Reparação

Reparação Ian McEwan




Resenhas - Reparação


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Nathani 10/04/2022

Briony é uma menina de treze anos aspirante à escritora. Ao não entender uma cena vista pela janela entre sua irmã mais velha Cecilia e Robbie, filho da arrumadeira da família, ela decide criar sua própria interpretação como se fosse uma de suas histórias. Interpretação esta que mudará o destino de toda sua família e que ela passará uma vida tentando reparar.

O livro é dividido em três partes com grandes saltos temporais: A inocência e a estranheza da infância ao tentar compreender o mundo dos adultos; as consequências causadas pela Guerra e pelas escolhas aparentemente inocentes de outras pessoas em nosso destino; e a busca pela reparação quase impossível de nossos eus passados que nos persegue até o fim da vida.

Digo “nossos” porque apesar do relato de um acontecimento específico na vida da família Tallis as reflexões e questionamentos cabem na vida de qualquer ser humano. A eterna busca pela paz entre passado, presente e futuro. A eterna procura pela aceitação dos outros e de nós mesmos pelos nossos erros.

“O mundo, o mundo social, era insuportavelmente complicado, dois bilhões de vozes, os pensamentos de todo mundo a se debater, todos com igual importância, investindo tanto na vida quanto os outros, cada um se achando o único, quando ninguém era único. Era possível afogar-se naquele mar de irrelevância.”

A escrita é belíssima, recomendo muito esse clássico e aceito recomendação de outros livros do autor.

site: instagram.com/livrosparaviver
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Sara 29/12/2023

Posso dizer um dos melhores livros que li em 2023, simplesmente não consegui parar de ler,me emocionei e fiquei tensa de ler sobre as partes da guerra,e até senti uma raiva da Briony.
Reparação é um livro incrível,uma escrita imersiva e fluida
A história gira em torno de Briony Tallis, pré adolescente que quer ser escritora.No dia mais quente do verão de 1935,numa casa de campo da Inglaterra,a menina vê uma cena que não compreende: sua irmã mais velha,Cecília,tira a saia e a blusa e mergulha de com suas roupas íntimas na fonte do quintal na frente de Robbie,deu igo de infância e filho da arrumadeira. A partir daí todas as coisas só vão de mal a pior,com acontecimentos que Briony com sua mente fértil comete o crime que vai mudar a vida de todo mundo ali,e gente fiquei com tanto ódio dela dando depoimento e dando certeza da história que ela acha que viu,depois disso com o crescimento Bryoni vai passar o resto da vida tentando reparar esse mal que ela fez,nesse livro os personagens tentam reparar tudo o que está e foi quebrado por isso reparação.
O livro aborda horrores da guerra,culpa,amor que ultrapassa tudo, esperança,traz a desigualdade, ascensão social e muito mais . Um drama intenso.O romance aqui presente é muito lindo e aquece o coração,fiquei torcendo o tempo todo pra tudo da certo,pra não ser atingido na guerra,chegar em casa e pelo reencontro,esse livro faz a gente sentir as dores dos personagens e sofrer junto.
Simplesmente incrível e agora eu quero ver o filme que tem da adaptação desse livro.
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nathaliart 13/06/2022

Interessante, mas um pouco parado
Confesso que fiquei um pouco decepcionada com esta leitura. Somente na minha segunda tentativa a coisa resolveu fluir um pouco, mas que custo foi terminar o livro! Achei a narrativa um pouco parada, e os momentos mais interessantes ficam concentrados em poucas partes, especialmente no fim da primeira.

Em resumo, acompanhamos a vida da jovem Briony, aspirante à escritora, que em um dia de verão vê sua infância dar seus suspiros finais após presenciar uma série de eventos do complexo mundo adulto. Fantasiosa, Briony faz julgamentos totalmente equivocados a respeito de tudo o que vê, e acaba cometendo um crime que acaba com a vida de pessoas ao seu redor. Logo após, vamos acompanhando o desenrolar de cada um desses personagens e a busca de Briony pela reparação de seu erro.

Creio que o maior trunfo do autor esteja em como ele concebe o livro. Por isso, o grande plot twist está, de fato, no último capítulo, que traz revelações importantes. Além disso, percebe-se uma diferença de voz narrativa entre as duas primeiras partes e a última, o que, a meu ver, é algo extremamente positivo. Apesar disso, não consegui me envolver muito com a história. Achei um pouco enfadonha e demorei muito tempo para finalizar a leitura, pois não me sentia instigada a seguir em frente. Fiquei chateada, pois realmente achei que fosse um livro que me agradaria! Mas daria uma segunda chance para o autor...
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Joubert 22/02/2013

Um Livro Sem Reparação
Para um correto aproveitamento do intuito do autor, é fundamental não ter visto o filme.

O livro é muito bem escrito e dividido em duas partes marcantes: romancezinho água com açúcar e drama/suspense de guerra. As duas partes se completam fazendo com que a obra assuma caráter de best-seller, porém não sei se para entrar na história.

O livro é ambientado numa Inglaterra pré segunda guerra, num formato "pobre menina rica", onde a mocinha rica se apaixona pelo mocinho pobre, após estourar a guerra e com a ajuda de preconceito da família, o mocinho vai para a guerra sonhando voltar a encontrar seu grande amor.
Marcia Cogitare 26/02/2013minha estante
Vc ainda deu 4 estrelas, quanta generosidade de sua parte Dom.
Pra mim seu Ian é uma Jane Austen de cuecas, com uma escrita mais trabalhada.




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Wania Cris 25/10/2022

Algumas situações são irreparáveis...
Leitura conjunta de um grupo, iniciei a leitura desse livro sem nenhuma expectativa, mas, com alegria por finalmente conhecer a escrita de Ian McEwan, autor que há muito me despertava curiosidade. Fui sem buscar muita informações sobre a obra, querendo ser surpreendida. E fui.

O livro é dividido em três partes. A primeira é bem mais arrastada, não pela escrita ruim, mas pela decisão do autor de ambientar e descrever todas as personagens. Praticamente todas estão nessa primeira parte e a forma como ele usa nessa discrição, pelos olhos da narradora Briony, dá leveza e sinceridade nas percepções, afinal uma criança observadora vê o que muitos adultos ignora e foi isso que aconteceu. A primeira parte termina de uma forma devastadora.

A segunda parte foi a que mais me agradou, mantendo o foco na discrição tanto ambiental quando dos sentimentos dos envolvidos. Ver a mesma situação sendo contada por diferentes ponto de vista é uma coisa muito agradável, a gente fica meio que se sentindo uma bola de pingue-pongue, morrendo de vontade de gritar pra personagem narrativa que não foi bem assim. A segunda parte termina de forma angustiante.

A terceira parte é mais conclusiva e fecha algumas arestas da primeira parte. A coisa vai fluindo pra um desfecho agradável e, do nada, ploft, tudo muda de lugar... e eu ainda estou tentando me equilibrar diante dessas revelações.

Traduzido por Paulo Henriques Britto, a leitura é acessível e poética, com boas escolhas de palavras e expressões.

A vontade de ler tudo o que McEwan já escreveu só aumentou...
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Carol 24/07/2021

Admito que ler Reparação depois de já ter visto o filme não foi nada fácil. Esse livro deve estar, no mínimo, há sete anos na minha estante e demorei todo esse tempo para juntar coragem e encarar as mais de 270 páginas que compõe essa obra.

Briony é uma garota de 13 anos que vive em um mundo de fantasias e acaba cometendo um crime (como ela mesma chama) terrível por deixar sua mente viajar demais e criar histórias mirabolantes para coisas que são somente atos simples.

O final desse livro me destrói de tantas maneiras que eu não consigo nem descrever. Apesar das primeiras páginas serem chatissímas e se tratarem dos devaneios de Briony e sua mania de ficar criando teorias sobre até os dedos, acho que a partir da página 50 a história vai ganhando um ritmo que você só consegue parar ao ler a última página. E é ela que destrói.

Um vaso uma vez quebrado, pode ser reparado da mesma maneira que antes?
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21/09/2020

Excelente
Eu tenho o hábito de ler antes de dormir. E toda vez que eu pegava esse livro, eu lia umas cinco páginas e olha lá, até que meus olhos começavam a pesar e eu sentia necessidade de parar. Não conseguia entender o motivo pra isso. De fato eu estava achando o início do livro um pouco paradão e talvez fosse isso que tava me dando sono.
Depois da primeira cena de sexo, essa leitura deslanchou! Eu comi o resto do livro em uns três dias. Quando eu terminei e parei pra pensar sobre essa leitura cheguei à seguinte conclusão: não sei se é o estilo do autor (esse é o primeiro livro que eu leio dele) mas essa história tem uns parágrafos bem grande e poucos diálogos. Além disso, nessa diagramação a fonte é um pouco menor do que eu estou acostumada. Então acho que, na verdade, foi esse esforço do meu olho - que, no caso, sofre de hipermetropia - pra ler que acabou me dando sono.
A história, em si, é excelente, redonda, super bem amarrada! Eu gostei muito do estilo de escrita do autor e consigo entender perfeitamente porque tanta gente ama Ian McEwan. A história é tão boa, mas tão boa, que ao longo do livro inteiro, do início ao fim, eu me peguei refletindo sobre como deve ser difícil o processo criativo da escrita. Pra criar uma história tão boa, tão coesa, tão rica em detalhes!
A cena de sexo que eu mencionei anteriormente aqui na resenha não é explicita, não é literal, não é a narração da relação. Mas é lindamente escrita - mereceu até um post it. E livro também termina de uma forma linda, com um questionamento autocrítico, reflexivo da protagonista que é simplesmente brilhante!!! Daqueles que você termina de ler, fecha o livro, e fica olhando pro teto tentando assimilar, pensar sobre o que acabou de ver ali!

Sensacional! Recomendo de olhos fechados e mal posso esperar pra ler outros trabalhos do autor!

site: www.capaecorte.com
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Clarice Adriana 15/09/2020

Belíssimo!
É um livro intenso, não dá pra ler rápido, mas recomendo que insista... Você não vai se arrepender.
A cada etapa contemplamos mais desse mundo de sentimentos, sensações, cores e acompanhamos os personagens e seus fluxos de consciência.
Você se vê mergulhado nesse universo perfeitamente escrito, lado a lado a Briony, Robbie e Cecilia e não consegue mais deixá-los.
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gabriela cardoso 17/02/2023

Reparação
lindo lindo, inacreditável, perfeito. estou me sentindo meio sem rumo depois desse livro, será que um dia irei superar? não sei. foi uma experiência incrível, queria sofrer amnésia e poder ler esse livro pela primeira vez de novo e me deliciar com essa escrita. ler reparação foi como ter um gostinho do céu, estou fascinada com a escrita de ian mcewan! se esse livro tivesse 1000 páginas, eu leria e releria e ainda assim não estaria saciada.
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Jr. 21/06/2020

A ficção expurgatória

Primoroso exercício de estilo por parte de Ian McEwan que toma o fazer literário em sua possibilidade de expurgação; ou seja, a arte narrativa, em Reparação, funciona como uma forma de passar a limpo questões para as quais a vida não romanceada dera respostas duras demais para serem aceitas – a personagem principal, consumida pelo remorso de um erro brutal, se vale, enquanto prodigiosa escritora, do poder das palavras para reescrever a história e buscar alguma absolvição.

O que resulta, dessa empreitada, é um meta-livro que, por meio de experimentações com estilos de escrita, perspectivas imbricadas e possibilidades da ficção revelam as engrenagens da elaboração literária – temos uma personagem, a protagonista, que não só escreve como compreende o mundo pelo prisma das letras no papel – e colocam em cheque a própria voz do narrador, em quem não podemos confiar, justamente por sabermos mais do que deveríamos sobre os truques da escrita.

O livro, então, fragmenta-se em pontos de vista de três personagens (Briony, Robbie e Cecilia, em diferentes fases de suas vidas) para compor uma história trágica cujas lacunas nada, a não ser o poder da ficção, é capaz de reparar – e não me refiro com isso a peças de um mistério a serem coladas, mas espaços em branco deixados na trajetória dos personagens em si; nas palavras nunca ditas, nos encontros jamais tidos, nos pecados não perdoados e, por fim, no processo de reparação que, efetivamente, não teve seu desenlace.

Esse jogo de perspectivas mexe com as posições geralmente confortáveis a que um autor e um leitor estão acomodados, e embora alguns desses truques narrativos me pareçam talvez menos surpreendentes do que McEwan pretendia, em sua proposta de subverter expectativas, o que fica da experiência desse livro é a de que, para além de acompanhantes passivos, fomos cúmplices nesse tortuoso processo de expiação, ao mesmo tempo divino e profundamente humano, que é o da escrita.


“Por meio de símbolos traçados com tinta numa página, ela conseguia transmitir pensamentos e sentimentos da sua mente para a mente de seu leitor. Era um processo mágico, tão corriqueiro que ninguém parava para pensar e se admirar. Ler uma frase e entendê-la era a mesma coisa; era como dobrar o dedo, não havia intermediação. Não havia um hiato durante o qual os símbolos eram decifrados.” (p. 51-52)
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Vanderni 01/02/2022

Incômodo.
Demorei muito tempo para ler esse livro. O autor se esmerou no texto, mas quase o abandonei na primeira parte, porque a injustiça flagrante incomodou-me a ponto de me fazer pausar a leitura. O livro, contudo, merece ser lido. É luminoso e comovente, preciso nas palavras, incômodo, tocante. Recomendo!
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Débborah 27/03/2021

Inesperado
Assim que li a última frase do livro fui tomada por uma emoção muito forte e não pude evitar me derramar em lágrimas e soluços. Não consigo explicar de onde veio essa emoção, mas a causa certamente está nas últimas páginas e no peso de tudo que foi retratado nelas.

Eu comecei a ler esse livro despretensiosamente, me identifiquei de pronto com Briony (o que depois de mais leitura passou a ser embaraçoso, mas inegável), e a curiosidade pra saber o que aconteceria me atiçava a continuar, uma vez que, não posso mentir, a leitura é lenta e arrastada em algumas partes. Descobri que tinha um filme com um cast incrível, assisti para me estimular ainda mais a ler, e deu certo. O filme quase todo é muito justo no que retrata, e da forma que retrata, menos o final dele, que por algum motivo decidiu deixar elementos essenciais de fora.

No mais, eu recomendo DEMAIS esse livro. Vale a pena lutar com as partes mais lentas para ver tudo que acontece. As diferentes perspectivas, a narração completamente diferenciada, toda a metalinguagem envolvida que dá camadas ao leitor, as incertezas que vão aparecendo, tudo isso dá um toque de genialidade imperdível.
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