Patricia Pietro 09/06/2023Não gostei muito desse livro. Quase abandonei a leitura, mas me deparei com uma reflexão bonita e decidi continuar. A estória tem algumas contradições, o desenrolar é lento e não vi muita graça no enredo. Porém, gostei bastante dos personagens principais (Maia, Mati e Nimi), que são decididos e não ligam para a opinião geral da aldeia sobre as coisas.
Gostei do tema principal do livro (exclusão e rejeição do diferente pelos demais), não muito pela abordagem do autor, até porque discordo em alguns pontos, e sim por me fazer pensar.
A mensagem que ele passa é que, mesmo que a pessoa seja alvo de deboche, humilhações e seja rejeitado pelo grupo/sociedade, se afastar não é a melhor decisão a ser tomada. Essa é uma mensagem comum em muitos livros infantis. Há essa ideia de tentar mudar a cabeça dos outros, ou mesmo mudar a si próprio. Porém, não há dúvidas de que não devemos permanecer onde não somos queridos.
Apesar de não ter amado o livro, acho que a leitura pode valer a pena pelas reflexões que traz.
"Será que o deboche é uma forma de defesa para quem lança mão dele, pois o protege do perigo da solidão? Pois quem zomba não zomba em grupo, e aquele que desperta a zombaria não fica sempre sozinho?"