EXPLOD 29/06/2019
Dizer que a história de Edith Hahn é mais incrível do que um enredo de ficção, diante de inúmeros casos relatados em livros famosos sobre o Holocausto, é chover no molhado. Mas, realmente, mesmo não tendo ido para um campo de concentração (embora tenha sofrido num campo de trabalhos forçados), sua história é muito singular e parece ser um roteiro de cinema.
É também significativo o fato de que há amplo destaque (em decorrência das lembranças de Edith) sobre o ideal ou o “paraíso socialista”. Igualmente, a fé em conclusões de escritores e filósofos materialistas, ateus e comunistas, mesmo que forjados sob uma falsa aparência de ciência. Ora, após a queda do regime nazista, de forma imediata, a autora sofreu na pele o que era o seu paraíso socialista, tendo permanecido por pouco tempo na área da Alemanha Oriental (fugiu para a Inglaterra e sua filha lhe foi grata por isso).
Este é mais um daqueles livros biográficos que revelam a história viva daqueles tempos tão sombrios. Essas leituras são sempre impactantes e imprescindíveis para o conhecimento de mundo, de pessoas e de ideais fracassados desde sua origem.