spoiler visualizarAndrade 22/05/2013
Depois de extrapolar com a ficção cientifica, Douglas Adam conseguiu me surpreender com um volume ainda mais chato que o anterior. Putz! Romance no mochileiro. Morte do Marvin! Sério! Meu pior volume!
Depois de uma longa e confusa jornada pela galáxia, Arthur esta de volta a Terra (que por acaso, não faço a menor ideia de como voltou a existir), só desta vez, novos procedentes ameaçam sua sanidade (e a minha), e uma garota, Fenny, pode ser sua maior chance para entender tudo isto. Em outra emocionante (e quero dizer enjoada) aventura, Arthur vai experimentar uma nova paixão, tentando refazer sua vida de onde havia parado, e esquecer-se de tudo que viveu em seus longos anos vagando pela imensidão do infinito. Claro, e não vamos esquecer-nos do mistério dos golfinhos.
Até mais, e Obrigado pelos Peixes conseguiu superar em número, gênero e todos outros aspectos existentes, o ultimo volume (A Vida, o Universo e Tudo Mais). Com uma narrativa pra lá de confusa (você tem que ter uma mentalidade de maluco pra entender, e sinceramente, eu não tenho essa qualidade), você acaba se perdendo não no meio do livro (como no anterior), mas logo no inicio. Sério! O romance que foi adicionado entre Arthur e Fenny é um saco! Super louco, e eu não entendi grande parte dos diálogos deles. Quero dizer, pareciam conversas totalmente fora de contexto, devido à situação em que a cena se desenrolava. Não sei se foi proposital do autor para dar uma ênfase a sua ironia ou a sua hilaridade sarcástica. Só sei que não compreendi nada. O livro me passou batido e quando pensei que as coisas começariam a fazer sentido, foi quando tudo perdeu as rédeas e ficou mais maluco ainda. Nada contra as pessoas sem juízo, mas sério, Adams, seria pedir muito para você criar pelo menos um personagem que tenha falas coerentes? Pelo amor de Deus, como protagonista, Arthur Dent é um ótimo figurante! De todos os personagens, ele é o mais abusado e cansativo. Suas histórias são enroladas, loucas e sem sentido. Se existe parte cômica nesse livro, então me desculpem, mas eu passei batido também.
Sou sincero em dizer que o nível do 1º volume para esse 4º caiu demais. Quero dizer, o primeiro livro da série era super engraçado, e o segundo, nem se fala. Mas do terceiro em diante a coisa começou a desandar. Não sei se foi o enredo que se perdeu nos primeiros volumes, ou se o autor já estava famoso demais e não se importou em escrever coisas que não tem um mínimo de coerência (pelo menos não para mim, me avisem caso tenham entendido alguma coisa). Tive uma péssima impressão do livro e sou sincero em dizer que desistir da série por um tempo. Talvez num futuro (bem distante), eu leia o último volume, mas no momento, preciso de leituras mais compreensíveis (normais). A genialidade de Douglas Adams é demais para um mero mortal como eu (e com genialidade quero dizer louco de pedra).
Apesar de claro, como em todos os outros volumes, o livro possui reflexões profundas sobre nossa sociedade, e contém críticas sarcásticas em cada parágrafo. A história não me cativou mais. Sou sincero a dizer que odiei mais ainda o final, quando Marvin (meu personagem favorito) se foi. A certeza de que o 5º volume será uma decepção para mim não resta dúvida. Mas, como sempre digo nas resenhas que eu não considero positiva (para mim), tente ler e descubram sua reação. Vi em muitos blogs que visito que diversas pessoas aprovaram esse volume (apesar de não encontrar ponto algum que me leve a isto). E resumidamente, me deixeeu descrever como livro foi pra mim, com as palavras do próprio Adams:
“Isso é encheção de lingüiça. A ação do livro não avança. De fato produz aqueles grossos volumes dos quais o mercado norte-americano vive, mas não leva ninguém a lugar nenhum. Resumindo: você não está a fim de saber.” – Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes (Pag: 98)