Melissa 26/07/2018Não é tão chato quanto Los Angeles, mas sem dúvida Melancia e Férias são bem melhores que Tem alguém Aí.
Sou fã de Marian Keyes, não somente da saga das irmãs Walsh, mas também gosto de Sushi e É agora ou nunca. Para quem acompanha os livros dela, sabemos que a autora é bastante verborrágica e sinceramente sempre tenho a impressão de que 600 páginas são desnecessárias para contar a trama que daria no máximo 400 páginas, o resto é de pura enrolação, isso fica bastante evidente nesse livro e em Los Angeles.
Tem alguém aí começa bem, me compadeci da dor da Anna, chorei quando ela descreve o acidente que a deixou desse jeito e também quando ela volta a NY e avista a blusa do Aidan jogada em um canto do quarto como se ele tivesse acabado de sair. As cenas em que ela descreve o relacionamento com o Aidan também são fofas, mas confesso que o casal não me prendeu como eu fiquei apaixonada por Rachel e Luke em Férias (que é o meu favorito de todos). Aliás, gostei de revê-los nesse livro, embora Rachel tenha ficado um tanto chata depois de sóbria. Ri muito quando Anna menciona que o Luke é tão bonito que até o papai Walsh fica incomodado perto dele pois todos se sentem atraídos por ele! Outra que me pareceu uma chata foi a Claire de Melancia, sendo que no livro dela, ela não era assim, era bem engraçada.
Quando Anna surgiu em Melancia, pensei se tratar de uma hippie porra louca, a mesma impressão continuou quando ela ressurgiu em Los Angeles e no Tem alguém aí ela foi descrita como tão comum que nem pareceu ser a mesma personagem dos livros anteriores. Helen continua sendo a mesma maluca de sempre, embora eu não tenha gostado do tempo gasto nela neste livro, a autora perdeu páginas e páginas falando sobre um caso que a Helen estava investigando e sinceramente não achei graça nenhuma.
Jacqui, a melhor amiga de Anna, foi uma coadjuvante bem engraçada, adorei ver a relação entre ela e Joey e ri quando o descreveram como a cara do Jon Bon Jovi! Também adorei o Angelo ser descrito como estilo Red Hot Chilli Peppers, até mama Walsh menciona os astros do Rock, o que a deixou bem descolada. Porém, o resto dos coadjuvantes não me empolgaram, o grupo de pessoas das sessões espíritas, o pessoal que trabalha com Anna, a família do Aidan (cujo desfecho da Jane foi tão sei lá, piegas).
O livro vai bem até lá pela página 200, depois vira uma obsessão da Anna com o espiritismo e isso acaba cansando, principalmente por tanta enrolação para ter aquele fim.
Do jeito que todo o mundo dizia nas resenhas que li, pensei que fosse um baita livro de superação, mas o final deixou a desejar por justamente mostrar a Anna em construção, esperei a volta por cima, pensei que 600 páginas fossem suficientes para mostrar a jornada da dor até a felicidade, mas senti falta de fechar o ciclo.