Lili Machado 28/10/2011Continuação do 1o livro da série Rizzoli&Isles - O CirurgiãoComentário sobre o tema dos crimes do serial killer abordado nesse livro - pág. 104 - capítulo 7 da edição paperback em inglês - não se desesperem, eu vou traduzir:
"Necrofilia ou "amor pelos mortos" (relações sexuais com cadáveres) é um dos mais sombrios segredos da humanidade. A palavra vem do grego, mas existem evidências que datam dos tempos dos faraós egípcios. Uma mulher muito bonita que morria naquele tempo, tinha seu cadáver escondido dos embalsamadores por, pelo menos, 3 dias, para assegurar que seu corpo não fosse profanado sexualmente, pelos homens que a iriam preparar para a mumificação. Esse tipo de perversão sexual tem sido registrada ao longo da História - é dito que Herodes manteve relações sexuais com o cadáver de sua esposa morta, por 7 anos. Essa atividade ninguém quer comentar, mas é mencionada, repetidamente, na literatura, e em inúmeros casos de polícia reais."
Preciso dividir isso com vocês - eu leio durante a ida e a vinda de meu trabalho e durante meu almoço. Hoje eu quase passei do ponto certo para saltar - a leitura da Tess é tão envolvente que a gente se sente parte da trama. Que peninha: chegou a hora de saltar do ônibus. Até a hora do almoço - mal posso esperar.
O que vocês acham dessa teoria, que é levantada, no livro, por uma psiquiatra com quem o assassino se corresponde, para justificar o comportamento dele e amenizar sua condenação? - página 255 - capítulo 16 da edição paperback em inglês:
"A sociedade pensa que os atos violentos são manifestação do mal. Nós fomos treinados para ter controle sobre nosso próprio comportamento e temos o lívre-arbítrio de escolher NÂO causar danos a nenhum outro ser humano. Mas não é a moralidade que nos guia - é a Biologia. Nosso cérebro nos ajuda a integrar pensamentos e ações - ele nos ajuda a pesar as consequências dessas ações. Sem esse controle, seguiríamos qualquer impulso selvagem. Isso é o que acontece com esse homem (o assassino). Ele perdeu a habilidade de controlar seu comportamento. Ele sentiu impulso sexual por sua filha - então, a molestou. Sua esposa o deixou zangado - então, ele a espancou até a morte. De tempos em tempos, todos nós temos pensamentos perturbadores ou inapropriados, mas não nos deixamos levar por esses impulsos. E se deixássemos? O que poderia nos deter? O impulso sexual leva ao estupro - ou a atos ainda piores."
Assim é fácil, né?
Neste livro, descobri (página 314 - capítulo 21 da edição paperback em inglês), em San Gimignano, na Toscana, Itália, há um museu devotado a objetos de tortura. A atmosfera sombria, obscurece a expressão dos turistas envergonhados de revelar seu interesse pelos objetos. Se observarmos sob a superfície de repulsa e horror de suas expressões, podemos ver a excitação e o prazer dos detalhes. Sim, todos eles querem saber dos detalhes... Para o nosso assassino, em particular, um desses objetos chamou-lhe a atenção: um artefato Veneziano do século XVII, usado para punir mulheres acusadas de manter relações "carnais" com Satanás. Feito em ferro e de aparafusar."
Podem imaginar seu uso...
Um tema a se pensar - abordado durante o texto do livro (página 322 - capítulo 21 da edição paperback em inglês):
"Uma época de Guerra - centenas de mortos enterrados em valas improvisadas. Forças de Paz estrangeiras batendo-se entre si. Exércitos armados de ambos os lados da contenda - com elementos que estão procurando apenas um pequeno motivo para matar. E os próprios civis - com suas mágoas, raivas, ressentimentos e vinganças pessoais. Em sua maior parte, a morte é justificada pelas tensões étnicas e raciais. Como distinguir crimes de guerra, dos crimes de um serial killer? Há tanto a se examinar... Para um assassino em série, é o paraíso na Terra."