Nosferatu

Nosferatu Joe Hill




Resenhas - Nosferatu


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Carlos R. A. Amorim 22/05/2020

Prolixidade sem causa
A premissa pode até soar interessante, mas a história é fraca e mal escrita. Há uma enxurrada de palavras, e de acontecimentos e personagens que nada acrescentam à narrativa.
O livro tem 600 páginas mas é como se fossem 1000, tamanha é a inabilidade do autor em enxugar o texto.
Em geral, em livros que são extensos os autores se aproveitam para construir um aprofundamento maior na psiquê dos personagens e/ou construir um ambientação de mundo mais complexa e abrangente - como frequentemente vemos em livros de fantasia. Nesse livro, entretanto, o volume grande de páginas não traz qualquer correspondência com a densidade do enredo, que, ao contrário é bem simplório. Nem com o desenvolvimento de personagens, que é modesto.
A protagonista, Vic, é inssossa, artificial, e estereotipada para ser uma "pessoa problemática". Seus traumas e dilemas pessoas não cativam, nem convencem. Longe de parecer uma pessoa real que sofreu muito na vida, ela apenas parece uma menina mimada e chata como uma aborrecente rebelde sem causa.
O livro todo para mim foi anticlimatico, pois, na medida em que um autor escreve uma protagonista pretendendo que o leitor por ela se interesse e torça, nesse livro eu torci o tempo inteiro pelo vilão, que apesar de não ser um pessoa adorável, consegue ser menos desprezível do que aquela de quem nós deveríamos gostar.
Afora os personagens, todo o universo ficcional construído é pobre e cheio de lacunas e incoerências. As explicações para os eventos sobrenaturais são insuficientes, e não esclarecem nada, apenas retomam o que já se sabe desde a sinopse.
Se essa narrativa fosse somente um conto, de umas 50 páginas, poderia ter sido boa. A pequenez dessa história não justifica, nem sustenta, toda a prolixidade decorrente do excessivo número de páginas da obra.
O autor, a meu ver, foi incrivelmente malsucedido no processo de tornar uma premissa inovadora em um livro interessante,.e o que era potencialmente surpreendente, se tornou apenas arrastado e enfadonho.
Glauber 22/05/2020minha estante
É esse livro que gerou uma série?
Será que a série é melhor?

Peguei "Fantasmas do século XX" do mesmo autor. Fiquei curioso. Parece que no conto ele é bom. Mas ainda não li inteiro.


Carlos R. A. Amorim 22/05/2020minha estante
Sim. Saiu uma série na Amazon Prime. Assisti o primeiro episódio, achei bem melhor que o livro. A protagonista foi construída de um modo diferente e a história também difere.
Depois pretendo assistir até o final pra ver.
Em relação ao autor, ele já tem um relativo sucesso e outras obras que muita gente gosta. Essa inclusive muitos dizem ser a melhor dele, por isso que peguei pra conhecer. Mas pra mim foi uma grande decepção.
O que mais chamou a atenção foi a prolixidade do autor.




spoiler visualizar
Thay 04/12/2019minha estante
Que bom que vc gostou , sabia que tem a série pra assistir , e esse livro concorreu um prêmio literário enorme que ficou entre ele e o pai , o livro do King ganhou , pra mim os 2 são maravilhosos ! Os livros deles tem muitas estórias paralelas além do terror !


NaiaraAimee 05/12/2019minha estante
Ah, legal! Não sabia disso, vou procurar. Eu tô com A Estrada da Noite e peguei Joyland para ler do Stephen, acho que esse não é de terror (acho ) lkkkk Enfim, tô bem ansiosa para ler os dois.




Vitor322 26/07/2021

NOS4A2
"Jingle bells, jingle bells
Jingle all the way..."

Uma viagem de muito terror e suspense para uma terra do Natal, onde as crianças parecem encontrar um lugar perfeito, mas que esconde grandes perigos.

Em alguns momentos era difícil parar de ler, por conta da curiosidade que senti e o quanto me envolvi com os personagens.

** Aviso que se caso você deseje embarcar nesta "aventura", fique sempre atento e fuja caso sinta o cheiro de pão de mel ou veja um carro antigo.
Carlinha 26/07/2021minha estante
Está na minha lista!




Luciano 21/11/2014

Viciante
Simplesmente fascinante. Gostei do inicio ao fim, gosto muito da maneira como Joe Hill coloca as suas ideias. Se alguém está em dúvida de comprar, pode comprar sem medo que você não ficará decepcionado.
SERGIO 11/05/2015minha estante
Meu medo não é comprar, é ler,,,,




Bia L. 17/07/2020

Livro surpreendente
No início do livro você não entende muito bem a ligação com o título, pois Nosferatu é um
Nome conhecido na arte da ficção. Porém o livro vai te prendendo e os personagens são muito bem trabalhados, onde podemos acompanhar a evolução de cada um e sua importância no decorrer da estória. A leitura é fluída e não cansa, o final não poderia ser mais perfeito. Para quem gosta de final fechado, leiam este livro.
Recomendo muito! Leitura intrigante, com o toque de terror de Joe Hill, mas ao mesmo tempo sem ser uma leitura pesada.
Racestari 20/07/2020minha estante
Também gostei muito.




Noronha 08/05/2016

Natal de Terror?
Comecei a ler Joe Hill com o livro: A estrada da noite. Pois me disseram que era assustador, não foi. Depois amei o outro livro do autor: O Pacto. Este foi incrivel e abordou um tema muito bom e complexo. Quando vi este livro na livraria com este nome emblematico ''Nosferatu'' pensei logo em le-lo. Não sou fã de coisas relacionados a vampiros, mas resolvi dar uma chance.

Bem vamos começar. Sim, é um livro sobre vampirismo, mas não aquele vampirismo batido que a gente já conhece, falando de sangue e tal. É sim uma forma inteligente que Joe Hill usou para abordar o assunto. Nesta história nós temos protagonistas que usam a imaginação como um dom, pessoas com traumas e certas pertubações. Temos o ''vilão'' Charlie Talent Manx, que tem um carro antigo que unido a sua mente suga a energia de crianças para mante-lo jovem em um lugar magico chamado ''Terra do Natal'', que tambem foi criado por sua mente. Temos Victoria Mcqueen, uma menina que assim como Manx usa inicialmente uma bike para iajar por uma ponte, que tambem é criada por sua mente. A história dos dois se cruzam quando Vic acusa Manx de ser um monstro e ele por vingança sequestra seu filho.

Hill escreve bem. De forma clara e descritiva. O livro é longo e as vezes até maçante, mas a leitura é facil. Por vezes prendeu meu interesse.

O livro é bom? Sim.
É assustador? Não.

Por vezes achei que estava lendo uma paródia ou história infantil. As partes mais absurdas de gore e morte, que deveriam dar um ar de terror passam batidas. Nada nesse livro é assustador. No meu ponto de vista nenhum dos personagens cativa ou faz você ficar apaixonado por ele. É uma história comum, que aborda um tema sério: Disturbios mentais.

Gabriella.itoh 18/08/2016minha estante
Tem spoiler! =(




Cheiro de Livro 04/10/2017

Nosferatu
“Nós os mortos cavalgamos velozes”

Esse verso da balada Lenore, de Gottfried August Bürger (1774), aparece em diversas narrativas que abordam a temática vampiresca – inclusive em Drácula (Bram Stoker, 1897). Lenore pode ser considerado como um dos textos fundadores da mitologia do vampiro moderno e contemporâneo. Sob a imaginação de inúmeras narrativas, o verso “mortos cavalgam veloz” transformou-se em “os mortos viajam depressa”, sendo desvinculado da experiência rural e atualizado para o contexto das cidades modernas.

Esse verso é a epígrafe de Nosferatu, de Joe Hill.

A partir dessa premissa, Hill (filho e herdeiro de Stephen King) tece uma curiosa trama que se alastra pelos Estados Unidos da América, ou melhor, por uma cartografia imaginária e perturbadora dessa terra de prazeres e horrores infinitos. O autor, por sua vez, atualiza e reinventa o conceito de ‘vampiro’ ao utilizar elementos que alimentam o imaginário patológico estadunidense: as paixões por carros (e motos) e transtornos mentais (podemos ler essa dupla como o fetichismo do consumo e das doenças), e a incessante busca pela felicidade plena e duradoura.

É através de um complexo e duradouro jogo de perseguições e assombrações que Hill faz soar um delicado alerta: a imaginação tem um custo. A criatividade, a fantasia, a possibilidade de produzir e fabricar outros mundos – tudo isso tem um custo. Sob muitos aspectos, um dos grandes temas de Nosferatu é que ficcionalizar é um processo doloroso, difícil e caro: as pessoas abençoadas ou amaldiçoadas com esse “dom” pagam, não raramente com suas vidas e/ou sanidade, por essa capacidade. Traumas, inadequações e estratégias marginais para a sobrevivência e administração da realidade são as redes que aproximam e distanciam as personagens.

“Vic contara que conseguia trazer sua ponte para este mundo, mas que de certa forma ela também só existia na sua mente. Isso parecia uma alucinação, mas só até você lembrar que as pessoas viviam transformando o imaginário em real: pegavam uma música que inventavam e gravavam, visualizavam uma casa e a construíam. A fantasia era sempre uma realidade esperando ser ativada, só isso.”



§



As narrativas vampirescas, muitas vezes, convocam as tensões das suas épocas: sexualidade e repressão, vida e morte, felicidade e ansiedades… Quais seriam, nesse sentido, as promessas da contemporaneidade? Em um mundo de instabilidades e desmoronamentos, a eternidade da fantasia (mesmo que seja uma fantasia deteriorada e monstruosa) surge como um desejo potente. Hill, nesse aspecto, revisita também a infame Terra do Nunca e seus dilemas éticos – nunca crescer, nunca envelhecer, nunca ficar triste… e, óbvio, os preços a pagar – afinal, estamos na era dos capitalismos ficcionais e afetivos. A promessa de felicidade eterna expande-se para um desgaste excessivo no qual tudo se torna exageradamente ‘engraçado’. Se não há mais limites, se as fronteiras que separavam os jogos binários e modulavam as noções de ‘ética’ estão erodidas, passamos a habitar em um mundo regido pelo delírio e pelo excesso – a Terra do Natal, uma ideia deturpada de felicidade.

Victoria McQueen, uma espécie de perturbada anti-heroína, precisa superar os traumas, fracassos e frustrações acumulados durante sua vida para salvar seu único filho das garras de Charles Manx – uma criatura vampírica, obcecada com o Natal e que se alimenta da vitalidade e humanidade de crianças. Hill também traz para seu estranho campo de batalha o imaginário do Natal, tão querido e problemático: há os que amam essa época e toda sorte de magia que ela evoca, e há aqueles que odeiam o Natal e seus símbolos, festividades, enfeites e luzes… Manx e McQueen são esses dois polos. Victoria trava, também, uma batalha interior – diagnosticada como esquizofrênica, ela vive entre a realidade que nos é imposta é a fantasia que abre para diversas possibilidades de existência.

Uma interessante jogada de Hill é modular o vampiro como um bizarro motorista de um Rolls Royce Wraith de 1938 – em inglês, a placa do carro e o título do livro é NOS4A2. Monstro e carro constituem uma entidade – alguém disse Christine?

Em termos de ritmo e atualidade, Nosferatu prende a atenção mais pela dinâmica e velocidade, pelos cortes e capítulos curtos, do que por uma suposta densidade e profundidade das personagens. A potência de Hill descansa sobre o fato de ele ser um autor da sua geração e responder aos meios que o cercam: é fácil imaginar o livro tornar-se uma série audiovisual – não falta material…

Nosferatu, assim como Drácula, é uma bizarra road trip pelas estradas impossíveis da imaginação e do imaginário, através de atalhos soturnos que podem nos conduzir às experiências mais aterradoras, sublimes ou destruidoras; é uma narrativa sobre memórias: tanto as que guardamos com carinho como as que odiamos – mas estão lá, definitivamente costuradas na trama das nossas próprias narrativas.



Observação pessoal – e com spoiler:

Gosto de Victoria McQueen. Acho uma personagem potente. No entanto, há um moralismo punitivo no final da narrativa que não me agrada. É fácil adivinhar – ou imaginar – que Vic irá morrer, mas confesso que nutri esperanças que Hill fosse virar a narrativa para outro caminho. Mas não. Quem sobrevive, no final, são os dois homens por quem Vic dá a vida: o não-marido e o filho. Não me parece um final atraente nem muito político – considerando que o livro foi lançado em 2013… A não ser que Hill tenha desejado fazer, também, uma crítica social e pensar a mulher como esse campo constantemente questionado, perseguido e, no final das contas, que se auto-sacrifica para os homens. Não me parece o caso.

site: http://cheirodelivro.com/nosferatu/
Giovanna.Lisboa 08/12/2018minha estante
Aceita trocar por algum da minha estante de trocas?




Adriana 12/02/2018

Haja imaginação
Nossa é muita imaginação!!!!
Depois da página cem começa a parte em que voce não quer largar
E voce fica com o coração na mão já prevendo .....
Enfim o final voce não espera.
letíciavmf_ 26/08/2018minha estante
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PorEssasPáginas 13/09/2014

Resenha: Nosferatu - Por Essas Páginas
Já fazia um bom tempo que eu queria conhecer conhecer de verdade a escrita de Joe Hill. Meu único contato com um texto dele, antes desse livro, foi com o conto A Tribo (leia a resenha), escrito em parceria com Stephen King e, justamente por ser algo em co-autoria, fora impossível determinar ali algo sobre Hill. O Felipe aqui do blog já leu dois livros dele e delirou (aliás, ele tá devendo resenha!), então quando a Editora Arqueiro lançou Nosferatu, percebi que não podia perder essa oportunidade. Respirei fundo e mergulhei no universo de Hill nesse livrão de 624 páginas. Mas e aí?

E aí que foi uma viagem muito louca (e longa!). E aqui estou eu, com o livro ainda quente após terminá-lo, para escrever essa resenha, com os sentimentos confusos. O livro é uma mistura alucinante de horror, ação, nerdices (muitas nerdices!) e de Stephen King. Ou talvez de Tabitha King. Uma mistura dos dois (claro, né?). Eu deveria adorar toda essa mistura, é a minha praia, é a minha zona de conforto! Mas não amei tanto quanto gostaria. Vamos lá, então, aos fatos.

Vic é uma menina especial. Desde muito cedo, toda vez que ela sobe em cima de sua bicicleta (sim, adorei isso, já disse pra vocês como eu sempre quero ler mais livros com bicicletas), procurando por algo perdido, Vic encontra. Ela passa por uma ponte, uma ponte que fica em sua imaginação, mas também é muito real, e sai do outro lado, muitas vezes bem longe de casa, e encontra o que quer que tenha perdido. Até o dia em que ela procura por respostas, e aí é a primeira vez que ela ouve sobre Charlie Manx, um homem sinistro, que também tem um dom como ela: com seu Rolls-Royce, ele conduz crianças a um lugar escondido em sua imaginação, mas tão real quanto a ponte de Vic: A Terra do Natal. Mas Vic resolve também procurar por encrenca e é então que ela e Charlie se encontram pela primeira vez.

Só pela sinopse e por esse resumo, vocês já podem perceber que sim, o livro é bem sinistro. E sim, ele é uma viagem, das bem loucas. A imaginação de Hill é impressionante e foi o motor que me guiou por todas as mais de 600 páginas dessa obra. Porém, nem só de imaginação e de uma boa história se alimenta um bom livro. Um livro é como uma estrada e a escrita do autor é o veículo; ela precisa guiar o leitor, conduzi-lo de maneira que este não queira pular do carro na próxima saída, de um jeito que o leitor não se canse da viagem e deseje ardentemente chegar ao seu destino final e, ainda assim, sentir falta da estrada. Bem, isso aconteceu com Nosferatu? Sim e não.

Sim, eu queria saber como a história terminava. Mas o problema é que, de alguma maneira, eu já sabia, já conhecia parte do caminho. O livro não tem muitas curvas, ou melhor dizendo, é previsível. Parecia que eu já tinha uma vaga ideia do que acontecia, parecia que eu já tinha estado naquele carro. Havia algumas mudanças sensíveis, é verdade, mas já viajei muito nesse veículo para saber que ele fora herdado de outro dono. E sim, vocês podem até me achar pretensiosa, preconceituosa, até mesmo óbvia por dizer isso, mas há muito do pai nesse filho, e eu definitivamente não queria ver isso. Joe Hill é filho de Stephen King e não sou ingênua a ponto de acreditar que, se King influenciou e influencia tantos escritores que nunca se encontraram com ele, ele não iria influenciar (mesmo que sem querer), o trabalho do filho. É claro que influenciaria e isso é ótimo. Porém, eu não esperava nem queria ter a impressão de estar lendo uma obra de Stephen King, com algumas diferenças sutis. O que eu queria de verdade era ler Joe Hill, outro escritor, com um estilo próprio, e não foi isso que encontrei.

Essas semelhanças começam no início arrastado e descritivo do livro, que passa mais de 100 páginas para situar o leitor na história. É um recurso que King utiliza e é uma das coisas que mais me irrita nele, e que já me fez parar de ler alguns livros, para só retomar a leitura muito tempo depois. É exaustivo. Nem sempre é necessário contar toda a vida de um personagem que vai aparecer em um ou dois capítulos, e não vou deixar de questionar esse fato só porque o escritor é o King ou o Hill, que seguiu direitinho essa cartilha do pai. E o espantoso é que eu sei muito bem que ele não fez esse tipo de coisa em A Estrada da Noite ou em O Pacto, então por que fez isso agora? O livro demora muito tempo para engatar a segunda marcha, o que certamente pode fazer alguns leitores menos persistentes o abandonarem. Não era um livro que precisava ter mais de 600 páginas. Ainda seria um livro longo, mas não precisava ser tão longo. Há uma passagem no próprio livro que descreve perfeitamente meu sentimento ao lê-lo:

() igual a um livro, um romance que chegara ao fim, uma história que tanto o leitor quanto o escritor estavam prontos para deixar de lado. Página 595

Não sei vocês, mas não me agrada esse sentimento ao terminar um livro. O sentimento de que eu quero deixá-lo de lado. Para mim, os melhores livros são aqueles que justamente você não quer largar! Não é incrível quando você termina um livro e sente saudades dele, dos personagens, daquele mundo, e tudo aquilo fica na sua cabeça por dias, meses, às vezes para sempre? Pois é, Nosferatu não é assim. Eu estava louca para terminá-lo. Para simplesmente deixá-lo de lado e seguir adiante. Eu estava cansada e não era por causa do tamanho do livro. Há livros enormes que você sente saudade mesmo depois de 500, 800 páginas!

Outra semelhança com King; essa foi proposital e os fãs de A Torre Negra vão entender: Nosferatu é mais um dos mundos além deste. Há referências à Torre em várias partes do livro, como se esse livro assim como os do King pertencesse à grande teia de universos que circundam a Torre Negra. Confesso que fiquei dividida nesse momento: eu não sabia se achava incrível a referência ou se achava triste. Até mesmo nos agradecimentos Joe Hill toma cuidado para não dizer o nome do pai ele o agradece, ele fala dele, mas não diz seu nome, apesar de citar a mãe e até mesmo nomear uma das personagens com seu nome -, e isso é compreensível, é claro, ele quer se desvincular da imagem do pai, ele fez isso, tem várias obras que são diferentes, mas aqui, em Nosferatu, parece que foi impossível se desgrudar dessa carga kingeresca. E isso foi o que mais me decepcionou no livro: eu não queria ler King, eu queria ler Hill.

Sei tudo sobre estradas que só podem ser encontradas dentro da mente. É por uma delas que consigo chegar à Terra do Natal. Existe a Estrada da Noite, os trilhos de trem que levam a Orphanhenge, as portas o Mundo Médio e a velha trilha que conduz à Casa da Árvore da Mente, e existe também a maravilhosa ponte coberta de Victoria. Página 331

Ao mesmo tempo, o livro não é só coisas negativas. Aliás, quase nada do que eu falei acima é negativo. Eu gosto de ler esse tipo de história, esse tipo de autor, e gostei do livro, claro. Eu me envolvi com os personagens complexos e muito bem desenvolvidos. Caí de amores pelo fofo literalmente Lou Carmody. Gostei de como o livro passou por vários anos da vida de Vic e como a personagem cresceu, evoluiu, subiu e desceu e voltou a subir em uma vida amargurada e repleta de feridas. Fiquei deliciada com as referências nerds que vão desde Batman até Harry Potter. Admirei como Hill conseguiu criar um vilão autêntico, tão louco que dava sentido à sua própria insanidade, tão horrível que conseguia confundir bem e mal, confundir até o leitor às vezes. Gostei de como ele subverteu a ideia tão batida de vampiros. Foi uma boa viagem, sim, foi mas não quero voltar à essa estrada novamente.

A edição da Arqueiro está bem caprichada, cheia de ilustrações, que provavelmente vieram da edição original. O livro passa por transições, partes, e todas elas têm ilustrações especiais. Há algumas também no início do livro e no final dele, bem como uma página que é um jogo infantil, que só vai fazer sentido se você ler o livro. Ah, e eu gostei bastante dos agradecimentos (sim, eu leio os agradecimentos), o Joe Hill foi bem criativo ao escrevê-los. E me tirou um sorrisinho do rosto no final, por eu ser uma das pessoas que realmente leem os agradecimentos.

Quero sim dar uma nova chance a Joe Hill, retornando no tempo e lendo suas obras anteriores, quando ele era mais ele mesmo. Talvez eu faça isso logo, talvez não. Talvez eu me acostume com o fato de que ele é mesmo o filho do cara e talvez eu até goste disso um dia. Mas, no momento, fiquei decepcionada. Ainda assim, se você gosta de um bom terror, de uma boa e longa viagem deve ler Nosferatu.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-nosferatu
Thiago de Andrade 23/12/2014minha estante
Eu acho que o grande problema em qualquer pessoa e qualquer meio, é a mania de querer comparar. Acho que se abstraíssemos mais desse nosso lado, aproveitaríamos melhor as coisas. E olha que isso é válido até em relacionamentos kkkkk

E acredito que o Joe Hill talvez tenha deixado esse lado descritivo do pai aflorar devido a monte de gente dizendo que os livros dele eram curtos. Aí sim é um erro, mesmo que seja culpa do público. Mas nunca as pessoas vão ficar satisfeitas.

Acho até legal essa variação de escrita. Experimentar formas novas. Certamente as características dele estão lá, como as referências, a criatividade meio absurda e o sarcasmo. Costumo achar entendiante autores que mantem a mesma fórmula sempre, sem ousar. Tipo algumas bandas consagradas por nunca mudarem um pingo nas suas músicas. Acho importante o artista ter sua personalidade, sua marca registrada, mas que ela seja notada em meio a histórias/sonoridades/obras de diferentes tipo.

Parabéns pela resenha, e leia sim alguma outra coisa do autor :D




Eduardo.Silva 07/09/2020

Dúvida é uma doença. Ela pode levar à loucura
Com certeza uma das melhores leituras da minha vida. Uma história que te prende do começo ao fim e uma ideia completamente diferente e maluca. Nesse livro vamos acompanhar Vic, uma criança que pode viajar para qualquer lugar com sua ponte e achar coisas perdidas, e Charlie Manx, um homem que ama crianças e as leva a feliz Terra do Natal, onde todos os dias são natal ser feliz é lei. Com uma escrita maravilhosa, personagens incríveis e bem construídos e ambientação maravilhosa, Joe Hill nos leva a uma aventura tão grande quando a nossa própria VIc vive. Um livro que vou levar comigo na memória e indico a todos
Mariane.Medeiros 07/09/2020minha estante
Este livro é maravilhoso ?




Yanka 12/03/2021

96% do livro: JOE HILL EU TE ODEIO VC É UM MONSTRO

97% do livro: puts perfeito não tem um erro

Já começa muito bom, daqui pra frente vou ter que ler tudo que o Hill escrever. Eu fiquei apaixonada pelos personagens, o Lou então é a coisa mais fofa, a forma que o Hill constrói os personagens é boa demaaais.Únicas ressalvas são que em um momento eu senti q quebrou o ritmo e



[SPOILER]
Não tenho problema com morte de personagens MAS não gosto desse plot do amigo/ajudante do herói da história morrer como se fosse um sacrifício, é algo que não funciona pra mim e também achei sem necessidade na trama.
Luiz.Alfredo 13/03/2021minha estante
Nossa ganhou muitas estrelas, parece me muito bom, estou ansioso para ler qualquer coisa do Joe Hill, e compartilhar por aqui.
Não li sua parte do spolier!




Bea 08/05/2019

"– Existem dois mundos – explicou Maggie, falando distraidamente enquanto estudava as letras. – O mundo real, com os seus fatos e regras irritantes, onde as coisas são ou não verdadeiras, em geral é um saco. Mas as pessoas t-t-também vivem no mundo dentro da própria cabeça. Uma paisagem interior, um mundo de pensamento. Nele, as ideias são fatos. As emoções são como a lei da gravidade. Os sonhos, como a História. As pessoas criativas... escritores, por exemplo... passam grande parte do t-t-tempo nos seus próprios mundos de pensamento. Os muito criativos, porém, são capazes de usar uma faca para abrir a costura entre os dois mundos, para juntá-los. A sua bicicleta, as minhas peças... Elas são as nossas facas."
Junte na mesma frase as sentenças Ponte mágica, menina de bicicleta, Natal infinito, Homem ligeiramente esquizofrênico com intenções duvidosas e fica obvio que vai dar ruim.
Eis que há um lugar onde de manhã é a manhã de Natal e a noite é véspera de Natal. É Natal todos os dias. Há somente alegria e diversão, a infelicidade é contra lei. Um lugar chamado Terra do Natal.
Seria um paraíso certo?
Certo por que na Terra do Natal ninguém fica mal hahaha (me perdoem a rima barata a culpa é do Bing).
Errado!
Há um homem Charles Talent Manxs seu nome ele pega crianças e as leva a Terra do Natal e ninguém volta pra contar o final.
Esse livro estava na minha lista "Livros Que Tenho Que Ler Antes de Morrer o que Vai Demorar Então Tenho Bastante Tempo" há uns dois anos mas eu estava em outra vibe sabe não era pra ser, porém esse ano resolvi ler e meus amados era pra ser.
O autor apresenta uma série de personagens imperfeitos e isso dá um toque na história, dá certo sabe. Às vezes quando na narrativa os defeitos do personagens são expostos meio que acaba ressaltando suas qualidades conforme a trama vai se desenvolvendo. Pode dar muito certo ou muito errado.
Me apaixonei pelos personagens e me peguei torcendo pelo triunfo da imbatível Victoria McQueen e pela melhora do bravo Lou, cada dorzinha dele doía em mim também sei que soa piegas mas Affff é a vdd kk
Nosferatu convence o leitor de que é real sabe por que faz sentido.
Nosferatu fala sobre a complexidade mente humana, magia, amor, arrependimento, perdão e sobre tantas outras coisas que minha mente pequena não pescou ou esqueceu mesmo rs
Diria que foi eletrizante.
Li até os agradecimentos por que sou dessas. E deixo meu "Thank U" para Thabitha King pois o final não poderia ter sido melhor e principalmente para Joe Hill por me proporcionar essa leitura que tanto amei.
Meu primeiro livro do Joe Hill e to caminhando para o próximo O pacto.
PS.: Ah e sim dei um gritinho quando vi uma referência ao Pennywise, muito amor né fazer o que ❤️
Wanrrala 13/05/2019minha estante
A rima de Bing é contagiante, hahaha.
E somos duas, também dei gritinho quando Pennywise apareceu...???




Lara 06/10/2020

Livro divertido,minha primeira experiência lendo Joe Hill,com certeza vou ler mais
Beto 06/10/2020minha estante
Qual é o enredo?




Cath´s 05/08/2014

Resenha Nosferatu.
Já tive uma experiência anterior com uma obra do Joe Hill, e esta veio para confirmar: o autor é um Stephen King mais dark. Você pode me perguntar, mais dark que o King? A minha percepção sim, é mais tenso, mais sombrio.

Victoria numa crise histérica da sua mãe por ter perdido uma pulseira, sai de casa andando em sua bicicleta com o desejo de encontrá-la, até que ela chega ao Atalho, que já havia sido demolido, mas não é isso que Vic vê, ele o vê inteiro e ao entrar nele sai exatamente onde sua mãe perdeu a pulseira.

Então Vic começa a usar O Atalho sempre que precisa achar algo que se perdeu no decorrer dos anos, só que cada vez que ela usa tem uma consequência, como a dor no seu olho esquerdo, sempre é cobrado um preço por usar.

Apesar disso tudo estaria bem se ela não saísse um dia procurando encrenca com nome e sobrenome: Charlie Manx, que ela só sabia que sequestrava crianças e e fazia algo horrível com elas, que nunca mais eram vistas.

Por um bocado de sorte ela consegue sair viva desse encontro e mandar Charlie para a prisão, e essa é só a primeira parte do livro. Posteriormente, com Vic já adulta, Charlie consegue voltar a ativa.

Só que tem um porém, Charlie não é um simples sequestrador, ele tem "poderes" que nem a Vic e criou a Terra do Natal, que não pode ser acessada por ruas normais, logo quem não tem nenhum dom não chegaria ao local sem ajuda, e é nessa Terra do Natal que ficam as crianças.

Ilogicamente, quando Charlie volta a ativa ele vai atrás de Vic, e deseja se vingar dela. Desse ponto, vou parar de contar sobre o enredo do livro e passar ao que achei dele.

Não é uma leitura que eu indique para crianças, em alguns momentos eu mesma tive que parar e fechar os olhos para tirar aquela sensação de peso, e não me considero nenhuma "florzinha".

Vic começou me encantando quando criança e a medida que o tempo passou ela me irritou admito, tendo melhorado para o final do livro. Charlie é tão preso a sua loucura, pois ele acredita que está certo, que me deu agonia. Bing (não irei contar quem é, vão descobrir lendo) retrata fielmente como algumas pessoas devem procurar ajuda psicológica. Maggie me deu vontade de abraçar, assim como Wayne de proteger e Lou fez eu ir gostando dele gradativamente.

O nome do livro tem referencia a obra, Charlie tem um Rolls-Royce que a placa é NOS4A2, que forma a palavra Nosferatu = vampiro, e não, o livro não tem nada a ver com vampiros, mas é que Charlie suga de certa forma as crianças.

Joe conseguiu desmonstrar a essência de certos seres humanos, como mesmo tentando fazer algo bom acabando mais destruindo que construindo, ele criou personagens fortes.

Não é uma leitura leve, é pesada, é descritiva, e como disse anteriormente é intensa, se você não aprecia sangue, palavrões e gases (sim, gases, os personagens adoram "peidar") então eu não indico, mas se está procurando um livro tenso, eu super indico esse.

site: http://www.some-fantastic-books.com/2014/08/resenha-nosferatu.html
Jossi 07/06/2017minha estante
Não gosto de livros com muita maldade, pura e simples. Eu gostei de 'O Cemitério', de S. King, apesar de terrível e assustador, porque o elemento principal e atuante ali, é o sobrenatural, é algo quase inexplicável, impalpável e misterioso. O que me encanta no terror, é o sobrenatural. O terror puro e sanguinário, não me agrada.
Também não me agrada em absoluto a violência crua, descrições de cenas de maldade com crianças (ODEIO), cenas macabras e vilões humanos e/ou psicopatas.
Acho que esse livro vou dispensar,porque não ligo a tensão, mas detesto palavrões e porquices em excesso: Poluem a leitura. Obrigada por avisar. :)




Ana 29/11/2018

"Aquele filho da p*ta maluco quer que todo dia seja igual ao Natal, mas eu vou dar a ele a p*rra do Quatro de Julho."
Gosto de lembrar que peguei esse livro sem saber nada sobre ele, só queria ler algo diferente de Stephen King e aí descubro que o autor desse livro é o filho dele. Hehehe.

O ritmo é frenético, a escrita é ótima e a Vic se tornou uma das minhas personagens favoritas de todas (da mesma forma que o Bing se tornou um dos personagens mais detestáveis pra mim).

Curti demais as referências a It (quando o Wayne pergunta o que a moto está dizendo que a Vic responde "aiô, Silver!" e o Circo do Pennywise!). E ao contrário de alguns, não achei a escrita do Joe Hill tão parecida com a do pai.

Recomendo demais esse livro para os fãs de terror - assustador, muitíssimo criativo e cativante, com certeza é um dos melhores que já li do gênero e merece uma chance!

site: https://www.instagram.com/_literariana/
Wanrrala 13/05/2019minha estante
Hill não tem o mesmo estilo de escrita, mas é tão macabro quanto o King...Eu li primeiro A estrada da noite e ameiiiiii!!! A história te envolve totalmente...???




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