Vidas secas

Vidas secas Graciliano Ramos




Resenhas - Vidas Secas


2866 encontrados | exibindo 121 a 136
9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 |


Aimee.Eduarda 09/09/2020

Vidas secas.
É um livro extraordinário. O conteúdo subjetivo dele é encantador, composto por ciclos infinitos, retrata a pobreza, a reificação dos seres humanos e a humanização dos animais, é reflexivo, autêntico, regional e genuinamente brasileiro, além de trazer uma das personagens mais significativas da Literatura Brasileira, a Baleia.
Vale muito a pena ler !
comentários(0)comente



hugofreitas 08/07/2021

Eu li, absorvi. Quando terminei o livro, voltei no capítulo da Baleia e aí chorei.
Ao cogitar se vingar de um policial, Fabiano, homem bruto, prefere deixar o soldado amarelo ir embora. "Governo é governo", diz o sertanejo. A frase, que parece simples, tem uma grandeza que não cabe em si.
Um livro belíssimo e igualmente triste. Retrata a vida dos retirantes, sem terra, que fogem da seca e procuram oportunidades pelo sertão. Sem estudos, sem ao mesmo saber ler, precisam se virar como pode. Pregando cercas, percorrendo pastos, cuidando de bois. Foi assim com seus tios, pais e avôs. É natural que seja para eles também.

Graciliano Ramos escreve de forma dura. Objetiva. O livro te joga no chão toda hora. E a Baleia? Ah... a cachorrinha Baleia. Tão humana quanto qualquer outro personagem em "Vidas Secas". Eu li, absorvi. Quando terminei o livro, voltei no capítulo da Baleia e aí chorei.

Apesar da realidade dura e triste, fica a esperança. Ficam os sonhos, que é o que move o ser humano. Seja o sonho da casa própria, de um emprego digno ou simplesmente de uma colchão bom, sem mais cama de varas. E a maior lição que fica é: quem tem um sonho, tem tudo.
comentários(0)comente



Cida 24/11/2020

O livro retrata a história de uma família nordestina, que passa por diversas situações,dentre elas fome,seca, condições precárias de alimentação.
A doença da cadelinha Baleia.
O livro é uma grande obra da literatura brasileira.
comentários(0)comente



livia1236 28/05/2024

Gostei muito do livro, tem MUITO repertório pra redação e é uma leitura q acrescentou algo na minha cabeça!!! recomendo muitooo
comentários(0)comente



Kammilly Prudência 22/11/2023

O livro retrata a vida de uma família de retirantes no sertão nordestino, enfrentando a seca, a fome e a miséria. Através de uma linguagem seca e objetiva, o autor expõe as dificuldades e a desumanização vividas pelos personagens, refletindo sobre as condições sociais e a crueldade do ambiente em que estão inseridos. Com uma narrativa intensa e realista, "Vidas Secas" é uma obra que revela as injustiças sociais e os desafios enfrentados pelos mais pobres no Brasil. Uma leitura que vale a pena do começo ao fim e que nos leva a vastas reflexões.
comentários(0)comente



Jasmito 27/05/2024

Curto, mas passa sua mensagem
Um clássico né. Faz a gente pensar muito e ser grato pelas pequenas coisas. Baleia no meu coração sempre
Deise.Maria 27/05/2024minha estante
Eu nunca fiquei tão triste com um animal narando a própria morte




Camilendo_ 16/07/2020

Homem-bicho
#CAMILEU Vidas Secas


"Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam  cansados e famintos. (...) Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros pareceu longe, através dos galhos pelados da caatinga."


? E assim começa Vidas Secas e se esse parágrafo já não te deu essa ideia, este é um livro difícil. Graciliano não nos poupa em nenhum momento da narrativa, não temos gracejos e palavras leves. Muito pelo contrário, Vidas Secas é duro, cru e seco. E a maestria desse livro reside justamente aí.


As palavras usadas e principalmente as palavras não ditas, nos remetem não só a seca do clima nordestino mas também a seca na vida.


Em Vidas Secas, acompanhamos a tragetória de uma família de retirantes composta por: Fabiano, Sinha Vitória, seus dois filhos e a cachorrinha Baleia(minha personagem preferida e quem dá título ao capítulo mais famoso da obra).?


O livro de Graciliano é tido como um romance "desmontável", isso quer dizer que os capítulos podem ser lidos em diversas ordens sem que a história seja de fato perdida. Mas fica aqui a sugestão de leitura pela ordem apresentada no livro mesmo.


Ao acompanhar a vida dessa família entre duas grandes secas nordestinas, encontramos não só a problemática da escassez de água, acompanhamos também como a miséria ocasionada pela falta de recursos e conhecimento transforma muitas vezes o ser humano em bicho. A geração na qual este livro foi escrita é marcada por grandes críticas e denúncias sociais. E é assustador perceber que após mais de 80 anos da publicação desse livro, as coisas não mudaram tanto assim.
comentários(0)comente



romulorocha 26/08/2020

Vidas secas, de Graciliano Ramos - Nota 9,5/10
Vidas secas é livro extremamente tocante, um clássico da literatura brasileira em todos os sentidos. Em 2018, a obra completou 80 anos desde sua publicação. E o que mais choca a gente, é perceber que muitos aspectos da realidade que o autor nos apresenta no livro continuam presentes hoje.
.
Em vidas secas, Fabiano é um vaqueiro retirante no sertão nordestino com sua família - a esposa, dois filhos e sua cachorrinha, a baleia. As condições sub-humanas vividas pelos personagens em suas peregrinações, seus sonhos e também limitações, são aspectos que vão nos cativando e nos fazendo torcer para uma mudança de cenário.
.
No livro, a comunicação verbal dos personagens é bastante escassa, suscitando uma crítica da falta de voz e espaço que os que vivem na miséria lidam diariamente. Outra genialidade do autor foi substituir as ?falas? dos personagens por seus pensamentos, nos envolvendo mais ainda com eles, inclusive com a personagem baleia. Com esta forma de narração, também somos levados perceber que não é a fala que torna aqueles personagens humanos, mas sua vontade e luta para viver, seus sonhos de uma vida melhor e sua conexão com a natureza, ainda que tão sofrida e limitada.
.
Eu super indico esta leitura. Se eu pudesse defini-la com uma palavra, diria: emocionante. Confesso que chorei em alguns capítulos, é impossível não ser tocado diante do sofrimento dos personagens e não pensar que hoje muitos ainda sofrem tanto quanto eles.
.
?Sinha Vitória combateu a dúvida. Por que não haveríamos de ser gente, possuir uma cama igual à de seu Tomás da bolandeira??
comentários(0)comente



jessica.guabiraba 14/06/2020

Baleia está no céu comendo preá
Essa é umas das obras mais ricas que já ntive o prazer de ler ??
.
.
Vidas secas tem um tom poético, um ar sertanejo e muita força. Não é uma simples leitura, não são simples vidas. Não há nada de seco. As palavras fluem como o vento na caatinga em tempo de inverno. Às vezes lágrimas rolam como a chuva que fazer o mandacaru florescer. É um misto de emoções que não dá para explicar, só sentir. Não poderia falar dessa narrativa sem mencionar a melhor e mais linda personagem de todas, Baleia. A cachorrinha caramelo que te conquista a todo momento e traz o amor, a leveza e paz de uma vida tão dura, é a melhor e mais dolorosa parte dessa história. As crianças são apegadas àquela cachorrinha de uma forma inexplicável. E de um jeito único o leitor também se apega pela cachorrinha mais ligeira do sertão. Sinhá Vitória é pura força, Fabiano um guerreiro e os meninos são a gasolina da luta diária desse casal. É uma família que passa por tantos perrengues e sofrimentos, acima de tudo é uma família unida que segue junta para vencer a fome, a sede e tudo que possa impedir a sua felicidade. O livro é curto, porém enorme em sua importância. Graciliano Ramos fez uma obra de arte com palavras e muita personalidade, que encanta gerações e merece o destaque que tem ??
comentários(0)comente



xLeoSaraiva 09/06/2022

"[Fabiano] Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. [...] Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia".
Espetacular! "Vidas Secas" é, sem sombra de dúvidas, uma daquelas obras que ficam rodeando nossa cabeças por vários e vários dias!
Escrita por Graciliano Ramos, a história se desenvolve a partir de descrições extremamente rústicas que visam retratar as personagens tal como elas de fato aparentam ser: figuras selvagens que vivem às margens da sociedade e vagam pelo sertão nordestino em busca da sobrevivência.
Fabiano, o protagonista do presente romance, é descrito inúmeras vezes como um bicho, um animal, um homem extremamente ignorante que tem sérias dificuldades para gerir seus próprios pensamentos e para expressar-se com as pessoas. Sinhá Vitória, sua esposa, é mãe do Menino Mais Velho e o do Menino Mais Novo, personagens que sequer sabemos os nomes. Juntos, e acompanhados por um cachorro de estimação, eles formam um grupo de errantes em busca de um teto, de comida e de um trabalho que possam garantir o dia seguinte.
É incrível como Graciliano consegue explorar a complexidade de cada uma dessas personagens ainda que elas sejam apresentadas como pessoas incrivelmente simples. De origem pobre, analfabetas e com poucas ambições de vida, elas refletem uma dura realidade enfrentada pelo Brasil desde a época de nosso autor. Muito inteligentemente, "Vidas Secas" denuncia um país omisso diante dos problemas da época, como a indigência, a fome, o desemprego, o autoritarismo, a negligência política e muitos outros aspectos.
Com base nesses últimos apontamentos, imagino que o(a) caro(a) leitor consiga entender o porquê de esse livro ser, merecidamente, um clássico da nossa literatura. Recomendo muito!

SARAIVA, L.

"Livros que li na USP" #003 - Vidas Secas
comentários(0)comente



Clara.Gusman 05/06/2021

Vidas Secas
O livro é bom,porém não é meu estilo

O livro fala sobre o Fabiano e sua família enfrentando a seca no sertão.
comentários(0)comente



Lendo no mato 12/04/2021

Baleia, baleia, baleia...
E não é que eu passei a vida sem ler Graciliano Ramos?! Nem escola, nem nada. Nada me pegou. Eu de nada sabia. Eu nada sabia sobre Baleia.

Eu tenho uma resistência muito grande em ler autores brasileiros 'antigos'. Esses nomes grandes e famosos. Os maiores nomes da literatura brasileira e tal. Ao meu ver a escola é a grande culpada por isso. De onde viu fazer com que uma criança com 10 anos leia Machado de Assis ou algum outro desses. Isso traumatiza o sujeito. Pelo menos o sujeito EU, traumatizou.

Eu só fui ler esse livro agora porque baixei no Kindle e vi que era pequeno. Ou seja, seria algo rápido de ler e eu não ficaria semanas preso a ele.

E foi assim que fui apresentado à Baleia, ao Fabiano à sinhá Vitória e seus dois filhos. E ao sertão, o segundo maior personagem desse livro. Segundo porque a cachorrinha Baleia toma conta de tudo e marca a vida de qualquer um que leia.

O livro conta a história dessa família de retirantes, ou sertanejos, e sua malfadada vida. Repleta de mazelas e crueldades. Onde nada, nada, nada está ao seu favor.

No meio disso tem a Baleia, a cachorrinha deles. Um membro da família. Tão membro que seus pensamentos são descritos pelo autor, isso foi o mais formidável do livro para mim.

Realmente não é um livro qualquer. É um baita de um livro bom.
comentários(0)comente



Ana Paula 10/02/2022

Os retirantes
O olhar de desespero, o grito mudo de socorro, a secura do mundo externo e a aridez de um mundo interno sobrepujado, humilhado, rebaixado a condição de sobrevivência. Foi esta a miscelânea de sentimentos que me arrebatou quando há muito tempo atrás tive contato com a obra do ícone das artes plásticas, Portinari. Sua obra “Os Retirantes” causou em mim profundas marcas, sensibilizou-me de modos que não havia nem tomado consciência. Há alguns meses atrás tive um pesadelo com estas imagens assustadoramente reais e cruéis da família de retirantes retratada por Portinari. A impressão de assombro que o sonho causou me fez acordar com o coração agitado e o espírito desolado. Não sei porque sonhei com isto na ocasião, confesso que a obra de Portinari já não cruzava minha mente durante muitos anos. Fato é que sonhei e este sonho me impulsionou a ler o livro que venho resenhar hoje, Vidas Secas de Graciliano Ramos. Tinha uma noção geral da obra, graças as aulas de literatura na escola, talvez por isso relacionei de imediato sonho-pintura-livro. Foi neste espírito sedento que mergulhei na secura do sertão e nas misérias da família retratada em Vidas Secas.

Na novela Vidas secas, muitas vezes comparada a quadros de uma exposição dado ao caráter relativamente independente dos capítulos, acompanhamos um período - de tempo indeterminado - da vida de Fabiano (o pai), Sinha Vitória (a mãe), os dois filhos inominados (o menino mais velho e o menino mais novo) e da cachorrinha, ironicamente chamada, Baleia. Nesta grande obra da nossa literatura nacional, Graciliano, na postura de um narrador em terceira pessoa, comove o leitor e o sensibiliza na medida em que é preciso em sua linguagem e ambientação, que é seca e dura. Vidas Secas é o melhor título possível para esta história, e é resumitivo: este é um livro sobre vidas secas. Secas pelo mundo exterior e secas pelo mundo interior, que é tantas vezes atrofiado pelas emergentes necessidades e instintos de sobrevivência. Não chorei durante a leitura, porém ao fechar o livro finalizado fiquei encarando a parede de meu quarto e minhas lágrimas vieram desesperadamente para compensar a secura e amargura que se instalou em mim durante a leitura.

Há tanto o que se falar sobre esta obra publicada em 1938, a questão sócio/econômico/ambiental da seca, a indústria da seca, a relação de exploração do trabalho, os mecanismos sociais de manutenção de uma hierarquia social perversa, etc etc. Entretanto, o que quero compartilhar é minha percepção sobre um dos meus capítulos favoritos, “O mundo coberto de penas”. Neste capítulo temos uma das cenas mais tocantes que já li: a manifestação de uma revolta cultivada longa e paulatinamente. Fabiano ao entender, depois da percepção de Sinha Vitória, a relação entre as arribações (por extensão, referência a aves migratórias, retirantes) e a seca, se revolta contra estas aves, que simbolizam tudo aquilo que lhe é maior, especialmente a natureza, que em essência não é boa ou má - apenas o é, porém que repercute na vida humana muitas vezes de forma impiedosa. Outra ave que aparece neste livro são os urubus, os mensageiros da morte, que também estão presentes na impactante obra de Portinari, “Os Retirantes”.

Repleto de monólogos, Vidas Secas, desumaniza os humanos e humaniza os animais (especialmente Baleia). Um destes monólogos, de Fabiano para Fabiano, logo no começo do livro, dá o tom da narrativa e é especialmente profundo e tocante:

“- Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta. (...) Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando: - Você é um bicho, Fabiano.”

A arte tem esse poder de nos sensibilizar, tocar em nossas feridas, gerar questionamentos. A arte, como disse Nietzsche, “torna a vida suportável”. Dito isso, reitero minha recomendação da leitura de Vidas Secas e da apreciação de Os Retirantes.
Dhewyd 11/02/2022minha estante
Que resenha maravilhosa!




Cintia295 08/05/2021

Livro pequeno mas denso, difícil no sentido do que os personagens passam, é muita miséria, fome, sede, as crianças sofre, animais sofrem. Não tem um minuto de alegria. Apesar de tudo o que falei é até uma leitura rápida, tive dificuldade um pouco no vocabulário, mas no Kindle facilitou kkkk.
Graciliano não tenta amenizar nenhuma situação. E uma amiga me disse que o único personagem "humanizado" é a cachorrinha Baleia e tenho que concordar com ela.
comentários(0)comente



madu 14/09/2022

?não acreditava que um nome tão bonito servisse para designar coisa ruim. e resolverá discutir com sinha vitória. se ela tivesse dito que tinha ido ao INFERNO, bem? mas tentará convencê-lo dando-lhe um cocorote, e isto lhe parecia absurdo?
comentários(0)comente



2866 encontrados | exibindo 121 a 136
9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR