Nataniel Felipe 01/05/2024
Após um longo período, adiando a leitura deste livro, enfim, acabei a leitura, muita expectativa, só me questiono o porquê não o li na época da escola?
O que fica é a admiração por Graciliano Ramos por esta maneira de escrever que trabalhou visões alternadas durante toda a obra, e ambos compartilham a mesma dor, a de uma terra inóspita, sofrida que é a do sertão, a fome, a seca, e todo seu sofrimento são diluídos em cada página, tornando tangível o sofrimento de família.
E mesmo diante deste cenário o Fabiano nunca deixou se pensar na mulher e nos filhos e ser empático com sua cachorro Baleia, considerando-a da família, e tendo que tomar uma decisão que mexeria de mais no emocional da família, pois essa dor, a cena da sua cachorra o acompanhou após se retirar novamente com todos para novamente fugir da seca tenebrosa que assola o povo nordestino, a injustiça de ter sido prezo injustamente, e sua inevitável partida novamente com a sua família para um lugar onde haveria a possibilidade de dar educação aos filhos não dando a possibilidade de se tornarem vaqueiros, para não sofrer como ambos, sinhá Vitória e Fabiano não queria esse futuro para os filhos.
Sair daquela pobreza para um lugar "melhor" e assim não sofrer com a seca que assola aquele canto do mundo.