar sobre Reparação e, no futuro, espero ter a oportunidade de fazer uma resenha mais completa. Recomendo demais!
comentários(0)comente



Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

Melhor Livro
Publicado em 2001, "Reparação" é considerado o melhor livro de Ian McEwan, um dos mais respeitados nomes da literatura inglesa contemporânea.

O romance, impregnado de forte carga emocional, lembra a melhor ficção do século XIX, repaginada pelo refinado estilo pós-modernista do autor. Sua história gira em torno de um estupro cuja única testemunha é Briony, filha caçula dos Tallis. Sem compreender a dimensão de seu gesto, a adolescente decide acusar injustamente um agregado da família, Robbie Turner, acabando de vez com o namoro secreto entre ele e sua irmã.

Tendo como cenário a mansão da família no interior da Inglaterra, a primeira parte do romance cobre o dia do crime durante o verão de 1935. Com uma impecável apresentação das personagens, cujas frustrações trazem à tona um clima de permanente tensão, os principais acontecimentos são apresentados sob diferentes ângulos e perspectivas temporais.

A segunda parte salta para a primavera de 1940 e acompanha a Evacuação de Dunquerque. Seu protagonista é Turner que, preso e condenado, aceita servir como soldado para reduzir a pena. Cruel e caótica, essa descrição é emocionante, digna de aplausos.

O terceiro capítulo se passa na mesma época e o foco se volta para Briony que abandonou os estudos e está trabalhando como enfermeira num hospital militar em Londres, apresentando sua extenuante rotina na instituição.

O epílogo é um deslumbramento. Briony, uma escritora de sucesso que está prestes a comemorar 77 anos, encerra a narrativa. Finalmente, ela assume o que fez e presta um tributo a literatura como a única maneira de reparar o seu erro. Com uma incrível reviravolta no desfecho, o autor vai levá-lo a nocaute.

Nota: O premiado filme "Desejo e Reparação" (2007), dirigido por Joe Wright e estrelado por James McAvoy e Keira Knightley, é uma adaptação do romance.
Bruno Gordiano 09/02/2021minha estante
O livro é espetacular, eu chorei no final.


Leila de Carvalho e Gonçalves 10/02/2021minha estante
Sou apaixonada por esse livro. Está no meu Top 10.




Rosa Alencar 05/01/2023

Estrago, dano, devastação
Em três tempos e um epílogo inusitado, acompanhamos as consequências devastadoras de um equívoco. A narrativa envolvente, os detalhes que nos permitem construir cada ambiente, cada semblante, cada emoção. Poderíamos escolher não ler o epílogo, estaríamos reconfortados. Mas é preciso participar das homenagens, e para isso, é determinante concluir a leitura da Reparação.
comentários(0)comente



Aione 26/03/2015

Desde que assisti a Desejo e Reparação e me apaixonei por ele, tenho curiosidade de ler sua obra de origem, Reparação, de Ian McEwan.

Como indica a sinopse, o livro traz a história que se inicia com Briony Tallis presenciando “uma cena que vai atormentar a sua imaginação: sua irmã mais velha, sob o olhar de um amigo de infância, tira a roupa e mergulha, apenas de calcinha e sutiã, na fonte do quintal da casa de campo. A partir desse episódio e de uma sucessão de equívocos, a menina, que nutre a ambição de ser escritora, constrói uma história fantasiosa” que a leva a cometer “um crime com efeitos devastadores na vida de toda a família.”

A narrativa se dá em 3ª pessoa, excetuando-se apenas o epílogo, narrado em 1ª pessoa. Na primeira parte da história, que se desenvolve em apenas um dia no ano de 1935, Briony, Cecília e Robbie são os personagens através de cujas visões analisamos os fatos. Já na segunda parte, a ótica da narrativa se concentra apenas em Robbie, enquanto a terceira e última parte traz a visão de Briony. Em ambas, o período no qual os fatos são narrados é o do início da 2ª Guerra Mundial.

“Parada no quarto, aguardando a volta dos primos, Briony deu-se conta de que poderia escrever uma cena como aquela ocorrida junto à fonte e que poderia incluir um observador oculto, como ela própria. Imaginava-se agora correndo para seu quarto, pegando um bloco de papel pautado e sua caneta-tinteiro de baquelita marmorizada. Já via as frases simples, os símbolos telepáticos se acumulando, fluindo da ponta da pena. Poderia escrever a cena três vezes, de três pontos de vista; sua excitação era proporcionada pela possibilidade de liberdade, de livrar-se daquela luta desgraciosa entre bons e maus, heróis e vilões. Nenhum desses três era mau, nenhum era particularmente bom. Ela não precisava julgar. Não precisava haver uma moral. Bastava que mostrasse mentes separadas, tão vivas quanto a dela, debatendo-se com a idéia de que as outras mentes eram igualmente vivas. Não eram só o mal e as tramóias que tornavam as pessoas infelizes; era a confusão, eram os mal-entendidos; acima de tudo, era a incapacidade de apreender a verdade simples de que as outras pessoas são tão reais quanto nós. E somente numa história seria possível incluir essas três mentes diferentes e mostrar como elas tinham o mesmo valor. Essa era a única moral que uma história precisava ter.”
página 37

Foi Briony quem me encantou, em um primeiro momento. Foi impossível não me sentir fascinada pela personagem, levando-se em consideração sua ambição em ser escritora e o funcionamento de sua mente. Briony preza pela ordem e sua mente apresenta a dicotomia do Bem e do Mal, a partir da qual constrói a moral de suas histórias. Assim, enquanto fala da peça de teatro escrita para agradar seu irmão, é possível observamos seu desejo em controlar e manipular situações de acordo com suas próprias crenças; em suas histórias, ela assume o papel soberano de colocar todas as pessoas e situações agindo conforme sua vontade. É a personalidade de Briony a principal definidora dos desenrolares da trama: não fosse sua maneira de enxergar e interpretar o mundo, a história não se desenvolveria como acontece.

É inegável a força da escrita de Ian McEwan e sua capacidade de envolver o leitor. Ainda que muitas de suas cenas sejam um tanto quanto descritivas, sua maneira única de fazê-las faz do livro, mais do que agradável, completamente prazeroso de ser lido. Ainda assim, a leitura exige um pouco do leitor, não se configurando como “rápida”.

“Agora que era tarde demais, a ideia lhe parecia óbvia: uma história era uma forma de telepatia. Por meio de símbolos traçados com tinta numa página, ela conseguia transmitir pensamentos e sentimentos da sua mente para a mente de seu leitor. Era um processo mágico, tão corriqueiro que ninguém parava para pensar e se admirar. Ler uma frase e entendê-la era a mesma coisa; era como dobrar o dedo, não havia intermediação. Não havia um hiato durante o qual os símbolos eram decifrados. A gente via a palavra castelo e pronto, lá estava ele, visto ao longe, com bosques verdejantes a se estender a sua frente, o ar azulado e embaçado pela fumaça que subia da forja do ferreiro, e uma estrada com calçamento de pedra a serpentear à sombra das árvores…”
página 35

É difícil expressar em palavras o encantamento que Reparação me causou a cada página. Embora eu já soubesse o final da trama, minha leitura não foi em nada prejudicada e, talvez, tenha assumido uma ótica diferente e positiva justamente pelo meu conhecimento dos fatos. Pude analisar cada parte, cada recurso do autor de forma que seria impossível em um primeiro contato com a história. Independentemente de se saber ou não os desenrolares, é fato o quanto tudo é fascinante e genialmente construído por McEwan. O autor consegue expressar as emoções e pensamentos de cada personagem de forma a atingirem o leitor, ao passo que incita reflexões por meio de suas visões e realidades vividas ao longo do enredo.

Ainda que a leitura envolva e conquiste a cada página virada, sua total compreensão, apreciação e genialidade só se consolidam ao final – no caso do leitor não ter tido contato com a história, por exemplo através do filme, como em meu caso. Conhecendo-se o final, a estrutura da obra assume outro significado e, dessa maneira, demonstra o quanto Ian McEwan foi magistral ao criar essa obra. Sem dúvida alguma, Reparação foi mais um livro a entrar para minha lista de favoritos.

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2015/03/24/livros-na-telona-reparacao-ian-mcewan/
comentários(0)comente



Bruna.Bandeira 17/10/2023

Que escrita!
Texto impressionante, narrativa magistral! Os personagens são bem construídos e a história é simplesmente maravilhosa. Nos lembra de pensar sempre na consequência de nossos atos.
comentários(0)comente



Juliana 24/08/2021

Existe reparação?
Gostei bastante do início do livro até o meio,achei bem chata a segunda parte , mas no final começa a retomar o ritmo para construir o final.
Apesar de não ser um livro com reviravoltas e surpresas,acho que o saldo que fica é se de fato não ter reparação já seria reparação suficiente ?
Juliana 24/08/2021minha estante
Ahn e continuo com raiva da briony




Joyce429 22/12/2021

Reparação
Essa história nos faz refletir sobre como atos que parecem inofensivos podem impactar profundamente a vida de outra pessoa, e de como alguns danos caudados podem ser irreparáveis.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Ren@t@ 29/01/2014minha estante
Um livro inesquecível. Ótima resenha.




giulia 06/05/2021

acho que esse é o livro mais lindo que eu já li, o jeito que o amor da cecília e do robbie é escrito é maravilhoso!
comentários(0)comente



Babi 27/09/2023

Que escrita maravilhosa !!!
Ao terminar a leitura imediatamente escrevi uma resenha , mas acontece que "Reparação " não é aquele livro que você fecha e simplesmente começa outra leitura.
Ele é daqueles livros que como dizem os twetteiros "alugam um triplex na sua cabeça " .

Quando eu encerrei a leitura tive um misto de fascínio por ter lido uma história muito bem escrita (tanto na forma como ela foi construída como no estilo de escrita do autor ) e um gosto amargo.
O último capítulo muda um pouco a perspectiva do livro e traz uma frustração para nós leitores .Porém ao mesmo tempo é muito coerente.

Fiquei em dúvida se daria cinco estrelas , mas no final me convenci que esse livro merece essa nota e talvez até seja favoritado. Pois apesar de ter me incomodado com algumas das decisões do autor no livro e ter achado uma parte ou outra um pouco maçante .A leitura de "Reparação " foi incrível ! É daqueles livros que dá vontade de sair destacando tudo .
comentários(0)comente



Rodrigo1001 25/01/2018

Reparação ou Crueldade? (Sem Spoilers)
10 constatações sobre Reparação, de Ian McEwan:

1. É um livro muito mais complexo e ambicioso do que Enclausurado, primeiro livro que li deste mesmo autor. Enclausurado é um romance pós-moderno, provocativo, divertido e irônico. Reparação é profundo, vitoriano e emocionalmente pesado;

2. Dividido em quatro partes bem distintas, talvez Reparação não vá te prender desde o início, mas certamente vai te fazer grudar nas páginas já no fim da primeira parte, após a super-hiper-mega detalhista apresentação dos personagens e suas psiquês, da época e do ambiente onde vivem e onde tudo se desenrola;

3. Reparação segue uma cadência que envolve o leitor. É como um voo: decola e vai subindo, subindo... até atingir o clímax, no último capítulo. O livro fala sobre vidas transformadas por um acontecimento súbito, provocado por uma criança. Percebe-se uma escrita com alma e uma necessidade de fazer o leitor compreender os dois sentimentos que mais permeiam a obra: a culpa e o (pseudo) arrependimento;

4. A grande estrela da obra, na minha visão, é a antagonista Briony Tallis. Com toda certeza, essa menina vai me acompanhar ao longo da vida. McEwan só revela ao leitor quem ela verdadeiramente é após a leitura completa de Reparação. Este é um dos grandes méritos deste livro;

5. Reparação apresenta uma estrutura diferenciada dos romances do século XIX. O autor preocupou-se em mostrar vários pontos de vista de um mesmo fato em cada capítulo, tornando cada personagem central da trama protagonista de uma cena, mesmo com narrador em terceira pessoa;

6. Reparação é simultaneamente um romance sobre literatura e um romance sobre o ser humano, explorando o poder da arte e os limites do perdão;

7. Gostei da maneira como o autor brincou com o nome do livro. Em inglês, a obra é intitulada Atonement, que significa reparação e expiação, mas também pode significar reconciliação ou redenção. Seria mesmo uma reparação o objetivo de Briony?

8. Como meu primeiro contato com McEwan foi através de Enclausurado, eu não estava preparado para um nível de detalhismo tão profundo. Embora as partes 2, 3 e 4 me fizeram entender a razão pela qual o autor foi tão detalhista quanto a natureza dos personagens e do ambiente na primeira parte, foi um pouco monótono acompanhar todos pela lente de um microscópio sem ter essa noção. De qualquer forma o desenvolvimento fantástico do livro apagou toda a monotonia do início. Para o detalhismo inicial de McEwan, a reparação vem da metade em diante. E foi uma baita reparação!

9. Reparação alcançou grande sucesso mundial e foi escolhido como o melhor romance de 2002 pela revista Time, indicado ao Prêmio Booker de Ficção e ao Prêmio Whitbread e vencedor do Prêmio Literário W. H. Smith. Adaptado para o cinema em 2007 sob o título ?Desejo e Reparação?, teve sete indicações ao Oscar, dentre elas a de melhor filme.

10. Se você gosta de livros com personagens profundos, gosta de psicologia, Jane Austen e obras no estilo de Orgulho e Preconceito, então vai gostar deste livro... assim como eu!

Leva 5 estrelas de 5 estrelas.
edu basílio 25/01/2018minha estante
... eu avisei rsrsrs


Rodrigo1001 26/01/2018minha estante
Sim, você avisou. E nem em sonho eu teria imaginado um desfecho daqueles! A propósito, acabei de assistir ao filme. Esplêndido, mesmo que um tiquinho reducionista.


edu basílio 27/01/2018minha estante
tem uma cena da guerra, em plano-sequência, de uns 10 minutos, cuja lembrança ainda me causa arrepios... e você querendo mudar o título do livro no meio da leitura... rsrsrs... o 'soltador de spoilers' em mim teve que morder os dedos para ficar quieto.


Daniel 22/02/2018minha estante
Este livro é um dos meus favoritos. Maravilhoso.




Lia 28/05/2021

MELHOR LIVRO QUE EU JÁ LI
preguiça de fazer uma resenha bonita, lê o de outra pessoa. Só sei que leria esse livro mais dezenas de vezes, principalmente se pudesse apagá-lo da minha memória e ter a realização de sua magnitude. Daria de tudo para lê-lo pela primeira vez de novo.
comentários(0)comente



Rafael 22/12/2022

Será que todos os erros podem ser corrigidos?
Sabe aquela pessoa que conta tantas vezes a mesma coisa que passa a acreditar veementemente naquilo? Essa é a Briony. A imaginação de Briony foi excessiva ao ponto de na busca pela ordem, trazer o caos. A Briony na primeira parte do livro me pareceu uma típica pré-adolescente mimada e que não aceitava as coisas diferentes de seus anseios. Ela é cansativa e acaba se deixando levar pela sua imaginação sem saber os reflexos das suas escolhas. E nessa brincadeira, ela acaba afetando o futuro das pessoas próximas e lida com o peso na consciência sobre as suas escolhas.
A forma que a estória é apresentada com visões diferentes sobre os fatos e sobre cada um dos personagens faz com que não tomemos como verdade absoluta uma única perspectiva. Poderíamos incidir no mesmo erro da Briony nesse caso.
Apesar de se desenvolver lentamente, é uma leitura que recomendo.
comentários(0)comente



Andreia Guida 26/09/2023

Eu fiquei pensando se vinha fazer a resenha no mesmo dia que terminei a leitura, pra não ser precipitada e dar 5 estrelas + favoritar no calor do momento...Mas pensando e repensando, não tem como fugir, é uma das melhores escritas que eu já tive o prazer de ler. Tudo faz sentido ao ler a obra toda, até mesmo os momentos maçantes ou de detalhamento exagerado...simplesmente tudo se encaixa. Briony é de longe a personagem que mais me causou raiva, e no fim, mesmo o egocêntrismo dela faz parte do brilhantimo dessa história. Já procurando mais do autor.
comentários(0)comente



364 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR