Gabriela Cravo e Canela

Gabriela Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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Caique 27/07/2023

É impressionante como o Jorge Amado faz a gente ficar imerso na história e ambientes que ele retrata. Conhecer cada cantinho dessa Ilhéus de 1925 e cada um de seus personagens tão únicos foi uma coisa prazerosa demais. É um livro sobre esses tempos antigos, mas com olhares até além do tempo em que foi escrito. O progresso, tanto dito na história, talvez esteja mais visível justamente na figura da Gabriela, essa moça apaixonante, sem amarras, livre, de vida leve e simples, como se só uma risada bastasse pra ser feliz e enxergar o mundo como algo bom.
Dito isso, amei e mal vejo a hora de reler!
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cass.luce 26/07/2023

Uma flor que morre em jarro
Peguei pra ler o livro tendo uma noção bem deturpada. Lembro de minha mãe, influenciada por minha avó, falando o quão descarada era Gabriela. Que era mau exemplo e tudo mais, de modo que eu nunca tive a oportunidade de conhecer a história, mesmo que superficialmente.
Ano passado tive meu primeiro contato com o autor e eu simplesmente me apaixonei, então tomei coragem e fui atrás de Gabriela. A escrita é maravilhosa, a trama política conseguiu me prender e o rumo da história me satisfez. Como descrito no livro por João Fulgêncio, Gabriela é como o amor, algo que não pode ser limitado. Não acredito que o jeito dela venha por malícia, mas por algo natural, moça simples com pensamento prático, ela não é inocente, muito menos santa, mas definitivamente não é a maldade. Tenho dó por Nacib, por ele não conseguir compreendê-la e querer transformá-la em algo que a fazia definhar.
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anne 19/07/2023

Como ainda não sou uma pessoa muito acostumada a ler clássicos, foi um pouco difícil a leitura, mas valeu a pena! Gabriela, que sonho de vida ser você... Adorei Jorge Amado! Pretendo ler mais, sem dúvidas.
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Gabriel 19/07/2023

Um retrato da Bahia dos anos 1920
Apesar do título, é certo que o que Jorge Amado descreve neste romance situado em Ilhéus, na Bahia, se estende a muitas outras cidades de vários estados brasileiros naquela década, especialmente no nordeste.

E se tem uma coisa que Jorge Amado faz bem neste livro - difícil é achar algo que não seja primoroso -, é criar personagens que traduzem bem o espírito tupiniquim. Ler Gabriela, Cravo e Canela, é ser capaz de se imaginar nitidamente na pequena e efervescente cidade de Ilhéus, cidade que, àquela época, viveu enormes transições sociais.

Todo o desenlace dessa evolução nos costumes e ritos do município ilheense se dá através da ótica de inúmeros personagens cativantes e com força própria, mas é certo dizer que os protagonistas são dois: Nacib, dono de um bar bem no centro dos principais acontecimentos do local, de última hora metido na difícil missão de encontrar boa cozinheira para dirigir os trabalhos da cozinha de seu estabelecimento; e Gabriela, sertaneja retirante, que chega à cidade de Ilhéus em fuga da seca e da miséria do sertão e à procura de melhores condições de vida na terra onde o cultivo e a exportação de cacau prometia muito dinheiro a quem tivesse gana de trabalhar.

Jorge Amado aborda habilmente as relações de poder entre os personagens, evidenciando como as mulheres, como Gabriela, muitas vezes são tratadas como objetos, subjugadas pela sociedade machista e coronelista da época. Honra de marido traído, na época, se lavava com o sangue da mulher adúltera e de seu amante. Matar, nesse caso, não era crime, mas chegava mesmo a ser quase encorajado.

Escrito em 1958, Gabriela, Cravo e Canela traz ideias à frente de seu tempo e exalta as mulheres: sua coragem, beleza, graça e sua gana por liberdade - pra amar, estudar, trabalhar, viver... E o faz com graça, humor e muita sensualidade.
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Dark Lady 18/07/2023

Gabriela, cravo e canela
Eu já tinha lido e adorado "Capitães da Areia" e "Mar Morto" de Jorge Amado, então, por que não ler outro livro dele? Foi assim que cheguei a "Gabriela, cravo e canela". Livro muito bom, mas que não superou "Capitães da Areia". No início pensei em desistir, não consegui me prender ao livro, (não que não seja um livro desenvolvido e com uma história boa). Demorei, mas terminei de ler e acabei até gostando do livro.
É sobre Gabriela e Nacib, sobre Ilhéus e seu desenvolvimento, mas também é sobre política.


"O cheiro do cravo,
A cor da canela,
Eu vim de longe,
Vim ver Gabriela."


"Tem certas flores, você já reparou?, que são belas e perfumadas enquanto estão nos galhos, nos jardins. Levadas pros jarros, mesmo jarros de prata, ficam murchas e morrem."
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Ju Liberal 18/07/2023

"Eis o cantar de Gabriela, feita de cravo e canela"
Não preciso nem dizer que esse é um dos melhores clássicos que já li. Com a linguagem leve de Jorge Amado, a gente termine de ler em poucos dias. Nós nos envolvemos de uma forma tão grande que em vários momentos nos vemos torcendo, nos entristecendo, comemorando... juntos com os personagens. Então é óbvio que indico.
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Marina672 14/07/2023

Livro com cheiro, cor, textura e som
?Para que explicar? Nada desejo explicar. Explicar é limitar. É impossível limitar Gabriela, dissecar sua alma.?
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Gabriella440 07/07/2023

O livro é muito gostoso de ler, e pensando na época em que foi escrito, podemos perceber que foi um tanto polêmico na época. Eu adoro Jorge Amado e com esse livro não foi diferente.
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Marcos606 04/07/2023

Contado em estilo modernista, o romance oferece um olhar único sobre a vida brasileira no pequeno vilarejo de Ilhéus durante os anos de 1925 e 1926. Gabriela é uma mulata sem instrução - com pele cor de canela e carregando o perfume de cravo - cuja história é apenas uma das muitas contadas neste conto arrebatador de vida, amor, morte e vingança.

Na primavera de 1925, Ilhéus fica alvoroçada quando o coronel Jesuíno Mendonça atira e mata a esposa e o amante dela. Enquanto a cidade lida com essa tragédia, discutindo se o Coronel teve razão em suas ações, Nacib Saad, o dono do bar local, está lidando com sua própria luta - embora muito menos séria. Ele teme que a decisão abrupta de seu cozinheiro de se mudar da vila afete os negócios no Vesuvius Bar.

Ilhéus era, ao tempo, pouco mais que um assentamento rural invadido por gananciosos latifundiários e bandidos impiedosos. No entanto, tornou-se um porto movimentado e respeitável com sua própria história e tradições ricas. Embora um banco de areia no porto impossibilite a comercialização do cacau local para mercados estrangeiros, a economia da cidade prospera. A chegada da modernidade é claramente desenhada no romance.
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Natyvollet 04/07/2023

Um clássico é um clássico
Li "Gabriela" quando era mais nova e não me lembrava de muitos detalhes.
O livro, por mais que seja um romance, ele é MUITO político.
Ilhéus está sofrendo mudanças e a política do coronelismo não é mais a melhor.
Junto dessa ameaça e mudança do cenário político vem também Gabriela, uma mulher linda e indomável.

Uma leitura boa e que flui. Jorge Amado sabe como segurar os leitores com sua escrita.
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Laísa 02/07/2023

Um livro fantástico. Tenho a mania de não ler as sinopses dos livros, e Gabriela, Cravo e canela é um romance conhecido, achei que saberia da história. Mas a história é além de Gabriela. Jorge Amado bravamente detalha os costumes e a situação política do Brasil e, especialmente, da Bahia. O livro é político, com aparições de Gabriela.
Simplesmente apaixonada.
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Guilherme 18/06/2023

O cheiro de cravo, a cor da canela, eu vim longe, vim ver Gabriela
Gabriela, cravo e canela é um retrato claro e preciso do entrelace entre as mudanças sociais, econômicas e políticas em um período de transição entre o poderio dos senhores de terra, ainda ligados aos costumes feudais, e a chamada modernidade.

Ilhéus, uma terra rica em cacaueiros, é comandada de todas as formas possíveis por coronéis de jagunços: ditam eleições, leis, cultura, economia. Ditam, sobretudo, os costumes sociais, a moral ou a ética, como queira chamar. Costumes indiscutíveis - esposa em seu devido lugar, em casa cuidando da casa e da família, serva do marido, e este aonde bem entender - cuidando das fazendas, dos negócios, visitando frequentemente cabarés.

Alguns mais intelectuais já entendem e se opõem a esses costumes antigos, mas pouco fazem ou pouca energia têm para o embate. É preciso que venha algo novo, jovem. O contraponto a esse povo preso ao passado, resistente a mudanças, vem por meio de um homem de família rica, com ares de progresso, e forte influência política, o exportador de cacau Mundinho Falcão. É importante comentar que é, sim, rico e influente. Apesar de parecer rejeitar ajuda de sua família inteiramente política - irmãos e pai - seu sobrenome e fortuna, não somente sua determinação e coragem, como dá a entender, é um fator importantíssimo para que ele consiga sucesso em suas empreitadas em Ilhéus.

Mas o livro não trata somente de entraves políticos e econômicos. O desenrolar da crônica da cidade do interior se entrelaça continuamente com a paixão de Nacib e Gabriela, um árabe naturalizado brasileiro dono de um popular bar na pequena cidade e uma moça humilde vinda do interior do interior, em busca de emprego. Gabriela é encantadora por si só. Não precisa explicar, pois explicar é limitar. Gabriela apenas é: humilde, serena, radiante, apaixonada pela vida, pela dança, por homens. Faz o que tem vontade, o que da prazer. Não se limita a opinião alheia. Sua ingenuidade encanta e diverte. Impossível não se apaixonar por Gabriela.

Jorge Amado vai muito além da discussão política: disserta sobre a liberdade do corpo, liberdade de amar e liberdade de ser. Gabriela ama Nacib; Nacib ama Gabriela. Na crônica, Gabriela, em sua ingenuidade, não vê problema em estar também com outros homens. Gosta de ser desejada, e de desejar. Gosta do prazer - com Nacib e com outros. Isso não faz com que ela goste menos de Nacib. A naturalidade com que Gabriela pensa sobre sua relação com o outro é enfatizada quando o autor muda de terceira pessoa, como narrador, para primeira pessoa, com Gabriela em seus pensamentos. Para se ter uma noção história, o livro data de 1958. Jorge Amado estava discutindo sobre o corpo feminino numa época em que as mulheres não podiam trabalhar fora de casa sem a permissão do marido, que só veio a ocorrer em 1962.

Gabriela, cravo e canela é uma leitura surpreendente. A trama tem um desenrolar natural, mostrando o embate entre o novo e os velhos costumes. Consegue, ao final, satisfazer o leitor ao instaurar um certo progresso na cidade e dar um desfecho condizente para os personagens, inclusive para o relacionamento amoroso de Gabriela e Nacib. Mesmo a troca de poder sendo realmente um grande feito dada as circunstâncias, é certo imaginar que o ciclo vai se repetir, com o opositor agora no poder se tornando o próximo coronel, embora mais moderno e com outro nome.

Por fim, um trecho bem no começo do livro é bastante preciso:

"Modificava-se a fisionomia da cidade, abriam-se estradas, publicavam-se jornais, fundavam-se clubes, transformava-se Ilhéus. Mais lentamente porém evoluíam os costumes, os hábitos dos homens. Assim acontece sempre, em todas as sociedades"

E os costumes vão, pouco a pouco, se modificando.
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Vício em sebo 18/06/2023

Péssimo
Livro extremamente ruim, raso e deprimente, em que a mulher mestiça é retratada de uma forma grotesca, desumana e inverossímil. Um caso clássico em que um homem branco soterrado em privilégios não se dá nem ao trabalho de procurar saber como uma mulher periférica pensa, sente e experimenta o mundo na vida real. O autor simplesmente projeta o seu olhar pornográfico na personagem, que é tão vazia, objetificada e sem sentido quanto qualquer estereótipo imbecil que certos estrangeiros alimentam sobre as mulheres brasileiras. O livro propaga a ideia que muitas pessoas brancas de classe média têm, de que as mulheres pobres e mestiças são mentalmente simplórias e sexualmente depravadas, servindo apenas para prover comida e sexo. É o tipo de representação que contribui ainda mais para o apagamento e a vitimização da mulher negra, que é a parcela da população mais afetada por crimes de violência doméstica e feminicídio. Enfim, é uma história preconceituosa, machista, insensível e repulsiva que não deveria ser tão celebrada pelos leitores de hoje. Sem sombra de dúvida, um dos piores livros que já li na vida.
Wesley 18/07/2023minha estante
O livro retrata como era visto na época


Vício em sebo 08/05/2024minha estante
Wesley, eu concordaria com o seu comentário se o livro tivesse sido escrito em primeira pessoa, pois assim o autor estaria apenas demonstrando conhecer o raciocínio turvo de um narrador egocêntrico e sem credibilidade, mas ao optar pela narração em terceira pessoa, Jorge Amado injeta suas próprias crenças preconceituosas na história, provando apenas que suas habilidades como autor são inexistentes. No livro Dom Casmurro, Bentinho pensa todo tipo de absurdo e expressa uma obsessão doentia pela personagem Capitu, denotando ter um caráter inseguro e neurótico. A narração em primeira pessoa deixa claro que os pensamentos de Bentinho não são necessariamente os mesmos do autor, e esse é um aspecto essencial para nos fazer duvidar se Capitu o traiu ou não. Ao mesmo tempo em que sentimos compaixão por Bentinho e solidarizamos com suas dúvidas, também somos levados a entender que ele tem a razão obscurecida pelo ciúme, agindo de uma forma que afastaria até mesmo uma mulher que o amasse de forma genuína. É uma história atemporal e brilhante porque retrata algo visceralmente real independente da época e, ao contrário de Jorge Amado, Machado não precisou vender a imagem da mestiça sexualizada para ficar famoso entre certos tipos de estrangeiros (e conterrâneos elitizados) que sempre tiveram as piores intenções em relação ao nosso país e ao nosso povo. Eu acho que Jorge Amado deve continuar sendo lido e estudado, mas assim como Monteiro Lobato, os preconceitos evidentes do autor devem ser criticados, até para que o tipo de mentalidade que legitima a exploração de pessoas deixe de se perpetuar em um país tão etnicamente diverso como o Brasil.




sabrinasilva26 11/06/2023

Gabriela
Não vou mentir: até os 20% esse livro é uma chatice. Depois, melhora. Até o final que fica bom o bastante.
Jorge Amado criou um livro onde a terra e os conflitos do povo são os protagonistas. Os costumes, os conflitos, os interesses dos ilheenses estão muito mais em foco que Gabriela e sua cor de canela.
Mas valeu a leitura, foi gostosa de certo modo.
Talitha 03/08/2023minha estante
Tem algo parecido com a novela em relação aos outros personagens?


sabrinasilva26 07/08/2023minha estante
Lembro muito pouco mulher, mas que eu lembro tem sim




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