Gabryelle.Viana 25/04/2020
Uma história de sobrevivência
Austríaca, judia, extrovertida e de opinião forte, Edith Hahn estava se formando em Direito quando a Gestapo aprisionou os judeus de Viena em um gueto e precisou realizar trabalho forçado longe de sua família. Quando retornou à sua cidade, Hahn, com o propósito de salvar a sua vida e pelo conselho de uma amiga cristã, criou uma nova identidade. Com essa nova identidade, Edith, agora conhecida como Grete Denner, inicia um relacionamento com um membro do partido nazista e não muito depois, casa-se com ele, tornando-se assim, a mulher do oficial nazista.
A protagonista e escritora do livro, após muito tempo, decide expor sua história de sobrevivência. Neste livro relata como era viver em constante medo, tanto dos nazistas e da morte, quanto de perder o seu verdadeiro "eu". Além de contar que, mesmo com as regalias de sua identidade falsa, as experiências terríveis que viveu por ser quem era.
Nesta obra vemos características da vida de uma judia em todos os momentos de uma guerra, desde antes do seu início, até o pós-guerra. A autora traz informações e riqueza de detalhes de cada um desses momentos, revelando que a vida para os judeus após a guerra, ainda era de muita dificuldade.
O medo ainda se fazia presente, como também a desconfiança e o trauma. Edith Hahn, por ter vivido a história que conta, narra com muita sensibilidade, o que deixa o livro carregado de emoções