Legado

Legado Hugh Howey




Resenhas - Legado


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Dhiego Morais 06/01/2017

Tudo começou com Silo. Depois se estabeleceu a Ordem. Agora só resta o Legado
Após dois anos de ter lido Silo, o primeiro livro da trilogia distópica de Hugh Howey, finalmente li Legado. E o que posso dizer sobre a conclusão? A trilogia de Howey é uma das séries que eu mais admiro, logo, o hype estava lá em cima. Publicado em 2014 pela Intrínseca, Silo estabeleceu-se como um início brilhante, e sua sequência, Ordem, não ficou muito aquém disto. No entanto, a conclusão do épico peca em uma coisa, pela primeira vez: ritmo.

Dedicando as suas manhãs e horas de almoço quando trabalhava em uma livraria, e originalmente lançada de forma independente, em ebook, a trilogia Silo mantém-se como uma das mais bem escritas e fascinantes distopias da atualidade. Promissor e surpreendente, Silo, primogênito do autor, roubou suspiros de seus leitores e editores. O mesmo aconteceu com o sucessor da série, Ordem. Legado não é um livro ruim. Muito pelo contrário, possui um final extremamente coerente com o caminhar da trama. O que pode desagradar os leitores é algo que não havia na trilogia: falta de ritmo e ousadia.



“Deixou de acrescentar que não importava o que fizessem, já estavam todos mortos. Eram cadáveres ambulantes naquela casca de silo, aquela casa de loucura e ferrugem”.

A trama agora reúne as pontas lançadas pelos livros anteriores. Juliette retornou ao seu lar, ao Silo 18, e já tem ciência da existência de dezenas de Silos espalhados pela região. Sua aventura no Silo 17 ainda não acabou. Jurou retornar para ajudar Jimmy/Solo e as demais crianças. Do outro lado existe Donald, Silo 1, que se passa por Thurman e tenta interferir no sistema. Em Legado as tramas tentem a confluir até o ápice.

O clima no último volume da série de Howey é intenso e quase não se permite esfriar. Juliette viu o que as pessoas que se passaram por deuses fizeram ao mundo, viu o caos e a morte por todo o lugar em que pisou. Observou com detalhes o poder de exterminar um Silo inteiro. Essas coisas foram o Pacto e a manutenção da Ordem. E o Legado deve ser priorizado igualmente. Ao retornar para o Silo 18, consciente de sua ignorância, e, agora como Prefeita, Jules toma para si uma série de promessas: revelar a verdade para toda a população do Silo 18, salvá-los das rédeas do Silo 1, vingar-se destes e... sobreviver.

Donald continua agindo como Thurman, com a ajuda de sua irmã, Charlotte, e está decido a corrigir os erros do passado, mesmo que isso signifique ir contra a Ordem e contra os próprios companheiros. Na tentativa de descobrir os últimos segredos que permeiam a história dos Silos e sua criação, Donald e Charlotte deverão se aliar a outras personagens, em um jogo em que cada movimento pode significar o fim, a morte certa.

O interessante neste livro são as batalhas que são travadas em cada Silo, que se comporta como um mundo à parte, solitário, mas não menos cruel. O Silo 18 permanece sob o véu da ignorância, acuado pelas dores do último levante. Próximo a este, o Silo 17 vive uma sobrevida amarga, abandonado ao vento tóxico e à sombra de poucos sobreviventes. Por fim, o Silo 1, exuberante, tecnológico e manipulador; a peça chave que guia todos os demais. É a intercalação de pontos de vista, entre os três Silos, ainda que em terceira pessoa, que dá certo ritmo a trama.



A religião é abordada em Legado, representado pela Congregação e, principalmente pela figura do Padre Wendel. A ideia de memória e seu significado para o indivíduo também é trabalhada, afinal, o que é o Legado se não as impressões de um público, uma pessoa em tempos passados?

Howey encaminha as suas personagens principais para as revelações e descobertas necessárias. Essas mesmas personagens abrem um leque de possibilidades, de escolhas. Entretanto, ainda que não tenha sido de todo previsível, o autor opta por um final coerente. Ao encerrar o livro, há certo amargor na ponta da língua, um toque de agridoce na cena.

Legado é sobre lutas, reviravoltas e muitas perdas. O ritmo é cadenciado, entre ação e diálogos bem construídos.

“Heróis não venciam. Os heróis eram quem quer que tenha vencido. A História recontava suas versões, já que os mortos não podem falar. Tudo ficção”.



Em um momento tão conflituoso, em que as dores são expostas e as verdades reveladas pelo vento, a humanidade entra em colapso, a selvageria vira normalidade e a esperança tem gosto de cinzas no horizonte. A trilogia Silo é um ensaio sobre a sobrevivência, e Legado se resume ao fim, ao destino e aos frutos que ainda podem ser colhidos pelos sobreviventes.

Àqueles que ansiavam pelo fim, acalmem-se. Tudo começou com Silo. Depois se estabeleceu a Ordem. Agora só resta o Legado. Howey encerra de forma coerente e limpa uma das distopias mais bem escritas. A escolha está em suas mãos: salvar ou ser destruído.

site: http://www.intocados.com/index.php/literatura/resenhas/882-legado-hugh-howey
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Rosana 03/01/2017

Enfim fim....
Era tudo que esperava de um fim para uma trilogia, gostei do desenrolar da historia final sem surpresas é claro algumas decepções é claro para quem leu o livro sabe, mas faz parte da historia, ótimo livro.
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Marcos 30/12/2016

Um bom final para o Silo. Não o achei a altura do livro 1 mas...
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Evy 29/12/2016

Melhor livro do ano III
O Legado vem para fechar com chave de ouro a trilogia de Hugh Howey. Apesar de eu ter ficado com a sensação de que faltou mais calma para o desfecho da estória, em certo momento pode-se perceber que o autor está correndo com o texto, ainda assim, Hugh é um autor muito coerente, ele se manteve no foco da estória, fazendo as revelações necessárias no seu devido tempo nos prendendo ainda mais no livro. Sem cometer os erros comuns como repetição exagerada ou excesso de detalhamento e com os ingredientes necessários para uma boa trama, Hugh Howey se consagra para mim como um grande autor.
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Cássio Costa 17/12/2016

Dias melhores virão
Acabou ? Ah, que pena. O legado fechou essa que é uma das trilogia mais conceituadas de feição científica ou distópicas. Com um ação frenética começando lá no primeiro volume, o autor nos envolve com suspense e tramas fascinantes. Imaginar que pessoas vivem em baixo da terra em Silos como sementes é surreal, e com esse erendo genial nos deparamos com personagens maravilhosamente bem construídos e descrições das ações com um alto grau de sagacidade. Subimos e descemos escadas e mais escadas junto com os nossos heróis em busca de respostas, em busca de um futuro melhor, de alcançar o inatingível, de tentar derrubar um sistema, de entender os motivos, de mudanças. A trama em um todo trás ao leitor a mensagem para termos esperanças... Ou seja que nem tudo está perdido, apesar das circunstâncias ruins ao nosso redor, podemos confiar em pessoa que realmente querem nos ajudar. Uma obra que com certeza será um clássico por muito tempo com uma heroína que será lembrada por gerações.
Paulo 17/12/2016minha estante
Boa resenha




Maria Fernanda 29/11/2016

Tinha capacidade para ser muito melhor, mas tudo bem.
Após a leitura de Ordem - que foi sensacional -, eu estava bastante eufórica para finalmente conhecer o final dessa história. Mas, como fiquei atolada nas apostilas da universidade, tive um tempo para deixar a expectativa esfriar, e acho que isso foi bom.

Em Legado, voltamos ao silo 18 e aos personagens que conhecemos lá no primeiro livro. E, eu fiquei muito satisfeita por ver que a lembrança que eu tinha da Juliette condizia 100% com a realidade ? ela é incrível!

Também voltamos a ver o silo 1, o que me deixou subindo pelas paredes pois fiquei tremendamente obcecada por tudo o que aconteceu por lá no livro anterior. Fora que Donald Keene é um personagem foda pra cacete! Eu não conseguia ler uma passagem dele sem pensar "que homão da porra, bicho". (O que só talvez tem a ver com eu imaginá-lo como o ator Andrew Lincoln.) Sério. Amo Donald e irei protegê-lo.

Ah, e não posso deixar de falar da irmã dele, Charlotte! Outra personagem fantástica! Hugh Howey sabe mesmo como exaltar o girl power. Amém, Hugh Howey!

Sobre o enredo, não tive tantas surpresas. Na verdade, boa parte do que aconteceu já era esperada por mim, o que me satisfez muitíssimo. Mas isso não tira o poder das cenas bombásticas de conclusão de capítulo dignas de Avenida Brasil, transformando Legado em um daqueles livros que você não consegue largar porque simplesmente o autor não deixa.

O final não me decepcionou mas sei que poderia ter sido extremamente melhor. E eu fiquei sentindo falta de um epílogo mais trabalhado, acho que ficou muito aberto. Demais, até. Howey tinha uma quantidade absurda de material nas mãos... Ele poderia ter escrito mais 300 páginas que eu leria de boa.

No geral, a trilogia Silo como um todo é espetacular e merece mais atenção. Entrou para a minha lista de distopias preferidas, claro ou sem sombra de dúvida?

site: http://instagram.com/_bookhunter
Jessica599 29/11/2016minha estante
OK, vou ler essa trilogia por sua causa!


Maria Fernanda 30/11/2016minha estante
AMEI


Andrey 01/12/2016minha estante
as capas dessa trilogia sao lindas ja kero


Maria Fernanda 01/12/2016minha estante
COMPRAAA


Andrey 10/12/2016minha estante
estoou tentando resistir e não ler o ebook e comprar msm mas ta dificil


Evy 29/12/2016minha estante
Acho que todos que leram ficaram esperando um final mais elaborado, fiquei com a sensação que ele correu com a estória para acabar logo, não sei o porquê, estava tão bom que não precisava ter pressa. Eu também imaginava os interpretes dos personagens no cinema, para a Juliette não conseguia pensar em outra atriz que não seja a Noomi Rapace.




Eduardo 25/11/2016

Poderia ser melhor
Tanto o livro Silo quando Ordem são excelentes por isso iniciei este último com grandes expectativas. O inicio deste é um pouco arrastado e quando ela começa a ficar bom, lá pela metade do livro, o autor começa a correr com a história e deixa a impressão de que ele estava com pressa para terminar pois muitas partes poderiam ser melhor desenvolvidas, as tramas começam e terminam de forma rápida sendo que pelos acontecimentos não era para ser assim, mas nem por isso deixa de ser um bom livro. O final é coerente mas tinha potencial para ser beeemmm melhor... uma nota 3. Para quem chegou até aqui a leitura é valida.
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Luan 05/11/2016

Desfecho de uma das minhas trilogias preferidas, Legado poderia ter mais ousadia
Muitos autores, e o leitor mais atento percebe de longe, que escrevem trilogias ou séries, muitas vezes começam a história e não fazem ideia de onde querem chegar. Ou seja, mal sabem como terminar este livro. Ainda bem, este não é o caso de Hugh Howey, que terminou a trilogia Silo com Legado, o desfecho aguardo da história que cativou leitores americanos após uma autopublicação em ebook e que, devido ao sucesso, ganhou as prateleiras mundo a fora. Não foi o desfecho que eu esperava, parecendo corrido na maior parte do tempo, mas foi um bom desfecho, bastante coerente com o restante da obra.

Em Legado, a história de Silo e Ordem se junta. Além de muitas verdades que começam a ser reveladas, temos uma luta incessante pela vida. De um lado, no Silo 18, do outro lado, o 1. Em ambos, um único desejo entre os principais personagens da história: desfazer todo o mal criado por "aqueles homens de antes". A vida de Donald, se passando pelo senador Thurman, e da irmã dele, Charlotte, passa a ser cheia de emoção vivendo no limite de serem descobertos. Na outra ponta, Juliette segue na busca pela verdade e ainda precisa lidar com a função como prefeita de uma população desconfiada e ressabiada de suas intenções.

De forma geral, o livro me agradou. Mas alguns problemas recorrentes me incomodaram ao longo do livro. Especialmente dois: faltou profundidade nas tramas sensacionais que – NOVAMENTE – Hugh criou, e faltou mais calma para desenvolvê-las. Ficou parecendo que ele estava com pressa para terminar. Não posso crer que essa pressa possa ser confundida com vontade de dar ritmo à leitura, uma vez que sendo terceiro livro, o desfecho, o grand finale, de uma trilogia, o leitor já está acostumado ao livro e já não é preciso acostumá-lo à narrativa e ao universo. Quem tá lendo já foi conquistado e quer mais daquilo que foi apresentado. E definitivamente, essa correria toda é totalmente incoerente.

Apesar de toda a criação do autor ter um plano de fundo muito forte, profundo e bem criado, e além disso, todas as situações por ele criadas ao longo dos três livros serem muito coesas, corretas, passarem verdade, neste último, diferente dos outros dois, ele criava as cenas, chegava aos ápices, mas mudava o foco, o rumo, a intenção logo em seguida. As promessas que ele criou deixaram o livro muito mais interessante do que aquela decisões que ele tomou. Tento explicar sem spoiler e sucintamente: Juliette diz "Vou fazer a coisa X para destruir quem nos colocou aqui", mas logo em seguida não faz e outra nova situação é criada, sendo que aquela prometia algo muito maior e mais interessante.

O livro teria condições de ter muitas páginas a mais, mesmo tirando partes desnecessárias, como foram os capítulos para Elise, a menina do Silo 17, que ganhou um destaque desnecessário. Tirando estes capítulos e acrescentando mais profundidade e situações mais "extremas" às cenas escritas, o livro ficaria ainda melhor. Mas não quer que você que lê essa resenha agora ache que o livro é de todo ruim. Muito pelo contrário, apesar disso tudo que já falei, ainda mantenho Silo como uma de minhas trilogias preferidas. Hugh é um autor muito coerente e tem uma escrita que se destaca. Além dos diálogos naturais e ricos de verdade, o autor consegue convencer que aquilo que você está lendo é verdade.

Do primeiro ao terceiro livro, é bastante interessante a forma como ele se mantém no foco da história. As revelações que vão sendo feitas vão dando mais veracidade ainda à obra. Não dá pra duvidar que ele pensou direitinho quando construiu a trilogia. Ele pensou nos mínimos detalhes, de onde começar, onde passar e onde acabar. Do que revelar e quando revelar ao leitor. É esse cuidado minucioso que faz dele um grande autor e, desta, uma grande obra, que levarei para sempre, não só pelo prazer da leitura, mas especialmente pela mensagem que o autor quis passar.

O fim da trilogia deixou uma série de hipóteses em aberto que renderiam muitos livros a mais - apesar de algumas explicações confusas, algumas situações exageradas, decisões arriscadas e mortes dolorosas, gostei pra caramba do desfecho. E eu não duvido de que isso vá acontecer, especialmente pela mensagem deixada pelo autor nas últimas páginas. E digo mais: se uma nova trilogia deste universo for escrito, acredito que a protagonista será Elise, daí o grande destaque neste livro. Pro terceiro livro, não consigo dar mais que quatro estrelas, mas para a história toda, Hugh merece cinco e ainda ser favoritado. Agora fico esperando a adaptação da trilogia pro cinema – isso seria grandiosos – e os novos livros dele.
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Lina DC 26/10/2016

"Legado" é o terceiro e último livro da trilogia "Silo" e retorna com a história do Silo 18 e Jules. Jules foi a única pessoa a voltar do mundo exterior, e com ela trouxe a informação de que existem outros silos e de que tudo o que eles achavam que sabiam é uma mentira. O Silo 18 sofreu um levante enquanto Jules estava no mundo exterior e muitas vidas foram perdidas, assim como grandes problemas estruturais. A população está dividida entre seguir ou não a orientação de Jules, mas ela foi eleita a prefeita e tem planos revolucionários. Um deles é resgatar Jimmy/Solo e as crianças do Silo 17. O outro é encarar de frente o poderoso Silo 1...

Como a sinopse explica, agora há uma relação entre os acontecimentos do livro 01 e 02 e Donald e Jules serão responsáveis por guiar os sobreviventes a um novo legado. Jules não confia em Donald, uma voz que se diz amiga. Afinal de contas, ela já passou por maus bocados graças a intervenção do pessoal do Silo 01 e não tem motivos para crer nessa mão estendida.

Em um momento tão conflituoso, onde as crenças estão abaladas, o autor aborda a religiosidade na obra. Observamos isso através dos discursos do Padre Wendel e suas atitudes extremas e a forma como algumas pessoas agem.

Um dos grandes destaques do livro é o amadurecimento nítido de Jimmy. Se no primeiro livro ele era um personagem traumatizado, que emocionalmente estava preso a sua imagem de adolescente, agora é um homem feito que irá defender com unhas e dentes aqueles que considera sua família.

O autor utilizou muito bem os personagens apresentados nos livros anteriores, designiando um papel para cada um em determinado momento da ação e esse foi outro destaque. Muitas vezes ficamos perdidos em meio de tantos personagens, mas nessa trilogia, o aproveitamente deles foi completo.

Jules é uma protagonista que continua agradando. Ela deixa claro que não sabe o que está fazendo e que com certeza irá cometer erros ao mesmo tempo em que está farta de ser manipulada e ter alguém controlando sua vida. Lukas continua fofo, sendo o apoio de Jules quando ela precisa e sendo um líder nas horas em que o povo necessita. A dinâmica dos dois tem um bom equilíbrio e os momentos pessoais são balanceados com os momentos do bem maior.

Donald, Charlotte e Thurman tem sua própria batalha no Silo 1. Donald está determinado a corrigir os erros do passado e cansado de observar Thurman usar os outros como marionetes. Charlotte, que inicialmente não tinha muito destaque, ganha espaço nesse livro.

O enredo foi muito bem desenvolvido; há uma coesão no cenário e uma lógica dos acontecimentos. O leitor pode esperar muitas lutas, perdas, reviravoltas e um final espetacular!

site: http://www.viajenaleitura.com.br/
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Karli Souza 20/10/2016

Todo começo tem um fim.
Pois é, li legado, último livro da trilogia do Hugh, o que posso dizer? Acredito que inúmeras palavras não serão capazes de transmitir todos os sentimentos que tive com essa série. Quanto ao fato de eu ter dado três estrelas para esse livro, enquanto que Silo e Ordem obtiveram 5 estrelas e foi favoritado, a questão é óbvia: legado é o último livro de uma distopia,e já li algumas para chegar à conclusão de que é impossível escrever um final de distopia sendo 100% perfeita, é frustrante, chato, até parece que os autores esqueceram a sua fórmula de escrever... Acredito que é bom vermos como o mundo é destruído e como as pessoas agora vive com esse mundo cheio de segredos e opressão, porém é ruim lermos como acaba um mundo já destruído, sempre há guerras e mortes e finais inconclusivos, tristeza, esperança e dor... E não foi diferente com Legado, ele foi o que eu sempre temia.

Conheci Silo e me apaixonei em 2014, perto de seu lançamento no Brasil, poucos aqui conhecem, mas vai virar filme, e é reconhecido lá fora, acredito que os poucos que leram Silo, se apaixonaram assim como eu, é difícil ser o contrário, nunca tinha lido nada parecido, uma escrita cativante e surpreendente, você lê sem esperar que seria algo tão diferente e único, o Hugh tem um talento pra isso, através de Silo, ele nos mostrou mais uma vez, que a espécie humana é de dar medo, seres tão inteligentes, capazes de criar o mundo, criar até para acabar com ele, é aterrorizante. Ele mostra nossa realidade, presenciamos isso com a Segunda Grande Guerra, milhares de mortos por poucos responsáveis, é a representação do que o mundo pode chegar a ser um dia, Hugh escreveu uma realidade que muitos temem, uma sociedade em particular, que acaba com o resto, para garantir sua própria sobrevivência e domínio.

Em ordem, entendemos isso, a inteligência humana, construiu uma nova era, criaram soluções, preservaram corpos, pessoas congelam e acordam por séculos, presenciamos a vida de personagens fortes e importantes, nas poucas vezes que apareceram, foi o melhor livro da série, um dos melhores da minha vida, favorito de 2015, me deixou sem ar, me deixou devastada, quando acabei? Estava louca pra saber como tudo ia terminar, esperei muito por Legado, e aqui estamos nós.

Foi uma leitura difícil e demorada, parei várias vezes de ler, pra poder assimilar tudo e me recuperar, como aconteceu com os outros livros, mas não da mesma maneira boa que foi antes, havia duas opções pra legado, eu amaria e seria como os outros, totalmente perfeitos, ou seria mais um final desgastante de distopia. E então foi isso, foi o que eu sempre temia, não consigo entender, porque o Hugh se prendia a características tão pequenas e o essencial não explicava, eu tento imaginar o mundo de Silo e não consigo, caramba! Como eles conseguiram colocar tudo lá dentro, pra durar séculos, e destruir tudo de repente no exterior levando todos sem nada pra dentro? Como conservaram alguns animais... Enfim, como pode haver tanta grandeza e vida embaixo da terra? É difícil de acreditar, mas é possível, temos o mistério da Área 51 pra provar isso.

Sofri com a leitura, com uma morte em especial, já sofri perda de personagens antes, mas não por alguém que me apaixonei e que conhecia a 2 anos, afinal não li a série durante uma semana, tive que esperar os livros serem lançados anualmente, o que deu bastante espaço pra refletir cada história e amá-la, passamos por muita coisa, e sobrevivemos, entendemos que o ser humano não nasceu pra viver sozinho e confinado, que ele é capaz de acabar com o mundo, ser perverso, amar em momentos estranhos, ter a incrível capacidade de querer sobreviver, rever aqueles que amam, perceber que a vida acaba em um piscar de olhos. Terminei os livros com muitas perguntas sem respostas, mas a vida é cheia disso, não é? É isso que mostra a história, essa é a moral, a representação da vida, da sobrevivência, dos questionamentos, a busca pela verdade, a autodestruição, o egocentrismo, o altruísmo, a esperança de viver melhor no dia seguinte.

Arranjei uma trilha sonora perfeita, STOP CRYING YOUR HEART OUT, RADIOACTIVE E SAVE ME, estarão pra sempre na minha mente e coração, me fará olhar as estrelas e procurar por elas, me fará acreditar que um ser é radioativo e irá construir uma nova era, será capaz de destruir seus ossos, inalar produtos químicos, sentir o gosto da terra, me fará acreditar que precisarei ser salva, porque tudo estará tão perdido, que esperarei um sorriso pra iluminar tudo, fará querer fazer meu coração parar de chorar, não se preocupar e seguir em frente, e isso não esquecerei nunca.

Foi uma amizade linda que tive com esses livros, nunca esquecerei, que terei orgulho de ter conhecido algo assim, descobrir novas coisas, enxergar um mundo totalmente diferente, um mundo pequeno, que para muitas pessoas, significa tudo, seria isso um lar? A única coisa que existe? Claro que não. Há muito mais lá fora, foi isso que mostrou, foi uma despedia triste e bonita, diferente, que faltava muitas coisas pra completar, mas que cada sacrifício significou alguma coisa, perder pessoas que amamos, sofrimento, o não conformismo, algo maior que você, foi isso que eu vi através das lentes da câmeras, através da poeira e nuvens negras, do vento irregular, do último suspiro, da falta de ar, e da imaginação de algo azul e verde, repleto de beleza, a natureza é assim, bela e perfeita, e a única coisa que fazemos é destruí-la.

Obrigada Hugh Howey por apresentar isso, abrir meus olhos, ver além das estrelas desaparecidas, foi momentos importantes que tive, sentimentos que nunca pensei que palavras seriam capazes de fazer, que faz você parar e entender do porquê lermos e gostarmos, não enxergamos letras no papel, enxergamos histórias diferentes e que significam a mesma coisa, a existência da vida, é a única coisa verdadeira, e que precisamos continuar fazer que ela exista, independente de tudo, pra manter a Ordem e construir um Legado, diferente do livro, mas que são a mesma coisa no final de tudo. Todo começo tem um fim de fato, mas é o fim que constrói um novo.
Danny 25/10/2016minha estante
Fiquei curiosa, senti vontade de ler ele.


Karli Souza 25/10/2016minha estante
Muito bom




MiCandeloro 14/10/2016

Muito tenso!
ALERTA! Esta resenha pode conter spoilers dos livros anteriores. Leiam por sua conta e risco!

Depois de voltar do exterior após descumprir uma ordem de limpeza, Juliette confirmou as suas suspeitas de que não estavam sozinhos no mundo.

Ali fora, em meio às colinas, existiam outros silos iguais aos deles, também vivendo na mais completa ignorância, sendo manipulados por diversos medos que foram incutidos na população, temores esses que os cegavam e os faziam seguir as regras sem nem questionar.

Mas Juliette estava farta desse sistema opressor e tirânico, e queria abrir os olhos do povo de uma vez por todas. Assim sendo, bolou alguns planos de ação: decidiu que escavaria até o Silo 17 para resgatar Solo e as crianças, e com isso já provaria o seu ponto de que não eram os únicos sobreviventes do planeta; e resolveu voltar para o exterior para coletar amostras e analisar o quão comprometido estava o meio ambiente, quantificando as suas chances de sobrevivência fora do silo.

Juliette queria ir em busca da verdade e expô-la aos seus conterrâneos, para libertá-los, contudo, não imaginou que tal empreitada fosse ser tão difícil e que lhe custaria tanto.

As pessoas se revoltaram, literalmente. Estavam cansadas do discurso insano de Juliette e do barulho incessante da escavação. Além disso, estavam apavoradas que tamanha ousadia e imprudência da Prefeita pudesse matá-los, e eles não estavam totalmente errados.

Enquanto isso, no Silo 1, Donald continuava tentando ajudar Lukas a descobrir os segredos contidos no servidor, mas sabia que era questão de tempo até morrer ou ser capturado.

Logo Thurman ficou sabendo de sua traição e tomou as providências necessárias para conter o levante e silenciar o Silo 18. Agora cabia apenas à Charlotte levar o plano do irmão adiante.

Ela precisava desvendar se a região ao redor já voltara a ser habitável e encontrar um meio de boicotar o Silo 1 para deixar os outros silos viverem em paz, sem mais riscos de serem desligados caso perdessem na loteria da vida.

Será que ainda há esperanças para a humanidade?

Querem saber o que vai acontecer? Então leiam!

***

Desde que soube que Legado, o volume final da trilogia Silo, seria lançado, as minhas mãos ficaram coçando para descobrir o que ia acontecer com o futuro da humanidade.

Se eu pudesse definir o livro em uma só palavra eu diria que ele é tenso, muito tenso, e isso dificultou a minha leitura. Explico: a minha vida tem sido tão conturbada e atribulada ultimamente que eu mal tenho tempo de ler, e quando posso, não estou a fim de me estressar com o enredo, como ocorreu com Legado.

Aconteciam coisas tão ruins na trama, e uma atrás da outra, que eu já estava ficando revoltada, com vontade de jogar o livro longe. Poxa Hugh, nós entendemos a mensagem que você quis nos passar de como o mundo pode ser cruel e injusto, mas manera né?

O que me fez seguir em frente foi a minha enorme curiosidade para desvendar os segredos dos silos, mas nesse quesito o autor ficou nos devendo.

Ok que não ajudou eu ter lido Legado sem me lembrar de nada dos exemplares anteriores, ficando completamente perdida no texto, mas tive a forte sensação de que muitas informações nos foram negadas, e acho que Hugh fez isso de propósito, a julgar pela nota final contida na obra, fazendo menção ao fato de que nem tudo precisa ser escrito e que podemos imaginar o que queremos para as páginas em branco.

Quanto ao desfecho, foi emocionante a ponto de meu coração pular da boca. Ao menos tudo acabou bem, e não poderia ter sido diferente.

Narrado em terceira pessoa novamente de maneira intercalada entre os silos e os personagens principais, Hugh reitera o seu alerta a respeito do sistema de governo atual, a luta pela verdade, e a busca pela esperança de se viver em um mundo melhor, quebrando amarras, paradigmas e se rebelando. Além disso ele enfatiza muito a necessidade da mulher ir atrás da sua voz e do seu lugar na sociedade, tantas vezes sufocada pelo sistema patriarcal.

Legado é uma história forte, de difícil leitura, bem adulta, já que conta com diversas críticas e convites à reflexão, e que não é tão fictícia assim, porque nada do que foi descrito ali é impossível de acontecer, por isso recomendo muito a leitura e torço para que a Intrínseca traga mais títulos do Hugh para o Brasil.

site: http://www.recantodami.com
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Toni Nando 11/10/2016

Extasiado!!
Fantástico, livro maravilho, fechou a história com chave de ouro. Não conseguir larga esse livro. O final foi perfeito!
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