Aceitação

Aceitação Jeff VanderMeer




Resenhas - Aceitação


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Alynne Scott 11/02/2017

Rindo para não chorar de desgosto
Jeff me encantou com Aniquilação, ele tem um jeito particular de brincar com as palavras e de escrever que fascina o leitor. Porém, uma boa história não vive de palavra bonita e, nesse sentido, a trilogia do Comando Sul nasceu morta.
Ao começar a se envolver com a história, o leitor percebe que não vai obter todas as respostas, mas obter poucas respostas é uma coisa, obter nenhuma é outra completamente diferente.
O autor quis fazer tudo e acabou não fazendo nada. No fim das contas ficou uma história lexicalmente rica e absolutamente pobre em conteúdo.
As informações repassadas ao leitor são mínimas e, passado o primeiro livro, a história perde completo sentido.
Em suma, aprendi que não adianta repassar para outros um mundo que você criou, mas que nem você mesmo entende (fica a dica aí, Jeff).
Aline 28/03/2018minha estante
Hahahaha, arrrrrrrgh, que triste! =/ Estou lendo o segundo livro e já sem esperanças com relação ao fim da trilogia!


Lucas 20/05/2020minha estante
Nossa senti a mesma coisa. Terminei hoje o 3º livro. Amei o enredo, mas o desenvolvimento... Jesus amado. Senti que faltou mais explicações. Sei que a ideia dele era não dar respostas, mas do jeito que ele colocou... É levemente frustrante


Aline 20/05/2020minha estante
"Levemente frustrante" é bem gentil, hihihi ?

Concordo, hunfy. Tinha tudo pra ser bom.


Alynne Scott 20/05/2020minha estante
Ver os comentários de vocês me trouxe um leve rancor kkkkkkkk que tristeza lembrar dessa trilogia que tinha tudo pra ser incrível e foi um fiasco :(


Beatriz 30/12/2021minha estante
Aheuah eu amei o livro justamente por isso! A própria busca de resposta para algo não-reconhecido foi a causa de todo o enredo. Acho que ele explica muito bem as coisas ao desenvolver das narrativas, principalmente na cena da Ave Fantasma acessando a Área X


Alessandro 08/02/2023minha estante
Compreendo seu ponto de vista, mas discordo em alguns pontos, estou lendo o terceiro livro, acho que esse tipo de ponto precisa ser discutido.
Até agora obtive algumas respostas! Porém sinto que falta, achei que poderia ter até o final do livro. Mas pelo visto não.
Mas difícil dizer que a história iniciou morta, por que tem história e uma história muito legal, como você leu no primeiro, nos conhecemos a Area X, com suas belezas e encantos. Acho que esse é o encanto de alguns livros, pensar, fazer algumas teorias, interagir com o ?pouco desenvolvimento?. No segundo livro vemos a história por dentro do comando Sul e vemos que Controle é uma pau mandado que faz as coisas que a Voz quer, que acaba interferindo no seu entendimento direto sobre a Área X.
No terceiro livro estou vendo uma outra faceta da Psicóloga, obtive respostas sim. Algumas lacunas que ficaram abertas no primeiro e segundo livro.
Mas eu concordo com você em relação às demais respostas.


Patcha 08/05/2023minha estante
Concordo com o Alessandro, que nesse tipo de história a graça é justamente não ter respostas. É muito mais sobre vermos a Área X como um "vilão" caótico e incompreensível, e como pessoas tão apáticas à monotonía da vida ficam sem chão ao entrarem em contato com algo novo.
Isso é relativamente comum em livros desse gênero, e acho que muita gente veio desavisada por conta da adaptação da Netflix, que tira todo esse lado do "inimaginável".


Alynne Scott 10/07/2023minha estante
3 anos depois, entendo vocês e até concordo kkk mas entendo tb que eu não sou o público do livro, não é meu tipo de leitura, apesar de ter me encantado com o primeiro. Nunca cheguei a ver a adaptação da Netflix, preferi ficar com a boa lembrança de Aniquilação


Anderson.Manzini 15/08/2023minha estante
Apôs 3 livros, você termina com mais perguntas do que respostas. frustante, sim, mas não completamente, afinal, eu achei o desenvolvimento de personagens muito bom, e no final após aceitar (sem trocadilhos com o nome do livro) percebi que a viagem foi melhor que chegar ao destino, e me diverti com a leitura.




Debacker 30/01/2018

Porque? Porque?
Li Aniquilação e Autoridade feliz da vida. Livros 5 estrelas e favoritados. Mas Aceitação é como se voltasse para o começo, pois nada é explicado. Há várias divagações filosóficas e religiosas, mas nada é de fato explicado. Não um há plot Twist, apenas uma grande decepção.
Aline 28/03/2018minha estante
Arrrrrrrgh, sério? :( Estou lendo o segundo livro e já temia por isso. =/


Debacker 28/03/2018minha estante
Eu prefiro que você leia, pois pode ter uma opinião diferente, mas pra mim Aceitação só me deixou mais confuso.


Aline 28/03/2018minha estante
Sim, eu vou continuar lendo. Mas lerei com menos expectativas, hehe.


Rodrigo 12/11/2018minha estante
Também achei bastante confuso.
O que de fato se tornou a biologa?
O que aconteceu com a Ave Fantasma?
O rastejador é o faroleiro? O que estava na torre, la embaixo, que a ave fantasma viu e interagiu?
Eu admiro muitos estilos de escrita, como Lovecraft e Gerorge RR Martin que fazem do estilo um personagem a parte, mas acho que aqui, caberia algo mais linear e organizado, visto que ea historia por si só ja é maluca e chocante o suficiente. Acho que o autor foi infeliz na forma que escreveu o Aceitação. Gosto muito da trilogia mas confesso que o ultimo livro me deixou confuso em varios pontos. Tem muita coisa boa mas faltou pé no chão quanto a como contar a historia num geral.




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Bela 03/06/2020minha estante
Tu não ficou com a sensação de que o Lowry virou a lontra que a Ave Fantasma vê no final? Acho que foi meio um troco da Área X


Lucas 07/06/2020minha estante
Eita
Nem tinha reparado, na verdade


Bela 25/06/2020minha estante
Eu fiquei muito com essa sensação real




Adolfo 06/05/2021

Sinceramente, só fala mal dessa trilogia quem a leu errado
Até agora neste 2021 essa trilogia foi a parada mais fora da curva que peguei pra ler, que qualquer um deve ter decidido pegar pra ler e o feito até aqui este final, e certamente por isso se deu uma polarização visível entre várias críticas e resenhas em torno da obra. Então vou tentar não falar demais, e nisso não entrar nos méritos e deméritos dos textos e condução dos mesmos, que de início vão mesmo colonizar o leitor; vão inocular esse brilho nele, e aperfeiçoá-lo ou desfigurá-lo, com certeza mudá-lo.

A esta altura, após lidos os primeiros livros, já deve estar bem claro que a palavra escrita não é a parte crucial da mensagem -- mas na inépcia dos seus limites um convite obscuro. Um artifício obsoleto, ainda que funcional, a uma compreensão abrangente e interseccionada, mas tão dolorosa quanto é limitada a percepção de linguagem. Pois bem, feito as amostras que chegaram ao Comando Sul, postas sob escrutínio rigoroso das expectativas, olhar fixamente para qualquer questão do livro e esperar que ela pisque primeiro só vai causar perplexidade e frustração. Vai transformá-lo a em mais uma criatura que geme entre os juncos, essa galera aqui cheia de mi-mi-mi porque não teve sua curiosidade sossegada.

Este livro não é sobre saciedade, sobre resolução, sobre se conectar com os personagens, mas sobre assimilação e mudança. Sobre um processo em andamento tão sutil quanto inexorável, num ritmo de tal forma próprio que ao se entrar em compasso através dos personagens, nossos portais à Área X e veículos através dela, o ajuste é meticulosa e violentamente brusco. Cada revelação é bíblica aqui, porém não é o livro das revelações o mais obscuro de todos? E falando no Apocalipse, o livro é tão nítido em sua opacidade, em sua exigência de um sacrifício humano ou fucking 38! que mesmo o Rastejador da torre e mesmo a Bióloga parecem ter sido diretamente tirados das descrições de anjos do Velho Testamento... Essa ficção científica, mesmo em sua explicação mais cabal, quase nos pede para simplesmente ter fé naquilo. Aqui o sono da razão só nos traz monstros, feito como nunca esse diabo desses três livros foram uma influência nos meus sonhos essa semana. Cada revelação, desde o final de Controle, é pura e simplesmente assombrosa. Não há mais o deslumbramento, o horror confuso e letárgico de Aniquilação. São bombas que se vê explodir ao longe e até cair a ficha mal sobra tempo de se preparar para a onda de choque.

Por fim, que já escrevi demais, este livro vai concluir a trilogia entretanto não vai oferecer as resoluções esperadas, não trará à luz a maioria das respostas, nem definirá maiores desfechos. Ele é "um enigma embrulhado num quebra-cabeça". Vai se retroalimentar das respostas dadas a nos conduzir a mais especulações. Vai recombinar suas certezas, vai imortalizar suas paranoias numa flor que não morre, vai colocar "alguma coisa no seu olho de que você não consegue se livrar". Este livro é uma verdadeira extensão da Área X nas suas mãos, e pro bem ou para o mal, sem propósito inicial algum, uma contaminação que não poderá ser contida, uma fronteira que vai se expandir sabe-se lá até onde... Sem querer forçar o trocadilho, um verdadeiro "aceita que dói menos".
Laura Nepomuceno 12/07/2021minha estante
CONCORDO DEMAISSSS. acabei de ler e não entendo as resenhas negativas! Livro toppp demais


Adolfo 18/07/2021minha estante
Laura é uma galera com a cabeça formatadinha pra leitura... Com um gênio que precisa da coisa não só mastigadinha como bonitinha e palatável, que já olha torto pra colherada sem nem ter sentido direito o cheiro da comida, quiçá o gosto!
Tenho nem paciência pro nariz deles torto.




Joice (Jojo) 26/05/2017

Aceita que dói menos?
Ao criar seus contos fantasiosos, o escritor H. P. Lovecraft muitas vezes não apresentava explicações para todos os mistérios que propunha. Em contos, essa estrutura funciona, mas em obras maiores isso pode deixar o leitor frustrado. Enquanto lia o terceiro livro da trilogia Comando Sul, de Jeff Vandermeer, eu já imaginava que não encontraria respostas para todas as minhas perguntas, mas não imaginei que pudesse ficar tão frustrada com a conclusão apresentada pelo autor.

Em "Aceitação", encontramos (para meu deleite) o ritmo angustiante e os cenários surreais já conhecidos dos livros anteriores. Os capítulos são narrados de forma alternada, às vezes pelo antigo faroleiro, pela diretora, pela Ave Fantasma e até por Controle, o que trás algumas explicações, principalmente de como surgiu a Área X. Adorei me aprofundar mais em alguns personagens, principalmente na diretora, figura tão antagônica no 1º volume. Contudo, o autor preferiu não lançar luz sobre alguns aspectos fundamentais da trama, como os personagens Lowry e Whitby (e aquela porcaria de celular), o que me deixou MUITO frustrada. Isso me incomodou mais que o final, inconclusivo por si só, mas condizente com o resto da história.

Confesso que este último volume prejudicou bastante minha apreciação da trilogia, mas não posso ignorar o mérito de Vandermeer em criar um universo tão bizarro e nos entregar uma narrativa alucinadamente angustiante.
Aline 28/03/2018minha estante
Bela resenha! E, aiiiiiin, bom saber. =/ Estou lendo o segundo volume e já com medo de não ter respostas suficientes no fim da trilogia.


Joice (Jojo) 29/03/2018minha estante
Oi, Aline!
Não deixe de concluir a trilogia. Acho que a "decepção" com o último volume é proporcional ao quanto gostei dos livros anteriores. Ainda assim, é inegável o trabalho que o autor teve com o desenvolvimento dos personagens e da trama em si. E se ele não entregou o que eu esperava, é incontestável que me diverti horrores.




Braulio 02/05/2020

Curioso, estranho, indecifrável
Os pontos fortes do livro são:
- A narrativa atemporal (gosto muito disso), tempos diferentes que se cruzam em uma história complexa.
- horror cósmico (influência Lovecraftniana)
- situações e monstros inomináveis

Particularmente o aparecimento da bióloga e sua descrição me tirou o fôlego. Li umas 3 vezes essa parte.

Terminei o livro com vontade de iniciar a trilogia novamente. Por que? Pela mudança na visão q tive dos personagens, suas motivações, seus dramas e, principalmente, seu papel na construção da Área X.

Aí vai um ponto importante:

**SPOILER PEQUENO**

A Área X está em constante transformação , ela absorve tudo e todos, se adapta e se transforma em algo novo e diferente. Se retroalimentando constantemente. Cada personagem transformou e transforma a Área X em algo novo.

Minha teoria é que a Área X é formada por um mecanismo biológico de terratransformação de uma civilização alienígena que se extinguiu. Por isso ela parece existir sem propósito para nós.

O mecanismo se alojou inicialmente na lâmpada no farol, acredito q usou alguma frequência da luz como canal, e migrou (junto com Saul) para o fundo da torre, como um refúgio mais seguro.

O Rastejador cumpre a função de segurança, manutenção, e algumas outras incompreensíveis, do mecanismo.

**SPOILER PEQUENO**

A carta da diretora no final é comovente. Pode até ser lida em qualquer momento do livro.
Lucas 20/05/2020minha estante
Concordo com sua teoria! Achei algo assim também (sobre a engenhoca alienígena complexa demais para nós). Mas queria mais desenvolvimento do final. Quando Controle chega lá no fim do túnel dura só 1,5 página. Queria mais detalhes.


Braulio 03/06/2020minha estante
Concordo! Foi um trecho que li várias vezes. Quase como aquela última garfada de um prato delicioso que se deixa pro final (tenho muito essa mania) ?




MF (Blog Terminei de Ler) 22/12/2018

Apesar das boas premissas, o terceiro volume evidencia uma trilogia decepcionante
Nota inicial: Eu fiz a resenha para os outros dois volumes dessa trilogia.

"Aceitação", terceiro livro da trilogia "Comando Sul", escrito pelo estadunidense Jeff VanderMeer. Trata-se uma obra da chamada "New Weird", subgênero literário que unifica elementos do Horror, da Fantasia e da Ficção Científica, causando um certo estranhamento proposital no leitor.

Esse terceiro livro busca encerrar os arcos dos personagens criados nos dois volumes anteriores, bem como se propõe a responder às indagações geradas pela estranha trama.

Existem trilogias elogiadas na Ficção Científica como a "Trilogia Sprawl" de William Gibson e a "Trilogia Fundação" de Isaac Asimov. Contudo, na literatura contemporânea, uma crítica que muito se escuta é que, talvez, influenciados pelos sucessos de franquias como "Harry Potter", "Percy Jackson", etc., alguns escritores tem desenvolvido suas trilogias apenas visando o sucesso financeiro ou uma eventual possível adaptação para o cinema. Geralmente seguem uma estrutura onde o livro 1 apresenta as premissas e os personagens centrais, o livro 2 desenvolve um pouco mais a temática e os protagonistas e, concomitantemente, introduz alguns coadjuvantes, e o livro 3 encerra as premissas e finaliza os arcos narrativos. O problema é que, na prática, segundo alguns críticos, isso não acontece, sendo essa "Trilogia Comando Sul" um bom exemplo disso.

A trilogia de VanderMeer inicia com um livro movimentado, premissa curiosa e com uma personagem, a Bióloga, interessante. Já no segundo livro temos uma encheção infinita de linguiça, que torna a leitura uma das mais enfadonhas que tive na minha vida. Além disso, Controle é um dos personagens mais fracos que já vi num livro. Já o terceiro livro sofre com a expectativa criada no primeiro volume e com a quantidade grande de indagações geradas nos dois volumes anteriores. "Aceitação" falha em todos os sentidos sendo o retorno de parte da ambientação do primeiro livro e o ritmo mais acelerado os únicos fatores positivos da obra.

A impressão que fica é que essa trilogia poderia ter sido escrita em um único livro, de forma mais concisa, direta e sem tantos personagens coadjuvantes que apenas oneram a narrativa. Nas mãos de um autor talentoso como Arthur C. Clarke isso poderia ser possível. Fica a sensação de tempo desperdiçado, principalmente quando você ainda considera o final, totalmente decepcionante, não no sentido do desfecho em si, mas na tentativa patética de rebuscar uma narrativa que, se tivesse seguido na linha do primeiro volume, tanto em qualidade quanto em tempo, tinha potencial para virar uma referência no gênero. Para entender bem o que estou falando, vale a leitura de "Encontro com Rama", do citado Clarke, como comparação, que possui elementos similares (incluindo o final), mas que se desenvolve num ritmo cadenciado e tamanho plausível.

Enfim, com um livro 1 bom, passando por um livro 2 medíocre e um livro 3 regular, a trilogia "Comando Sul" se mostra irregular e, infelizmente, decepcionante.

site: https://mftermineideler.wordpress.com/2018/12/11/trilogia-comando-sul-aniquilacao-autoridade-aceitacao-jeff-vandermeer/
Jonathan Pina 15/01/2019minha estante
Leio o segundo e já parei pra ler outros várias vezes. Sinto pena ao abordar livros. O primeiro foi tão bom e instigante. Agora esse segundo está um porre. Só conversa fiada dentro da Central. Só queria respostas do primeiro livro. Entender o que é a área x e o que acontece de fato lá. Mas acho que estou perdendo meu tempo


MF (Blog Terminei de Ler) 15/01/2019minha estante
Meu caro, Jonathan, senti a mesma sensação. Contudo o mesmo que falo pra todo mundo, falo contigo. Acho que vale a pena você ler para ter suas próprias impressões. Há pessoas que gostaram desse segundo volume como, por exemplo, a booktuber Laila Ribeiro, que tem um bom canal. Fiz questão de deixar um comentário lá, respeitoso, mas discordando totalmente da análise dela... mas vai que a visão dela coincide com a sua? Só lendo para saber...

O vídeo da Laila: https://www.youtube.com/watch?v=wZ2i1gA8bro&t=348s




andwarf2004 17/05/2016

Decepcionante como final de trilogia!
O terceiro e último livro da Trilogia Comando Sul encerra a história de uma maneira bem genérica e sem graça. No fim, não entendemos o que é a área X. São organismos alienígenas? O livro "deixa a entender" que sim, mas não dá a resposta. Deixa na nossa imaginação. Neste livro conhecemos Saul Evens, o "misterioso" faroleiro da foto que surgiu nos livros anteriores. Bom, de misterioso ele não tem nada. Descobrimos algumas novidades sobre o passado da diretora e do Comando Sul, mas nada que venha a ser grandes revelações.
Me peguei comparando a trilogia com Lost. Temos uma ilha, um lugar misterioso onde acontecem coisas misteriosas. Temos um monstro. Temos uma companhia que tenta estudar e descobrir o que aconteceu. Pelo menos Lost tem um final adequado.
No fim, não gostei deste último livro. Acho que ele poderia ter enrolado bem menos e sido bem mais objetivo.
romulo mafra 27/04/2018minha estante
Ahahaha tb me peguei comparando com Lost... Mas gostei do final que de certa forma conclui sem concluir tanto qto queriamos.




Yasmim 22/09/2023

Não é uma leitura qualquer
Como a maioria dos leitores, me encantei com ?Aniquilação?, a forma como foi escrito é uma verdadeira obra de arte!
Já em ?Autoridade? fiquei com a mesma impressão da maioria das pessoas, leitura muito arrastada e metade foi escrito para fazer volume, não teve nenhuma relação com a história principal.
Após um período de ressaca desta trilogia, fui ler ?Aceitação?, com a mente muito aberta e torcendo para ser mais parecido com o primeiro livro. Novamente fui surpreendida pela escrita, muito melhor, organizada e todos os capítulos escritos ?no ponto?. Foi uma leitura muito prazerosa que dá várias respostas sobre os eventos, algumas maia diretas e outras um pouco mais subjetivas.
Recomendo bastante a leitura, quem chegou até o final do segundo livro deve ler o terceiro, quase como um pedido de desculpas. Recomendo que leia com calma para assimilar todas as - sutis - e nem sempre tão esclarecedoras respostas.
Nesta trilogia não importa se todas as respostas foram respondidas, mas sim se todas as perguntas foram feitas.
Obrigada Jeff, está perdoado pelo livro 2.
AllineP 20/12/2023minha estante
SIM!!! É assim que me sinto ?




Fayetsho 17/09/2016

Aceitação, o 5º estágio do luto.
Quando peguei o 1º livro, Aniquilação, fiquei encantado com a escrita de Jeff VanderMeer e com o livro "estranho", mas um estranho bom, estranho foi a melhor palavra para definir esse livro.
Mas, com o segundo livro, Autoridade, minha maravilha pela escrita escondeu que de nada acrescentou a história.
E em Aceitação, me decepcionei.

VanderMeer aparentemente percebeu o quão bem escrevia, pelo menos para mim, e começou a brincar com as palavras. O livro que desde Autoridade era em 3ª pessoa, começa a ter a visão de 4 PERSONAGENS. Pessoas reclamam de Convergente porque não leram Aceitação.

As 4 visões são: O Principal de Autoridade, Controle. Uma personagem pré-Área X. A antiga Diretora antes de Controle. E uma personagem de Autoridade.

Mas, cada visão tem uma escrita diferente, a antiga diretora conversa com sigo mesmo, "Você conversa com Lowry e percebe..."

Também tem o fato de demorar literalmente 190 páginas para COMEÇAR a TENTAR explicar o que é a Área X.

Enfim, Jeff VanderMeer tem uma escrita que eu amo, não se perde em detalhes, não tenta ser lírica. Isso tenho que reconhecer: AMO a escrita de Jeff.

Porém, como leitor, tenho que questionar suas habilidades de Autor, criador de história.

O autor realmente criou uma história e um microuniverso tão rico e complexo que nem ele pode entender e explicar para nós.

Por fim, se assim como eu, você gostou de Aniquilação, termine ele e fique imaginando como continua, porque, de verdade e me pesa o coração dizer isso, não vale a pena continuar a trilogia.
Aline 28/03/2018minha estante
Hahahahaha, arrrrgh, que triste ler isso! Estou lendo o segundo livro (sem esperanças, pela falta de respostas até aqui) e agora sei que não adianta criar expectativas pro terceiro. Hunfy!




Carol Luz 22/12/2016

Pra mim, o melhor livro da trilogia
No meio do segundo livro, Autoridade, eu cheguei à conclusão de que a trilogia do Comando Sul não é para todos. É um tipo de leitura que não agrada a todo mundo, e pra ser bem sincera, não me agradou em vários momentos. São livros que te deixam cansados de ler, mas você segue lendo porque se apega a qualquer minúscula informação que o livro te dá.

Segui lendo, porque eu precisava de mais informações. Eu queria mais respostas, mesmo sabendo que não, eu não as teria. Assim, quando terminei de ler Aceitação, eu não podia esperar um final diferente. E o final da trilogia me agradou, e muito!

Nas citações da contra capa do livro, tem uma que diz "Talvez, no final, não seja possível entender completamente a Área X...". Talvez, por já ter lido isso, já comecei o livro sem esperar todas as respostas que eu queria. E na verdade, eu obtive mais respostas do que eu esperava.

Sem enrolar mais, Aceitação pra mim foi o melhor livro da trilogia. O livro mais dinâmico, e o livro cuja escrita menos me cansou. Aniquilação me pegou despreparada e me amarrou nessa jornada pela Área X, mas foi Aceitação que me deixou, realmente, transformada.
Mexeus 14/02/2017minha estante
Concordo contigo! Com cada palavra =]




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Aline 03/05/2018minha estante
Fiquei pensando que não faria sentido terem novas adaptações do filme. (Nem sei se estão planejadas adaptações do segundo e terceiro livros, mas, como você disse, o filme juntou todos os livros). E quanto ao Controle? ? É uma ótima pergunta! Perda de tempo, assim como todo o segundo livro, na minha opinião. ?




astereads 16/07/2023

Um fim (e também um começo) magnífico
Vou ser bem sincero, nem sei como começar esse review, tantas são as coisas que me chamaram atenção na leitura.

Primeiramente, eu vi que muitas outras pessoas comentaram sobre a frustração pela falta de respostas, o que é compreensível, mas no meu entendimento esse FOI o objetivo do autor. Nós nunca precisávamos saber todos os detalhes; a jornada está ali para ser aproveitada, como em outros horrores cósmicos/ficções científicas similares.

A diferença é que Jeff Vandermeer foca na beleza e manifestação desse horror cósmico, e não em sua lore ou explicações que soam quase místicas, ou no niilismo que tá impregnado no gênero. É por isso que Ave Fantasma existe, não como uma extensão da Área X mas como sua própria pessoa, atrás das suas próprias realizações. É por isso que Controle tem como foco de sua jornada a aceitação de que ele não tem controle. E é por isso que a Diretora, uma personagem tão enigmática, na verdade só queria o fechamento de um ciclo.

Sim, a narração merece críticas também, mesmo que a história, pra mim, tenha sido ótima. Eu percebi que desde o segundo livro o autor perdeu a mão em alguns pontos, por se estender demais neles desnecessariamente. No começo, eu até demorei bastante pra continuar lendo, porque me entediei com alguns capítulos.

A parte incrível, no entanto, foi a realização (lá pro meio do livro) do quão incrível era as diferenças entre os povs. Olhando de uma forma mais técnica, a forma com que ele decide escrever ? as variações entre primeira, terceira e segunda pessoa, o registro quase documental da parte da Bióloga ? é simplesmente algo de tirar o fôlego. Inclusive, a forma com que ele decide como cada ponto de vista vai ser demonstrado fala muito sobre o personagem.

As partes em terceira pessoa me fizeram sentir conectado aos personagens, enquanto ainda me davam aquela sensação desconfortável de ter algo errado que eles não estavam percebendo. A em segunda pessoa, com a Diretora, me fez imaginar como se fosse uma experiência fora do corpo, o que, no meio de suas memórias, faz bastante sentido. Os momentos onde víamos a Bióloga com sua narração em primeira pessoa foram um destaque do livro pra mim, principalmente sabendo o quão bem isso representava sua natureza inquisitiva e cética. Nenhum dos povs era 100% confiável, mas todos tiveram seus pontos altos na hora de construir o todo.

Enfim, acho que poderia ficar falando desse livro pra sempre, discutindo as possibilidades e razões do porquê as coisas aconteceram do jeito que aconteceram. E eu acho isso incrível, quando um livro te toca dessa maneira.

Simpatizei com todos os personagens, me agoniei com suas questões, simpatizei com os motivos deles de fazer as coisas. Em toda a trilogia (ou talvez seja melhor dizer saga?) de Comando Sul, foi lindo de ver como cada um se manifesta tão bem, parecendo pessoas reais ali na sua frente.

Tô ansioso pra o próximo livro!!
AllineP 20/12/2023minha estante
SIM. Acho que essa trilogia vai ficar por um bom tempo agarrada em mim. E a sensação é até parecida com a da área-x... Os pensamentos e entendimentos vão se transformando :') Eu amei.




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Samara 20/10/2020minha estante
Arrasou na resenha, depois dessa vou ter que ler.




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Lucas 20/05/2020minha estante
Nossa, sim. Gostei mais do que você da obra (hahaha), mas senti o enrolation muito forte nesse terceiro livro. Os capítulos com a diretora são CHATÍSSIMOS!




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