Esaú e Jacó

Esaú e Jacó Machado de Assis...




Resenhas - Esaú e Jacó


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Giu :) 01/11/2023

Esaú e Jacó
"Esaú e Jacó" foi publicado quatro anos antes da morte de Machado, porém retoma o romantismo do início da sua escrita apesar do realismo também presente no livro. A obra aborda a rivalidade entre irmãos, que são opostos em todos os aspectos de suas vidas, mas amam a mesma mulher, Flora, que não consegue decidir entre os dois. O livro possui um misticismo muito presente durante toda a narrativa, visto que os irmãos se odeiam desde o ventre, o que é revelado por uma vidente ainda durante a gravidez de Natividade, a mãe dos mesmos.
O livro é permeado por uma ambiguidade muito forte, com personagens tão diferentes e tão parecidos ao mesmo tempo, tornando-se também um panorama social, como normalmente ocorre nas obras machadianas. Também é muito interessante a maneira como as mudanças que ocorreram no Brasil no período em que se passa o livro tornam-se quase personagens da obra, sendo abordadas de uma maneira bastante interessante e detalhada.
Gostei bastante da leitura, embora tenha sido um tanto arrastada.
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Gabriela.Andrade 23/11/2023

Machado é Machado! Gostei do livro mas prefiro memórias póstumas de Brás Cubas kk

Que venham os outros
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Albino 11/07/2022

Uma avaliação sempre injusta
Esau e Jacó talvez seja a obra mais difícil de avaliar. Enquanto livro de literatura histórica é primoroso, profundo e incrível, como livro de narrativas e personagens narrativos é um dos mais complexos e completos, mas as vezes como literatura, daquelas "descomprometidas" é um livro difícil e talvez até fastidioso.

O livro em si não é um romance típico que se espera de várias e várias sinopse por aí. É um livro sobre um período transacional de regime no Brasil, fim do império e início da República. Ainda que incipiente apresenta diversas divergências e convergências entre as posições políticas antagônicas.

O que mais chamou a minha atenção foram os pequenos opinativoa daa vozes femininas no livro sobre a posição e opinião política tão relegada à época e como direcionaram o enredo do romance.
(está é uma avaliação simplória e sem verticalizar os estudos que machadiano que merece ser feito)

Esau e Jacó não é uma tarefa fácil de ser lida sem um material de apoio e de referências consistentes.

Merecerá uma releitura profunda.
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Paty 26/10/2022

Isso ou aquilo, ou nenhum dos dois, não sei ou não importa..
Após ler Dom Casmurro fiz desse o meu segundo livro do autor e percebi uma semelhança na tentativa de "obrigar" o leitor a considerar a narração ao menos de duas perspectivas ( traição ou obessão? E no caso; ensinados ou predestinados?), mas a tentativa ao meu ver, nesse livro foi falha. A subjetividade de tudo (poderia ser isso ou aquilo ou nenhum dos dois, não sei ou não importa, etc.) tornou o livro massante ao ponto de eu quase abandoná-lo. Sim, o leitor pode decidir se foi isso ou aquilo, mas não é como se interferisse em algo anyway. Diferentemente de em Dom Casmurro, ao qual com sucesso, provê duas realidades paralelas.

O início do livro é muito bom, construiu uma intriga que conecta o presente com a antiguidade. (tanto na ficção da estória quanto no contexto histórico do nosso Brasil). Mas infelizmente, se tornou entediante antes mesmo de chegar na metade e quando achei que ia melhorar acabei.

Por um lado, temos representado nos personagens de Pedro e Paulo os pensamento de um povo dividido entre a Monarquia e a República, também representado pela mulher pela qual ambos se apaixonam e reciprocamente se apaixona por eles; ora por um e ora pelo outro. Refletindo aquilo que se passava na cabeça do nosso povo ao passar por essa mudança política. Ora nostálgicos em relação a Monarquia e ora atraídos pela "revolução" Republicana.

Me faz também refletir, como cristã, em como somos alertados a não procurar por médios ou tentar prever o futuro. O livro da uma boa razão para isso; eles passam a viver em torno de uma professia que não chega a se cumprir. Criaram uma expectativa enorme em algo que nunca se concretizou. A primeira alegria pelas boas novas se tornou em frustração. Assim como eu começando o livro toda animada e finalizando decepcionada. Será coincidência ou proposital?
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Wanderley 24/01/2023

“Todos os contrastes estão no homem”
Em Esaú e Jacó, Machado de Assis apresenta a história de gêmeos que, apesar da semelhança física, não poderiam ser mais diferentes um do outro, especialmente no que diz respeito à política. O pano de fundo (que na verdade é a essência da história) é o cenário político carregado de fortes divergências entre monarquistas e republicanos no Brasil.

Machado mostra que a polarização, uma suposta novidade do Séc. 21, é velha conhecida dos brasileiros (o livro foi lançado em 1904). É que por aqui as paixões políticas são volúveis mesmo: republicanos buscam vantagens junto à monarquia e monarquistas se transformam em republicanos com a mudança de governo. E os adversários, no fim, acabam se parecendo mais que são capazes de admitir. Como disse Machado em Esaú e Jacó, “todos os contrastes estão no homem”.
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Andrea170 14/03/2023

Clássico
Clássico inquestionável para se deleitar com a vida no Rio de Janeiro na época da proclamação da república.
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Ninguem 09/10/2019

Machado em seu zênite
Certo lugar que não me recordo, e custo procurar a fonte, li a seguinte afirmação: "são poucos os livros nacionais que resistem ao teste da releitura". Concordo com a afirmação e vou além. Alhures também é difícil achar uma obra que nos dê motivos para justificar releitura. Com tantos livros, físicos e digitais, nos esperando para serem lidos nos intervalos que a vida nos concede é estranho permitir algum livro ser relido no lugar de outro que nunca começamos. Mas se quiser saber um bom motivo pelo qual um livro deve ser relido tente por este aqui.
Os romances do Machado da sua considerada segunda fase (excluo o Memorial de Aires, pois ainda não o li) são livros que melhoram a cada releitura. Suas páginas nos entregam cada vez um pouco mais, nos deleitam mais ainda do que na primeira vez. É como um prato favorito de um restaurante querido, com cada degustação sendo melhor com o acúmulo das experiências passadas.
O encontro com as páginas queridas também se faz com o desvelar de novos detalhes, pois no romance há muito mais que o enredo, há diversos significados para os nomes, os acontecimentos, a própria relação do narrador, que é ao mesmo tempo um personagem, o comendador Aires. Tudo isso sem perder o estilo gostoso, corrido e galante de Machado. Os detalhes narrativos são complementados com os comentários irônicos sobre as ocorrências, como o contraste da ficção e da verossimilhança almejada pelo autor, apesar da trama trágico-bufa.
Esta foi a minha segunda leitura do livro, já com saudades e com a certeza que o revisitarei novamente como um velho amigo a esperar-me nas ruas do Catete.
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Romulo 13/02/2020

Interessante
Não é a principal obra de Machado de Assis, mas é bem interessante, principalmente por se situar no momento da queda do Império e início da República!
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andre.marinhocosta 22/08/2020

Não era verdade quem vence, é a convicção
Penúltimo romance de Machado de Assis, Esaú e Jacó não é o melhor. O fio narrativo central - o dilema de uma moça apaixonada por dois gêmeos - carece da profundidade e originalidade das obras anteriores, sobretudo quando se contrapõe às três imediatamente predecessoras - a trilogia que é o pináculo da carreira do maior escritor do Brasil. Não surpreende, portanto, que muitos considerem esta a mais fraca novela do Bruxo de Cosme Velho.

No entanto, a busca desesperada por um enredo cativante pode ocultar as grandes qualidades de um livro que, como nenhum outro, mergulha o leitor no pensamento político machadiano. Não que seja verdadeiro aquele mito de que o autor fugia da realidade de seus tempos e apresentava histórias alienadas do contexto histórico. Mas precisamente porque é nas reflexões do conselheiro Aires e na contraposição entre Pedro e Paulo que Machado traduz a visão circunspecta com que encarava eventos primordias: o movimento republicano, a abolição da escravidão, o colapso da monarquia brasileira e os primeiros desdobramentos da República.

Através da metafora bíblica, Esaú e Jacó são introduzidos como Pedro e Paulo, filhos de um casal alçado à elite carioca por meio do trabalho no serviço bancário. Desde a barriga da mãe, os gêmeos dão sinais de antagonismo, do que os pais só se dão contam depois do prognóstico de uma vidente cabocla. A família empreende todos os esforços possíveis para evitar as tensões fraternas, mas a oposição se intensifica ao ponto de chegar ao auge na arena política: Paulo se torna um advogado republicano e Pedro, um médico monarquista. Ambos implacáveis na defesa do que acreditavam, com a verdade dos acontecimentos em segundo plano. Afinal, "não é a verdade que vence, é a convicção. Convence-te de uma idéia, e morrerás por ela", conforme lembra o conselho Aires, amigo da família, em determinada passagem.

O enredo principal começa a se desenrolar no momento em que fica claro que os dois compartilham um único traço em comum: o amor por Flora. Filha de um político sem rumo, a jovem entra em difícil impasse ao se ver apaixonada pelos irmãos, aos mesmo tempo, na mesma intensidade - a ponto de chegar a enxergá-los como só um. É claro que a moralidade da sociedade imperial jamais permitiria uma menina encantada por dois homens e ela teria que se apressar para escolher o amado.

O suspense advindo do dilema até desperta alguma curiosidade, mas bem poderia estar em qualquer obra romântica do início do século XIX. A assinatura de Machado, na verdade, está nas entrelinhas. Está na fina e sofisticada ironia que, sem dizer explicitamente, faz sarro do cotidiano e da estrutura da alta sociedade fluminense. Está na bilhante passagem em que o pai de Flora, um político conservador jogado ao escanteio pelo partido que representou a vida inteira, começa a se questionar se, na real, ele não seria mesmo um liberal. Ou então na tentativa da mãe dela, a Dona Claudia, de convencer o marido de que ele deveria considerar a mudança de partido para conseguir um cargo.

Com exemplos como esse, Machado denuncia o oportunismo da classe política que, embora dividida por colorações partidárias, invariavelmente compartilha um só interesse: a manutenção do poder. E, mesmo quando o arranjo monarquista dá lugar ao presidencialismo republicano, o status quo de uma sociedade estratificada permanece intacto. O tom de resignação das derradeiras páginas talvez seja reflexo do desencanto do autor, que tendo testemunhado tantos episódios históricos, chega ao fim da vida com a conclusão de que o Brasil sempre será esse.

Faz sentido que muitos leitores reclamem da monotonia narrativa de Esaú e Jacó. Mas é justamente essa suposta estagnação que o torna interessante. Não há motivo para pressa em busca da verdade se, no fim, quem sempre ganha é a convicção.
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Locimar 04/09/2020

Leitura feita em Vilhena quando eu estava no Ensino Médio e estudava no Álvares de Azevedo. Quantas saudades, meu Deus. Estudava a noite, lia muito literatura brasileira e sonhava.
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Flávia 06/09/2020

Machado sempre me surpreende! Nesse romance, conhecemos Pedro e Paulo, inimigos "ab ovo" (desde o ovo). Mesmo no ventre de sua mãe, os dois já brigavam e não foi diferente em vida. Inclusive, no amor, pois os dois se apaixonaram pela mesma moça, Flora. Leitura que vale a pena.
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Jonathan153 28/06/2023

Depois de três clássicos machadianos, Esaú e Jacó funciona como uma espécie de anti-clímax. Romance bem tedioso.
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