Julia G 18/10/2012Cabeça de Vento - Meg CabotResenha publicada originalmente no blog http://conjuntodaobra.blogspot.com
"Só que, dessa vez, os cabos que prendiam a TV de plasma ao teto pareceram ceder. O primeiro cabo se soltou. Depois o segundo.
E bem embaixo da TV estava minha irmã, ainda oferecendo a caneta para Nikki Howard lhe dar um autógrafo.
- Frida, sai daí - gritei, sentindo o coração pular no peito.
Corri naquela direção para tentar salvá-la, bem na hora que o último cabo que segurava a gigantesca TV se soltou [...].
E então tudo desmoronou.
Em cima de mim.
E - como no Journeyquest, quando eu cometo um erro e minha personagem perde uma vida - tudo ficou preto." (p. 43)
Emerson Watson sentia que não sobreviveria ao ensino médio. Além de ser considerada a nerd fracassada, sua irmã, Frida, ainda pegava no seu pé por seu modo de se vestir. Em não se importava muito com o que os outros pensavam, mas não gostava muito do fato de que Frida querer entrar para o grupo das líderes de torcida
Em não tinha motivos para dar atenção a essas garotas quando tinha seu melhor amigo, Christopher, que parecia ser diferente dos outros e tinha algo na cabeça, principalmente por não ficar babando pelas mortas-vivas cabeças de vento líderes de torcida como faziam os outros garotos. Em adorava passar horas em sua companhia jogando vídeo-game e, apesar de ele não perceber, ela era totalmente apaixonada por ele. E ele disse que achava que a aparência de Em estava ok...
Poucos minutos antes de Em sofrer um acidente.
Por insistência de Frida, a mãe das garotas obrigou Em a acompanhar a irmã à inauguração de uma super loja na cidade. Com a presença de celebridades como Gabriel Luna e Nikki Howard, bem como de manifestantes que não queriam a abertura da loja. A confusão no lugar é generalizada, e Frida quase é atingida por uma televisão. Em salva a irmã, mas é atingida em seu lugar.
E por mais estranho e impossível que possa parecer, ela não acorda como Em, e precisa aprender a lidar com sua nova vida e com a falta do único que realmente gostaria que soubesse o que aconteceu: Christopher.
Ouso dizer que Cabeça de Vento, de Meg Cabot, é um dos melhores livros da autora. Claro que não li tantos a ponto de tornar minha opinião rigorosa, mas foi uma história que atingiu o ponto exato de desenvolvimento. Nem muito adulto, nem muito jovem; a obra é divertida e irônica, envolvente da maneira ideal, que deixa sempre aquela lacuna a descobrir, aquela vontade de sempre se estender por um capítulo a mais.
Por maiores que fossem os defeitos de cada personagem, gostei de todos eles; me diverti com uns, me apaixonei por outros, mas de alguma forma, criei uma ligação com cada um. Adorei Em e sua relação com Frida; por mais estranha que fosse, havia ali amor de irmãs. Lulu e Brandon pareciam ter uma cabeça de vento, como diz o título, mas mostraram corações enormes. Gabriel era hipnotizante, e o namorado de Lulu (desculpem, esqueci o nome!) era patético de uma forma esquisita, que até assim eu consegui gostar. E Christopher era simplesmente fofo demais.
O único ponto negativo que posso citar do livro é que, além do acidente e as mudanças que ele traz, nada de mais acontece. Este primeito volume é deveras introdutório, e também acaba sem um final de verdade. Fiquei um pouco frustrada com isso, pois não sei quando poderei ler Sendo Nikki, mas espero que seja em breve. Será que alguém me empresta? rsrs