Esaú e Jacó

Esaú e Jacó Machado de Assis...




Resenhas - Esaú e Jacó


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Monique | @moniqueeoslivros 25/09/2021

Esaú e Jacó
{Leitura 21 - 2021}
Esaú e Jacó - Machado de Assis

Aqui temos a história de dois irmãos - Pedro e Paulo - gêmeos que discordam em tudo na vida. Um é Republicano, o outro é Monarquista. Um gosta do previsível, o outro das mudanças. Um é advogado, o outro médico.

A história se passa na transição do Império para a República, e o conselheiro Aires é quem convive de perto com a família e narra as suas memórias.

Permeado daquela ironia que só Machado de Assis domina, o livro conta a história dos dois meninos desde o nascimento até a idade adulta, quando os dois concordam em apenas uma coisa: ambos desejam o amor de Flora.

Nada no livro é por acaso, nem mesmo a escolha dos nomes dos personagens. A Pedro, o monarquista, Machado dá o nome do imperador. Já Paulo ganha o nome do santo que se rebela e também o nome da cidade que o Império encontrou forte oposição nos anos finais. O próprio título faz alusão aos irmãos do Antigo Testamento.

Uma história divertida e irreverente, totalmente simbólica, do jeito machadiano de ser. Aqui tem muita Psicologia, História, metalinguagem e muitos outros olhares possíveis. Recomendo muito!
@quixotandocomadani 29/09/2021minha estante
estou com esse livro para ler aqui! otima resenha!


Monique | @moniqueeoslivros 29/09/2021minha estante
Muito obrigada! Quando ler me avisa, a gente pode trocar ideias! ?


@quixotandocomadani 29/09/2021minha estante
Aviso sim!! ?


Alê | @alexandrejjr 19/03/2022minha estante
Tenho que revisitar esse livro! Tentei ler ele na adolescência, na época da escola, e não funcionou. Mas é Machado de Assis, né?! Quem sabe hoje, com um pouco mais de bagagem, a experiência seja outra...


Monique | @moniqueeoslivros 19/03/2022minha estante
Com certeza, Machado de Assis na escola eu tenho pra mim que era outro cara, não podia ser o mesmo... Kkkkk.




rebeccavs 28/02/2020

Rousseau e Hobbes entre a natureza do homem

Anos atrás (em 2017), quando comecei a ler alguns romances machadianos, deparei-me com “Esaú e Jacó” e pensei que se tratava de uma explicação bíblica amplificada e detalhada. Todavia, enganei-me e, ao ler sua sinopse, vi que se tratava da rivalidade entre dois irmãos por uma mulher.

Ao começar a leitura, esperei bastante (em minha concepção e grande paciência, foram mais de 9 meses de gestação) pelo nascimento dos gêmeos Pedro e Paulo. Achei bastante interessante o fato citado pela adivinha que, desde o ventre, os irmãos se odiavam.

Ao crescer, disputam a mesma moça, Flora, e um decorrer de situações acontece.

No desenvolvimento, parece que o livro foi feito exclusivamente para Aires, porque ele era praticamente o “protagonista” do livro e essa tangência me aborreceu demais. Quis ver um triângulo amoroso, mas o foco foi esse senhor durante boa parte da obra.

Ao finalizar a leitura, lembrei-me duma frase dos filósofos iluministas Rousseau e Hobbes, os quais disseram, respectivamente: “O homem nasce bom, a sociedade que o corrompe” e “O homem é mau por natureza”.

Através da intertextualidade e criando um contexto adequado à obra, questiono: ambos os irmãos se odiavam por alguma força à parte ou simplesmente pela natureza?

O que pode ter ocorrido durante a concepção deles, ou já brigavam enquanto almas?

Até criei uma teoria cujos Pedro e Paulo foram inimigos numa vida passada e, como castigo, reencarnaram irmãos gêmeos. Cômico, não?

O Bruxo do Cosme Velho é genial!
Felipe 12/11/2021minha estante
Interessante sua suposição de os irmão terem sido inimigos em vida passada, já que há a menção sobre o espiritismo na obra (Plácido). Eu não sei se entendi bem, mas o fato de Aires ter tanta participação é por ser a história, o livro dentro do livro, escrita por ele, que sucedeu seu Memorial (no universo, já que Machado publica o Memorial de Aires posteriormente).


Ruth 24/08/2022minha estante
Machado de Assis é maravilhoso. Essa história não deixa nada a desejar, Machado sendo Machado. Uma trama interessante e um final que não desejamos ou imaginamos. Sempre que leio esse autor, penso: o final será totalmente diferente da minha expectativa. E isso é uma das coisas que mais gosto em suas histórias.


rebeccavs 06/02/2024minha estante
Obrigada pela explicação, Felipe! Após esse, li o memorial, mas não tinha notado a singularidade do "livro dentro do livro", como você falou, que até faz uma conexão bacana entre Memórias Póstumas e Quincas Borba. Passei uns anos fora do Skoob e agora estou de volta, agradeço o comentário! =D


rebeccavs 06/02/2024minha estante
Ruth, a conotação e o inesperado são os melhores temperos de Machado * - *




Roberto 18/03/2023

As eternas opiniões conflitantes
Machado me decepcionou dessa vez, e eu lamento mais ainda pq de fato tentei gostar do livro. Nessa ele perdeu a mão no quesito de desenvolvimento dos personagens, pois acaba criando personagens demais, dando demoradas descrições de suas vidas e personalidades, para depois deixá-los de lado, transformando a maioria dos "cidadãos" em meros bonequinhos de papel, como foi o caso irmãos protagonistas e de Flora, a paixão dos dois. Até há uma tentativa de desenvolver seus personagens aqui, com um romance envolvendo os três protagonistas, mas se mostra excessivamente melodramático, bolorento e mal sai do lugar, mostrando um dos(poucos) pontos mais fracos do Machado, que é na criação de histórias românticas
Machado me parece muito melhor como narrador em primeira pessoa do que em terceira, pois até msm no excelente Quincas Borba a narrativa me pareceu levemente truncada e com algums problemas parecidos
Porém, tem seus momentos interessantes, como nas divagações do nosso querido Bruxo, que sempre tem alguma pérola ou anedota pra dizer, as descrições daquele período e as reviravoltas que a mudança na política trouxe às vidas comuns
Dan 19/03/2023minha estante
Machado só soube escrever em terceira pessoa em seus contos.


Roberto 19/03/2023minha estante
Tbm achei isso Dan, parece que ele acaba levando esse de ser " O Narrador Onisciente" a sério dmais kkk descreve toda a vida dos personagens mas não os mostra em ação




Matheus 09/05/2013

Quem gostou explique o "PORQUE" gostou.
Uma narrativa lentíssima, poucas coisas acontecem durante boa parte do livro e o assunto da rivalidade dos irmãos é abordado exaustivamente, deixando o livro muito repetitivo. Além do marco histórico (Monarquia/Repúbica) o que sobre do livro? A história é muito fraca.
Como primeiro livro de Machado de Assis que leio fiquei bem decepcionado, pois a fama dizia totalmente o contrário.
Quem achar que entendeu melhor que eu o livro, me explique.
Fabio Vergara 10/12/2013minha estante
Bom, eu gostei. M. Assis fala de política em "Esaú e Jacó", Pedro e Paulo são uma metáfora para mostrar as correntes rivais em sua época - Monarquia e República, no caso. E no fim, ele mostra claramente que não existe uma certa e outra errada. É isso que interpretei do livro. Mas, obviamente, isso representa apenas e tão somente a minha opinião... Não o julgo por não ter gostado! Muitos também não!


Fábio Pinho 04/05/2014minha estante
Também não gostei. Dos livros que já li do Machado de Assis este com certeza é o mais chato




Raquel 06/01/2021

Machado sendo Machado
Em "Esaú e Jacó", Machado nos relata as vidas desde o ventre de dois irmãos gêmeos idênticos: Pedro e Paulo. Após uma gravidez conturbada, a recém-mãe dos gêmeos, tomando todas as precauções exigidas por uma dama da sociedade, fora a uma vidente consultar a respeito do futuro dos seus rebentos. Saiu de lá com apenas uma promessa de seriam grandes homens e que "cousas boas eram esperadas". Nota da autora do post: desde que li o livro não consigo mais falar "coisas". Adicionei o "cousas" ao meu vocabulário cotidiano.

A infância e adolescência dos irmãos é retratada em meio à agitada vida social da família, nas mais altas classes da sociedade carioca do Império. Desde sempre, fica claro ao leitor que, apesar de gêmeos idênticos, Pedro e Paulo têm personalidades quase opostas. Um é combativo, outro pacificador. Na fase adulta, um se torna médico, outro advogado. Na política, um é conservador e outro revolucionário. E na época retratada da história, quando da dissolução do Império e da proclamação da República, esta última distinção não foi apenas causa de rixas entre os irmãos, mas de verdadeiros entraves entre a tradicional família e a sociedade carioca.

Com o passar dos anos, vemos que a similaridade entre os dois passa a não se restringir apenas ao campo físico, pois começam a amar também a mesma mulher. Flora, uma jovem retratada como confusa e dissimulada, não consegue se decidir qual dos irmãos ama mais, pois vê em um tudo o que falta no outro, e vice-versa.

Li alguns comentários de que essa obra de Machado deixou a desejar, pois o enredo é bastante batido. Vejam, nem tem como discutir esse ponto. O próprio título do livro faz referência a uma história bíblica de dois gêmeos que também travam batalhas entre si em busca de amor e aprovação. Mas o que mais me fascina nas obras de Machado de Assis não é o enredo das histórias, é a narrativa. Muitas vezes, o autor usa o narrador como um personagem, tão importante quanto aqueles dos quais as histórias ele relata. Se utilizando da não onisciência do narrador, Machado nunca deixa certeza sobre o que de fato aconteceu ou o que as pessoas sentiram, deixando a cargo do leitor interpretar apenas os sinais e expressões captados pelo narrador. A irreverência das suas obras é gigantesca e envolvente. Sou muito fã do Machado, essa é só mais uma obra que li e amei.
Júlia 07/01/2021minha estante
Aí nossa, acabei de ler. Machado é único só posso dizer isso.


Raquel 07/01/2021minha estante
Ele é maravilhoso!




Gabriel 17/08/2018

Pedro e Paulo são dois gêmeos completamente antagônicos. Sua mãe, Natividade, passa a vida inteira tentando encontrar uma maneira de uni-los e vê-los grandiosos, desde que juntos. A descrição de personagens tipicamente machadianos encoraja o leitor a degustar a obra com a voracidade de um animal sedento e a moderação de um homem sensato.

Somando-se à qualidade do enredo que, por si só, já seria o bastante para consagrar a vida de Natividade e Santos, Pedro e Paulo, Batista e D. Cláudia, Aires e D. Rita, Flora, Nóbrega e outros, Machado ainda adorna a narração com indumentárias que lhe são bem conhecidas. O texto é leve, divertido, instigante, além de muitos outros adjetivos que se lhe possam ser acrescentados. Para além de tudo isto, também é uma obra que carrega consigo uma densidade histórica e antropológica que não podem ser esmiuçados numa breve resenha.

A atemporalidade de "Esaú e Jacó" pode ser atestada quando se reconhece a possibilidade de uma leitura sob o prisma das teorias do francês René Girard. Na penúltima obra de Machado, pode-se verificar com facilidade os elementos preponderantes das obras girardianas, a saber, os conflitos que culminam em violência, gerados pela mimesis, exigindo, posteriormente, sacrifício para apaziguamento das circunstâncias. Entra em cena, portanto, o instrumento fundamental da antropologia girardiana, que é o mecanismo do bode expiatório. Nesta trama, Machado faz rodar as engrenagens da estrutura a que Girard se referia, chegando a uma conclusão palatável para um problema que representa fidedignamente as contradições e as vontades que emergem da natureza humana.
Edy Marques 20/08/2018minha estante
Bela resenha. Fiquei com vontade de ler rs


Gabriel 21/08/2018minha estante
Eu queria ler o Memorial de Aires, mas me sugeriram que passasse primeiro por Esaú e Jacó. Foi uma sugestão utilíssima. Leia quando tiver a oportunidade.




Li 07/08/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - AGOSTO - CLÁSSICOS DA LITERATURA BRASILEIRA *OFICIAL*
Sinopse: Através da história de permanente rivalidade e discórdia entre os gêmeos Pedro e Paulo, Machado faz uma análise profunda da alma humana. Mostra ainda, com seu aguçado espírito crítico, a transição do Império para a República.

Adoro Machado de Assis. Estava olhando os títulos dele que ainda não li, e me interessei pelos que figuram como mais realistas, apesar de todos os textos de Machado apresentarem características tanto realistas, quanto românticas...

...E com este não foi diferente! O livro é bom, mas não vai entrar para a minha lista dos preferidos do autor. As características de Machado estão lá, mas não sei, não gostei muito... Talvez pelo pano de fundo da narração, a mudança do império para a república (como já disse em outras resenhas, não sou muito fã de história do Brasil, admito), ou porque não gostei absurdamente de nenhum dos personagens, ou ainda pelo fato de que achei o enredo meio chatinho.

O bom do autor, é o jeito super interessante de descrever os acontecimentos, sejam históricos ou não, dentro do cotidiano das pessoas... Até o "chato" se torna mais prazeroso de ler.

Enfim, gostando ou não do enredo, o estilo de Machado já vale a leitura, e dei muitas risadas com as “alfinetadas” que o autor distribui, seja à sociedade ou aos próprios leitores, como nesta passagem:
“Francamente, eu não gosto de gente que venha adivinhando e compondo um livro que está sendo escrito com método. (...) Não, senhora minha, não pus a pena na mão, à espreita do que me viessem sugerindo. Se quer compor o livro, aqui tem a pena, aqui tem papel, aqui tem um admirador; mas, se quer ler somente, deixe-se estar quieta, vá de linha em linha; dou-lhe que boceje entre dois capítulos, mas espere o resto, tenha confiança no relator destas aventuras.”

Acho que gosto de Machado de Assis por não ser simpático a ninguém... Ele usa uma linguagem tão direta, um estilo tão irônico e sem muitas amarras, além de meio pessimista, que quase me vejo nele!


*http://desafioliterariobyrg.blogspot.com/*
Viquinha 18/08/2011minha estante
Também gosto muito dele. Pelo estilo de linguagem, pela acurácia no olhar, pela ironia refinada...para mim, sempre foi divertido lê-lo. Esaú e Jacó está na minha estante à espera do primeiro encontro. Estou lendo Memorial de Aires. Estou gostando. Lembra um pouco a linguagem blogueira de diário pessoal, resguardadas as devidas proporções, é claro...rs


Elaine 22/08/2011minha estante
Li,

ainda nao li o livro mas esta na minha lista para este ano ainda. Sua resenha me deu um gostinho de iniciar logo...bjs




xuxudrops 16/08/2010

Personagens narradores
O unico narrador da história poderia ser o Conselheiro Aires, que depois aparece em Memorial de Aires do próprio Machado. Exceto que este narrador, assim como todas as personagens do livro, narram a história, quase que sem querer, do nosso país em uma época de transição entre a monarquia e o advento da República, com a queda do Imperador e a ascensão de nosso primeiro presidente, Mal. Deodoro.
Os personagens, com as suas atitudes, demonstram a inquietude da época, e também um certo desdém em relação aos acontecimentos, comprovando que a futilidade e o desinteresse pelos rumos da nação vêm de longa data mesmo.
O personagem dos gêmeos Pedro e Paulo sempre em querelas , políticas ou não, são um retrato de uma população dividida, sem deixar transparecer o autor se tem preferência por um ou outro modelo de governo, pois os gêmeos tem a mesma idade e o mesmo espírito combativo. Não há favoritismos, e no fim, suas personalidades trocam, como se trocasse também a opinião pública.
Entre os gêmeos fica a diáfana e indefinível Flora, quase a representação do país e do poder, dividida sem poder escolher qual gêmeo amar, assim como um país que não sabe que rumo tomar.
A única que tenta, sem sucesso, conter os quiproquós dos irmãos é a mãe, que nada quer além do máximo de seus filhos, assim como toda mãe. Quer que eles sejam grandes. Me identifiquei muito com Natividade, pois se define, sem escolher um filho, apenas quer que suas ideias vinguem. Escolhe por fim o filho monarquista e depois se rende ao republicano, por comodismo, assim como o resto da população na época.
Machado neste livro está no fim de sua segunda fase, já modernista e nostálgico, contando uma excelente crônica do Rio de Janeiro da época, sem esquecer de seu humor ácido no que tange os hábitos hipócritas da pessoas de seu convívio.
Sally.Rosalin 23/02/2012minha estante
Adorei sua resenha.


xuxudrops 23/02/2012minha estante
Obrigada, Sally! Muito fácil ler e resenhar Machado, afinal ele é o mestre!




MARA 03/02/2013

Os gêmeos Pedro e Paulo têm o futuro desvendado pela cabocla do Castelo quando contam apenas um ano. O emblemático "cousas futuras" dá à mãe a certeza do sucesso dos filhos e leva-a a dispender mais que o necessário ao pagamento da vidente e à bacia das almas para susto da irmã. Os gêmeos crescem iguais na figura mas dissidentes sempre, para a tristeza da mãe que os queria amigos.
Jessica.Mendess 19/09/2016minha estante
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DIÓGENES ARAÚJO 10/07/2013

Abaixo da espectativa
Em se tratando de Machado de Assis, eu esperava mais desse livro.
Fábio Pinho 04/05/2014minha estante
Concordo




Gabryells 03/09/2012

Um livro simples porém viciante
Eu como vários estudantes do Ensino Médio, é obrigatório uma leitura clássica, não vou dizer que sou apaixonado por ela, mas posso falar que gosto bastante. Principalmente agora, depois que terminei Esaú e Jacó.

Logo de início gostei da narrativa, gostei de todo aquele clima criado em cima das "Coisas Futuras!". Ao longo do livro, ele, aos poucos foi me prendendo, não devo negar que algumas partes foram realmente entediantes, mas nada que não possa ser superado. Sou um grande amante da história, então vivenciar de forma secundária, todo o processo de Proclamação da República, foi algo muito interessante e de cara ganhei simpatia por Paulo.

Não quero contar nenhum spoiler, mas posso garantir que daria 4 estrelas para esse livro se não fosse esse final, sinceramente fiquei sem palavras, George R.R. Martin e Machado de Assis serão grandes amigos lá no céu.

O livro tem uma história simples, nada fantástica e incrível, justamente por ser um livro da época do realismo ele não é aquela coisa utópica do romantismo, mas justamente essa simplicidade deu algo a mais no livro, e de uma forma que não sei explicar fiquei preso e mergulhei em uma história maravilhosa. Recomendo muito esse livro para quem quer se aventurar na mente de Machado de Assis!
Walter 13/09/2014minha estante
Cara! Gostei da sua resenha...
Principalmente pela parte do Martin e do Machado amigos no céu :D

Estou lendo o livro e já cheio de suposições para o final...




Lethycia Dias 29/11/2018

Ódio entre irmãos
O romance "Esaú e Jacó" tem seu título inspirado nos personagens bíblicos de mesmo nome, dois irmãos que rivalizam entre si, e isso sintetiza o mote principal da história.
Quando Natividade visita uma vidente para saber sobre o futuro de seus filhos gêmeos nascidos há pouco tempo, recebe a previsão de que os dois farão coisas grandes na vida. Mas a mulher comenta a gravidez conturbada, cuja explicação seria de que os meninos já brigavam entre si durante a gestação.
Os gêmeos Pedro e Paulo crescem parecendo competir em tudo na vida. Na infância, estão sempre dispostos a brigar e discutir. Conforme crescem, desenvolvem opiniões opostas sobre tudo, até na política. Um é abolicionista, o outro a favor da escravidão; um é monarquista, o outro republicano. A rivalidade chega ao extremo quando os dois se apaixonam pela mesma moça, que por sua vez não sabe de qual dos dois gosta mais.
A história se desenvolve bem até a trama envolvendo a moça, que se chama Flora. A partir daí, a trama fica mais lenta e ate arrastada. Os aspectos mais interessantes são a ironia de Machado, com comentários bastante críticos e divertidos sobre o caráter dos personagens; e a presença do Conselheiro Aires, personagem do romance Memorial de Aires. Aqui ele participa da história e há passagens em que faz anotações em seu memorial. Isso é que eu chamo de crossover!
Também é interessante a referência a fatos históricos, como a abolição da escravatura e a proclamação da república e como os personagens vivenciam esses momentos. Poucas vezes eu li sobre esses eventos na nossa literatura e adorei ver o núcleo de "Esaú e Jacó" reagindo a eles.
A edição que comprei num sebo, apesar de antiga, é bem contextualizada com muitas notas de rodapé, explicando referências históricas e culturais e lugares do Rio de Janeiro que deixaram de existir ou mudaram de nome após o tempo de Machado.
Rita423 29/01/2019minha estante
Algumas pessoas interpretam o triângulo amoroso de Flora, Pedro e Paulo como a personificação do povo (Flora) Monarquia (Pedro) e a República (Paulo).




Gabriel 30/06/2020

Esperava mais :/
De início a obra me pareceu bem interessante... depois entrou na monotonia. Conforme fui chegando ao fim foi ficando novamente interessante, e logo depois ficou chata de novo.

Resumo: fica ruim no começo, mas quando você chega no fim, parece que tá no começo.
Teca 24/08/2020minha estante
"Ruim no começo e no final" "esperava mais" = 5 ESTRELAS!
KKKKK se decida




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