Gabriela Cravo e Canela

Gabriela Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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Fernanda 12/01/2023

Só vale depois dos 48%
O título do livro engana um bocado. Deveria se chamar novela de ilhéus, um conto de ilhéus ou algo assim. Gabriela aparece muito depois de um lenga lenga de coronelismo. A história se divide em dois eixos, política e vida amorosa da cidade de ilhéus. Chamam salvador de Bahia. Nunca gostei disso, tenho ranço.
As mulheres da década de 20 do século passado eram meros objetos decorativos (se esposas) ou utensílios (se rapariga). Algumas delas não vão aceitar tal destino. Grata a essas pioneiras. É ficção, mas foi real. Todas elas, até Gabriela, inocente sucubus, parecem verossímeis indivíduos do século passado. Me identifiquei tanto com a Malvina que doeu demais. Gatilhos pra minha alma.
Por motivo de eu ter uma expectativa completamente diferente, além do gosto da leitura de Jorge amado, eu me decepcionei bastante aqui. A história me pegou soh na metade, eu só não desisti por ser um clássico mundial que merece ser lido. Mas dizer que foi bom é forçar demais.
É literatura importante, mas realmente uma leitura que me foi penosa na primeira metade. A segunda eu li bem rapidamente, muito mais fluída.
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Dav 11/11/2023

Diferente
Este com toda certeza foi um dos livros que eu mais demorei para ler, tanto por não estar acostumada com a escrita descritiva de Jorge Amado, quando por problemas externos, no entanto, não me arrependo de ter me prendido para destrinchar essa obra.
Gabriela é simplesmente complexo, a quantidade de camadas existentes nesse livro nos leva a considerar infinitas situações e consequências. Inicialmente acreditei que se tratava de um mero romance entre Gabriela e seu Nacib, tanto que quando me deparei com uma cena política e descrição social, me senti completamente enganada, contudo todas essas características enriquecem o livro de uma forma, que não se trata apenas de uma protagonista diferenciada, mas sim da história de toda uma sociedade.
Gostei bastante do personagem de Mundinho Falcão, ele foi um ponto muito empolgante pra trama política da história, além de ser inteligentíssimo e boa pessoa.
Em relação a outros pontos do livro, fiquei um pouco chocada e decepcionada, no entanto, levando em consideração as ações da sociedade retratada, vi que não haviam alternativas diferentes para tais ocorrências, e acabei me conformando.
No mais, minha última consideração é que a nossa protagonista Gabriela é uma vítima do seu tempo e dos homens que passam pelo seu caminho, sua inocência de certa forma cativa o leitor como cativou os outros personagens existentes na obra. Esse mundo que você viveu não é pra você, Gabriela!
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isa 18/12/2021

Jorge Amado escrevia na prosa como Caymmi na poesia. inegável. ler e perscrutar Gabriela é como escutar o violão de Dorival, é como um banho de mar em uma praia idealizada na Bahia (ai, que saudade eu tenho), pois essa obra é, sobretudo, um estereótipo sobre a mulher bahiana. por isso, qualquer saudosismo imposto pela prosa em questão é ilusório. Gabriela é luz, acarajé, mar, sol ardente, cravo e canela. a cozinheira perfeita. a amante perfeita. mas não a esposa (perversa?). Gabriela é rasa, superficial e, assim, encantadora. é submissa, complexa e fácil de desvendar. é impulsiva, não se limita às amarras da sociedade e exalta a cultura popular.
Gabriela é Marina de Caymmi, é Carmem Miranda de Jorge Amado. Gabriela não existe e é tão fácil de amar. tudo demais para Nacib. não há explicação para o inexistente.
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Miri 23/02/2024

GABRIELA, CRAVO E CANELA
"Gabriela, Cravo e Canela", obra de Jorge Amado, é uma jornada à cidade de Ilhéus, Bahia, durante os anos 1920.

Gabriela, uma mulher sensual e de espírito livre em uma sociedade onde o sexo feminino era restringido pelas normas sociais e culturais da época, é contratada como cozinheira por Nacib, proprietário do bar Vesúvio. Com sua sensibilidade para cativar as pessoas ao redor, ela rapidamente conquista não apenas os paladares exigentes dos clientes, mas também o coração de Nacib. É interessante observar a força de Gabriela em uma sociedade dominada por homens. Ela vai além de ser apenas uma mulher habilidosa na cozinha e bonita; é uma mulher à frente de seu tempo, recusando-se a se conformar com os padrões estabelecidos. Além disso, enquanto o romance entre Gabriela e Nacib se desenrola, somos imersos em um mundo de intrigas políticas e sociais, onde os poderosos coronéis do cacau enfrentam os desafios dos trabalhadores rurais. Com uma narrativa rica em cores e sensações, Jorge Amado captura a essência da cultura nordestina, entre os aromas e sabores da culinária baiana.


Aqui é só um recorte do que ainda estou escrevendo sobre esse livro.
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Taysa.Nunes 01/03/2023

Não espere por...
...Aquele romance mamão com açúcar que a gente tá acostumado. Posso resumir o livro em algumas palavras (NÃO ME INTERPRETEM MAL): p*taria, fofoca,chifre, talaricagem e, principlamente, POLÍTICA. Sim, meus caros, comecei a ler Gabriela achando que ela ia aparecer em todas as páginas do livro, mas estive enganada. Apesar dela ser a personagem principal, o enredo gira mais em torno de política e de como Ilhéus era uma boa exportadora de cacau. Não vou me estender muito na resenha, mas em breve pretendo gravar um vídeo sobre. Foi bom sair da minha zona de conforto e ler um clássico da literatura brasileira.
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Isabella 25/03/2022

Não é sobre Gabriela
Jorge Amado escreve muito bem, não há reclamações da minha parte sobre isso. O livro é sim muito bem escrito e possui uma grande capacidade imersiva pela narração bastante envolvente do autor. Os personagens são interessantes, assim como as histórias, porém se você esta indo para essa leitura imaginando uma novela de amor...
A verdade é que o nome do livro devia ser "Ilhéus, um breve recorte sobre a história da cidade e seu povo", porque grande protagonista da história é a cidade. Nacib, par romântico de Gabriela, é talvez o único outro personagem que tenha um destaque, de modo que a política, os costumes e a rotina de Ilhéus que são os focos da narrativa.
Claro que contextualização é absurdamente importante na construção da história, mas foi além do necessário, principalmente no começo do livro. Pode ser cansativo concluir capítulos e mais capítulos demasiadamente descritivos sobre os avanços econômicos e políticos, enquanto se é esperado o desenvolvimento do enredo dos milhares de personagens apresentados.
Outro ponto importante, é que de todos os personagens a construção que mais deixou a desejar foi a de Gabriela. Ela é praticamente mistificada, porém de uma maneira que retira suas humanidades. É descrita como sensual e selvagem, ao mesmo tempo que é ingênua e pura ? Talvez com o objetivo de transparecer um espírito livre, o autor acabe falhando na construção da personagem. Como descrição de uma mulher é rasa e incongruente, contudo, não acontece com as demais narrativas.

[Provavelmente minha opinião exposta aqui não seja muito popular, ainda assim acho que é interessante adicionar ela à roda.]
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Fabio.Oliveira 18/04/2020

Cacau, conquistas, Generais!
Narrativa fluente, história sobre conquistas, políticas da época e romances.... Vale cada página lida!
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V_______ 10/05/2022

Gabriela, Cravo e Canela
Primeiro livro de Jorge Amado que leio, Gabriela, Cravo e Canela conta mais do que a história de Gabriela, ao contrário do que possa sugerir o título, narra as mudanças de uma cidade em ascensão.
Ilhéus, cidade baiana da zona do cacau, em meados da década de 20 está passando por mudanças, a era dos coronéis se vê em seus últimos dias, Mundinho Falcão, exportador de cacau se instala na cidade baiana, com gana de vê-la prosperar se torna um forte homem na cidade, o que não agrada o coronel Ramiro, que fez seu nome a base da bala décadas antes e pelo qual o povo de Ilhéus é muito grato, porém os tempos mudam e o que era bom outrora já não é agora. É nesse impasse do novo e velho que somos apresentados a Nacib, comerciante que busca uma cozinheira, e que a acha em Gabriela, fugida da seca e miséria que assola o sertão, não encontra só uma cozinheira, como o amor em sua pele cor de canela e seu perfume de cravo.
Adorei tudo nesse livro, os personagens são ótimos, o enredo principal e os adjacentes, a escrita de Jorge Amado é maravilhosa, espero que nos próximos livros que lerei dele a experiência seja tão boa quanto está.
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Le 20/05/2020

Maravilhoso
Consegui me teletransportar pra Ilhéus daquela época! Narrativa maravilhosa, cheia de detalhes que nos faz viver a história intensamente! Super recomendo!
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Joana.Darc 04/04/2023

Novelinha
Gabriela, cravo e canela não tinha como não ser uma novela, o jeito que a história é narrada, que os lugares são descritos o tanto de personagens que aparecem cada um com sua problematica que acaba se interligando com o eixo principal só poderia dar em novela mesmo.
Mas tirando o formato, não posso dizer que o livro não tenha um bom conteúdo, representa com exatidão os fazendeiros/donos de terra da época, com suas ignorâncias, seus preconceitos, seus falsos moralismo e tudo mais de ruim. Retrata também o sofrimento dos itinerantes, da seca, da fome dos trabalhos dos jagunços análogos a escravidão e tudo isso banhado ou disfarçado pelos romances picantes de Gabriela.
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Kaire 04/04/2023

Eu devia ter iniciado a história sem ter a visão sudestina que a tv propagou por anos em relação a Gabriela mas foi até bom pra aprender a valorizar a fonte.

Gabriela é tudo e nada do que eu pensava. Na verdade, eu cheguei a pensar que a história não chegaria tanto nela (e, de certa forma, há muita história para além da garota que busca ser livre) mas quando ela apareceu, tudo muda mesmo. Apesar de ter no livro boa parte da sexualização que a tv mostrou, a Gabriela vai muito além. Ela é alguém que não sabe descrever as mazelas da vida, mas sabe muito bem como viver para não deixar que isso a consuma de novo. Adorei.

As outras histórias também são ótimas - detalhe: o livro começa falando sobre um caso de homicídio, e o resto se desenrola por aí - e merecem serem conhecidas, então podem ler à vontade. Enfim, é bom demais acompanhar uma história boa e agora vou ali pesquisar quanto custa uma passagem pra Ilhéus - aqui do lado! - pra poder apreciar.
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Barbara.Teodoro 21/07/2020

O cheiro de cravo e a cor de canela...
"E como viver sem ela, sem seu riso tímido e claro, sem sua cor queimada de canela, seu perfume de cravo, seu calor, seu abandono, sua voz a dizer-lhe moço bonito, o morrer noturno nos seus braços, aquele calor do seio, fogueira de pernas, como? E sentiu então a significação de Gabriela. Meu Deus!, que se passava, por que aquele súbito temor de perdê-la, por que a brisa do mar era vento gelado a estremecer-lhe as banhas? Não, nem pensar em perdê-la, como viver sem ela?"

Gabriela nos foi um presente de Jorge Amado a quem sabe discernir essa história como sendo a de um amor, um amor livre, que não vem de uma linha amarrada no peito, um amor que vem do sentir, sem vestido de seda, sem sapato que esmague os dedos espalhados.

Gabriela é força da natureza, é a curvatura das ancas que Nacib impunha as pernas todas as noites. É a inocência de criança, é a flor caída de propósito sobre a espreguiçadeira. É o cheiro de cravo.
É a cor de canela.
Gabriela.
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Fabríccia 05/07/2022

Gossip Girl de Jorge Amado
Ler Gabriela é tal qual sentar em uma praça em Ilhéus e escutar de Jorge Amado todos os detalhes da vida pública e privada dos personagens.
Com maestria ele nos conduz a conhecer o progresso de Ilhéus, os personagens singulares da cidade, a política antiga e nova, os jagunços, os escândalos e a vida que nada tem de privacidade.
As fofocas da cidade não escapam de ninguém.
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Yago 15/07/2022

Seu cheiro de canela
Este livro é maravilhoso, uma ótima história, onde se aprende um pouco de tudo política, sociologia, filosofia, é um livro excelente para ser lido.
Um livro que dá gosto de ler, mas cuidado você pode se apaixonar por Gabriela.
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Daniele522 17/10/2020

Gabriela Cravo e Canela
Uma história que remonta os costumes de uma época que o Coronelismo estava perdendo força, mas sua palavra era lei na sociedade.
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