A liberdade é uma luta constante

A liberdade é uma luta constante Angela Davis




Resenhas - A Liberdade É Uma Luta Constante


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AndressaSrta.LerLivros 05/06/2024

Solidariedades transnacionais
"Não podemos agir com moderação. Teremos de ter disposição para nos erguer e dizer 'não' unindo nossas almas, articulando nossas mentes coletivas e nossos corpos, que são muitos."

Nesta obra, temos uma coletânea de discursos feitos pela ativista Angela Davis. Em seus discursos, ela deixa marcada a importância da coletividade das lutas voltadas para gênero, classe, raça, sexualidade, capacidade e etc. de se unirem para combater as repressões sofridas por esses grupos, pois, ao fazer uma análise, vemos que na verdade tudo está interligado.

Outro ponto importante que Angela traz, é a da luta contra o genocídio na Palestina ocupada. Importante informar que a primeira edição desse livro saiu em 2015 e hoje estamos vendo o que está acontecendo na Palestina. O genocídio está sendo televisionado e ninguém está fazendo nada. Onde está nossa voz?

Toda nossa história de luta nos mostra que o Estado, apesar de ser forte, não é imbatível. Precisamos unir nossas vozes coletivas e agir. Sem moderação.
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Eliane406 01/06/2024

Liberdade é para todos!!
Debater liberdade é complexo, porque existem muitas definições dentro da filosofia, na política e em algumas ideologias, mas o que é indiscutível é o ser livre, ter autonomia da sua própria vida, de viver de acordo com suas escolhas e direito natural.

Contrapondo essa liberdade natural devemos pensar que não estamos sozinhos neste mundo, viemos através de outros seres humanos e vivemos para outros seres humanos e não apenas para nossa individualidade, neste caso, a liberdade social acontece no coletivo para que se alcancem direitos equânimes, e para isso acontecer todo ser humano deve estar protegido por seus direitos.

Angela Davis vem nos mostrar em suas falas que a luta por liberdade social é constante, a sociedade ainda vive sob os estigmas da escravidão, nos conta toda a farsa da libertação de seres humanos e como seus direitos foram negados, todo seu estudo e luta é pela libertação de pessoas que estão em diversas condições de aprisionamento causada pela falta de direitos e por consequência de políticas anti abolicionistas. Hoje o lucro é a força motriz e não as necessidades do povo.

Todo esse racismo pungente é sistemático e Angela nos mostra essa abrangente compreensão do assunto, é um livro breve mas necessário e esclarecedor, mostra toda a verdade que nos é negada nos noticiários e livros didáticos. Não ter medo é o que nos coloca no caminho da luta e da esperança de um futuro com seres humanos melhores.

?"[...] Se a escravidão tivesse sido abolida em 1863, por meio da Proclamação de Emancipação, ou em 1865, por meio da 13° Emenda, a população negra teria usufruído de cidadania plena e igualitária, e não teria sido necessário criar um novo movimento."
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carlistar 21/05/2024

?Conheçam as narrativas de suas irmãs.?
Me surpreendeu que o livro não fosse o que eu esperava à princípio, mas de todo não me desagradou, bem pelo contrário. Aprendi muito nessas cento e poucas páginas principalmente sobre o conceito de interseccionalidade aplicado às lutas transnacionais e sobre a própria tradição negra radical. Foi uma ótima leitura.
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pavezijoao 19/05/2024

A injustiça em qualquer lugar do mundo é uma ameaça à justiça em todo o mundo
Trata-se de um livro de leitura fácil, didática e consideravelmente simples. A obra é formada por 10 capítulos, cada um sendo retirado de algum discurso ou entrevista proferidos pela Angela Davis, todos tendo certa relação entre si nos temas. Em razão disso, não há um aprofundamento muito extenso no conteúdo, porque esses meios não o permitem.
Dito isso, gostei muito da visão acerca da solidariedade transnacional, entendendo que as lutas não devem nunca ser vistas de maneira isolada (tanto do ponto de vista do isolamento geográfico quanto do ideológico), isto é, deve haver uma interseccionalidade de lutas, um projeto amplo e conectado, para se buscar efetivo resultado. Nesse sentido, Angela Davis cita Marthir Luther King: "A justiça é indivisível. A injustiça em qualquer lugar do mundo é uma ameaça à justiça em todo o mundo".
Do mais, interessantíssima a visão dela acerca de como a ideologia neoliberal nos inclina ao individualismo de tal forma que, quando diante de algum caso de violência policial racista, por exemplo, voltamos nossa atenção à busca de uma punição (uma vingança, nas palavras dela), contra aquele policial. A autora, de maneira muito pontual, manifesta-se de maneira contrária a esse posicionamento, não por entender que aqueles que cometam racismos não mereçam ser punidos, mas por ressaltar que a resolução não se encontra neste ou naquele indivíduo, mas no todo. Portanto, não há como direcionar nossa insatisfação em relação ao racismo contra apenas um de seus perpetradores (algo que seria um ataque à consequência, ao invés de à causa, tendo em vista que esses policiais são influenciados pelo racismo também, enquanto agentes do Estado). Deve-se, na verdade, direcionar-se contra as condições socio-históricas que culminam nestes atos, permitindo-os e normalizando-os sobremaneira.
Da mesma forma, Angela Davis também critica o posicionamento de feminismos que creem que a solução contra o patriarcado seja, tão somente, aprisionar e apenar aqueles que perpetram violências de gênero. Este entendimento apenas elege a criminalização e a violência estatal como solução una para problemas que não devem sem vistos isoladamente. Ao invés de ajudar, apenas reproduzem a violência.
Outra questão crucial da Angela Davis é sua fala acerca do Obama. Muitos teriam acreditado que a eleição de um Presidente negro nos EUA levaria à uma era pós-racial. Para a autora, uma crença tão inocente é um sinal de que não se discute e fala de racismo como se deveria, que o debate está pouquíssimo avançado. Nessa ótica, não se fala da classe trabalhadora, de racismo, de capitalismo. Deve-se buscar reintroduzir esses discursos no dia-a-dia, normalizá-los, caso se busque um ativismo que logre resultados.
Por fim, outro ponto importante é a visão da Angela Davis sobre as diferenças entre "liberdade" e "direitos civis". Para a escritora, a liberdade se trata de algo muito maior que direitos civis. Dessa forma, muitas vezes se busca "encaixar" o conceito de liberdade àquele dos direitos civis, de maneira a limitá-lo. Liberdade é também liberdade econômica, é também uma questão de saúde, moradia e educação para todos. A abolição da escravidão pode ter trazido direitos civis, mas a liberdade permanece sendo uma luta constante.
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Liað· 12/05/2024

Fodasrico
Cara esse livro me deixa sem palavras. eu amo sociologia, e amo ler sobre, e esse livro é espetacular, acho que aprendi mais coisa com ele do que eu aprendi matemática básica na minha vida KKKKK. recomendo muito de verdade
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dundr4d 17/03/2024

"Lutamos há tanto tempo.

Choramos há tanto tempo.

Lamentamos há tanto tempo.

Lastimamos há tanto tempo.

Morremos há tanto tempo.

Devemos ser livres, devemos ser livres"
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David Ribeiro 15/03/2024

A Liberdade é uma Luta Constante
?A Liberdade é uma Luta Constante?, quando associamos essa frase, à uma mulher como Angela Davis, tem um peso e uma força ainda maior. E esse é o convite que ela nos faz, o convite para a LUTA, para uma LUTA CONSTANTE...
Um livro com temas humanos tão atuais, quanto há décadas atrás. O livro é dividido se em duas partes, nos primeiros três capítulos, são transcrições de entrevistas das a Frank Barat em 2014 (confesso ter ficado meio frustrado pelo teor fraco e raso do entrevistador, com perguntas óbvias e sem profundidade), já os sete últimos capítulos são transcrições de palestras/discursos arrebatadores, e bem eloquentes, entre 2013 e 2015 em várias partes do mundo.
Dona de uma vida inspiradora e um enorme compromisso de luta, para que minorias (negros, mulheres, pobres, nativo americano, latinos, LGBTQIA+) vivam e convivam com dignidade, segurança, respeito, amor.
Ela oferece ainda uma compreensão abrangente do racismo sistêmico, em uma sociedade recheada AINDA de sistemas injustos.
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Mila 03/03/2024

Maravilhoso!
Extremamente didático, com linguagem acessível, rico em referências e muito atual. Além de constante, fica muito nítido que a liberdade é uma luta também e principalmente
coletiva.
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Caique91 04/02/2024

A liberdade é uma luta constante
O primeiro passo que este livro nos faz dar é rumo ao entendimento de que a liberdade mencionada no título dele não é uma liberdade pertinente apena a um grupo. O centro das coletâneas de entrevistas é a interseccionalidade.

Com tudo que tem acontecido em gaza, é importante reconhecermos que a liberdade é importante em qualquer lugar do mundo. Vejo hoje, o horrível cenário que Israel construiu, como algo parecido com o que acontece nas favelas brasileiras. A atribuição do título de terroristas para um povo, país, ou localização, é uma desculpa conveniente para o genocídio.

Ângela Davis é importante, mas este livro não é sobre ela. É um convite ao questionamento e ao reconhecimento da nossa importância unidos. A liberdade é uma luta constante, luta essa que começa em outra geração e que vai continuar no futuro. É uma luta sobretudo, coletiva.
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Tamires 12/12/2023

Liberdade
"é tentar. Tentar e tentar mais uma vez. Nunca desistir. Isso é uma vitória em si."

"Mudanças radicais são coisas do passado."
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Letícia 03/12/2023

Discursos e entrevistas
Com discursos sempre poderosos, temos um livro que discute diversos temas importantes e ainda muito atuais. As vezes parece que David está falando do ano que estamos.
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Bruh 03/11/2023

Uma reflexão profundamente interseccional sobre a liberdade
Meu primeiro livro de Angela Davis e uma série de porradas de realidade que me provocaram muitas reflexões, principalmente sobre a interseccionalidade, que é um tema que tive contato há poucos anos e, lendo esse livro, ficou muito mais claro pra mim do que nunca.


?Não acho que tenhamos alternativa além de permanecer otimistas. O otimismo é uma necessidade absoluta, mesmo que seja apenas um otimismo da vontade, como disse Gramsci, e um pessimismo da razão (?) Acho que esta é uma época em que temos de encorajar a noção de comunidade, especialmente em um momento em que o neoliberalismo tenta obrigar as pessoas a pensar em si mesmas apenas em termos individualistas, não em termos coletivos. É nas coletividades que encontramos provisões de esperança e otimismo.?
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Leila267 12/08/2023

Libertando a mente!
É uma coletânea de discursos transcritos Angela Davis. Por isso, a estrutura do conteúdo da obra, é diferente de outros livros de Angela Davis, talvez uma leitura mais fluida, mas sempre uma obra sensacional, que nos ensina e abre nossa mente para inúmeros assuntos,  muitas vezes é preciso estudar mesmo, pra entender Davis, uma mulher a frente de seu tempo!!!
Nesse livro Angela Davis aborda diversos temas como, encarceramento da população negra, indústria carcerária, genocídio, violência policial, gênero, transfobia, comunidade  LGBTQIA+, Partido Comunista, Partido das Pantera Negra, o qual fez parte, e por isso perseguida pelo FBI, sendo até colocada na lista das mais procuradas do FBI, por acusações  sem procedência, e a luta do Partido Pantera Negras, que conseguiu lhe tirar do cárcere.
Aborda também, as interconexões de luta transnacionais, principalmente em questões voltadas à Palestina.
Como sempre Angela Davis nos traz muitas aulas em um só livro! 
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Lari 15/07/2023

A leitura é bem leve, por ser um livro sobre política pensei que fosse ser mais pesado. não imaginava que fossem ser vários discursos e entrevistas e fiquei com receio de não sentir uma proximidade da autora por conta disso, porque todos os outros livros desse gênero que já li o autor escrevia de forma direta com o escritor, mas foi bem ok de ler
ela da uma percepção sobre as lutas que apesar de parecerem óbvias, nunca tinha pensado muito bem sobre. apesar de ser um livro mais focado nos eua e na palestina, da pra pegar muita coisa e refletir no cenário atual do brasil, principalmente sobre essa questão de jogar toda a responsabilidade no presidente e pensar que todos os problemas acabaram por uma eleição. outra coisa que gostei bastante foi como ela põe pra refletir que as lutas são coletivas, então para analisar uma situação que ocorreu a solução não é "dar um fim" a quem cometeu o crime, e sim reconhecer e acabar com o que o incentivou a cometer. tambem gostei que da uma introdução sobre lutas que tenho curiosidade, tipo o que acontece na palestina, como foi o apertheid e o sistema carcerário
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