Queria Estar Lendo 09/09/2014
Resenha: Cidade das Cinzas
Cidade das Cinzas é o segundo volume da série de estreia da Cassandra Clare, Os Instrumentos mortais. Na continuação de Cidade dos Ossos, Jace e Clary acabaram de descobrir que são irmãos e que o pai deles, Valentim Morgenstern quer livrar o mundo dos seres do submundo - além de reunir a família.
Por toda Nova Iorque crianças do submundo estão aparecendo mortas, iniciando um embate entre os povos, reacendendo desafetos antigos, como os lobisomens e os vampiros. Por outro lado, a ressurreição de Valentim traz a Clave até o Instituto de Nova Iorque, colocando Jace sob o domínio dos Irmãos do Silêncio em busca da verdade sobre seu pai. Porém, quando a Espada Mortal é roubada e as desconfianças recaem sobre o garoto, só resta a sua irmã e amigos fazerem de tudo para salvá-lo.
Mesmo perturbados com a verdade, Clary e Jace unem forças, na companhia de Simon, Alec e Isabelle, para tentar parar Valentim e descobrir seus próximos passos.
"Jace estava muito pálido, com manchas de excitação em suas bochechas. "Mas era Valentim. Eu vi ele. Na verdade, ele tinha a espada com ele quando ele desceu para as celas e me chamou através das grades. Foi como um filme ruim, só que ele não chegou a rodar o seu bigode."
Cidade das Cinzas, pra mim, é o típico "livro do meio" que não diz muita coisa, mas que traz consequências inevitáveis para o final da trilogia (para quem não sabe, inicialmente Os Instrumentos Mortais era uma trilogia que acabou se estendendo para outros 3 livros).
O segundo livro também traz mais conhecimentos sobre o Mundo das Sombras e sobre as relações interpessoais dos personagens, além de encher a gente de dúvidas quanto ao desfecho da série. Aqui temos um contato mais direto com os poderes de Clary, além de vivermos mais vividamente o triangulo amoroso da história.
Mesmo após descobrirem ser irmãos, a atração entre Clary e Jace é inegável. Em busca de refrear os impulsos, Clary se joga em uma nova relação e eu sempre vou dar pontos pra Cassandra por de fato ter feito as personagens escolherem entre um e outro (mesmo que por serem irmãos). O drama de um triangulo amoroso é algo que eu sempre vou receber de braços abertos, tendo em vista que um bom drama sempre renova minhas energias, mas fica realmente cansativo quando a gente tem aquelas histórias onde a mocinha só fica com o mocinho e a terceira ponta é sempre a platônica e mal tem uma chance real com a mocinha, onde não existe realmente uma relação amorosa. Pontos por dar uma chance ao Simon!
"Beijar Simon era agradável. Era uma espécie de suave agradável, como deitar em uma rede em um dia de verão com um livro e um copo de limonada."
E nem vamos discutir sobre como o triângulo amoroso dos livros não é realmente um triângulo, já que não é algo A ama B que ama C que ama A. Mas né, isso é papo pra outro post.
Como livro de transição, Cidade das Cinzas é ótimo, embora não seja meu preferido dentre a saga. O humor característico dos personagens está ali (mesmo que Jace possa estar taciturno e cheio de mimimi), assim como o sarcasmo e sofrimento. A saga continua em Cidade de Vidro e, para quem leu As Peças Infernais, pode se sentir levemente nostálgico com as pequenas menções. Embora eu realmente recomendo que leia-se Princesa Mecânica apenas após o quarto livro de Os Instrumentos Mortais, Anjo Mecânico pode ser lido sem qualquer restrição.