Caroline1014 05/04/2023
Pra mim, o jovem tem que acabar. Flyn, já deu.
Esse livro conseguiu me tirar mais do sério do que os outros.
Flyn me irrita num grau gigantesco. Eric e Jud voltam mais velhos na idade, e mais imaturos psicologicamente. Não fazem a menor ideia de como criar um adolescente, e tomam todas as piores decisões possíveis para criar Flyn. Que, por sua vez, está mais INSUPORTÁVEL do que nunca. Se antes, com ele criança, eu falava que ele era insuportável, não poderia ter me enganado tanto. Flyn adolescente eleva o ódio a uma potência considerável. Que garoto idiota. Judith é uma personagem de se odiar e amar, todos sabem, mas Flyn me faz querer levar Judith direto pro céu por suportar esse moleque por tanto tempo naquela casa. Protegendo e, de novo, não comunicando ao seu marido mimado o que está acontecendo em sua própria casa.
Eric volta mais imaturo do que antes, fechando os olhos e os ouvidos para o que acontece. Dá bronca no Flyn, como se ele fosse uma criancinha, depois abraça o moleque que só falta cuspir na cara de sua esposa. Dá razão para sua esposa, ao mesmo tempo que briga com ela na frente de qualquer um (principalmente da peste bubônica), fazendo com que a peste Flyn odeie-a ainda mais e adore-o ainda mais. Eric é um gênio mesmo. Nunca vi mais burro.
Eles conseguiram me fazer sentir mais raiva do que carinho por eles, em diversas páginas. Principalmente na relação de pais e filhos. Impossível não comparar a relação desses dois e da peste bubônica com Björn e família.
Acontece algo na vida de Björn e Mel que é tão comparável com a vida de Eric e Judith... Fazendo com que eu me importe muito mais com os amigos dos personagens principais. É muito mais interessante. Gostei de como mostraram muito as coisas que aconteciam com eles. Essa parte me fez gostar ainda mais da autora, por permitir deixar os principais de lado um pouco, porque eu jamais imaginaria que acontecesse o que aconteceu com Björn. No começo, eu entendi sua reação estranha, até porque ninguém espera aquilo tão repentinamente. É de se compreender, claro. MAS isso me fez comparar com Eric e Judith quando a história se voltou novamente para os principais e a peste bubônica.
Demora uma eternidade para chegar no capítulo final. Apesar de tudo, de todo ódio que esse livro me fez passar, eu continuava me importando com eles. Ou então nem ódio iria sentir. Mas o que acontece com eles na cena de separação, eu achei muito forte e necessária. Eu não imaginei que pudesse acontecer, aconteceu e eu não sabia como eles iriam resolver. Até a peste bubônica resolveu ficar bom de novo porque percebeu o merda que foi o livro inteiro e o inferno que fez sua mãe passar. Apesar de não ter sido 100% culpa dele, colaborou sim para que o ódio da Jud se explodisse naquela cena. Gostei na reação dela. Mas confesso que aqueles dois (peste bubônica filho e pai) mereciam mais.
Não gostei da reação do Eric na cena da explosão dela com Flyn. Queria mais raiva dele com relação ao Flyn, depois de tudo o que a mulher dele passou. Apesar de não saber de tudo até então, ele via muitas coisas que o peste filho fazia e dizia para ela. Poderia ter ficado mais um pouco ao lado de sua esposa. Mas seria muito para Eric. Com isso, concluo que Eric jamais será Björn.
BEM, o fim chegou e eu gostei mais uma vez de sentir tudo o que senti. Foi uma experiência única com esse gênero. Como eu disse em outras resenhas, não tenho muita intimidade com esse gênero, ainda não li muitos títulos, mas gostei e me surpreendi por não ter só uma única história no livro. Não posso deixar de dar minhas 5 estrelas para essa série incrível. Que me fez abrir minha mente para esse gênero tão negativamente julgado popularmente.