Bea 07/01/2022
Desde as primeiras páginas, A traidora do trono, mostrou que iria ser difícil respirar suavemente durante a leitura. Poucas vezes fiquei tão tensa lendo um livro. O ritmo foi tão frenético, tão intenso, que em alguns momentos me senti claustrofóbica.
Pensando que encontraria um pouco de paz, pelo menos nos primeiros capítulos, fui logo pega de surpresa por começar com Amani já sendo presa. Sim, ferida, amordaçada, e longe de Jin. A autora quis testar minha sanidade mental e fez com que todos fossem separados de imediato. Eu juro que não é exagero dizer que não tive paz por 5 SEGUNDOS nesse livro. Foi eita atrás de eita, vish atrás de vish, e eu boba piscando para as palavras e mais problemas surgindo. Teve momentos que eu pensava ser impossível alguma vitória para nossos rebeldes, e pedia silenciosamente para a autora me dar alguma solução, algo para segurar e ter esperança.
É óbvio que sabia sobre todos os riscos e perigos que Amani passava a cada segundo, perto de pessoas que eu não confiava por ela. Há um personagem em especial que você já sabe que pode ser terrivelmente cruel, e mesmo assim é pega de surpresa por não ser nada do que você esperava; nada estereotipado, nada explicitamente vil; ele pode conversar com você de forma civilizada, pode ser gentil, e de alguma forma você consegue ver algo de bom nele. Pra no fim, você entender toda a arte de manipulação por trás das palavras dele.
Eu sabia que nada era o que parecia, que uma situação nunca está tão ruim que não possa piorar, mas quando o clímax finalmente veio, ainda assim, me surpreendi. Eu não esperava algumas reviravoltas, nem alguns caminhos que a história seguiu, mas o bom da literatura é isso, não é? Toda a coisa desenvolvida e entregue para nós aos poucos.
Amani é uma das minhas personagens favoritas de TODOS os livros que já li. Inteligente, perspicaz e absurdamente forte. Ela é SENSACIONAL, e proibo qualquer crítica a ela perto de mim, sujeito a pauladas.
Quase todo o livro é contado em 1a pessoa, pelo olhar de Amani. Então dá pra imaginar minha apreensão por não saber o que se passava no acampamento rebelde, como estaria Jin, Shazad (minha incrível general), Ahmed e todos os outros. Eu me apaixonei por todos esses personagens, suas lutas e suas personalidades.
Passei quase todo o livro ansiosa pelo reencontro de Jin e Amani, e ele aconteceu da melhor forma possível. Meu Deus, eu amo meu casal, amo essa conexão, essa intensidade, essa parceria; e eu sei que eles fariam tudo o que estivesse ao alcance pra proteger o outro. Jin é tudo de mais perfeito... para se ter uma ideia, eu só senti que Amani estava completamente segura quando ele finalmente apareceu pra protegê-la.
Ainda estou extasiada com todas as emoções que senti durante a leitura, e ainda tensa com a expectativa para os próximos capítulos que resta para acompanhar nessa trilogia, sei que ainda tem muitas alegrias e sofrimento vindo aí, e nunca estive tão curiosa.