Danielle 15/02/2016
Comecei completamente despretensiosa...
Vou começar um pouco diferente hoje, contando como eu fui parar 'devorando' esse livro. Eu estava selecionando uns livros em inglês para ler, porque, é, prefiro ler em inglês, as citações tem um 'efeito' maior e assim não perco os trocadilhos (sim, maldita represa, estou olhando para você); e um desses foi Airhead (título original do livro). Eu não pretendia ler na hora, nunca nem tinha visto nada sobre esse livro antes, não foi premeditado. Naquele domingo eu deveria estar lendo 10 contos de Machado de Assis que cairiam no meu teste de Português e Literatura na terça, mas aí eu pensei "ah, vou só ver como é o livro" e no momento que eu decidi isso... já era!
Eu estava completamente imersa na história, mas tinha dever de casa para fazer e os contos para ler, então veio aquela mentirinha básica que sempre contamos para nós mesmos: "só mais um capítulo". Eu realmente estava disposta a parar naquele capítulo, mas ele terminou e eu realmente não percebi! Como estava lendo e-book (apesar de eu amar, preferir mil vezes, livro físico, às vezes preciso sucumbir a essa inovação, que eu adoro também, faz com que a disponibilidade de livros seja muito maior), os capítulos não tinham uma página de separação entre eles, e, ainda por cima, não eram nomeados. Fui lendo, lendo, e quando percebi já tinha passado por três capítulos (eu voltei para checar). Eu não conseguia parar.
A história mostra uma perspectiva diferente das coisas: Emerson é uma feminista, e não se importa com a beleza, inclusive chama as garotas populares de sua escola de "The Walking Dead", já que elas não aparentam ter opiniões e seguem padrões. Nikki é uma modelo, desfilando em trajes mínimos por aí. Com a aproximação de Em (como ela prefere ser chamada) a Nikki (e, caramba, que aproximação!), ela descobre estar errada quanto a algumas coisas. Em agora 'precisa' fazer parte de algo que antes repudiava, e descobre que não é tão fácil quanto pensava a vida de uma modelo.
O livro me deixou completamente atordoada, mas de um modo bom (difícil de entender, certo?). Em um momento eu adorava um personagem, o Gabriel Luna, em outro eu estava o odiando completamente, no melhor "ugh" que eu podia fazer, e depois, lá estava eu adorando ele de novo. Outro 'problema' para mim foi o Christopher, melhor amigo de Em; às vezes eu só pensava "ele é estúpido, ou o quê?", mas depois eu fiquei com um dó dele, uma pena (e eu acho terrível sentir pena, não gosto mesmo).
Lulu, melhor amiga da Nikki, meio louquinha, se tornou logo a minha personagem favorita. Me surpreendi com ela e me diverti horrores. Ela é a responsável por muitas das cenas mais engraçadas do livro. Num momento, ela e Brandon, namorado da Nikki, sequestram a Em! É hilário, confuso e trágico. Outra caixinha de surpresas para mim nesse livro foi a Frida, irmã da Em. No início eu não a suportava. Sério. Mas até que ela é legal! Acho que essa personagem foi super bem desenvolvida, ajudando Em a ver por aquela outra perspectiva, já que Frida tem um desejo de se encaixar e, para o horror da irmã e da mãe, quer ser líder de torcida, parte das "The Walking Dead".
O livro termina de um jeito que é impossível não querer o próximo, Sendo Nikki; e o final me lembrou o de Gregor, o Guerreiro da Superfície, da Suzanne Collins (mesma autora de Jogos Vorazes), outro livro que eu adorei e pretendo fazer uma resenha sobre mais tarde.
PS: Os três livros dessa série já estão disponíveis no Brasil. Yay.
site: girlwhoread.blogspot.com.br