As veias abertas da América Latina

As veias abertas da América Latina Eduardo Galeano




Resenhas - As Veias Abertas da América Latina


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rdszimiani 26/10/2015

Esqueçamos a história tal como aprendemos na escola: As Veias Abertas da América Latina mostra que há poucos motivos para se orgulhar dela. Em seu livro, Eduardo Galeno, guiando-se por trabalhos de diversos autores - inclusive Fernando Henrique Cardoso – revela dados e números dignos de nos envergonhar. Países que nasceram e se desenvolveram guiados pelo interesse estrangeiro, sendo antes servos das nações ibéricas, e depois caindo nas mãos inglesas e norte-americanas. Quinhentos anos de exploração econômica sob os mais variados aspectos.
Dentre outros assuntos, o autor revela como as potências imperialistas pressionavam os países latino-americanos para que estes abrissem seus mercados, atacando qualquer espécie de protecionismo, enquanto, paradoxalmente, aquelas nações só adotaram essas políticas liberais depois de fortalecerem sua economia com um protecionismo quase selvagem.
Galeano também nos apresenta diversos líderes das Américas do Sul e Central que tomaram iniciativas econômicas nacionalistas em seus territórios. E mostra também como esses homens foram boicotados, difamados e derrubados, geralmente por oligarcas da mesma nacionalidade, que em troca de vantagens para si, vendiam o futuro de sua própria gente aos interesses estrangeiros.
No final da década de 60, quando o livro em questão foi escrito, qualquer governo nacional que estivesse tomando medidas de fortalecimento de sua própria economia, e ameaçando os interesses externos, era simplesmente taxado de comunista – quase sempre sem ser verdade – e derrubado. E em seu lugar instalava-se uma ditadura militar, geralmente apoiada pelos Estados Unidos.
Apesar de considerar As Veias Abertas da América Latina uma leitura essencial, é preciso fazer algumas ressalvas. Em primeiro lugar, o livro é quase um Manifesto. O autor arredonda muitos números, e utiliza frações, para causar impacto. Naquela época, Galeano era um esquerdista ferrenho, e em sua obra exaltou o que havia de pior no capitalismo de exploração, sem fazer crítica alguma ao comunismo, como o de Cuba, por exemplo, que estava em seus anos iniciais. O autor reconhece isso em declarações feitas na Bienal do Livro de Brasília, em 2014.
De qualquer maneira, a obra é inquestionavelmente importante como fonte histórica, principalmente por nos alertar ao tipo de política que não devemos adotar em anos vindouros. Não podemos de modo algum permitir que As Veias Abertas da América Latina continue a ser um livro “atualizado”.
Amarilda.Santos 28/11/2015minha estante
Leia também "Raízes do Brasil" de Sérgio Buarque de Holanda e "1984" de Orwell.




Jeff_Rodrigo 22/02/2024

"Gracias a Dios nací en latinoamérica".

Galeano detalhe os horrores, massacres e explorações com uma riqueza de detalhes magnífica. Ver o quê esses povos passaram, e saber como resistiram aos avanços dos impérios coloniais e às ganâncias dos centros financeiros, só me fazem ter orgulho de ser latino-americano - sem me esquecer de que ainda tem muito a se fazer.
Sra. Star Wars 04/03/2024minha estante
?




MellNavarro 03/07/2022

"Que integração podem efetivar entre si países que sequer se integraram por dentro?"

Demorei 191828282 anos para ler esse livro, mas foi porque ele exige atenção e tempo.
Uma obra absurdamente rica em detalhes sobre a América Latina, fala sobre esse imenso território rico em diversos sentidos, mas que ao longo da história sofre e sofreu diversas perdas para os seus até hoje donos EUA e Europa, tendo sangrado por suas veias abertas, e que até hoje não conseguem trabalhar como a grande unidade que Bolívar sonhou
Países com histórias parecidas, que fora dessa unidade são vistos e discriminados como iguais, mas que dentro não se identificam
Para quem gosta de história e se interessa por aprender mais sobre esse imenso território, mais do que recomendado!

"Latino Tu, latino Yo
La misma sangre e corazón
Esa es mi Latinoamerica
Hay que luchar, Latinoamerica!"
-Latinoamerica, Maná
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Beatriz 01/10/2020

"Este livro é uma busca de chaves da historia passada que contribuem para explicar o tempo presente, que também faz história, a partir do princípio de que a primeira condição para mudar a realidade é conhecê-la."

Leitura indispensável para quem quer conhecer a história da América-Latina.
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Juliana Civitavecchia 01/11/2020

Eu e minha casa serviremos a Eduardo Galeano.
Tô há anos adiando essa leitura porque sabia que ia ralar a ferida que nunca criou casca. Ralou, mas deveria ter lido antes.
Dudu, a gente precisava MUITO ter tido um rolê antes de 2015. A real é que acho que tu tava errado em alguns pontos (bem poucos, ok?). De longe o que mais me incomodou foi a questão da natalidade latinoamericana eternamente ascendente vs interferência externa na "esterilização" das mulheres latinas. Eu tenho uma lista mental todinha pra apontar teus equívocos sobre isso.
No mais, tu é perfeitamente cirúrgico. Conta a história que justifica absolutamente toda minha raiva. E o cidadão que mora aqui e num tem raiva, é besta!
Obrigada por tanto.
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Alonso 01/09/2011

A AMÉRICA LATINA descrita da maneira mais crua (e "aberta") que conheço. Galeano relata em poucos mais de 300 páginas os quase 500 anos de nossa exploração; passando aqui um inventário das incontáveis riquezas naturais (ouro, prata, diamantes, açúcar, café, petroléo, etc..) que este continente fornece ao resto do planeta a preço de inumeras vidas, tanto do passado quanto do presente.

Nenhum fato escapa do livro de Galeano, desde os tempos da conquista, até nossos dias, passeando pela: Colonização, a matança injustificavel dos povos indígenas, a época das monarcas, a "independência" dos países, a(s) ditadura(s); todos estes envoltos na cortina do PODER e cobertos da prática de controle.

AS VEIAS ABERTAS nos conta uma história - que sim é do conhecimento de todos, ao menos nas suas linhas mais gerais - de como a A. Latina é brutalmente explorada (em sentido amplo) pelos seus "conquistadores". Aqui o diferencial para os demais é a forma, a linguagem, parece-me as veias ter maior veracidade, pois detalha (espantosamente) os fatos relevantes, que transformou e ainda modifica o pensamento e forma de comportamento do povo sul-americano.
Se enxerga a olho nu a prática de dominação de uma minoria sobre a maioria. Durante essa jornada foi debruçado de que forma, quais são os meios que os colonizadores (países europeus, mais tarde os E.U.A) subjulgaram os habitantes do "novo mundo"..


Sensacional a maneira que Galeano adota seu lado jornalista/reporter,para dar-nos um depoimento absolutamente sólido, com bases firmes e dados realmente assustadores. Motivo pelo qual entendo AS VEIAS ABERTAS ter sido proibido (por um tempo) em certos países, principalmente da américa do sul, por achar as autoridades locais que ele serviria de instrumento de corrupção da juventude..(leia-se comunista)("Não deixam ver o que escrevo", dizia Blas de Otero, "porque escrevo o que vejo" relata galeano em seu Posfácio).


Dentre as passagens realmente dignas de se comentar, escolhi a que (penso) ser de maior alcance:
"..Escrevi As Veis Abertas para difundir ideias alheias e experiencias próprias que talvez ajudem um pouquinho, com sua medida realista, a resolver as questões que nos perseguem desde sempre: A América Latina, é uma região do mundo condenada à humilhação e à pobreza? Condenada por quem? Culpa de Deus? Culpa da Natureza? Do clima modorrendo? Das raças inferiores? A religião e os costumes? Não será a desgraça um produto da história, feita por homnes, e que, portanto, pelos homens poder ser desfeita?.."


O livro por ser uma leitura (relativamente) fácil é recomedando para várias areas, economia, política, sociologia, história, geografia, entre outras.

(ENTUSIASMADAMENTE) RECOMENDO..

Alonso
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Ju 15/04/2021

As veias continuam abertas
Um livro com uma linguagem bem acessível e muito claro sobre o Imperialismo na América Latina apontando coisas que muitos atualmente não querem ver.

Leiam, você vai ver muitas coisas que acontecem até os dias de hoje é que você não se deu conta.
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Lumm 13/09/2022

é tarefa de todos os latinos lutar contra o imperialismo
Galeano é simplesmente genial, ele descreve a espoliação contínua dos países da América Latina de forma maestral, nos convidando a refletir sobre o - dito - sucesso do sistema capitalista, porque, ele funcionou, para quem o interessa, para o norte global e para a burguesia, que não se importam em destruir florestas e povos inteiros quando se trata do lucro e da exploração de tudo o que se pode ver.
Por mim todo o continente já explorado pelo monstro das experiências coloniais e imperialistas merecem um livro como este, adoraria ver um "As veias abertas da Ásia", um "As veias abertas da África".
Livro extremamente necessário.

"Não pode existir movimento revolucionário, sem teoria revolucionária."

- Lenin
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Pedro Matias 07/12/2020

Como sangra a América latina?
As veias abertas da América latina são os caminhos por onde sangram as riquezas desse continente em que "a riqueza da terra converte-se na miséria dos povos". Para quem gostou de Sapiens, é um livro semelhante. Ele explica a formação e condição dos países latino-americanos, apoiando-se em livros e dados respeitáveis. O livro foi terminado no início de 1970 e teve adições em 79, por isso conta desde o descobrimento até a década de 70.
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Italo 04/08/2021

Deixou o capitalismo peladinho
Esse livro é magnífico e atemporal! Eduardo Galeano, com uma linguagem bastante acessível e sem ser superficial, desmascara completamente o sistema capitalista desde os seus primórdios até os dias de hoje (mesmo o livro sendo de 1970, afinal de contas, essas veias nunca pararam, ou pararão, de sangrar)
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drummondianos 16/07/2021

?Nunca seremos felizes, nunca?
Antes de sequer iniciar a leitura desse livro, eu já tinha noção das polêmicas que o cercavam. Mesmo assim, fui ler para tirar minhas próprias conclusões e o resultado não poderia ter sido mais satisfatório!

Em uma linguagem acessível porém com o rigor necessário do gênero, Eduardo Galeano mostra as explorações a que a América Latina foi submetida, desde o primeiro dia que os europeus pisaram nela. Os paralelos com o desenvolvimento dos Estados Unidos foram certamente as minhas partes favoritas, pois realmente é uma das curiosidades que todo mundo tem: se eles também foram colonizados, por que tiveram tanto sucesso e nós não?

Acho muito triste quem desconsidera esse livro pelo fato do autor ter claramente um posicionamento, afinal não existe nada nesse mundo que seja neutro! Desde que não se conte nenhuma mentira, não vejo problema nenhum em ter algo direcionado a uma linha ideológica. Com o passar do livro o leitor consegue sentir no próprio ritmo da leitura o quão violento foi o desenvolvimento dos países latinos, e apesar de eu já saber a maioria das informações antes de ler, vê-las unidas e expostas realmente foi chocante pra mim.

Considero essa uma leitura obrigatória pra todo latino-americano; conhecer nossa história é o que nos proporcionará um futuro talvez melhor.
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Filippini 09/10/2022

"O passado é mudo? Ou continuamos sendo surdos?"
"Nestas terras, não assistimos à infância selvagem do capitalismo, mas sua decrepitude. O subdesenvolvimento não é uma etapa do desenvolvimento. É a sua consequência. O subdesenvolvimento da América Latina provém do desenvolvimento alheio e continua alimentando-o. Impotente pela sua função de servidão internacional, moribundo desde que nasceu, o sistema tem pés de barro."
Vinicius 10/10/2022minha estante
Espero lê-lo antes de morrer




regifreitas 14/02/2021

AS VEIAS ABERTAS DA AMÉRICA LATINA (Las venas abiertas de America Latina, 1971), de Eduardo Galeano; prefácio Isabel Allende; tradução Galeno de Freitas.

"[...] o subdesenvolvimento latino-americano é uma consequência do desenvolvimento alheio, que nós, latino-americanos, somos pobres porque é rico o solo que pisamos e que os lugares privilegiados pela natureza têm sido malditos pela história" (p.287).

Essa passagem do clássico de Eduardo Galeano praticamente resume esta obra. Nela, o escritor e jornalista uruguaio busca resgatar a história da América Latina a partir da visão dos colonizados, o impacto que a chegada dos europeus acabou provocando nas civilizações que aqui viviam - muitas delas com um nível de desenvolvimento surpreendente -, mas que foram sendo paulatinamente subjugadas e dizimadas pela ambição do colonizador.

Os latino-americanos tiveram a “má sorte” de possuírem um solo riquíssimo, cuja exploração, em todas as suas formas imagináveis, levou-o até quase à exaustão. Primeiro a prata, depois o ouro, posteriormente o açúcar e outros produtos agrícolas, culminando com a dilapidação do subsolo, são retratados na primeira parte do livro. Na segunda, o autor se debruça sobre a espoliação contemporânea, advinda da estrutura perversa do capitalismo, que empobrece cada vez mais os mais pobres, enquanto enriquece ainda mais os mais ricos, gerando uma das regiões com maior desigualdade social do globo.

Lido a primeira vez há exatos vinte anos, a obra se manteve relevante, muito embora tenha ficado desatualizada em muitos pontos. Desde o início dos anos 1970, quando da sua primeira publicação, o mundo e as relações políticas e econômicas entre os países mudaram bastante. Muito embora os povos da América Latina continuem pobres e explorados.

Apesar dessa defasagem, é um trabalho essencial!

Primeira leitura: concluída em 8/2/2001.
Releitura: concluída em 8/2/2021.
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gab 09/08/2022

Completamente necessário. Apesar de ser massante em alguns momentos, o livro não falhou em me relembrar o quanto eu odeio os Estados Unidos e a Europa. Incrível!!
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