A liberdade é uma luta constante

A liberdade é uma luta constante Angela Davis




Resenhas - A Liberdade É Uma Luta Constante


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romulorocha 26/10/2022

A liberdade é uma luta constante, de Angela Davis - 10/10
Angela Davis é uma professora e filósofa estadunidense. Foi integrante do partido Panteras Negras e já inclusive chegou a se candidatar a vice-presidente dos Estados Unidos. Suas obras versam sobre os direitos das mulheres, em especial mulheres negras, discriminação social e racial nos Estados Unidos.

A liberdade é uma luta constante é uma coletânea de entrevistas realizadas por Frank Barat, ativista de direitos humanos e escritor francês, com Davis e transcrições de seus discursos em conferências em universidades ao redor do mundo. Embora com temas e cenários variados, o cerne das falas de Davis possuem um mesmo conteúdo presente, a importância de lutar permanentemente pelos direitos humanos e a consciência de que esta luta não acontece sem a coletividade. Um dos temas centrais do livro em especial é sobre a realidade do encarceramento nos EUA e outros lugares do mundo. Para a autora, esta é uma das formas mais nocivas e presentes do racismo. Vende-se a ideia de segurança, mas o que se tem na prática são pessoas não brancas "escravizadas" novamente e silenciadas.

Foi o primeiro livro que li da autora e já estou ansioso para ler mais sobre o que ela disse e o que tem a dizer. Davis é uma daquelas personalidades que nos marcam, não só com suas palavras, mas com sua vida.



Trechos do livro:
"As prisões são a encarnação do racismo. "
“O passado nunca morre. O passado nunca morre. Nem sequer é passado”.
"maior desafio que temos diante de nós ao tentarmos criar solidariedade internacional e conexões que atravessem as fronteiras nacionais é a compreensão daquilo que as feministas chamam, em geral, de “interseccionalidade”. Não tanto a interseccionalidade das identidades, mas a interseccionalidade das lutas"
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Jéssica Maria 24/10/2022

a luta constante por liberdade começa internamente
O livro é uma reunião de várias palestras, entrevistas ou discursos que Angela Davis deu. Ela fala muito como é comum colocar a violência em primeiro plano quando o centro das lutas é por justiça, todavia, essa "sede por justiça" tem sua base estrutural no racismo.

Considerar a prisão como o local de punição pra quem cometeu um crime é reduzir-se a observar apenas uma face do todo. Atualmente, a instituição da prisão serve como local para depositar pessoas que representam grandes problemas sociais. Essas pessoas são vistas apenas como dificuldades com as quais o Estado não quer se responsabilizar. É mais fácil punir uma pessoa que cometeu um crime do que avaliar a questão racial que lhe cerca; do que se atentar ao sistema educacional; do que resolver as questões relativas à saúde, principalmente à saúde mental; do que lidar com a falta de moradia, esses problemas permanentes na atualidade.

Eu entendo demais quando a Angela Davis fala que problemas individuais não vão ser a solução para o racismo institucional e estrutural, mas eu não consigo me libertar desse sentimento de prisão como local de punitivismo. Por exemplo, os policiais que mataram Jonathan Farrell, eles foram condenados, mas essa ação individual não gera uma mudança sistêmica, o papel desempenhado pela polícia não mudou. Mas, ainda assim, não queremos que eles sejam presos? Eu ainda quero. Desculpa Angela Davis. Contudo compreendo que a aplicação legal tem se mostrado insuficiente, que é fundamental uma mudança econômica e transformações estruturais para erradicar o racismo presente na estrutura legal.

Além do abolicionismo penal, a autora trata da importância do posicionamento crítico na compreensão da realidade; da não necessidade de uma liderança heroica; da importância do feminismo negro; da necessidade da ampliação da liberdade para todas as pessoas, dentre outros assuntos relevantes, mas que achei um tanto quanto repetitivo, uma vez que os capítulos são divididos de acordo com os discursos dados.

Adorei saber mais da Assata Shakur, uma escritora, que está na lista dos 10 terroristas mais procurados dos EUA. Me interessei pela bibliografia dela e pretendo lê-la em breve.
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@0Good_girl 18/10/2022

Foi o primeiro livro que li dela e eu achei muito interessante só que só começou a me prender nos últimos 3 capítulos que são em forma de discurso, achei que as entrevistas foram meio fracas.
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Jessica1248 16/10/2022

Direta
Primeiro livro que leio dela e já quero ler os próximos! Nunca tive grandes conclusões quanto ao abolicionismo prisional e depois desse livro, sinto que minha mente se abriu, em busca de mais conhecimento.
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Edu 23/09/2022

A palavra de ordem é interseccionalidade, conceito criado pela professora Kimberlé Williams Crensha. O conceito tem a ideia de abordar os mais variados fatores de submissão social, vale salientar que essa submissão não é voluntária, mas determinada pelo status quo de uma sociedade patriarcal, racista e colonialista.

Angela Davis nasceu em 26 de janeiro de 1944. Filosofa e militante feminista, que viveu a sua vida inteira lutando contra o racismo, machismo, encarceramento em massa da população negra e minorias étnicas, contra o apartheid (tanto o africano quanto o entre Palestino) e a favor dos direitos do movimento LGBTQIA+. Integrou o partido Comunista americano, O movimento Black Power (ou Movimento de libertação negra) e o Partido dos Panteras Negras (BPP).

A liberdade é uma luta constante foi publicado no Brasil em 2018, após duas monumentais obras da autora: Mulheres, Raça e Classe (2016) e Mulheres Cultura e Politica (2017). O Livro é um compilado de três entrevistas que Angela Davis cedeu a Frank Barat em 2014 e sete discurso proferidos entre 2013 e 2015.

Algumas das questões abordadas no livro podem ser resumidas nas palavras da própria Angela Davis, que diz:
?O feminismo envolve muito mais do que igualdade de gênero. E envolve muito mais do que gênero. O feminismo deve envolver a consciência em relação ao capitalismo ? quer dizer, o feminismo a que me associo. E há múltiplos feminismos, certo? Ele deve envolver uma consciência em relação ao capitalismo, ao racismo, ao colonialismo, ás pós-colonialidades, às capacidades físicas, a mais gêneros do que jamais imaginamos, a mais sexualidades do que pensamos poder nomear. O feminismo não nos ajuda apenas a reconhecer uma série de conexões entre discursos, instituições, identidades e ideologias que tendemos a a examinar separadamente. Ele também nos ajudou a desenvolver estrategias epistemológicas e de organização que nos levam além das categorias ?mulher? e ?gênero?[?] O feminismo insiste em métodos de pensamento e de ação que nos encorajam a uma reflexão que une as coisas que parecem ser separadas e que desagrega coisas que parecem estar naturalmente unidas?.(p.99).
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Carina Generale 22/09/2022

Aprendi muito! Esse livro fez parte do Ciclo de Leitura Fundamentes (Tese Onze) em que participei e foi a primeira vez que li Ângela Davis, com certeza não vou parar por aqui!
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Adriana 20/08/2022

A autora demonstra uma visão muito diferente do habitual sobre o mundo, um espírito inovador e emblemático que deve ser respeitado
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Raira26 06/08/2022

Nossa, que livro excelente! Eu já tinha lido Mulheres, Raça e Classe e Uma Autobiografia. É muito boa a sensação que tenho quando termino de ler alguma obra dela. Acho incrível como Angela Davis me coloca pra pensar tanto sobre as questões do feminismo negro.
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Delma 31/07/2022

Ótima leitura
O livro conta com 10 discursos/entrevistas da Davis. É um bom livro para entender um pouco da história dela e de algumas histórias de lutas passadas que refletem muito com o nosso cenário atual.
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Luma.Pacheco 24/07/2022

Ótimo livro pra começar a ler Angela Davis, por ser a transcrição de conteúdos orais em sua maioria. O doc A 13ª Emenda da Netflix complementa muito bem a leitura, o Libertem Angela Davis no YouTube também!
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MaSantana 24/07/2022

As falas de Angela em si são ótimas porém achei a reunião do livro mediana.
As partes dos discursos são boas, mas as entrevistas são meio fracas.
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Giovanna 11/07/2022

"Não queremos ser capazes de imaginar a expansão da liberdade e da justiça no mundo, como Hrant Dink nos incitou a fazer? (...) Se for esse o caso, teremos de fazer algo totalmente extraordinário, precisaremos ir às últimas consequências. Não podemos continuar a fazer o mesmo. Não há como se revolver em torno do centro. Não podemos agir com moderação. Teremos de ter disposição para nos erguer e dizer "não" unindo nossas almas, articulando nossas mentes coletivas e nossos corpos, que são muitos."

muito bom mesmo!!! achei que seria mais teórico quando comecei mas gostei muito mesmo assim. acho que é um bom livro introdutório pra começar a ler a Angela Davis porque fala muito bem de modo geral das principais pautas que ela defende e é uma leitura bem rápida e fluída.
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Márcia 03/07/2022

Ativismo, o ícone.
Há leituras que são essenciais; há autores/autoras que não podem passar à margem em nossas vidas. Ângela Davis faz parte dessa turma. Negra, mulher, ativista, marxista, feminista, filósofa, professora, etc. e, acima de tudo, lutadora por um mundo mais justo.

O livro ?A liberdade é uma luta constante?, publicado originalmente em 2016, é resultado de um conjunto de entrevistas e discursos realizados por Davis em diferentes países entre os anos de 2013 a 2015. Nele, damos conta de situações como essa, em relação ao racismo nos Estados Unidos:
?Se a escravidão tivesse sido abolida em 1863, por meio da Proclamação de Emancipação, ou em 1865, por meio da 13ª emenda, a população negra teria usufruído de cidadania plena e igualitária, e não teria sido necessário criar um novo movimento?.
E acrescenta:
?Era uma questão de liberdades concretas. Era uma questão de educação gratuita. Era uma questão de assistência à saúde gratuita. Moradia a preço acessível. Essas são questões que deveriam ter integrado a pauta abolicionista do século XIX, e cá estamos, no século XXI, ainda sem poder dizer que temos moradia e assistência à saúde a preços acessíveis ? e a educação se tornou uma mercadoria?.
Pois é. Nem lá, nem cá; nem em lugar nenhum do mundo essa abolição de fato ocorreu. A dívida para com a escravidão é impagável e, infelizmente, ela continua a atingir milhões de pessoas. Angelas Davis são fundamentais.
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Richard 18/05/2022

Qualquer livro da Angela é SENSACIONAL.
Esse livro é maravilhoso!! como qualquer livro da Angela. esse livro começa numa pegada de entrevista(achei isso positivo e negativo) achei positivo porque o entrevistador faz várias perguntas pra ela sobre coisas muito atuais apesar dos artigos e a entrevista serem de 2013/2014/2015 e achei negativo pq pra mim foi cansativo ler desse jeito. mas depois passa para os artigos da Angela que são a melhor parte e ver ela abordando temas atuais sobre várias questões, é realmente incrível. ela escreve e tem uma baita facilidade pra fazer a gente entender qualquer coisa que ela esteja falando! livro atual e ótimo pra revisitar sempre, como qualquer um dela!! RECOMENDO MUITO!
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Gabriela - @livrosdegab 17/05/2022

Livro de Janeiro do Fundamentes Ciclo
Esse foi o livro escolhido de janeiro para o @fundamentesciclo. Ele foi organizado pela @boitempo com entrevistas e discursos da filósofa e ativista norte americana Angela Davis.
To aqui há 30 minutos pensando no que escrever sobre a leitura mas qualquer coisa que eu falar vai ser superficial.

Esse é o meu primeiro contato com Angela e esse debate passa por trechos introdutórios e também assuntos mais complexos. Muito sobre interseccionalidade, vários esclarecimentos sobre a palestina, sobre os movimentos negros na América e no mundo, e, principalmente, sobre luta!
É um daqueles livros que abrem um leque de pensamentos, informações, vertentes e ligações sobre gênero, classe e raça.
Importantíssimo!

Uma honra poder contar com toda a estrutura do Fundamentes e da rainha da militância Sabrina e toda a equipe do @teseonze. 🖤
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