Resenhas - Aceitação

Rosana.Oliveira 18/02/2022

Finalizou bem a trilogia.
O terceiro volume da trilogia Comando Sul. Foi um pouco confuso, assim como o segundo volume, mas finalizou bem a trilogia. Leria com prazer mais livros dessa história. Adorei.

thai.oliveira2 16/06/2018

Senti me enganada
Eu tava tão plena com esse livro, tão bom lê-lo que eu não gosto nem de lembrar a minha decepção com seu final.
O livro basicamente conta tudo o que acontece antes do primeiro e durante os dois primeiros volumes. E a cada capítulo, trocava a narrativa para outros personagens. Então, a história se dividiu em A bióloga (a mais curta das histórias e a que eu fiquei mais chateada com seu final), Controle, Saul (O faloeiro), Glória (vulgo Cintia, vulgo Psicóloga) e a Ave Fantasma (duplo da Bióloga). Eu tava amando lê-lo, ficando com pena de Saul, de sua história, fuga, vida simples e destino inevitável; compadecendo-me da Psicóloga e de sua versão da história, mostrando que o que ela era, era somente uma capa, que escondia o que realmente sentia a respeito do Comando Sul e as expedições; e me sentindo cada vez mais afeiçoada com a Ave Fantasma e a vontade dela de saber o que realmente era, qual era sua identidade. Eu estava lendo um livro que continha suspense, terror, drama e até "romance" em algumas partes. Descobrimos reviravoltas e de como tudo se originou através da infeliz experiência de Saul e que, através dele, se formou um novo mundo. O que eu trago de conclusão, é que nosso mundo não existiu mais. Na Área X, o tempo passava de forma bem rápida, comparando o tempo de todos os personagens dela, Grace estava ali fazia 3 anos, enquanto Controle e Ave estavam (não me lembro exatamente quanto) a pouco tempo, e Bióloga 30 anos (que pena dela). Então, eu acredito que nesse tempo mais acelerado e com a barreira avançando cada vez mais, o planeta terra deixou de existir. E aquela forma extraterrestre copiou tudo o que tínhamos e os aperfeiçoou, até os seres humanos (agora não mais tão humanos). Fazendo com o que Grace e Ave andassem horas atrás de uma barreira que provavelmente não existia mais. Agora, minha decepção veio por que eu gostaria de saber o desfecho do Controle, ele era o mais fraco psicologicamente, emocionalmente e fisicamente. Estou me perguntando até agora, o que será que aconteceu com ele ao passar pela porta? Será que aquela era a fenda para outro mundo? Se souberem, peço que digam, por favor! rs
Mas enfim, é um ótimo livro se você gosta de literatura meio fora do normal e que consegue ter mais sensibilidade (e paciência) para ler nas entrelinhas :)

Ygor.Fortes 12/02/2022

A narrativa não linear ajuda com relação aos problemas que o anterior dessa triologia teve. O livro ganha mais fluidez com perspectiva de mais personagens, mas nunca chegou a ser o que o primeiro foi. No geral é uma conclusão boa, mas que tinha muito mais potencial.

MF (Blog Terminei de Ler) 22/12/2018

Apesar das boas premissas, o terceiro volume evidencia uma trilogia decepcionante
Nota inicial: Eu fiz a resenha para os outros dois volumes dessa trilogia.

"Aceitação", terceiro livro da trilogia "Comando Sul", escrito pelo estadunidense Jeff VanderMeer. Trata-se uma obra da chamada "New Weird", subgênero literário que unifica elementos do Horror, da Fantasia e da Ficção Científica, causando um certo estranhamento proposital no leitor.

Esse terceiro livro busca encerrar os arcos dos personagens criados nos dois volumes anteriores, bem como se propõe a responder às indagações geradas pela estranha trama.

Existem trilogias elogiadas na Ficção Científica como a "Trilogia Sprawl" de William Gibson e a "Trilogia Fundação" de Isaac Asimov. Contudo, na literatura contemporânea, uma crítica que muito se escuta é que, talvez, influenciados pelos sucessos de franquias como "Harry Potter", "Percy Jackson", etc., alguns escritores tem desenvolvido suas trilogias apenas visando o sucesso financeiro ou uma eventual possível adaptação para o cinema. Geralmente seguem uma estrutura onde o livro 1 apresenta as premissas e os personagens centrais, o livro 2 desenvolve um pouco mais a temática e os protagonistas e, concomitantemente, introduz alguns coadjuvantes, e o livro 3 encerra as premissas e finaliza os arcos narrativos. O problema é que, na prática, segundo alguns críticos, isso não acontece, sendo essa "Trilogia Comando Sul" um bom exemplo disso.

A trilogia de VanderMeer inicia com um livro movimentado, premissa curiosa e com uma personagem, a Bióloga, interessante. Já no segundo livro temos uma encheção infinita de linguiça, que torna a leitura uma das mais enfadonhas que tive na minha vida. Além disso, Controle é um dos personagens mais fracos que já vi num livro. Já o terceiro livro sofre com a expectativa criada no primeiro volume e com a quantidade grande de indagações geradas nos dois volumes anteriores. "Aceitação" falha em todos os sentidos sendo o retorno de parte da ambientação do primeiro livro e o ritmo mais acelerado os únicos fatores positivos da obra.

A impressão que fica é que essa trilogia poderia ter sido escrita em um único livro, de forma mais concisa, direta e sem tantos personagens coadjuvantes que apenas oneram a narrativa. Nas mãos de um autor talentoso como Arthur C. Clarke isso poderia ser possível. Fica a sensação de tempo desperdiçado, principalmente quando você ainda considera o final, totalmente decepcionante, não no sentido do desfecho em si, mas na tentativa patética de rebuscar uma narrativa que, se tivesse seguido na linha do primeiro volume, tanto em qualidade quanto em tempo, tinha potencial para virar uma referência no gênero. Para entender bem o que estou falando, vale a leitura de "Encontro com Rama", do citado Clarke, como comparação, que possui elementos similares (incluindo o final), mas que se desenvolve num ritmo cadenciado e tamanho plausível.

Enfim, com um livro 1 bom, passando por um livro 2 medíocre e um livro 3 regular, a trilogia "Comando Sul" se mostra irregular e, infelizmente, decepcionante.

site: https://mftermineideler.wordpress.com/2018/12/11/trilogia-comando-sul-aniquilacao-autoridade-aceitacao-jeff-vandermeer/

marokasoueu 03/02/2019

Aceitação
Chato, cansativo. Me deu a impressão que outra pessoa escreveu, pulei várias partes para não abandonar o livro.

Jen 26/09/2020

Pior leitura do ano
Eu estava evitando ler sagas e trilogias, me focando em livros únicos, mas gostei tanto da premissa de Aniquilação que resolvi dar uma chance. O primeiro livro me cativou bastante e terminei com ânsia de começar o segundo, que decaiu bastante do primeiro, mas ainda me fez querer respostas e me aventurar no terceiro.
O terceiro, Aceitação.
Esse livro é totalmente anti climático, os diferentes pontos de vista acabam com a linearidade do livro e a vontade de prosseguir a leitura. Foi penoso, difícil chegar ao fim, e para piorar, ainda recebemos um final em aberto. Nada salva nesse livro, até a carta da bióloga se torna maçante.
Fiquei com a impressão que o autor começou o livro com uma ideia e não soube executa-lá tão bem nas continuações, com pressa para terminar.
Enfim, não indico para ninguém.

luke - among the living. 10/03/2024

A Trilogia Comando Sul foi uma das coisas mais difíceis que eu topei nos últimos anos (e olha que eu li Adjustment Day e Pygmy do Chuck Palahniuk em inglês). Eu estendi a leitura o máximo que pude, e finalmente terminei o último, Aceitação.

A melhor parte desse livro, assim como nos dois anteriores, é a escrita fantástica, que força o seu cérebro a conceber coisas quase que até o limite. Já o enredo sem muitas explicações deixa um pouco a desejar (e por mais intencional que isso seja).

Bom, no fim das contas, o saldo foi positivo (toda leitura é, até as menos divertidas). Mas eis uma série que eu não indicaria a ninguém que lesse.

É isso.

Bruno Venâncio 10/02/2019

A resposta está nas entre linhas?
O último livro da trilogia Comando Sul dá a expectativa de fornecer uma resolução sobre o que é a área X e o que cerca o Comando Sul. Com uma ligação interessante entre o passado daqueles que habitam o farol e as cercanias e os personagens que protagonizaram a série, o livro consegue encaixar em partes o que conduziu aqueles indivíduos aquela situação e qual foi o destino de alguns personagens dos dois primeiros livros que ficaram em suspenso, principalmente da Bióloga. Contudo, a explicação da área XC não é totalmente explicita, ficando nas entrelinhas sua ligação com a lente do farol e algo antigo que não pertence a esse planeta. Enfim, o livro deixa algumas explicações a imaginação do leitor tanto sobre a área X quando ao destino do planeta Terra.

Lorens Galahad 15/02/2019

Aquele que exigiu demais...
Terminar de lê-lo foi custoso, me pareceu que se fosse mais resumido, seria uma leitura mais empolgante.
De todo modo prefiro ponderar pois, creio que deva ser uma leitura mais proveitosa para quem tenha paciência para administrar com atenção todo o enredo e lançar luz em tantos detalhes que em sua maioria são obscuros.
Enfim, mas, realmente fiquei triste pelo pobre Saul.

Aline 03/05/2018

Não tão entediante quanto o segundo volume, porém nem de longe emocionante como o primeiro. Essa é minha crua opinião sobre o terceiro livro da trilogia Comando Sul.

Relatado por cinco diferentes pontos de vista, amalgamando personagens dos dois volumes anteriores, a narrativa desse livro é um tanto confusa. A despeito de achar interessante poder observar as diferentes visões, que certamente enriquecem a obra, cada ponto de vista se situa em tempos diferentes, tornando desconfortável para o leitor ter que se localizar novamente na linha temporal após cada capítulo lido.

Ainda que exista essa confusão temporal e de personagens, a escrita é predominantemente introspectiva, tornando a obra um tanto filosófica, quase poética. A natureza especulativa da narrativa pode não agradar os mais pragmáticos, primando pelo questionamento e abertura a possibilidades em detrimento da restrição a uma explicação. Apesar de ter gostado bastante do estilo da escrita, acredito que ela não seja adequada para finalizar uma trilogia. Perguntas são sempre importantes e são o que move a humanidade. Entretanto, num livro de ficção o que busco como leitora são respostas, ausentes nesse terceiro volume de forma que considerasse satisfatórias. O livro traz algumas respostas, porém passa longe de explicar todas as questões que vinham sendo levantadas desde o início da saga.

Não é uma leitura que eu recomende, embora não tenha me arrependido de desfrutá-la. Certamente é algo diferente de tudo que eu havia lido, e o universo criado pelo autor é fantástico de ser explorado. Para mim faltaram respostas. Se estivessem suficientemente presentes a trilogia teria tudo para receber cinco estrelas. Infelizmente, não foi o caso, então fica a seu critério aventurar-se ou não por esse mundo. Se optar por explorá-lo, tenha a certeza de que será apenas no intuito de conhecer um novo universo, pois se iniciar a leitura com o objetivo de obter respostas para um mistério sairá frustrado dessa jornada.

Debacker 30/01/2018

Porque? Porque?
Li Aniquilação e Autoridade feliz da vida. Livros 5 estrelas e favoritados. Mas Aceitação é como se voltasse para o começo, pois nada é explicado. Há várias divagações filosóficas e religiosas, mas nada é de fato explicado. Não um há plot Twist, apenas uma grande decepção.

Thayane 21/01/2018

"Deixai toda esperança, ó vós que entrais" [#DesafioLiterárioSkoob2018 || @pls.noticemesenpai]
O sensacional sobre a escrita do Vandermeer é não obrigatoriedade em ler a trilogia, dá pra amar cada um deles sem depender do outro. Você leu Aniquilação e sabe que poderia ter continuado a meta literária sem ter que ler os demais livros, você leu Autoridade e entendeu que o Comando Sul "existe sem existir" mas se chegou até Aceitação é porque ainda procura respostas... e nenhum título faz mais jus ao conteúdo do que este.

"E a mão do pecador irá se rejubilar, pois não há pecado na sombra ou na luz que as sementes dos mortos não possam perdoar."

Encontramos aqui uma Área X desafiando as personagens não por presença física e elementos tangíveis e sim pelo que não podemos racionalizar, um assombro silencioso e constante que também atinge o leitor. Com uma narrativa que não se perde mesmo com um POV tão diversificado, o final da trilogia deve ser lido pelo que é e não pelo que desejamos que fosse. Talvez incomode ao sem experiência com esse estilo mas a condução não deixa a desejar, e é especialmente satisfatório para os fãs de Lovecraft e Poe.

site: https://www.instagram.com/pls.noticemesenpai/

Mez 12/10/2021

Encerramento apoteótico
Agora entendendo o que antecedeu a expedição da Bióloga e o que se sucedeu da investigação de Controle, descobrimos um outro momento, e um futuro, e um passado distante. Não existe começo, muito menos fim. Existe a Área X e ela é incontrolável. Revemos rostos do passado, crituras magnificamente aterrorizantes. Desta vez não descobrimos nada, apenas vivemos e entendemos... Ou não. Não há muito o que dizer, apenas aceitar.

Alessandro Heverton 06/03/2020

Continua bom
Mantém a história tensa e aumenta um pouco o ritmo. A ação volta com mais força e a imaginação se mantém estimulada

Fayetsho 17/09/2016

Aceitação, o 5º estágio do luto.
Quando peguei o 1º livro, Aniquilação, fiquei encantado com a escrita de Jeff VanderMeer e com o livro "estranho", mas um estranho bom, estranho foi a melhor palavra para definir esse livro.
Mas, com o segundo livro, Autoridade, minha maravilha pela escrita escondeu que de nada acrescentou a história.
E em Aceitação, me decepcionei.

VanderMeer aparentemente percebeu o quão bem escrevia, pelo menos para mim, e começou a brincar com as palavras. O livro que desde Autoridade era em 3ª pessoa, começa a ter a visão de 4 PERSONAGENS. Pessoas reclamam de Convergente porque não leram Aceitação.

As 4 visões são: O Principal de Autoridade, Controle. Uma personagem pré-Área X. A antiga Diretora antes de Controle. E uma personagem de Autoridade.

Mas, cada visão tem uma escrita diferente, a antiga diretora conversa com sigo mesmo, "Você conversa com Lowry e percebe..."

Também tem o fato de demorar literalmente 190 páginas para COMEÇAR a TENTAR explicar o que é a Área X.

Enfim, Jeff VanderMeer tem uma escrita que eu amo, não se perde em detalhes, não tenta ser lírica. Isso tenho que reconhecer: AMO a escrita de Jeff.

Porém, como leitor, tenho que questionar suas habilidades de Autor, criador de história.

O autor realmente criou uma história e um microuniverso tão rico e complexo que nem ele pode entender e explicar para nós.

Por fim, se assim como eu, você gostou de Aniquilação, termine ele e fique imaginando como continua, porque, de verdade e me pesa o coração dizer isso, não vale a pena continuar a trilogia.